segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Copa dos Sonhos

Está rolando no Blog do Juca Kfouri, a chamada Copa dos Sonhos, onde todos os esquadrões campeões da seleção brasileira, mais o de 82, se enfrentam para decidir qual foi o melhor, os textos são de autoria de grandes jornalistas e escritores brasileiros. Os dois primeiros foram simplesmente fantásticos. Acompanhe:

O dia em que Tostão inventou o Fair Play (1970x1994)




Copa dos Sonhos II
Por PAULO CALÇADE
A Copa do Mundo dos sonhos já teve partidas melhores.
Os Brasis se enfrentaram em campo chutando os mesmos contrastes que outros tantos Brasis exibem diariamente nos cenários político, econômico e social.
É surpreendente como maneiras diferentes de jogar, de saborear a vida, puderam esconder histórias tão congruentes.
A geração de 1970 praticamente deu as últimas pinceladas num dos mais belos momentos da história da arte.
É como se fosse possível empacotar o movimento impressionista e dar a ele uma única dimensão, uma fatia do tempo.
Em 12 anos, a seleção brasileira ganhou três Copas. Os vira-latas da bola se transformaram nos maiorais sob a batuta de João Havelange e seu projeto de poder absoluto.
Precisamos de 24 anos para voltar a colocar as mãos na taça. Com Havelange na Fifa coube a Ricardo Teixeira, o genro, tocar o plano. As coisas começaram a se encaixar.
Em campo, o elemento principal dessa química que uniu os times de 1970 e 1994 foi a organização.
Com Zagallo, os tricampeões do mundo treinaram três meses antes da Copa, mataram seus adversários no segundo tempo e tiveram uma moderníssima postura tática.
Sim, o time de 1970 foi também resultado de uma excepcional estrutura de jogo e de recomposição da marcação no meio-de-campo. Além, é claro, de ter sabedoria para acomodar Gérson, Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivelino sob o mesmo manto sagrado, aquela tal de amarelinha que Zagallo tanto fala.
Zagallo? Em 1994, o homem da amarelinha foi parceiro de Carlos Alberto Parreira, um dos preparadores físicos da Copa de 70.
Se a história une as duas trajetórias, o talento afasta.
Comparações entre gerações são terríveis.
É como se confrontássemos, na pista, a Lotus de Jochen Rindt, campeão mundial de Fórmula 1, em 1970, e a Benetton de 1994, com ninguém menos do que Michael Schumacher ao volante.
Quem venceria essa parada? Sabemos a resposta...
Mas graças a Deus que no mundo da bola as coisas são mais abstratas, como devem ser a arte e o futebol. E o futebol-arte.
A vitória do time de 1994 sobre o de 1970, numa daquelas máquinas do tempo, poderia mudar definitivamente a história do futebol.
Mas a terra teria que ser dominada pelos terríveis Incas Venusianos, os assustadores vilões das aventuras de Nacional Kid.
No campo dos sonhos e da razão - e para o bem do futebol -, o Brasil de 1970 derrotou o Brasil de 1994 por 3 a 1.
Rivelino, com uma bomba em cobrança de falta, fez 1 a 0. Romário empatou num lançamento de Dunga – que jogou mais do que se imagina por aí. O Baixinho aproveitou o contra-ataque e tocou por cima, na saída de Félix.
Essa, aliás, foi uma característica do time, que trocou, em média, 2,5 passes entre a recuperação da bola e a marcação dos seus gols na Copa de 1994.
Outro fator importante foi a velocidade. O time de Parreira precisou de 9,5 segundos, em média, para retomar a posse de bola e marcar um gol.
A decisão ficou para o segundo tempo, período em que as duas equipes fizeram o maior número de gols em suas Copas.
O problema era deter o time de Zagallo. Rivelino preocupava Jorginho, Branco perseguia Jairzinho. A movimentação de Pelé e Tostão prendia a atenção de Aldair, Márcio Santos e Mauro Silva.
Dunga acompanhava Gérson enquanto Zinho ficava de olho nas descidas de Carlos Alberto; Mazinho controlava Clodoaldo.
Com Gérson bem marcado, sem o espaço e a lentidão da Copa de 70, coube a Clodoaldo superar Mazinho e detonar a implosão da marcação de Parreira. O volante santista tocou para Pelé, na entrada da área. O Rei do Futebol balançou o corpo e bateu forte no canto esquerdo de Taffarel.
A seleção de 94 se abriu e tomou o terceiro, num lançamento de Gérson para Jairzinho, que bateu cruzado: 3 a 1.
Houve ainda um quarto gol, marcado por Tostão, que chamou o árbitro inglês num canto e avisou: foi com a mão.
Sim, na máquina do tempo, foi Tostão que inventou o Fair Play.
Público e renda não foram divulgados.

*Paulo Calçade é comentarista da ESPN-Brasil. Sabe o que é um jornalista completo? Ele é!



Telê x Felipão: que jogão! (1982x2002)

*Por PAULO VINÍCIUS COELHO
Copa dos Sonhos II

Parece covardia, mas não é. O duelo entre um time campeão e outro que caiu nas quartas-de-final.
Ou o duelo entre uma seleção de craques consagrados contra outra, a campeã, que nunca foi reconhecida como deve.
Não se esqueça que o time de 2002 é o único na história das Copas a vencer sete partidas para levantar a taça.
O hipotético jogo entre dois times de ataques avassaladores teria, necessariamente, muitos gols. Vamos a ele.
Começa o jogo e taticamente a partida fica desenhada.
Zico e Sócrates têm marcação de Kléberson e Gilberto Silva.
Convenhamos, os marcadores poderiam ser melhores.
A força dos laterais de 2002, Cafu e Roberto Carlos, também se dilui, por causa da preocupação em marcar os avanços de Leandro e Júnior.
Mas sobra espaço no meio para o time de 1982.
O duelo básico está ali.
No meio de-campo, entre os talentosíssimos meias ofensivos do Brasil 2002, Ronaldinho e Rivaldo, e os fantásticos volantes do Brasil de Telê, Falcão e Cerezo.
Ronaldinho domina e Falcão pára à sua frente. O gremista finge o drible, o colorado não entra. Toma-lhe a bola e sai jogando. Conduz a bola e olha Leandro, marcado por Roberto Carlos. Não toca. De lado, ajeita para Cerezo jogar.
A bola chega a Sócrates e o toque de calcanhar faz Zico entrar em profundidade. Passa por Kléberson e chuta de longe. Gol do Brasil, de 1982.
Tá certo, tá certo... Na Copa da Espanha, quem marcou de longe foi Éder, foi Sócrates. Mas aqui foi Zico. Ele merece.
Mas o Brasil de Felipão era forte no ataque.
Kléberson vai ao ataque e Zico não acompanha. Vai pedir para o Galinho marcar? Claro que não. E Kléberson caminha, olha, toca para Rivaldo, observado por Cerezo.
Este, dá espaço e Rivaldo dribla e entra em diagonal, para a esquerda. Dali, de onde tantas vezes bateu com sua canhota precisa, sem ninguém dar importãncia. Chutou de novo: 1 x 1.

Mas o Brasil de Telê tinha tanto talento, que voava do meio para o ataque. Júnior entra em diagonal e tabela com Zico. Entra em diagonal, como no gol contra a Argentina, no Sarriá. O toque preciso entra por baixo de Marcos.
Volta o Brasil de Rivaldo e Ronaldinho. Falta na entrada da área, pelo lado direito, ali de onde o gaúcho marcou contra Seaman, da Inglaterra. Ele finge o cruzamento, mas bate por cima. Valdir Peres erra. E Felipão empata com seu Brasil.
O empate é tudo de que Felipão mais gosta.
Na Espanha, valia a vaga para o Brasil de Telê, que levou o terceiro, de Paolo Rossi.
Mas na Copa do Juca, o empate leva aos pênaltis.
O Brasil de Felipão espera. O de Telê vai ao ataque.
Dizem que isso é um risco num time que joga em contra-ataque.
Mas Telê manda Leandro, Júnior, Falcão, Cerezo... Pura arte! Leandro finge que vai ao fundo, Roberto Carlos segue... E Leandro corta para dentro. Em diagonal, como gostava de fazer, tenta o tiro. Marcos rebate para a frente, como Fillol no Sarriá -- lembre, o Brasil também ganhou lá, da Argentina. Na sobra, é Zico quem coloca o bico na bola para marcar.
O Brasil de Telê vence: 3 x 2 contra Felipão. Com gol de Zico, o futebol-arte está na frente.
Com gol de bico.


*Paulo Vinícius Coelho é colunista do diário "Lance!" e comentarista da ESPN-Brasil. E que colunista! E que comentarista!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Controle

De Antonio Prata.

Dentre os vários mistérios deste mundo, um tem me intrigado especialmente (pelo menos desde que voltei do 95, onde fui discutir com a dona Marlene uns pormenores à respeito das vagas na garagem): por que diabos algumas pessoas enrolam o controle remoto com magipac?
Quem, como a dona Marlene, embrulha o controle como se fosse uma sardinha a ser congelada, deve acreditar que o está protegendo. Mas protegendo-o de que, meu Deus? De nossas mãos imundas? Se é assim, se com o simples toque macularemos a suposta pureza do objeto, teremos de enrolar tudo em folhas de plástico: do teclado do computador ao papa. Não seria mais fácil, de uma vez, usarmos luvas cirúrgicas?
Talvez não sejam de nossas mãos, no entanto, que as zelosas donas Marlenes desse mundo protejam o controle, mas de algo pior. Quem sabe um tornado passe sobre o bairro justamente quando minha vizinha do 95 foi comprar peito de peru na padaria e deixou as janelas abertas? A sala é inundada: perde-se o sofá, o abajur, a tv, o tapete de sisal, anos e anos de economia, mas o controle remoto, oh!, santa precaução, o controle remoto sobreviverá, incólume, em meio aos destroços. E agarrada ao pequeno e lustroso sobrevivente, chorando, descabelada, a boa Marlene se ajoelhará entre os destroços e agradecerá aos céus por ter tomado seus cuidados impermeabilizantes.
Tento evitar o preconceito, tenho terror à discriminação, mas devo confessar que jamais seria capaz de uma relação mais íntima com uma pessoa que fosse adepta de tais exageros, digamos – ou suponhamos --, assépticos. Desconfio que quem embrulha um controle remoto é capaz de coisas muito piores. Flores de plástico, por exemplo.
O terror que representa uma flor de plástico é facilmente compreendido por qualquer sujeito que já tenha visto uma flor de verdade, dessas que abrem, cheiram bem, depois morrem – e só por isso, oras bolas!, são belas. Uma flor de plástico é como uma mulher de plástico, um bife de plástico, um pôr do sol de plástico.
A essas pessoas que, se pudessem, faziam-se todas poliuretano, pergunto: se as flores são de plástico, porque não também uma boneca inflável no lugar da esposa, umas Barbies no lugar dos filhos e uma dessas amostras de vitrine de restaurante japonês para o jantar? Sim, eis o caminho inexorável: primeiro o magipac no controle, depois as flores de plástico e, quando vamos ver, George Orwell dominou geral.
Sei que é preconceito. Sei que depois de publicada essa crônica virão cartas e e-mails furibundos. Pessoas idôneas e acima de qualquer suspeita surgirão, brandindo seus reluzentes e protegidos controles e promovendo abaixo assinados, onde constarão políticos de passado ilibado, artistas de cinema e esportistas olímpicos, um ou outro santo até, quem sabe (por procuração de um descendente), dizendo que nunca deixaram seus controles ao alcance do orvalho, da gordura, dos tufões ou do sereno. E que isso não é da minha conta. E que eu deveria me preocupar com as crianças abandonadas, o desmatamento da Amazônia, a alta dos juros ou com meus próprios assuntos.
Vocês têm toda razão. Eu é que estou errado, anacrônico, impuro e besta. O mundo, como a vaga de frente para a rampa, sempre será das donas Marlenes. Quando, no ocaso de meus dias, eu tiver que apertar com todas as forças o já gasto botão on/off do controle da televisão, cercado por flores murchas e crianças barulhentas, olharei no fundo dos olhos cansados de minha esposa e murmurarei, arrependido: “magipac”. “O que foi que você disse, meu amor?”. “Nada, querida, nada. Já é tarde e acho que vou dormir”.

Matando as saudades do Pratinha! Gênial e ponto!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Niemeyer e a Nova Fonte

O governador do Estado, Jaques Wagner, afirmou, hoje (19/12), que convidou o arquiteto Oscar Niemeyer para idealizar o novo estádio de futebol da Bahia, previsto para ser construído no mesmo local onde hoje se encontra a Fonte Nova.

Jaques Wagner ressaltou que já manteve contatos telefônicos com Niemeyer e, em breve, vai agendar um encontro para discutir o assunto. O agora centenário Oscar Niemeyer, completou 100 anos no último dia 15.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Pitacos Vascainos


Leandro Amaral ganhou uma liminar na justiça do trabalho e não é mais jogador do Vasco. O time carioca recorreu e ontem ocorreu a primeira audiência. Acho que Leandro Amaral tem razão sim, em pedir liberação. O Vasco pode ter lhe aberto as portas quando estava desempregado, mas ele sempre foi uma realidade, só precisava se reencontrar e isso aconteceu no Vasco.

Lembro-me da torcida vascaina chamando Alex Dias de traíra anos atrás, quando foi para o Fluminense, mas não o culpei, assim como não culpo Leandro, eles são profissionais, tem direitos, o que não se pode é aceitar que um dirigente ultrapassado e ditador que se acha dono de um time com uma história como a do Vasco, humilhe e se ache dono das pessoas. Com Eurico não dá. Foi assim com Pedrinho, com Alex Dias, com tantos outros e agora com Leandro. Se ele deseja sair, deve ir. Ele merece ser feliz. E o Vasco também.

Depois dos títulos de 2000, só conquistou o carioca de 2003 e mais nada. Se acostumou a ser mediano, com jogadores medianos, com preparação mediana. Eurico e sua diretoria parecem querer fazer com que a imensa nação vascaina se acostume a ter um time mediano. O Vasco é grande e muito maior do que Eurico e sua corja. Assim não dá mais. Euriquinho, pede pra sair!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ele voltou



Renault anuncia seus dois pilotos para 2008. Fernando Alonso e Nelsinho Piquet. Assim fica difícil não torcer contra. Que venha 2008.

Saudações, ainda que sem tempo pra postar.

Abraço a todos!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Crônica de uma saudade

Somente hoje, 01 de dezembro de 2008, exatos seis dias após o mais trágico incidente da história do futebol brasileiro, consigo escrever sobre o ocorrido.
Ao apito final do árbitro, o Bahia se livrou de um dos piores momentos de sua história, a terceira divisão. Quando alguns torcedores pularam o fosso e começaram a entrar no gramado comemorando a conquista, a primeira coisa que pensei, ainda que feliz até aquele momento, foi: Quantos jogos de suspensão vamos pegar dessa vez? E pensei como torcedor sim, como torcedor que entende que lugar de torcida é na arquibancada, seja nos momentos ruins como na invasão de 2006 contra o Ipatinga, ou nos bons momentos como ocorreu desta vez. O Bahia pagará e caro pela falta de juízo dos seus torcedores. Seja lá onde for, o time jogará a Copa do Brasil e o início da Série B, de portões fechados.

Mas até o momento desse pensamento, eu não tinha conhecimento da tragédia maior que havia acontecido. O desabamento da arquibancada e a morte de sete torcedores, só chegaram a meu conhecimento após começar a receber inúmeras ligações de amigos e familiares que tentavam se certificar de que estava tudo bem comigo.

Sobre o desabamento da arquibancada num local muito próximo onde eu costumeiramente ficava no estádio, a morte de sete pessoas, entre elas uma com que convivi por mais de três anos, além da identificação dos possíveis responsáveis são pontos que eu não tocarei. Ainda dói.

E ainda nessa semana, a confirmação: A Fonte Nova vai ao chão. Será demolida para a construção de um novo estádio.

A primeira vez que fui ao estádio da Fonte Nova, apesar de não recordar especificadamente da data, foi para um Bahia e Camaçari, no ano de 1993. O Bahia venceu por 5 a 0. Ainda naquele ano, assisti ao primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro daquele ano, Vitória e Palmeiras.

A Fonte tornou-se uma espécie de segunda casa, de uma ponta a outra. Todos os bares, banheiros, tios da pipoca, tias da cana. Comecei a freqüentar o estádio no longícüo ano de 93 em companhia do meu avô, com o passar do tempo passei a freqüentar sozinho, a maior praça esportiva da Bahia.

Lembro de grandes jogos, como Bahia e Vasco pelas oitavas de final do Brasileiro de 2000. 3 a 3, com dois de Romário para o Vasco. Foi num Bahia e Vasco também, só que em 96 que vi pela primeira um gol olímpico no estádio. Ramón Menezes, ídolo pelo Bahia, pelo Vitória e na época do Vasco. Ali também vi gols dos mais bonitos da minha vida futebolística. Vi sentado na arquibancada que fica atrás do gol da Ladeira, o gol mais bonito da carreira de Nonato. O jogo foi Bahia 4, Atlético Mineiro 1, valido pelo campeonato Brasileiro de 2001. O Bahia de campanha brilhante – terminou em 8º - vencia mais um adversário na Fonte Nova. Nonato recebeu dentro da área, de um lençol no zagueiro atleticano, matou no peito e estufou as redes, um golaço. O mais bonito que vi ali. Contra o Galo mineiro, me lembro de outro jogo memorável, Bahia 4 a 3, pelas quartas de final da Copa do Brasil, porém por ter perdido em BH por 2 a 1, o Bahia terminou eliminado. Acompanhei de perto, outros momentos tristes, em 2004, depois de um campeonato brilhante, sob o comando de Vadão, o time chegou a última rodada da Série B, precisando vencer o já classificado Brasiliense e torcer por uma vitória do Fortaleza que jogava contra o Avaí. O time cearense fez sua parte, mas o Bahia não, e numa Fonte Nova lotada, deixou escapar a chance.
A Fonte vai, mas deixará saudades, quem vivenciou dezenas de BaVis de casa cheia, jamais esquecerá, seja o 1 a 1 de 2004, com gols de Obina e Galeano – de bicicleta – ou o antológico 6 a 5 desse ano.

Apesar de todas as decisões, a ficha parece ainda não ter caído. A Fonte Nova vai se tornar Nova Fonte, mas o eterna magia daquele lugar permanecerá, seja pra quem foi apenas uma vez, ou pra quem tem ali toda uma vida, o espírito é o mesmo. Muita saudade, pesar. Nenhum povo merecia isso, o povo baiano então…enfim como Garcia Márquez, parto com meu coração a salvo, e condenado a morrer de bom amor, só que por toneladas de aço e concreto. Boa partida velha amiga. Até a volta.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Tristeza e desde já saudade - A Fonte vai ao chão

Ando sem muito tempo para escrever sobre a tragédia, aqui um video com a reportagem completa:

Globo Esporte

E aqui uma pequena homenagem ao local onde por vezes o torcedor baiano foi o mais feliz do mundo:

A Fonte Nossa

Medida adotadas pós tragédia - A Fonte velha vai ao chão

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Sem muito pra comemorar - O Bahia sobe mas a tragédia impede a festa




Era pra ser uma festa, o Bahia conseguiu a classificação, mas no fim uma tragédia.

Um parte da arquibancada desabou e oito torcedores morrreram. Uma pena. O sentimento é de consternação. De vazio e só.


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

"Êêêêêê vamos pra série B! êêêêê"



O Bahia pela primeira vez nesse campeonato da série C jogou como um time grande que é.

E foi completo, teve um goleiro que mostrou serviço quando necessário, uma zaga quase sempre segura, um meio campo copeiro, um ataque solidário. Foi enfim o time que o torcedor gostria de ver. Elias autor de dois gols, Fausto e Eduardo, além de Márcio com pelo menos 2 excelentes defesas foram os principais destaques. Isso dentro de campo, porque fora dele nas arquibancadas mais um show. Mais de 59 mil pessoas empurrando o tricolor. Domingo tem o último jogo da temporada na Fonte, promessa de espetáculo, casa cheia e se o Bahia jogar como ontem, d emuita alegria. E que se posso ouvir de todos os cantos da cidade: "eu tô na série b!!!".

Então que venha o Vila Nova, Túlio e o domingo!

"Bahia, Bahia minha vida, Bahia meu orgulho, Bahia meu amor"

Arte: Thamires Barbosa

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Brasil foi Luis e Júlio contra a Celeste Uruguaia

O Brasil jogou muito mal, mas venceu o Uruguai ontem num Morumbi lotado com mais de 65 mil pessoas.

O time começou perdendo com um gol marcado por el loco Abreu no comecinho do jogo. O Uruguai foi superior todo o primeiro tempo e só não ampliou graças a Júlio César numa noite inspirada digna de um esqueçam Rogério Ceni, com defesas fantásticas a la Gordon Banks.

No fim do primeiro tempo o Brasil achou um gol, quase sem ângulo Luis Fabiano bateu cruzado entre as pernas de Carini. No segundo tempo o time voltou a jogar mal. Dunga tirou Ronaldinho Gaúcho, o melhor dos três tenores em campo e pôs Josué que entrou bem ajudando na marcação. E num ataque rápido Maicon cruzou na área, a bola passou por Kaká e sobrou pra Gilberto que tentou bater bizonhamente no gol, a bola terminou sobrando pra Luis Fabiano, que conhecedor de cada metro quadrado do Morumbi empurrou pro fundo. Brasil 2 a 1.

Os dois jogos, contra o Peru 1 a 1 em Lima, e o de ontem no Morumbi serviram pra Dunga ver que existem dezenas de atacantes melhores do que Wagner Love e principalmente Afonso. Luis Fabiano é um deles, e deve deter a 9 por um bom tempo a partir de agora.
Ainda pra que vejam que Gilberto é um lateral mediano em fim de carreia. E por fim se o quadrado mágico não deu certo, parece que o trio de tenores também não dará, ao menos contra equipes qualificadas Kaká, Robinho e Ronaldinho não rendem o suficiente e ai cadê a marcação?



Enfim no Morumbi com o fim do jogo não se viu muitas comemorações, também não havia porque. Os gritos de "Luis! Fabiano!" foram sim justíssimos pelo que fez o atacante do Sevilla, só faltou cantarem como em dias de jogo da Inter "Julio! Julio César! lálálálá!" mas o orgulho sãoapaulino não permitiria tanto.

Hoje tem Fonte Nova. Bahia e ABC disputam a liderança da série C. Uma vitória coloca o Bahia muito perto da série B. Os 60 mil ingressos já foram vendidos, promessa de espetáculo, ao menos nas arquibancadas.

abraço!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

"Eu já subi negôôôôôôô.....ôôô....eu já subi negôôô"




Força vermelha e preta! O Vitória agora é série A.

Estou sem muito tempo pra postar, mas não poderia deixar de colocar aqui a homenagem ao leão da Barra, agora de volta a elite.

Parabéns Vitória, parabéns nação rubro negra. Bonito de ver o Barradão novamente lotado, e substituindo o originalissimo "vamos subir negôôôô", por um novo brado recheado de orgulho: "eu já subi negôôôôôô".

Ainda em tempo prometo um novo post especial sobre essa façanha rubro-negra. Falta o Bahia conseguir seu objetivo deste ano. Ficamos no torcida.

Abraços!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cultura e Futebol na Ufba

A Universidade Federal da Bahia realiza desta quarta, dia 7, a sexta-feira, dia 9, o VIII Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação, com a participação de mestrandos e doutorandos de todas as unidades.

Entre os trabalhos selecionados, será apresentado, pelo jornalista esportivo e doutorando Paulo Leandro, "o futebol como manifestação cultural", programado para quinta-feira, dia 9, no prédio PAF-1, sala 213, do campus de Ondina, às 11h30min.

Orientado pelo doutor Maurício Tavares, o estudo tem como objetivo contextualizar o futebol como manifestação capaz de sintetizar e expressar identidades coletivas mesclando cultura popular e massiva.

Tido como uma expressão originária da cultura popular, na mesma categoria do Carnaval e de outras festas, o futebol foi apropriado como cultura massiva e vem deixando de ser um tema em total desacordo com as megateorias acadêmicas, antes identificadas exclusivamente com a chamada "alta cultura".

O trabalho visa ainda iniciar uma análise da percepção do fenômeno "torcida" e dos perfis dos dois maiores clubes baianos, como se convencionou chamar as agremiações Esporte Clube Vitória e Esporte Clube Bahia.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Noite de Gala - Nas arquibancadas

Noite de gala no futebol Brasileiro, o São Paulo sagrou-se pentacampeão nacional, assim como o Flamengo em 92.

Não assisti à conquista tricolor, pois estava na Fonte Nova vendo outro tricolor, o baiano.Fonte Nova lotada. 60 mil pessoas. Linda mais uma vez.

No momento encontro-me no meio da produção de um Conspiração Fest, logo sem tempo para escrever muito. Deixo os links de tudo que melhor achei hoje no GloboEsporte.com.

Amanhã é dia de Finados, nunca entendi muito bem o porque do dia. Acho que todo dia é dia de lembramos dos nossos mortos, mas enfim.

Volto com uma crônica, que espero que fique engraçada, sobre não levar mulher (que não vai frequentemente) ao estádio quando não se é a companhia final dela. Tudo bem que o título ficou meio confuso, mas vocês vão entender. Além do mais tem a intenção de ser divertida mesmo. Foi bem a minha experiência ontem na Fonte Nova. Divertidissíma. Frustante. Hilária.

Um abraço e um bom feriadão!

São Paulo Campeão: http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,EEI376-7170,00.html

A rodada de ontem - série A - pelo Lédio: http://sportv.globo.com/SporTV/Home/0,,GEN596-4933,00.html

A série C: http://globoesporte.globo.com/ESP/Home/0,,9743,00.html

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Copa do Mundo é nossa - 2014 no Brasil


A FIFA confirmou hoje em Zurique que a Copa do mundo de 2014 será realizada no Brasil.


Globo.com

A Copa do Mundo é nossa! Depois de mais de cinco décadas de espera, o Comitê Executivo da Fifa confirmou nesta terça-feira, na sede da organização, em Zurique, na Suíça, o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014.
Após confirmar a Alemanha como sede do Mundial Feminino de 2011, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez o tão aguardado anúncio abrindo o envelope com o resultado da votação por volta de 12h36m (de Brasília). Todos os 20 membros do Comitê Executivo da Fifa votaram a favor da candidatura do Brasil.


Comentei no Blog de Lédio Carmona, sobre essa decisão, eis o que disse no Jogo Aberto:


Salve Lédio e amigos de JA, sinceramente não conseguir dar pulos de alegria ao saber da confirmação de que seriamos a sede da copa de 2014.
Frequento estádios de futebol desde os 6 anos. Aprendi a gostar dos meus times do coração, mas acima disso a amar o futebol. Vi a felicidade que esse esporte pode proporcionar ao sofrido povo desse país.
E é justamente por esse povo que me preocupo, será que vai ser possível fazer uma copa do mundo com com responsabilidade social, financeira e fiscal? Nesse país de malas e cuecas?! Sinceramente não sei. E sinto por não saber, sou um apaixonado por futebol que nasceu no nordeste brasileiro numa familia apaixonada por futebol – horas antes de nascer, eu jogava bola na barriga da minha boleira mãe – divida na torcida por um time do meu estado o Bahia e um do Rio, o Vasco.

A paixao da minha mae e de um tio pelo gigante da colina me fizeram um vascaino, a do meu saudoso avô pelo tricolor da boa terra me fez um “baea” apaixonado. O esporte, e principalmente o futebol foram decisivos pra que eu escolhesse o “jornalismo” como “carreira” e cobrindo o esporte espero ser feliz nessa profissão.
Poderia estar muito feliz em saber que a copa será realizada aqui. Como em 2010 já estarei formado penso em ir a da África, mas tudo ainda é uma grande icógnita. Ainda assim me sinto numa faca de dois gumes com essa confirmação da FIFA. Logo abaixo vinham possíveis as sedes e lá estava a minha querida Salvador, com a proposta de construção da Arena Bahia, ou Arena BaVi como esta sendo chamada por aqui. Investimento estrangeiro e privado que vai gerar mão de obra nacional, empregos na construção civil, muito bom. Mas ai eu olho e enxergo a Fonte Nova, monumental, linda, cansada estruturalmente após 50 anos de descaso mas que hoje a cada rodada da serie C do campeonato brasileiro faz qualquer um sentir um arrepio de felicidade.

A “Fonte Nossa” como aprendeu a chamar o torcedor do Bahia ficará pra escanteio? Será implodida e ali teremos uma área com um condomínio de luxo em Salvador?
Ou apodrecerá servindo de abrigo para os moradores de rua como já é hoje?
Eu que tenho hoje 20 anos e há 14 freqüento a Fonte não imagino outro destino pra ela a não ser o de levar meus filhos para ver o Bahia jogando, e sentar de frente para as cabines de imprensa, sob o refletor que balança.
E o Barradão? Fruto da luta de apaixonados rubro-negros será esquecido também? Como ficamos com um quarto estádio – já que o municipal Roberto Santos apesar de todas as suas qualidades de infra-estrutura, e mesmo não contando com um bom sistema de transporte, esta abandonado as traças - , o que fazemos com eles? Nossa Arena ficará de herança para quem? Para nossas crianças? Quantas delas poderiam ter sido salvas se em vez de arenas construíssemos hospitais e escolas. Enfim um dolorosa dúvida persiste.

Creio que não podemos partir sem darmos passos importantes numa caminhada e esse é um grande passo sim, talvez com a copa aqui, milhões de crianças passem a ter mais esperança num futuro próximo melhor, sem que seja preciso rezar pra não morrer atingido por uma bala perdida ou para ter uma opção diferente da de entrar no tráfico?
Pode ser que sim, Dei sorrisos sem graça, acompanhado a cerimonia, vi um Lula muito feliz, emocionado, “mais uma conquista” pareci apensar, vi a alegria dos governadores-turistas em Zurique que pareciam cochicar “e os relógios onde achamos?!”. Vi um Romário pensativo talvez com a bola defendida por Diego Cavalieri no fim do jogo contra o Palmeiras. Assim como Dunga que tinha cara de “2014...será que eu duro até lá?”.
O Povo brasileiro fez festa, merece essa festa pra daqui a 7 anos, mas merece muito mais que um alto investimento governamental em Arenas esportivas. Li na Coluna de Tostão no domingo essa mesma preocupação por parte dele, é quase inconcebível imaginar que apenas a iniciativa privada fará a copa do mundo, o governo investirá e muito, como se viu no Pan, e que imposto terá que ser criado para que banquemos a copa? A CPMF muda de nome? Contribuição para manutenção do futebol? Não sei. No momento me sinto o ser mais dúbio do universo. Comemoro ou me preocupo. A Copa é nossa. E agora o que fazer com ela?
Saudações futebolísticas apaixonadas!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Persepcçoes e perspectivas

É só ficar dois dias sem escrever que acontecem hiper mega revoluções que mudam o rumo do planeta.

Enfim durante essa semana. Na quarta Liga dos Campeões da Europa. Assisti ao segundo tempo de Real Madrid e Olympiakos. Show de Robinho, depois do zunzunzum provocado pela festa pós jogo da seleção no Rio de Janeiro, o menino prodígio voltou a campo com tudo só faltou fazer chover. Deu o passe pra Ruud Van Nilsterooy na jogada que originou o gol de Raul, o primeiro do Real. Ainda pro último de Balboa. Sofreu o penalti que Nilsterooy chutou por cima, numa jogada identica àquela que o deixou famoso mundialmente, entrou na área pedalando e foi derrubado. Por fim marcou dois gols. E foi fundamental para a virada madrilenha. O time grego chegou a estar vencendo por 2 a 1 com um gol do brasileiro Julio Ceas. O argentino Galleti marcou o primeiro dos gregos.


Os outros jogos da quarta:

Grupo A
* Besiktas 2 x 1 Liverpool - Hypia, contra (13´), Bobô (82´) e Gerrard (85´)
* Marseille 1 x 1 Porto – Niang (69´) e Lucho Gonzalez (79´)

Grupo B
* Rosemborg 2 x 0 Valencia – Kone (53´) e Rideth (61´)
* Chelsea 2 x 0 Schalke – Malouda (04´) e Drogba ((47´)

Grupo C
* Werder Bremen 2 x 1 Lazio – Sanogo (28´), Hugo Almeida (54´) e Manfredini (82´)
* Real Madrid 4 x 2 Olynpiakos – Raul (02´), Galletti (07´), Julio Cesar (47´), Robinho 68´e 83´) e Balboa (93´)

Grupo D
* Benfica 1 x 0 Celtic – Oscar Cardozo (87´)
* Milan 4 x 1 Shakhtar – Gilardino (06´e14´), Lucarelli (51´), Seedorf (62´e 69´)

Tivemos ainda por esse rodada na terça:

Grupo E
* Rangers 0 x Barcelona
* Stuttgart 0 x 2 Lyon – Fábio Santos (56´) e Benzema (79´)

Grupo F
* Dínamo Kiev 2 x 4 Manchester United – Ferdinand (10´), Rooney (18´), Diogo Rincón (34´), Cristiano Ronaldo (41´, 68´) e Bangoura (78´)
* Roma 2 x 1 Sporting – Juan (15´), Liedson (18´) e Vucinic (70´)

Grupo G
* PSV 0 x 0 Fenerbahce
* CSKA Moscou 1 x 2 Internazionale – Jô (31´), Crespo (51´) e Samuel (79´)

Grupo H
* Sevilla 2 x 1 1 Steua Bucareste – Kanouté (05´), Luis Fabiano (13´) e Petre (63´)
* Arsenal 7 x 0 Slavia Praga – Fabregas (05´, 58´), Hubacek, contra (24´), Walcott (41´e e 55´), Hleb (51´) e Bendtner (89´)


Falando de Brasil. Pelé comemorou no dia 23, 67 anos de vida. Nosso parabén atrasado
ao maior de todos.

Já na quarta dia 24 tivemos os jogos de volta pelas quartas de final da Copa Sulamericana. O Brasil de novo ficará d efora das finais. O Vasco com Romário de Tecnico venceu o América por apenas 1 a 0. Resultado insuficiente pra quem havia perdido por 2 a 0 no México.Mas Romário(ou a saída do Roth?)deu cara nova ao Vasco. Que só não passou de fas egraças ao goleiro mexicano Ochoa, que pegou tudo e mais um pouco. Agora já sei o porque dele estar entre os 50 melhores do ano para a revista France Football. Rogério Ceni também marca presença, e falando nele, o São Paulo perdeu por 2 a 0 para o Milinários da Colõmbia e também deu adeus a competição.
A cargo de informe, o Vasco anunciou ontem o nome de Valdir Espinoza como treinador até o fim do ano. Sorte a ele e ao Gigante da Colina.



Na Série C, mais um show da torcida do Bahia, que aumenta a média do time no Brasileirão a cada nova rodada.%0 mil pessoas na noite de quarta. O time porém decepcionou (mais uma vez!)o resultado de 2 a 2 manteve o Bahia no G4 mas a vitória teria dado a liderença e uma maior tranquilidade para o jogo desse domingo contra o líder Bragantino, Bragança Paulista.
Veja os gols de Bahia e Barras:

Amanhã tem Série B. No Barradão se espera mais de 35 mil pessoas incentivando o rubro negro baiano. O vitória joga contra o Criciuma. Como o Leão da Barra,4º tem 2 pontos a mais que o time catarinense que é 5º(50 contra 48)esse jogo é tido como de 6 pontos e crucial para a subida do time baiano.
Amanhã é dia de festa no Barradão e o Receptáculo espera que o "vamos subir negôôô" ecoe pelos 4 cantos da cidade e que o Vitória dê esse importante passo rumo a séria A.

Volto na segunda, contando tudo sobre o fim de semana de futebol, que pode sagrar o São Paulo, campeão brasileiro e primeiro penta sem asterisco da história do nosso futebol.


Um forte abraço e até lá!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Fórmula Ilógica - Raikkonem vence em Interlagos e é campeão mundial









Deu a ilógica em Interlagos, Kimi Raikkonem venceu a corrida e se tornou pela primeira vez campeão mundial de Fórmula 1. O Homem de Gelo chegou com a vitória a 110 pontos, contra 109 de Hamilton e 108 de Alonso, se tornando campeão numa das mais disputadas temporadas de todos os tempos. O titulo do finlandês relembrou a temporada de 86, onde também venceu o azarão, naquela temporada Manssel e Piquet disputavam o título ponto a ponto, a taça, porém ficou com Prost que vinha em terceiro no campeonato.




A corrida

Logo na largada da corrida a zebra começou a se desenhar. Massa que havia feito a pole manteve a primeira posição inclusive fechando a porta para Raikkonem que já na saída ultrapassou Hamilton. Alonso que vinha em 4º também ultrapassou o inglês. Até ai tudo bem, Lewis tinha o campeonato nas mãos, logo não havia porque se desesperar. Mas o inglês mostrou mais uma vez que para ser um campeão do mundo lhe falta experiência. O menino prodígio reviveu as trapalhadas do GP da China e jogou o campeonato no lixo, ainda na primeira volta ele tentou seguir o vácuo de Fernando Alonso, e errou na freada saindo da pista. Naquele momento o inglês havia caído para a 8ª posição e o título estava com Alonso. Hamilton viu seu sonho de ser campeão ficar ainda mais longe quando seu carro ficou inexplicavelmente lento e o motor Mercedes começou a falhar, ele perdeu muitas posições, mas conseguiu fazer com que o carro voltasse a pegar, retornando na 18ª posição, ai se iniciou uma corrida de recuperação até a 7ª posição onde cruzou depois de 70 voltas, já que nem precisou completar a 71ª porque havia sido ultrapassado pelos líderes. Alonso se manteve desde a ultrapassagem em cima do companheiro na largada em 3º e no final cruzou 51 segundos após o segundo colocado, Felipe Massa na mesma posição.

>
As trapalhadas da Mclaren deram o título a Kimi

No fim da corrida, a impressão que se tinha era de que a própria Mclaren havia jogado fora a chance de um dos seus pilotos se tornar campeão. Hamilton começou a jogar fora o campeonato no GP da China, isso é consenso, porém não era esperado que ele voltasse a errar infantilmente no GP do Brasil, mas Lewis voltou a errar.





As Ferraris tinham um carro superior, mas a diferença entre as Mclarens era enorme. Hamilton mesmo com o erro e o problema no carro voava, disputando com as Ferrarias que andavam na frente, o melhor tempo de cada volta já Alonso não conseguia nem de longe tentar mudar algo no campeonato, assistiu as Ferraris e chegou 51 segundos depois de Felipe Massa cruzar a linha de chegada. Se a Mclaren deu preferência ao carro de Hamilton ou não dificilmente saberemos, mas a falta de controle na disputa interna foi crucial para os planos da equipe inglesa. A equipe se rachou pós-FerrariGate somente trabalhavam pró Alonso aqueles que mexiam diretamente em seu carro (talvez nem eles), Ron Dennis foi infeliz ao declarar publicamente que o maior adversário da EQUIPE Mclaren era Alonso. Talvez por isso era possível ver no rosto do espanhol uma certa satisfação ao final da corrida no pódio. Alonso parecia pensar coisas do tipo,“ao menos não perdi pra ele (Hamilton)” ou ainda “não ganhei mas Ron Dennis também não”. Aos torcedores do espanhol ficará a sensação de que se tivesse tido um pouco mais de “reconhecimento” por parte da equipe inglesa com certeza teria sido Alonso o campeão.






Santo Felipe! Ferrari faz cabelo, barba e bigode

A Ferrari já era campeã do mundial de construtores, depois que a Mclaren foi punida após o FerrariGate, porém via de longe as chances de fazer também o campeão do mundial de pilotos, mas as trapalhadas da Mclaren deram essa chance e a equipe italiana não desperdiçou. Porém Raikkonem terá uma eterna dívida a pagar ao brasileiro. Felipe liderava a corrida com sobra, andando muito mais rápido do que o companheiro de equipe, mas com as circunstancias da prova Felipe tinha sim a obrigação de fazer o jogo de equipe, muito diferente da era Schumacher-Barrichello, Felipe fez algo que Raikkonem e a Ferrari sem dúvida fariam e podem fazer num futuro muito próximo por ele, tirou o pé no pit-stop de Kimi para que esse voltasse à pista na sua frente, consequentemente campeão do mundo.



Felipe foi brilhante, tem um contrato de mais três temporadas na equipe de Luca de Montezzello e tem tudo para se tornar campeão do mundo já no ano seguinte. A Ferrari chegará com moral, além do título de construtores e pilotos, fechou o ano com mais uma dobradinha para suas contas e a Mclaren que ainda não sabe como virá, isso após juntar os cacos da perda de um título que parecia certo.

A F1 volta no ano que vem. Até lá a Ferrari terá muito o que comemorar, a Mclaren a pensar e as outras equipes a se preparem. Esperamos um campeonato tão forte como nesse ano. Que a BMW continue potente e porque não venha disputar títulos com seus talentosos pilotos. Que a Honda enfim dê a Button e a Barrichello carros dignos da competência de ambos, que todas evoluam e que tenhamos uma temporada 2008 forte, sem espionagens e sem mesquinharias fora das pistas.

Assim a F1 se despede do Receptáculo nesse ano, mas continuaremos de olho nas mudanças e contratações das equipes.
E se o ano é vermelho, a despedida também tem que ser. Arrivederti!



Futebol
Sobre Futebol acompanhei ontem um pouco de Milan e Empoli, e sem Kaká o Milan não é nada. Perdeu por 1 a 0 em pleno San Siro.

Pelo Brasileiro da Serie A, o São Paulo mais campeão do que nunca venceu o Cruzeiro por 1 a 0 num Morumbi lotado com mais de 60 mil pessoas. Gol de Jorge Wagner o tricolor agora soma 67 pontos. Foi uma final antecipada, só para o São Paulo, óbvio, e agora pode já comemorar o título no próximo domingo.


Nos Aflitos um jogo que dividiu minha atenção com Atlético mineiro e Vasco, Náutico e Corinthians. Bom ver o excelente Geraldo em ação e foi dele o gol que deixou o Corinthians ainda mais perto da serie B e a 5 pontos de primeiro time fora da zona de rebaixamento. O gol foi marcado de pênalti aos 43 do segundo tempo. Sempre bom ver os Aflitos lotado e melhor ainda ver o Timbú vencer.

No Mineirão, um jogo de dois times medíocres e iguais até os 44 do segundo tempo quando Wilson de Souza Mendonça expulsou o lateral esquerdo do Vasco, que se já não era boa coisa com 11 imaginem com 10. Celso Roth ajudou na derrocada vascaína quando tirou Conca para colocar um lateral esquerdo deixando em campo o sofrível Enilton. Já no início do segundo tempo o Galo marcou o gol da Vitória e chegou aos mesmos 43 pontos do Vasco.

Na Arena da Baixada, o Furacão venceu o já rebaixado América de Natal por 1 a 0.
Tivemos ainda o Flamengo enfrentando e vencendo o Grêmio no Maracanã por 2 a 0 (lá vai o Flamengo!), o clássico gaúcho JuveNal, Juventude e Internacional, e o Inter ajudou a afundar o time conterrâneo, 2 a 0 Colorado. Por fim o Figueirense venceu por 1 a 0 o Santos de Luxemburgo, e mais uma vez ajudou o São Paulo na conquista do título (o Figueira já merece metade de uma ponta da estrela do penta campeonato tricolor).

No sábado o Botafogo voltou a vencer, 3 a 1 no Sport. O Goiás venceu o Flu, com 3 de Paulo Baier. 5 a 3. e o Palmeiras deu um show no Paraná 3 a 0.

Pela serie B no sábado, o Vitória perdeu para o Fortaleza fora de casa, mas segue entre os 4. E no sábado próximo enfrenta o Criciúma no Barradão, que deverá estar lotado, assim se espera. É jogo de 6 pontos e dentro de casa só se admite o triunfo. Estaremos na torcida.

Pela Serie C, o Bahia perdeu a primeira no octagonal final. O ABC venceu por 4 a 3. O Bahia sai na frente mas teve contra além do time de Natal uma péssima arbitragem do sergipano Horácio Hora Filho. Marcaram para o Bahia, Moré, Elias e Harley. O time que tem 6 pontos, caiu para o terceira posição em decorrência das vitórias de Bragantino que fora de casa venceu o Crac por 2 a 1 e chegou a 7 pontos, assim como o Atlético que venceu o Vila Nova no clássico goiano por 3 a 1, chegando aos mesmos 7 pontos. No outro jogo Barras e Nacional empataram em 0 a 0.
O Bahia enfrenta agora o Barras na próxima quarta-feira na Fonte Nova que deverá estar lotada em mais um jogo para se somar três pontos.


Boa semana!

sábado, 20 de outubro de 2007

Massa! O Brasil é pole no Brasil!


Para a alegria da torcida em Interlagos, o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, fez o melhor tempo (1m11s931) no treino classificatório, neste sábado, e largará na pole position no GP do Brasil de Fórmula 1. O inglês Lewis Hamilton (1m12s082), líder do Mundial de Pilotos, dividirá a primeira fila.O bicampeão mundial Fernando Alonso, companheiro de Hamilton na McLaren e maior rival na disputa pelo título, fez apenas o quarto tempo (1m12s356), e largará atrás do finlandês Kimi Raikkonen (Ferrari), que fez sua melhor volta em 1m12s322.


O piloto brasileiro comemorou muito o tempo de 1m11s931 que registrou na sua última tentativa. Empurrado pela torcida, ele agradece o apoio e espera repetir em 2007 o mesmo desempenho de 2006, quando também foi pole e depois venceu a corrida. A largada do Grande Prêmio do Brasil será as 14h deste domingo.
- É um dos grandes dias de glória da minha vida! É fantástico fazer a pole no Brasil - diz Felipe Massa.
Consciente de que a sua briga é particular, já que o título será disputado por Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, Massa quer vencer para os brasileiros. Enquanto os três largarão atrás pela conquista do Mundial, ele quer vencer para presentear a sua torcida. Claro que, caso Raikkonen precise de ajuda para ter chance de ser campeão, a Ferrari ordenará que Felipe faça jogo de equipe e dê preferência ao companheiro finlandês.

- A grande briga, dos três, vai ser atrás de mim.
Era esperado que, com as reformas no asfalto de Interlagos, os tempos diminuíssem. Porém, o tempo da pole position deste ano é maior que do ano passado. Em 2006, Massa largou em primeiro lugar ao registrar 1m10s842. - É muito bom voltar um ano depois a Interlagos e na mesma situação. Quero comemorar essa pole com o meu país. E posso dizer que tenho um ótimo carro para fazer uma grande corrida neste domingo. É excitante correr com a torcida apoiando - promete.



Barrichello em 11º :
Rubens Barrichello consegue, em Interlagos, sua segunda melhor posição no grid este ano, e largará em 11º. O brasileiro da Honda não passava da primeira fase nos treinos classificatórios desde o GP da Itália, em Monza, onde largou em 12º. Desde então, largou em 17º na Bélgica e no Japão. Na China, partiu em 16º, mas só porque ganhou um posto graças à punição ao alemão Sebastian Vettel. Em 2007, a melhor performance de Barrichello em treinos classificatórios foi em Mônaco, onde coneguiu largar em nono.

Amanhã todo o mundo de olho no Brasil! Até lá!

Informações emprestadas discaradamente do Globo.com

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Uma quinta de clássicos, no Maraca o dos milhões e em Goiania um BaVi genérico pela serie C

No dos milhões deu Fla que agora a 5 pontos do Grêmio sonha mais do que nunca com a vaga na Libertadores, não vi o jogo mas quem viu diz que o Fla, mais aguerrido em campo mereceu.

Os gols foram marcados por Toró e Ibson para o Fla, para o Vasco marcou Andrade.





Já em Goiania no Serra Dourada, num ainda que genérico BaVi, o Bahia enfrentou o Vila Nova de Túlio Maravilha.
E surpreendentemente venceu por 3 a 2. O surpreendentemente vem do fato de o Bahia ter feito pífias apresentaçoes nos últimos jogos.

O primeiro gol foi marcado por Moré, que aproveitou cruzamento de Elias, aos 25 minutos do primeiro tempo. Cinco minutos depois, Alisson fez pênalti em Alex Oliveira. O artilheiro Túlio Maravilha bateu e empatou. Na etapa complementar, aos 15 minutos, mais uma vez Moré aproveitou um contra-ataque para dominar e voltar a colocar o Bahia na frente. No finzinho, Túlio conseguiu novo empate, de cabeça, chegando ao 805º gol em sua carreira, segundo suas anotações 19º na serie C. Mas, no minuto seguinte, Dudu, de falta, marcou o gol da vitória.




ABC 1 x 1 Atlético-GO

O Atlético-GO estava vencendo a sua segunda partida seguida na fase final, quando Wallyson arrancou um empate aos 43 minutos do segundo tempo para o time do ABC, no Frasqueirão, em Natal. Com isso, o Rubro-negro goiano chega aos quarto pontos e fica em segundo lugar na classificação, graças ao saldo de gols superior ao do Bragantino (seis contra um). O gol atleticano foi marcado por Rivaldo, aos 35 do segundo tempo.

Barras 1 x 1 Bragantino

Graças a um gol de Paulinho Guerreiro marcado aos 44 minutos do segundo tempo, o Bragantino conseguiu escapar de uma derrota na segunda rodada do octogonal. O time paulista arrancou um empate com o Barras (PI) por 1 a 1, no Estádio Albertão, em Teresina, e chega aos quatro pontos, ficando em terceiro lugar. O piauiense abriu o placar aos 40 minutos da etapa final, com Leandro.

Crac 4 x 1 Nacional-PB

Em Itumbiara, no Estádio Juscelino Kubitschek, o Crac (GO) goleou o Nacional-PB por 4 a 1, somando os primeiros três pontos na fase final. Camilo (contra), Renato, Romildo e Danilo Santos marcaram para a equipe de Catalão. Paulinho Guerreiro descontou para o time paraibano, que segue sem marcar pontos.

Confira a próxima rodada (horários de Brasília):

21/10 - 17h - Barras x Nacional-PB - Albertão (Teresina)
21/10 - 17h - Crac x Bragantino - Juscelino Kubitschek (Itumbiara)
21/10 - 18h - ABC x Bahia - Frasqueirão (Natal)
21/10 - 18h - Vila Nova-GO x Atlético-GO - Serra Dourada (Goiânia)

Fonte: Globo.com

Fim de semana de GP do Brasil. Emoções a vista!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Maraca numa noite pra se eternizar



Noite de muito trabalho, dia super corrido, só deu pra ficar feliz com as peripercias de Robinho.
Aqui relatos da noite anterior por Lédio Carmona:


"Faça um esforço. Não é querer ser Polyanna. Juro que não. Esqueça quem manda (ou desmanda) no futebol brasileiro. Não, não esqueça. Deixe um pouco de lado. Talvez até amanhã, quem sabe. Dê uma arquivada naquele famoso erro de arbitragem contra o seu time e o abrigue em seu disco rígido. Jogue na lixeira da sua máquina o mau humor, culpa desse dia-dia sórdido no qual vivemos. O futebol ainda pode nos ajudar a ser feliz. Ou, quem sabe, ficar mais leve. O que aconteceu ontem à noite, no Maracanã, deve ter memória livre em nossos HDs íntimos. Foi mais uma noite (já tivemos algumas tardes e até uma manhã em 2007 – lembra das meninas?) no qual a maior paixão popular perpetrou um mutirão social admirável.
Brasil 5 x 0 Equador. O que menos importa é o resultado. Até importa, diga-se de passagem. O adversário não é uma baba, como a velha tendência do marrabol gosta de pintar. Tem, sim, uma equipe um pouco envelhecida e que tem dificuldade impressionante para fazer gol. Mas é um grupo competente, experiente, com bom toque de bola e que evoluiu muito nos últimos anos. Tanto que, até os 26m do segundo tempo, estava apenas 1 a 0, gol de Vagner Love, ainda na primeira etapa, após toque de craque de Robinho, um avanço impressionante de Maicon pela lateral-direita. Como deve jogar um lateral (faça isso sempre, Maicon!), ele cruzou e Vagner Love, em sua melhor atuação pelo Brasil, fez 1 a 0.

"O Brasil era meio lento. Um time extremamente seguro atrás, com uma defesa séria, muito bem montada e que passa incrível confiança ao time, mas um pouco lento e previsível do meio para a frente. Até porque a saída de bola não era perfeita. Mas a previsibilidade começou a mudar aos 26m. Kaká deu um chute fraco e Ronaldinho Gaúcho, consciente, só desviou: 2 a 0. O terceiro foi de placar: Kaká recebe de fora da área, olha para o gol e bate com estilo, no ângulo: obra-prima. Obra prima? Teve mais... Robinho deveria ter posto ontem mesmo seu pé na calçada da fama do Maracanã. Foi de arrepiar o que ele fez com De La Cruz. Humilhante. Pedalada, entortada, drible de letra... De chorar. E, no rebote, gol de Elano. E ainda teve o gol de Kaká (ou o frango de Viteri) num lance marcado pela comemoração sem jeito. Kaká é tão fidalgo que ficou sem graça com a gafe do péssimo (e terceiro) goleiro equatoriano.


Foi uma grande festa. A atuação foi boa mesmo após o segundo gol. Mas o reencontro do povo com a Seleção no Rio merece aplausos. Química pura. Casa cheia. Gente feliz. Atmosfera de almanaque. Foi mais uma noite feliz. Repito: o brasileiro gosta muito de futebol. Esse ano se tornou um fenômeno. Estádios cheios, torcedores emotivos e criativos... Há algo no ar... E não são apenas os absurdos dos cartolas, os erros dos árbitros e nossa mania de puxar a brasa para as próprias sardinhas.

A paixão está no ar. O futebol é do povo e ninguém tasca. Hoje tem Flamengo e Vasco, no Maracanã: 60 ou 70 mil? Quanto você acha?

Fenômeno."

E por Carlos Cereto:

"O primeiro tempo deu sono.

Muita gente deve ter desistido de assistir a segunda etapa e perdeu o bom futebol da Seleção Brasileira.

Bom futebol, mais do aspecto individual do que do coletivo.

Absolutamente normal.

Será assim durante toda a eliminatória.

Não dá para exigir futebol coletivo para um time que não tem tempo para treinar.

O conjunto só pode ser cobrado em competições como a copa América ou copa do mundo.

O que podemos e devemos cobrar é o bom futebol de alguns jogadores do Brasil.

Sobretudo daqueles com capacidade técnica suficiente para fazer a diferença.

Kaká provou o porque é o melhor jogador do mundo na atualidade.

Robinho fez mágica com a bola nos pés.

Lembrou Garrincha no palco que consagrou o craque das pernas tortas.

Ronaldinho, bem marcado, ainda deve mais futebol.

Foi coadjuvante, mas tem a obrigação de ser protagonista.
Vagner Love, foi Vagner Love, nem melhor e nem pior.

O Brasil ainda precisa de um centro avante com melhor qualidade.

A vaga está reservada para Pato, mas pode ser novamente de Ronaldo.

Elano mostrou que é útil é que pode ser titular da Seleção dependendo do esquema adotado.

Os laterais não decepcionaram.

Maicon foi muito bem pela direita.

Prefiro Kleber na esquerda.

A zaga foi pouco exigida.

Os volantes jogaram pro gasto.

Julio César chorou na execução do Hino Nacional.

Reflexo de uma Seleção que tem alma.

Muito diferente daquela que disputou a Copa na Alemanha."

Os brasileiros “estrangeiros” precisam ter orgulho de jogar no Brasil, ao lado da torcida apaixonada e exigente.

É preciso ter orgulho de vestir a camisa amarela, talvez o maior legado de Dunga.

O técnico está no caminho certo.

Que venha o Uruguai."

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Uma torcida de primeira

Bloguear em feriadão é sempre complicado, mas uma rodada do brasileirão serie A, essa acompanhada a distancia, e pela serie B, excelente vitória do Vitória, agora vice lider da segundona, e com a mão firme de Vadão rumo a serie A. Teve ainda a estréia brasileira nas eliminatorias para a Copa de 2010. Um 0 a 0 chato com a Colômbia em Bogotá.

Domingo, um pouco antes do jogo da canarinha, já estava eu de volta ao solo soteropolitano e obviamente na Fonte Nova. Já escrevi aqui inúmeras vezes sobre a torcida do Bahia, não irei me repetir, basta ver.

Fim de semana de feriadão, time na terceira divisão do Campeonato Brasileiro, enfrentando o desconhecido CRAC de Góias. E o público, pouco mais de 58 mil.
Emocionante ver a Fonte Nova como nos velhos tempos. O time novamente não jogou bem. Mas a torcida jogou bonito.E meia hora após o fim do jogo ainda cantava dentro do estádio. De arrepiar a último fio do dedão do pé. Uma torcida que joga. Uma torcida que ama.





A edição do segundo video é de DanValverde

sábado, 13 de outubro de 2007

"Quem é ateu e viu milagres como eu...."

Futebol é realmente uma caixinha de surpresas.
O milagre das três cores no último domingo me fez relembrar ainda quem em diferentes proporções outros "milagres" futebolisticos.

Eis aqui os que mais me marcaram.

Apaixonado por Copas do Mundo com eu, sempre se encantam com o Milagre de Berna, assim Puskas perdeu uma Copa. A história diria que foi injusto. Mas e os deuses do futebol por que permitiram que aquilo acontecesse? Aquela Alemanha vibrante e corajosa mereceu:

Em 2000, Vasco e Palmeiras fizeram a final da Copa Mercosul, o Palmeiras terminou o primeiro tempo vencendo por 3 a 0. O Vasco numa virada histórica fez 4 a 3. Num dos maiores jogos de futebol que já vi. Ali eu era muito mais torcedor, logo seria eu suspeito pra falar. Eis ai o milagre concretizado na voz de Luis Penido:

E por fim em 94 a torcida do Bahia não esquece, gol de Raudinei ao 44 do segundo tempo, Bahia bi-campeão baiano. De milagres a torcida do Bahia entende:

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O Terceiro Milagre

- Bahia conta com apoio do ABC, do FAST, da arbitragem, da torcida e com um gol aos 49 do segundo tempo, se classifica para a fase final da série C -

O domingo que começou com a falta de maturidade de Lewis Hamilton, que terminou dando sobrevida aos concorrentes para o próximo GP, o do Brasil, caminhava para a monotonia, mas ainda restava a rodada final da serie C. O Bahia precisava de um milagre. Precisava de que o ABC de Natal, não perdesse para o Rio Branco do Acre, na Arena da Floresta, casa do time acreano. O time da região amazônica havia vencido todos os jogos que disputou no caldeirão florestal. Além disso, o Bahia precisava vencer seu jogo. Mas isso era o de menos, o Bahia em enfrentava o FAST Clube de Amazonas, que só havia conseguido 1 ponto, nessa fase, justamente contra o Bahia na primeira rodada dessa terceira fase. Fácil seria se o FAST não viesse a Salvador com a intenção de colaborar com a eliminação precoce do tricolor baiano.
Fui como torcedor e como jornalista. Por sinal, jornalista é um ser muito desinformado, uns pseudos da imprensa baiana, anunciaram que o jogo seria as 16h, e este vos escreve chegou ao Estádio Octávio Mangabeira por volta das 15h30 e ai foram longas duas horas e trinta minutos de espera, já que o jogo começaria realmente as 18h.
Pouco mais de 8 mil torcedores comparecem, nem de longe lembrou os públicos que a Fonte Nova se acostumou a pegar esse ano. Mas eram 8 mil confiantes e esperançosos tricolores.Não tinham nos rostos a alegria de sempre, típica da torcida do maior do norte nordeste. Tinham semblantes tensos, preocupados.
Veio o jogo e o Bahia não jogou, assistiu ao FAST que jogava muito bem. Meu instinto jornalista dizia que seria uma noite complicada. Da Arena da Floresta vinha a boa noticia, torcedores tricolores com radinho no ouvido comemoravam, eu sem auxilio dos futuros colegas de profissão, esperava que aqueles que ouviam repassassem a informação, era gol do ABC, as pessoas comemoravam, cheguei a repassar a informação, até ser informado por uma colega jornalista e torcedora como eu, de que não havia sido gol do ABC e sim um pênalti para o Rio Branco que havia sido defendido pelo goleiro do time do Natal. O primeiro tempo terminou 0 a 0. Na Floresta o placar era o mesmo, o ABC ajudava, mas o Bahia não fazia sua parte.
O time demorou de voltar para o segundo tempo, esperou que o jogo no Acre recomeçasse. Cinco minutos depois que a bola voltou a rolar lá, o Bahia voltou a campo. A bola rolou aqui e foi um verdadeiro desespero. O Bahia só jogava bolas na aérea que não causavam perigo ao goleiro amazonense. Em certo momento o time passou a se desesperar, foi com tudo para o ataque, Artuzinho fez alterações e colocou o Bahia com 4 atacantes, o time que não teve uma tática definida ao longo do jogo não tinha nos minutos finais. O FAST se aproveitou e teve dois contra ataques a pique de decidir o jogo, no primeiro o atacante driblou o goleiro tricolor e foi derrubado, pênalti escandaloso que não foi marcado pela arbitragem. No segundo dois atacantes contra o goleiro Marcio e eles fizeram a proeza de perder. Era nítido de que o FAST veio a Salvador para não perder, mas também pra não fazer gols.
Do Acre veio a notícia, terminava o jogo, 0 a 0. Bastava ao Bahia um gol, o jogo aqui chegava aos 45. Vieram 6 acréscimo. Por sinal, justos. O FAST encenou muito, logo disso se pode isentar o arbitro, se bem que isenta-lo depois da não marcação do pênalti e da primeira expulsão amazonense, até agora sem justificativa, é verdadeiramente impossível. O milagre do Floresta já havia acontecido, restava o da Fonte Nova, e ele veio ao 50 minutos, o sofrível Carlos Alberto cruzou na área, e o pé de coelho Charles desviou pro fundo, era o segundo milagre, que causou o terceiro.

Os 8 mil apaixonados presentes e outros tantos em suas casas e bares, entraram em êxtase, não havia sido gol do time vergonhoso que vestia as cores do Bahia, era justamente um gol daquele manto sagrado, um gol do manto azul, vermelho e branco. Ali o lado jornalista já não existia, ele já havia esquecido do péssimo futebol demonstrado, da ridícula arbitragem, do comodismo da diretoria. Ali era só o Bahia. E um grito preso na garganta. Era impossível de acreditar o Bahia estava classificado. Se via lágrimas nos olhos daqueles eufóricos torcedores, há muito não tínhamos tanta emoção, era inenarrável, só dava pra comemorar e se orgulhar de ter sido este o time que escolhi pra torcer. Só dava pra relembrar as primeiras idas ali ainda em companhia do saudoso avô tricolor. Só dava pra ir pro meio da galera cantar: - Bahia! Bahia minha vida! Bahia meu orgulho! Bahia meu amor!


O milagre das três cores estava realizado. Dêem-nos ao menos 24 horas para comemorarmos, depois voltemos a nossa realidade. Que alguém diga aos jogadores que é preciso raça para vestir as cores do Bahia, é preciso amor a camisa e coração na ponta da chuteira. É preciso dizer ao treinador Artuzinho, de que precisamos de um esquema tático, de um meio campo que jogue. De laterais que apóiem e defendam. Precisamos jogar futebol. Por que nas arquibancadas a força estará sempre a disposição.

Brasileirão A e B

Tirando o São Paulo, que não vence a duas rodadas, mas ainda assim é mais campeão do que nunca, o Brasileirão parece aquela musiquinha,"é que o de baixo sobe e o de cima desce!"

Uma loucura. Só pra se ter uma idéia, o Vasco que até outro dia lutava pela Libertadores, está a três pontos do Corinthians que é o primeiro na zona de rebaixamento. Enfim os jogos de ontem:

- O Corinthians venceu o clássico contra o São Paulo. Hum..bom para a Federação Paulista, que faz o campeão e livra o seu maior patrimônio da degola.




Cruzeiro e Góias, 0 a 0 no Serra Dourada, até quando o São Paulo empaca, o Cruzeiro deixa de fazer seu papel. Muito pouco pra quem quer ser vice.

No Maracanã, de novo lotado, deu Flu, o turista do brasileirão que fez Joel enfim perder a primeira em casa. Já era hora, mas o resultado foi normal. O Flu é melhor que o Fla, que joga mais do que jogou ontem.

Na Arena da Baixada, o Vasco fez a brisa do Altético Paranaense voltar a ser furacão. Perdeu por 1 a 0. E segue a 8 jogos sem vencer no campeonato. Já chega a fletar com a zona de risco. Eu hein?! Acorda Fuzarcada!

No Beira-Rio, Inter 2 a 0 no rebaixado América de Natal.

No Mineirão, o Galo enfim venceu depois de 7 jogos. 3 a 1 no Sport.

Em Floripa, Figueira 4 Paraná 0. O tricolor segue rumo a serie B.

No sábado no Engenhão o Botafogo perdeu (de novo!) , dessa vez para o Santos que parece que leva fácil uma das vagas para a Libertadores. Quanto ao Botafogo, demitiu Mário Sergio e contratou Cuca, ele mesmo, nove dias depois da demissão. Eu hein? Essa eu nunca vi.



Num clássico no Palestra, deu Verdão, 2 a 0 sobre o Grêmio. Briga de cachorro grande. O Porco agora é 4º com 50 e o Grêmio 5º com 48. Os dois devem brigar até o fim pela última vaga na Libertadores.

E nos Aflitos, festa do Timbú. Naútico 4 a 1, no Juventude.

E segue a saga!

Pela serie B, foi no sufoco, mas o Vitória venceu o Barueri no Barradão. 2 a 1. E continua forte, agora é terceiro. Bonito ouvir o Barradão cantar - Ôh vamos subir negô, vamos subir negôôôô!

Ficou tudo para Interlagos

A imaturidade de Lewis deixa a decisão para o Brasil


Hamilton largou na pole, no chuvoso GP da China, Alonso em quarto, ao inglês bastava chegar na frente do espanhol. Mas faltou experiência a aquele que pode se tornar o mais jovem campeão da historia da F1. A chuva foi e voltou. Massa deu azar (ou a Ferrari foi de novo incompetente), na volta em que ele parou e colocou pneu intermediário a chuva voltou. Raikkonem se aproveitou e foi pra cima de Hamilton, que infantilmente não quis entregar a primeira posição desgastando os pneus da sua Mclaren, coisa que mais tarde viria a ser crucial para a sua saída da prova. A chuva apertou e Hamilton não conseguia manter o carro na pista, com os pneus desgastados por disputas desnecessárias, ele tentou ir pros boxes e sem tirar o pé do acelerador, o inglês não conseguiu seguir na estreita pista que levava para os boxes, saiu da pista e ficou preso na área de escape, desesperado pediu que os comissários de prova o empurrassem, não teve jeito, sua Mclaren morreu ali, a poucos metros dos boxes e para desespero de Ron Dennis teve que voltar para os boxes de carona.

A corrida foi vencida por Raikkonem, que agora também tem chances mesmo que remotas de ser campeão, esta a sete pontos de Lewis, já Alonso esta a três. Para ser campeão o espanhol tem que vencer no Brasil e Lewis ser no máximo 5º. Já para Raikkonem é preciso vencer e torcer por insucessos dos dois pilotos da Mclaren. Difícil, mas depois de um domingo de milagres, não impossível, ainda por cima no Brasil. Alonso tem boas recordações, aqui em Interlagos conseguiu vencer Schumi e se tornar campeão pela primeira vez em 2005. Agora 21 de outubro, o mundo estará parado as 14h para acompanhar a decisão de um equiparado campeonato mundial. Um campeonato que vai chegando ao fim, mas que será sempre lembrado, espero que não pelas espionagens e afins, mas sim pela disputa entre uma nova e brilhante geração de pilotos. Um deles sairá de Interlagos campeão.


Hamilton será campeão se...
Vencer ou chegar em segundo na última corrida.
Terminar o GP do Brasil na frente de Alonso e Raikkonen.

Alonso será campeão se...
Vencer o GP do Brasil e Hamilton chegar em terceiro. Neste caso, os dois empatariam em 113 pontos, e o espanhol levaria vantagem por ter vencido cinco provas contra quatro do inglês.

Raikkonen será campeão se...
Vencer no Brasil e Hamilton e Alonso somarem no máximo três e seis pontos, respectivamente. Neste caso, com Hamilton e Raikkonen empatados em 110 pontos e Alonso com 109, a vantagem do desempate seria do finlandês.