domingo, 30 de agosto de 2009

Uma patriótica falta de respeito

Como é de conhecimento de todos - ou quase todos - a seleção brasileira enfrenta a chilena no dia 09, às 22h, no estádio de Pituaçu em Salvador. A venda de ingressos começou (e terminou) neste domingo, 30 de agosto. Pois bem, a venda de ingressos para qualquer grande evento na Bahia sempre foi desorganizada (salvo raras exceções), para futebol então, nem se fala, o sempre maltratado torcedor do Bahia, que o diga. Citando alguns exemplos, no dia 26 de julho, passei exatas 4 horas na fila para comprar um ingresso para a partida entre Bahia e Vasco, que foi disputado no mesmo estádio onde a seleção estará em campo pelas Eliminatórias para a Copa da África do Sul. Outro caso aconteceu no ano passado e não teve nada a ver com futebol. Foram exatas 14horas de fila para comprar ingressos para o show de João Gilberto, em mais um show de desorganização, onde milhares de pessoas que passaram a madrugada na fila, não conseguiram ingressos.


Mas vamos ao que interessa, dia 30 de agosto de 2009, o dia D para quem desejou ver a seleção brasileira após 11 anos de ausência em palcos baianos. A CBF divulgou antecipadamente, no dia 18 de agosto, os seguintes pontos de venda.

Estádio Roberto Santos - Pituaçu
Av. Luis Viana Filho, s/n - Paralela

Ginásio Antonio Balbino - Balbininho
Ladeira da Fonte das Pedras, s/n - Nazaré

Shopping Salvador
Av. Tancredo Neves, 2.915 - Caminho das Árvores

Shopping Barra
Av. Centenário, 2992 – Bairro – Chame-Chame

Shopping Paralela
Av. Luis Viana Filho, 8.544 - Bairro - Paralela

Pela internet: FutebolCard - www.futebolcard.com

Porém, um dia antes da venda, tomei conhecimento que a pedido do diretor técnico da CBF, Virgilio Elisio, mais dois pontos de venda seriam implantados. Ambos em bairros populares, um na sede do bloco afro Ilê Ayê, na Liberdade e outro no Clube Periperi, no bairro de Periperi, subúrbio da cidade. Apesar de não divulgado antecipadamente, vale destacar a ótima iniciativa de colocar a venda nesses bairros – apesar dos preços nada atrativos.


Mas o que precisa ficar claro é que era esperada uma grande disputa por ingressos, enormes fila e etc. Porém, o que não era esperado (mesmo com o histórico de desorganização) era a falta de respeito com o torcedor. Seriam comercializados pouco mais de 27 mil ingressos, uma vez que os outros 4 mil são reservados para a CBF, torcida chilena, patrocinadores e afins. Portanto, também era de esperar que muita gente ficasse sem ingresso. Afinal em situações como esta é normal a procura ser maior do que a oferta. Portando a reclamação é contra a forma com que o torcedor foi tratado. Em qualquer país civilizado do mundo, em no máximo duas horas, pelo tamanho da procura, os ingressos já estariam esgotados e os que infelizmente não conseguissem, voltariam para casa (de certo que contrariados), porém teriam perdido "apenas" duas horas, tempo já absurdo, mas digamos que um pouco compreensível.

Mas ai começa a sessão de atrapalhos. Ponto 1, apesar de marcada a venda para o bairro da Liberdade, que por ser um bairro próximo da região central, poderia desafogar os super lotados shoppings Barra e Salvador, não aconteceu. Liguei por volta de 10h para a sede do bloco Ilê, que fica a poucos quilômetros da minha casa. Fui informado de que a venda aconteceria a partir das 11h e que cerca de 50 torcedores já estavam no local (uma das menores filas, entre os pontos de venda). Uma nova ligação, por volta do 12h, e a informação de que a venda havia sido cancelada. Apesar da presença de funcionários da Secretaria do Trabalho e Esporte, que auxiliariam a venda, a empresa Outplan, responsável pela confecção dos ingressos, não levou para o local as impressoras.

Vale lembrar que a Outplan era a mesma empresa que durante o campeonato baiano e começo da série B, vendeu os ingressos para os jogos do Bahia. Inúmeros foram os problemas, inclusive citados neste blog. Relembre um aqui. Outro ponto é que o senhor Robson Oliveira, diretor- sócio da Outplan, responsável pela logística da venda dos ingressos, disse a reportagem do jornal A Tarde que havia disponibilizado 50 máquinas em 7 pontos de vendas, mas, na prática, eram apenas 5 pontos, já que além da sede do Ilê que não vendeu, o Balbininho apresentou problemas e suspendeu as vendas. Além disso NUNCA 50 máquinas estiveram em funcionamento. No Salvador Shopping por exemplo, eram apenas três guichês normais e um com acesso prioritário, sendo que por boa parte do tempo, apenas dois guichês normais funcionavam. Levando em conta, o mesmo número para os Shoppings Barra e Paralela, mais o Clube de Periperi, local onde a venda foi mais tranquila, teríamos 16 e supondo que 20 guichês em Pituaçu, que era o local ais preparado para a venda, chegamos a 36, o que duvido muito que tenha ocorrido. Não acredito que sequer 30 guichês no total funcionaram.

Vale ressaltar também que fui um dos maiores críticos da briga Esporte Clube Bahia/BWA contra Sudesb/Outplan, entendendo que a diretoria do Bahia agia de forma errada, mas depois de mais uma da Outplan, reconheço aqui o mérito de Marcelo Guimarães Filho em romper com a incompetente empresa.

Ponto 2. Nas primeiras horas da manhã, fui informado pelo colega jornalista Yuri Barreto, que percorria os pontos de venda, também na epopéia em busca de um ingresso, de que o Balbininho era o local de fila mais convidativa. Contudo fui informado mais tarde, já na fila do Salvador Shopping, de que a venda no Ginásio havia sido interrompida por problemas técnicos nas máquinas da Outplan. Isso depois do torcedor levar toda a chuva providenciada por São Pedro para o domingo soteropolitano.

Ponto 3. A grande reclamação: Confesso que de tão maltratado na tentativa de comparecer a grandes eventos em Salvador (e olhe que raramente temos grandes eventos) já não esperava muito do tratamento dado ao torcedor disposto a para R$100 reais (valor da inteira) para ver a seleção. Mas o do Salvador Shopping surpreendeu. Fora o número de guichês que hora eram três, outras (poucas) eram quatro, é preciso que se destaque a genial idéia de ‘girico’ de realizar a venda no estacionamento do shopping. Se a direção não queria as pessoas (que consumiram e muito no estabelecimento) dentro do seu shopping, que encontrasse um outro disposto (como fez o Shopping Paralela, que também teve longas filas, mas que tratou muito bem o público), porém colocar a multidão que buscava um ingresso dentro do abafado estacionamento com o agradabilíssimo ar puro gerado pelos automóveis, foi realmente um grande achado.

Para piorar, sequer uma ala do local foi isolada, ou seja, a todo momento carros circulavam cortando a fila e colocando em risco a vida das pessoas, inclusive as muitas crianças ali presentes. Que a sessão de absurdos tenha terminado junto com os ingressos, que por volta de 22h se esgotaram. Pouco antes disso, após 7horas de fila, consegui comprar o meu. No entanto, outras centenas de pessoas, não conseguiram. Encontrei no blog Colando Pixel um post sobre a decepção de não ter conseguido e recebi por e-mail um texto de Mario Jorge Bonfim, chamado Brasil x Chile - O gol do absurdo, vale a pena ler o desabafo de quem passou tanto tempo na fila e não conseguiu.

Vale destacar que não houve tumulto, ou qualquer tipo de hostilidade para com funcionários do Futebol Card que trabalharam na venda. A única confusão presenciada por mim no Salvador Shopping, foi entre duas mulheres, mas segundo informações foi provocada por ciúmes. A se destacar além da paciência o bom humor do povo baiano - é claro do que conseguiu ingressos - que apesar das sete horas de fila, ao menos de hora em hora cantarolava com adesão de boa parte da fila, varias músicas, entre as mais pedidas estava um hit bem comum em Pituaçu e que deve ser muito ouvido mesmo no dia do jogo da seleção, o hino do Bahia. Agora aos aventureiros felizardos se encontram no dia 09 para ver o time de Dunga e seus comandados.

PS: Vale aqui o carinho e um muito obrigado a Fernanda Varela, amiga, sócia, 'tricolora' e parceira de fila.

Nota do Jornal A Tarde: Até quem preferiu a comodidade da internet sofreu. A venda pelo site futebolcard.com não começou no horário estipulado, às 9h. Para piorar, às 11h, o endereço eletrônico saiu do ar, reflexo do número de acessos estimado em mais de 300 mil. A situação só voltou a ser regularizada cerca de 20 minutos depois. Por volta das 13h, todos os bilhetes de arquibancada (ao preço único de R$100), lá, já haviam sido vendidas.

Nota pós notas: A Sudesb divulgou nota onde diz APENAS que as vendas foram um sucesso. Sobre os problemas sequer uma linha. Já a Outplan disse em nota que o torcedor foi tratado com o devido respeito. Se a forma de tratar o torcedor foi considerada por eles respeitosa, imaginem então o que eles consideram falta de respeito.

Fotos: A Tarde, Uol e Colandopixel.com

Bom (e justo) pelas cirscunstâncias

O Vitória não merecia deixar o Barradão, na chuvosa noite de domingo em Salvador, com uma derrota. Não, porque apesar do jogo bem disputado, o time de Canabrava este sempre mais perto do gol e criando melhores chances. O Cruzeiro não é bobo e apesar da posição na tabela, tinha time para estar brigando na parte de cima, o que enaltece ainda mais a partida rubronegra. O Cruzeiro abriu o placar, logo aos 3 minutos do primeiro tempo, como Gilberto. O Vitória criou várias chances, sempre esbarrando no bom goleiro Andrey.

No segundo tempo, o Vitória continuou criando e Neto berola, quase empatou após driblar o goleiro, porém desequilibrado, não conseguiu concluir. O castigo veio aos 18, após pênalti de Vanderson e Thiago Ribeiro. Gilberto cobrou e fez o seu segundo na partida. Cruzeiro 2 a 0. Porém, dois minutos depois, Roger, aproveitando falta bem batida por Ramon, diminuiu.

O Leão foi pra cima, porém em um contra golpe rápido, contando com a falha dos zagueiros, Anderson Martins, que desnecessariamente dava uma de atacante e do fraquíssimo Fábio Ferreira, que não alcançou a bola, a Raposa chegou ao terceiro gol com Thiago Ribeiro, livre de marcação, aos 31. Minutos depois, com a chuva apertando, o Cruzeiro perdeu o zagueiro Tiago Heleno expulso. O Vitória que continuava bem em campo, apesar do resultado, foi pra cima e Mancini colocou mais dois atacantes em campo, o garoto Elkeson e Leandrão.

Com um jogador a menos, o Cruzeiro não resistiu às investidas do tricampeão baiano, e Ramon diminuiu aos 40. Em seguida o time se lançou de vez ao ataque e empurrado pelos 7.338 torcedores foi em busca do empate e conseguiu com um belo gol marcado por Roger, aos 43. O resultado considerado bom diante das cirscunstâncias, só não foi melhor porque a virada historica não aconteceu, porém por muito pouco, já que no último lance, o próprio Roger quase desempata a partida.

Os rubronegros deixaram o gramado comerando o resultado e aplaudidos pela torcida, uma vez que a entrega foi nítida. Em termos de classificação, a noite não foi das melhores, porém para quem perdia por 3 a 1, jogando em casa até os 40 da etapa final, creio ter sido sim um bom resultado. A próxima partida é diante do Grêmio, sábado às 18h30, no Olímpico, jogo díficil, mas que em caso de triunfo, deixará o rubronegro com o mesmo número de pontos que o time de Paulo Autuori. Portanto a idéia é não se acovardar.

Em tempo: Com os dois gols marcados, Roger chegou à artilharia do campeonato, ao lado de Marcelinho Paraíba e Val Baiano (!!) com 11 gols.

sábado, 29 de agosto de 2009

Faltam 11!

Após o apito final, seguido do abraço nos companheiros de arquibancada, a primeira fase dita foi: "Faltam 11!". É justamente este o espírito. O time evoluiu sensívelmente, a melhora é visível. É justamente ela que dá ao torcedor uma dose extra de esperança. O acesso é difícil, mas não parece impossível. Pela primeira vez no campeonato o Bahia chegou a três vitórias consecutivas, por isso, o contagiante grito de "meu tricolor" e a euforia do torcedor é aceitável. Mas os jogadores devem entrar em campo nas outras vezes como hoje, como se jogassem o jogo das suas vidas, focados em vencer.

Vamos ao jogo. Com o escelente público de 30.390 torcedores, o Bahia entrou em campo com a obrigação de manter viva a esperança do acesso e continuar com a recuperação. E assim fez desde o começo da partida. Bem postado em campo, o time tocava bem a bola no meio campo, mas tinha dificuldades na conclusão, sempre interceptada pela defesa do Azulão.

O primeiro gol veio de um escanteio, aos 18 da primeira etapa. Helton Luiz cruzou e Jael, de cabeça (como sempre!) abriu o placar. O segundo veio ao 24, em uma boa trama do ataque tricolor, Jael puxou o contra ataque e passou para Juninho que serviu Nadson, o camisa 9, cortou dois zagueiros, se atrapalhou com a bola, mas ainda assim, conseguiu jogar no fundo. Bahia 2 a 0 e festa nas arquibancadas de Pituaçu. A alegria ficou completa no segundo tempo, após a marcação de uma penalidade inexistente em cima de Rubens Cardoso. Todo o estádio viu o zagueiro tocar primeiro a bola, mas o sergipano Antônio Hora Filho marcou pênalti. Nadson cobrou e fez o seu segundo no jogo para a loucura do torcedor tricolor. Bom ver que Nadson parece ter recuperado a alegria de jogar. O sorriso no rosto do atacante ao ouvir o "uh terror, Nadgol é matador" pode ser um sinal de que a boa fase voltou.

O São Caetano ainda diminuiu com um gol contra de Bebeto e depois disso tentou sem sucesso, encostar no placar, parando nas boas defesas de Fernando, ou na bem postada dupla de zaga, Nem e Evaldo (quem diria!), o contestado zagueiro tricolor, por sinal salvou mais uma em cima da linha, como já havia feito diante do Vasco, também em Pituaçu.

No geral, o tricolor fez um de suas melhores apresentações, vencendo e convencendo. A defesa esteve segura e merece elogios, desde o sempre criticado aqui, Evaldo, ao agora também contestado garoto Bebeto, na lateral direita, que errou muitos cruzamentos, mas foi bem defensivamente. O meio campo com Leandro, que fez excelente partida, Elton, Juninho e Helton Luiz, se apresentou muito bem, municiando assim o ataque que parece enfim ter encontrado a dupla ideal, com Nadson e Jael.


A missão tricolor continua muito difícil, para se ter uma idéia, ainda que vencendo os próximos dois jogo - o que totaizaria cinco vitórias seguidas - o tricolor ainda não entra no G4. Porém, não é impossível. O próximo jogo é diante do Ceará. Um derrota pode acabar de vez com qualquer chance, uma vez que o time cearense abriria 10 pontos de vantagem sobre o tricolor, porém, um fundamenta triunfo, diminuiria a distância para o bom time cearense, para quatro pontos e embolaria de vez a série B, com o tricolor de uma vez por todas, de volta à briga. Por isso, o clássico das multidões no próximo sábado, promete fortes emoções. Que São Guedes do Acesso Difícil continue a operar milagres.


terça-feira, 25 de agosto de 2009

A noite do acarajé em Curitiba

A noite desta terça-feira pode ser resumida por menos de 140 caracteres, como bem fez meu o amigo e jornalista tricolor João Eça. "Rivalidades de lado, hoje tem festa baiana no Paraná! Um dia de glória para o sofrido futebol baiano." Pois bem, não me recordo qual foi a última vez em que Bahia e Vitória conquistaram em uma mesma ocasião, triunfos longe do território baiano.Pois bem, nesta terça, foram nos gramados da fria e bonita Curitiba que o turma do acarajé a festa.

Na Vila Capanema, o Bahia começo muito mal, os dois meias, Paulo Isidoro e Juninho não faziam boas apresentações e o time de Sérgio Guedes, já chamado pela torcida de São Guedes do Acesso Difícil, rifava a bola da defesa diretamente para o ataque, prejudicando assim, as investidas de Nadson e Jael. O Paraná era o mesmo fraco time que veio até Pituaçu na largada da série B e precisa se cuidar se quiser permanecer na Segundona. Porém, foi o tricolor paranaense quem abriu o placar com um belo gol.O time de Vila Capanema poderia ter matado o jogo em várias oportunidades, mas não o fez. Veio o segundo tempo, novas chances e nada, até que Sérgio Guedes mudou o Bahia e equilibrou as coisas, com Helton Luiz no lugar do apagado Paulo Isidoro. E em duas bolas cruzadas na área, o tricolor virou o jogo, com dois gols de Jael.


O torcedor começa a ter razões para acreditar. A confiança está voltando. Sérgio Guedes pediu um Pituaçu lotado no próximo sábado e deve ser atendido.O tricolor está a sete pontos da zona de classificação e com o bolo doido que está a série B e por ser o clube que é, termina sendo sim candidato a no mínimo a quarta colocação. Sábado estarei de volta à Pituaçu para ver presencialmente mais uma festa da torcida e quem sabe a confirmação da arrancada do acesso.




Já há poucas qaudras da Vila, no Couto Pereira, Coritiba e Vitória duelaram. O Vitória voltou a perder nos 90 minutos. 2 a 0 Coxa, resultado que levou o jogo para as penalidades, e ai o Vitória como de praxe neste ano, voltou a vencer cobrando pênaltis. Pouco vi do jogo, porém digo que mais uma vez, o Leão passa por situações de riscos desnecessários.

Mas, o importante terminou sendo a vaga. Agora a trupe do Barradão vai conhecer o Uruguai, o adversário será o River Plate, genérico, e não o famoso River da Argentina. Bom teste para o rubronegro, que pode sim, porque não, ser feliz nesta competição, quem sabe até rugindo mais alto do que todos e se tornando um Leão internacional.

domingo, 23 de agosto de 2009

Leão meeiro

Nada vi de Sport e Vitória, além dos gols. No primeiro falha feia do bom Gléguer. No segundo, há quem diga que ele também falhou ao sair errado, eu diria que foi uma falha coletiva. Não dá pra aceitar o atacante subir sozinho no primeiro pau. Enfim, o Leão segue meeiro, ali no meio da tabela, como quem já se conforma que esta deve ser sua posição até o final. Uma pena, sinceramente cheguei a pensar que dava pra sonhar com algo mais.

A sambadinha voltou!

Pra começar um trecho do belo texto do jornalista blogueiro Fábio Seixas
Barrichello, com justiça
Por algum motivo, justiça talvez, sempre achei que a centésima vitória brasileira na F-1 deveria ser do Barrichello. Um cara que tanto ralou, que há tanto tempo está por lá, que vive uma temporada ao mesmo tempo tão boa mas tão angustiante. E foi. Em Valência, o veterano conquistou sua primeira vitória na temporada, a décima na carreira, a centésima do Brasil na categoria. De quebra, voltou à vice-liderança do Mundial. Parabéns.


Pois foi bem assim. Hoje era dia. A corrida foi chata na sua maior parte, os momentos de empolgação ficaram, praticamente todos, entre Barrichello e Hamilton. O fato é que foi bom voltar a se emocionar nas manhãs de domingo. Emocionante ouvir Ross Brawn dizer a Rubens que ele foi "fantástico, como nos velhos tempos." Ainda mais emocionante ouvir entre lágrimas, uma Barrica emocionado.


O nó saiu da gargantae fez o domingo ficar ainda mais valioso quando ao deixar o carro, em um belo gesto, Barrichello apontou para o topo de seu capacete, homenageando Felipe Massa, e depois para as câmeras, dedicando a vitória ao amigo. Uma imagem espetacular que faz do esporte algo realmente mágico e gostoso de se acompanhar.

Cinco anos depois, a sambadinha voltou ao lugar mais alto do pódio e junto com ela o Brasil chega ao sua vitória de número de 100 na Fórmula 1. Rubinho dedicou a todos que o acompanharam desde o kart, mas também a todos os brasileiros que colocaram nossa bandeira no topo. Nosso muito obrigado a "Pace", "Senna", "Piquet", "Fittipaldi", "Massa" e hoje mais do que nunca a ele, Barrichello.

Amor infinito



Com 79 mil pagantes, recorde das séries A, B, C e D, o Vasco venceu o Ipatinga por 4 a 0, no Maracanã lindo e lotado. O sentimento que nunca parou, como disse Lédio Carmona, parece ter se multiplicado. Vascaínos de todas as partes do Brasil e do mundo, se arrepiaram e se emocionaram com o Maraca neste sábado. Muitos choraram, alguns publicamente, outros no próprio íntimo. O certo é que a reconstrução segue de vento em popa e a Caravela Cruzmaltina agora absoluta segue em direção a mares em que jamais deveria ter saído. A viagem será longa. Restam 18 jogos e três meses, até lá o sentimento segue em movimento.

Falando na reconstrução achei necessário publicar aqui o texto de um blogueiro que dispensa comentários: A multiplicação do sentimento

Por Lédio Carmona (antes do jogo)

“O ano da reconstrução do Vasco teve momentos emblemáticos até agora. O acerto na escolha da comissão técnica; as contratações de jogadores importantes, como Fernando Prass, Ramon, Carlos Alberto e Elton; o novo uniforme; a assinatura de contrato com o patrocinador; duelos históricos contra o Corinthians na Copa do Brasil; vitórias em clássicos no Estadual… Muita coisa para quem estava tão por baixo em dezembro do ano passado…

Amanhã, é dia de mais uma pedra fundamental nesse renascimento. O Vasco sai de São Januário, seu histórico e apaixonante estádio, para lotar o Maracanã, talvez bater o recorde de público das quatro divisões do Campeonato Brasileiro e, azeitona no bacalhau, finalmente assumir a liderança da Série B. Basta vencer o Ipatinga. Será uma tarde para arrepiar quem é vascaíno. Independentemente de corrente política, idade, religião e região.

Tem tudo para ser aquele sábado no qual o sorriso se mistura com o choro. A alegria com o desafogo. O abraço com o desabafo. Aquele momento no qual a redenção apaga de vez com qualquer sentimento de provação. A diretoria do Vasco acertou ao levar o jogo para o Maracanã. São Januário é intocável. A Colina Histórica será sempre a casa dos vascaínos. Mas, amanhã, ela não será suficiente para receber tanta paixão em prol do clube. De sua história. E de sua reconstrução. Por que receber 20 mil vascaínos se 80 mil querem estar juntos nessa hora?

Então, todos ao Maraca. É hora mesmo de pôr todo sentimento para fora. Se bater o recorde de todas as divisões, ótimo. Do contrário, excelente também. Até ontem à tarde, quase 50 mil ingressos vendidos. Uma catarse por amor ao clube. Momento de absoluta entrega. O torcedor vascaíno quer celebrar. Do seu grande goleiro (Fernando Prass) ao artilheiro do Rio (Elton, com 20 gols), passando pela vida nova da instituição até abrir, de vez por todas, a contagem regressiva para a volta à Série A. E, por fim, claro, ganhar do Ipatinga.

Desse jeito, e com tanta emoção e fé no ar, o sentimento não só não vai parar, como vai se multiplicar. É tarde de Casaca no Maraca. Aproveitem!”

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dançando conforme a música

Tem dias em que o time joga um futebol de gente grande como ocorreu este ano diante do Palmeiras, São Paulo, Botafogo e até o segundo tempo diante do Góias, porém a bola resolve não entrar. O torcedor se irrita, o jogador lamenta, mas assim é o futebol. Ontem a noite diante de pouco mais de 6 mil torcedores, o Vitória não fez a sua melhor partida neste Brasileirão, pelo contrário, fez uma das suas apresentações mais fracas na competição, porém saiu de campo com os três pontos.

O jogo não foi dos melhores tecnicamente, já que o Vitória não esteve em seus melhores dias e o Furacão, que vinha de quatro vitórias consecutivas, não mostrou o mesmo futebol que passou a apresentar desde a chegada do delegado Antônio Lopes.

O destaque da partida foi o Reizinho do Barradão, Ramón Menezes, que desde 10 de agosto do ano passado, diante do Vasco não marcava pelo Campeonato Brasileiro e desde maio não era titular. O gol de número 93, que levou Ramon a se tornar ao lado de ninguém menos do que Reinaldo, o 10º maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, saiu de uma boa jogada de William que rolou para o camisa bater de primeira marcando um belo gol, ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, o Furacão buscou o empate com Wallyson que havia entrado no intervalo. Contando com a bobeada do fraco zagueiro Marco Aurélio. E quando a torcida já pedia a cabeça do atacante Roger, este fez uma bela jogada e deu um lindo passe para o garoto Neto Berola, revelação do estadual pelo Itabuna e que já havia marcado diante do Góias, fazer o gol da vitória do rubronegro baiano. A se destacar, o fato de Ramon, que deixou o campo ovacionado, ter ido cumprimentar o treinador Mancini, que no 1º treino de retorno ao clube, cumprimentou todo elenco menos ao camisa 10, mostrando que não haviam superado o desentendimento do ano passado. Que o aperto de mãos possa selar a paz entre os dois, para o bem do Vitória.

Após cinco jogos, o Leão dança conforme a música e se apesar de não ter feito uma partida brilhante, conquista uma vitória importante e contra um adversário que vinha em ascensão. O próximo desafio é no sábado, às 18h30, diante do lanterna Sport do velho conhecido Péricles Chamusca, na Ilha do Retiro. Encontro de Leões nordestinos, que pela situação do Leão pernanbucano promete pegar fogo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Que seja (enfim) a da arrancada!

Sou da turma que cansou das trapalhadas da "nova" diretoria do Bahia, mas não da turma que torce pelo fracasso do time, por isso vejo com bom olhos a nova cara que o time do vibrante Sérgio Guedes vai tomando. Não é brilhante, até porque o problema do Bahia é o mesmo de quando Gallo era o treinador, elenco. E mesmo com a conversa de que nenhum elenco na série B é superior e que o Bahia tem uma das maiores folhas salariais me convence de que este grupo é capacitado para vestir a camisa, salvo raras exceções, para mim não é.

Mas diante do líder Atlético de Góias, empurrado pelos mais de 12 mil tricolores que mais uma vez deram aos jogadores do Tricolor, um voto de confiança. O time de Sérgio Guedes abiu o placar ainda no primeiro tempo com Jael, que enfim desencantou. A partida fico equilibrada e com boas jogadas para os dois lados. Eu me arriscaria a dizer que foi um dos melhores jogos que vi nesta série B. Daqueles que reacendem o teimoso fio de esperança que teimar em se manter vivo. Robson ainda empatou em um lindo gol, mas Rubens Cardoso, quem diria, fez o gol da vitória tricolor. O campeonato segue embolado, por isso a necessidade uma grande arrancada, como fez o Ceará neste primeiro turno. Que esta tenha sido enfim, a viória do começo da milagrosa arrancada.

Pela lógica, o Bahia precisaria de pelo menos 14 vitórias, mas na prática o time tem - neste momento com um jogo a mais - seis pontos a menos que o quarto colocado, logo é possível, mas é complicado. Sérgio Guedes já mostrou que pode arrumar a bagunçada casa tricolor. A atitude do time em campo é outra. A postura louvável de entrega em cada jogada já é um grande avanço, mas não basta. Para objetivos maiores será necessário mais do que isso e é o que a sempre esperançosa torcida tricolor espera. A próxima partida, é na próxima terça, diante do Paraná, jogando em Curitiba.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MP recorre contra absolvição no caso da Fonte Nova

Três dias após a Justiça absolver o diretor-geral da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares - o ex-jogador Bobô -, e o ex-diretor técnico do órgão, o engenheiro Nilo Santos Júnior, das acusações de homicídio e lesões corporais culposas (sem intenção) no caso da tragédia da Fonte Nova, o promotor do Ministério Público baiano responsável pelo caso, Maurício Cerqueira, entrou com recurso contra a decisão na tarde desta segunda-feira

De acordo com o promotor, a justificativa do juiz José Reginaldo Costa Rodrigues Nogueira para absolver os acusados - falta de provas contra os denunciados - não faz sentido. "Há diversos laudos que comprovam a ligação entre a falta de manutenção do espaço, de responsabilidade dos acusados, e a tragédia", alegou o promotor. "Estamos pedindo uma melhor análise dos documentos.

A tragédia da Fonte Nova aconteceu em 25 de novembro de 2007, durante um jogo entre Bahia e Vila Nova pela Série C do Campeonato Brasileiro. Havia 60.007 pessoas no estádio comemorando o resultado da partida - 0 a 0 -, que classificava o Bahia para a Série B do ano seguinte -, quando um trecho do anel superior da arquibancada ruiu, causando a morte de sete pessoas

fonte: Agência Estado

Considero Bobô um dos maiores ídolos da história recente do Bahia. Com a bola nos pés, sou dos que parafraseiam Caetano e perguntam "quem não amou a elegância sútil de Bobô?" Sou dos que vestem cheios de orgulho a camisa 8 do título brasileiro de 88. Mas minha consciência impede de isentar o dirigente Raimundo Nonato, que nada tem a ver com o craque Bobô. O que penso sobre a absolvição ainda está recente no Receptáculo. Releia aqui.


domingo, 16 de agosto de 2009

Castigo verde - Parte II

O Vitória perdeu para o vice-líder Góias neste domingo em um daqueles jogos, dignos de um velho clichê do futebol. O "quem não faz toma." Pra quem observa apenas o placar é difícil chegar e esse entendimento, porém, para quem assistiu ao segundo tempo da partida viu um Vitória muito superior e que merecia a virada.

O jogo começou equilibrado e se manteve assim na maior parte. O Góias abriu o placar com Felipe Menezes ao 26 e ampliou com Fernando aos 31. Porém já aos 33 Leandro Domingues, aproveitando um vacilo da defesa goiana diminuiu e colocou o Leão de volta no jogo. Porém o fator que seria crucial para o domínio baiano no segundo tempo veio no último minuto da etapa inicial com a expulsão do volante esmeraldino Ramalho.

No segundo tempo com onze contra dez, o Vitória perdeu inúmeras chances, seja com Roger, seja com Neto Berola. E foi justamente o garoto que brilhou no Itabuna no Baianão 2009, o autor do gol de empate. O Góias sentiu o baque e o Vitória seguia perdendo gols. Harley fez defesas importantíssimas, mas que por um outro viés podem ser considerados como lances de gols feitos e perdidos pelo artilheiro Roger. Gols que um camisa 9 não pode perder. Antes que joguem Roger às feras, digo aqui que não há nenhum jogador no elenco do Vitória melhor do que ele, muito menos, o recém chegado Leandrão. Voltando ao jogo, as emoções ficaram para os minutos finais. Aos 44, Leandro Domingues terminou expulsou após cair pedindo pênalti e se desentender com um defensor goiano, que deu uma bronca no meia rubronegro que teria se jogado na área. No minuto seguinte o Góias se arriscou no ataque - algo raro no segundo tempo - e conseguiu o que parecia improvável, chegar à vitória. Júlio César recebeu cruzamento na área e tirou de Gléguer, dando número finais ao jogo. Aliás derrota em cima do hora e depois de ter dominado o jogo não é algo raro para o Vitória, o que explica o título do post. Relembre aqui: Castigo Verde - Parte I

Com o resultado o Vitória chegou ao quinto jogo sem vencer no Brasileirão e é o 11º com 25 pontos. O próximo compromisso é nesta quarta, abrindo o segundo turno, às 19h30 no Barradão, diante do Atlético Paranaense de Paulo Baier e Antônio Lopes, invicto há cinco partidas.

sábado, 15 de agosto de 2009

Fonte Nova: O veredito diz: Inocentes

Superintendente Bobô é inocentado da tragédia da Fonte Nova
Alan Botelho, do ITAPOAN ON LINE

O diretor-geral da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Raimundo Nonato Tavares da Silva, o Bobô, foi absolvido do acidente que causou sete mortes no estádio da Fonte Nova. O veredito foi dado em sessão realizada nesta sexta-feira (14/08), no Fórum Ruy Barbosa, com menos de uma hora de duração.

Além do ex-jogador do Bahia, também foi inocentado o engenheiro Nilo dos Santos Júnior, diretor de operações da Sudesb à época da tragédia. A promotoria deverá recorrer da decisão na próxima segunda-feira (17/08).

Durante o empate sem gols entre Bahia x Vila Nova, em 25 de novembro de 2007, pela série C do Campeonato Brasileiro, o piso do anel superior do estádio da Fonte Nova cedeu e deixou sete mortos e mais de 50 feridos. Bobô e Nilo foram acusados de negligência por terem permitido a realização de jogos na praça esportiva, visivelmente sob más condições.

A notícia diz tudo. Ninguém foi punido - ao menos em primeira instância - pelas sete mortes ocorridas naquele trágico 25 de novembro. É extremamente complicado entrar no mérito de culpar alguém por uma tragédia como aquela. Mas considero como extrema omissão, não dizer que a causa da maior tragédia do futebol brasileiro foi o descaso. Frequentei a Fonte Nova desde 1989, com apenas um ano de vida e estive presente no seu último momento, naquele triste dia. A degradação podia - e ainda pode - ser vista por qualquer um. Rachaduras, infiltrações, falta de conservação, tudo isso não pode ser tratado com outra forma que não como descaso.

Não culparia apenas Bobô e Nilo, que assumiram o cargo de diretor-geral e diretor de operações (respectivamente) da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) em janeiro de 2007, logo tinha apenas 11 meses de gestão - o que também não os inocenta. Sob o meu ponto de vista, todos os últimos gestores da Sudesb, além de representantes da Federação Bahiana de Futebol, CBF e do Esporte Clube Bahia deveriam sim, terem sido indiciados pela tragédia. Entrevistei exatamente, um mês antes da tragédia, o diretor de operações Nilo, e lembro como hoje quando ele nos disse que a expectativa era de receber em breve um jogo da seleção. Questionamos se seria necessário obras e Nilo respondeu que o estádio só precisava "de uma pinturinha."

Existiam laudos que comprovavam que a Fonte Nova não poderia mais receber aquela capacidade de público - no dia da tragédia foram 60 mil pagantes, sendo que como de praxe na Fonte Nova, outros milhares entraram sem pagar, o que eleva ainda mais o público presente. Logo existiam provas do descaso. Mas quem ousaria fechar a Fonte naquele momento, com seguidos jogos com mais de 50 mil pagantes. E o prejuízo no bolso do Bahia, da Federação e da CBF, quem pagaria. Restava apenas um jogo, nada aconteceria. Mas o roteiro infelizmente, não foi assim.

O certo é que por hora, ninguém é culpado, os mortos seguirão sendo lembrados pelos seus e por aqueles que todo santo dia passam próximos da velha senhora adormecida. Uma nova Fonte vai surgir para 2014, mas algumas feridas da antiga continuaram abertas. O certo é que ainda é estranho como tudo isso ainda dói, principalmente em quem viu ali crescer o amor pelo futebol, esteve no dia da tragédia e ainda viu entre os mortos, velhos conhecidos.

Progresso, mas ainda sem sucesso

Quem vê o Bahia de Sérgio Guedes depois de oito meses de temporada e dois outros treinadores, percebe de cara a mudança. O Bahia mudou seu posicionamento em campo, é notório que taticamente o Bahia de Sérgio é o melhor do ano, porém, o elenco apesar da chegada de muitos reforços, ainda é fraco tecnicamente.

Hoje diante do Guarani de Vadão, no Brinco de Ouro, o tricolor fez uma boa partida. O jogo foi equilibrado, o Bugre bem montado por Oswaldo Alvarez mostrava um ligeira superioridade em campo, uma vez que conta com um time mais equilibrado. O Bahia com cinco modificações em relação ao time que empatou em casa com a Ponte Preta, sentia a falta de entrosamento.

Poucas chances foram criadas, pelo lado do Bahia, destaque para o garoto Bebeto, de 19 anos, que fez sua estreia no time principal com muita personalidade, apesar da queda de rendimento no segundo tempo. Mas a grande chances do primeiro tempo foi do time campineiro, a 33 minutos, após confusão na área, Ricardo Xavier e Vinicius se agarraram e árbitro Francisco de Assis Filho marcou o pênalti. Após muita reclamação por parte dos tricolores alegando que o atacante puxou primeiro o zagueiro tricolor, Ricardo Xavier, com paradinha, cobrou e abriu o placar.

Já no segundo tempo, a partida se manteve equilibrada, mas o Guarani passou a levar mais perigo e logo aos 3 minutos fez o segundo com Fabinho Souza, cobrando falta de longe. A bola passou por todo mundo e foi direto para o gol de Marcelo, que no decorrer do segundo tempo, passou a mostrar que vive uma grande fase, salvando o Bahia de levar mais gols.

O gol do Bahia saiu pouco tempo depois, aos 10 minutos, o que recolocou o tricolor na partida. O zagueiro do Guarani, Márcio Alemão, tentou sair jogando e perdeu a bola para Juninho, que tocou logo para Nadson, livre, diminuir o placar. A partir daí o jogo ficou aberto com chances boas para os dois lados. Marcelo fez duas defesas sensacionais, salvando gols praticamente certos de Adriano Gabiru e Walter Minhoca. Já o Bahia teve uma boa chance com Rubens Cardoso, que parou nas mãos do goleiro Douglas.

Após os 20 minutos iniciais da segunda etapa, o Gauari voltou a ter o domínio da partida e aos 25, Ricardo Xavier girou com perigo, para mais uma defesa sensacional de Marcelo. Em seguida aos 27, Glauber entrou na área e foi derrubado por Leandro, que reclamou do pênalti e foi expulso. O artilheiro Ricardo Xavier bateu na trave e no rebote, Marcelo conseguiu mais uma grande defesa, desta vez, com os pés. O Bahia sentiu o bom momento, coroado com a expulsão no lance seguinte de Adriano Gabiru, que entrou com carrinho perigo em Juninho, e foi pra cima. Guarani sentiu o baque e alguns jogadores perderam a cabeça. Ricardo Xavier foi expulso, após agredir com uma cotovelada o zagueiro Nen.

Sérgio Guedes colocou em campo o atacante Lima e o Bahia pressionou o Bugre, que não conseguia sair da defesa. Lima sofreu falta dentro da área mas o árbitro Francisco de Assis Filho não marcou a penalidade, para desespero dos tricolores. Por ser discutível, o lance isensataria o juiz de qualquer influência no resultado, porém a arbitragem voltou a aparecer negativamente e desta vez de forma clara. Aos 43, Lima vindo de trás da linha da bola, marcou o que seria o gol de empate tricolor, porém anulado após marcação de impedimento. O tricolor manteve a blitz até o apito final, porém sem sucesso. A única notícia boa do sábado foi a derrrota do Fortaleza para o São Caetano, o que manteve o tricolor baiano fora do G4 do mal, a temida zona de rebaixamento para série C.

Na próxima rodada, o tricolor pega o líder Atlético Goianiense dos ex-tricolores formados no Fazendão, o goleiro artilheiro Márcio e o meia Elias. O jogo será na próxima terça-feira, às 21h, no estádio de Pituaçu, que pela fase do time e o péssimo horário, não deve receber um público digno da força da torcida tricolor, vide os pouco mais de 5mil que assistiram na última terça, Bahia e Ponte Preta.



quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"O teu futuro é duvidoso, eu vejo drama eu vejo dor"

"Eu entendo a impaciência de vocês (da impensa) e do torcedor, mas eu preciso ter tranquilidade" Sérgio Guedes após o empate de 2 a 2 entre Bahia e Ponte Preta em Pituaçu na noite desta terça-feira. O resultado confirma que a fase a péssima e o sonho da série A fica mais díficil a cada rodada, por outro lado, quem viu o jogo in loco, pouca gente é verdade, apenas 5.368 torcedores, disse ter gostado da postura do time e principalmente do treinador que entrou no jogo com oito modificações em relação ao útimo jogo, sendo que seis delas foram por opção técnica. Paulo Isidoro, apesar dos 35 anos e quase 12 meses sem atuar, já mostrou que é de longe o mais qualificado jogador do meio campo tricolor.

Restam 21 jogos, o time precisa vencer pelo menos 14 para chegar à faixa dos 64, 65, pontuação que garante o acesso. Eu duvido muito, mas acredito que Sérgio Guedes dará uma outra cara a este time, não para subir, mas ao menos para que se mantenha na série B, já que por alguns minutos chegou a ocupar na noite de ontem a zona de rebaixamento, para onde pode voltar caso não consiga somar pontos diante do Guarani, que após seis rodadas voltou a vencer. A esperança ainda vive no coração de cada uns dos tricolores que aplaudiram o time no final do jogo de ontem, em mim não mais, como diria o poeta "o teu futuro é duvidoso" mas espero que não volte a ter drama e muito menos dor. O caminho pra tanto é bem conhecido.



E assim se foi PCC

domingo, 2 de agosto de 2009

Comelli é demitido. Sérgio Guedes é o novo técnico do Bahia

No Bahia, quando se esperava que a derrota diante do Fortaleza fosse a única decepção do fim de semana, a diretoria inventa e segue o um show de incompetência. Na noite deste domingo Paulo Comelli foi demitido do comando técnico do time. Sérgio Guedes é o novo técnico. Vamos aos fatos. O show de incompetência a que me refiro sobre situação do treinador não é o fato da demissão de Comelli, situação que sinceramente já esperava que fosse acontecer - mas não tão cedo - e sim o fato da forma como se deu, apenas seis jogos depois da contratação do treinador. Comelli chegou em Salvador no dia 08 de julho, uma quinta-feira a noite. Assumiu o time já no sábado, dia 11 e perdeu por 4 a 1 para o América. Depois disso foram mais cinco jogos. Duas vitórias, dois empates e mais uma derrota. A demissão de Comelli, que não foi a primeira opção da diretoria (nem segunda, nem terceira!), 25 dias após sua chegada é a prova da incompetência de quem dirige o clube. O barco que no começo se travestia de modernidade, mostra-se cada vez mais sem rumo.

Também foram demitidos o auxiliar técnico André Chita e o preparador físico Dudu Fontes. Segundo o site Sempre Bahia, o auxiliar André Chita deu uma entrevista à Rádio Itapoan FM, , onde afirmou que foi uma enorme falta de respeito com o profissional Paulo Comelli. Disse que encontraram um elenco desarrumado, com vários jogadores no departamento médico, além de contratados sem condições físicas e parados há muito tempo. Concordo exatamente com as declarações de Chita.

Não sou fã de Comelli e achei um retrocesso sua contratação depois da demissão de Gallo, mas não dá pra levar a sério uma diretoria que demite um profissional da forma que fez. Parte da torcida parece, apesar de surpresa, até feliz com a demissão, mas outra já demonstra sua ira contra o presidente e o diretor de futebol (Me refiro a reações do orkut, que creio que não representa sequer 5% da real torcida tricolor, mas seria um palpite por amostragem). Ok, Comelli não era a salvação da lavoura, principalmente quando se tem em mãos um elenco como esse do Bahia. Porém, não consigo admitir determinadas posturas de dirigentes de futebol. Ele foi no minímo, muito sacaneado, com o perdão do uso do termo. Pois bem, em entrevista à rádio Transamérica, Comelli disse que foi demitido por telefone. O treinador aproveitou para esclarecer situações sobre a sua contratação. Segundo ele, Paulo Carneiro não queria a sua vinda. Marco Aurélio era o nome do diretor de futebol que encontrou resistência deste nome na direção do clube. Comelli foi contratado e demitido diretamente pelo presidente Marcelo Guimarães Filho. Já Sérgio Guedes recebeu uma ligação de Paulo Carneiro e aceitou treinar o tricolor.

Que Sérgio tenha sucesso, mas não dá pra ter devaneios, o time é o mesmo, chega um reforço aqui, outro é anunciado e não chega ali. Outro treina no clube que faz questão de emitir nota dizendo que ele não é jogador do clube e na semana seguinte, o mesmo é anunciado como reforço - Paulo Isidoro assina amanhã, como novo reforço - enfim, não vou ficar aqui chovendo no molhado, não creio que o problema do Bahia seja de treinador, mas de competência de quem contrata e dos contratados. Mas como disse o próprio Comelli, seu retorno ao Bahia foi prematuro e "no momento errado" sim, mas demonstra apenas a incompetência de quem repete os erros do passado alegando estar modernizando o clube.

Sérgio Guedes chega nesta segunda pela manhã e será apresentado ao elenco no Fazendão. O time volta a campo no sábado contra o Vila Nova no Serra Dourada. O treinador que tem no currículo o vice do paulista pela Ponte Preta e o acesso à série A pelo Santo André, chegou a ser sondado pelo Flamengo, depois de sair do Ramalhão, porém terá que aguentar Ávine, Evaldo, Marcone e companhia limitada - limitadíssima!

E lá se foi a invencibilidade...

A torcida como sempre não compareceu na quantidade que se espera para prestigiar um time que até semana passada era terceiro colocado e o adversário era "apenas" o atual tricampeão brasileiro voltando aos dias glória. Jogo difícil, bem disputado. O Leão perdeu Viafára machucado após excelente defesa numa falta cobrada por Jorge Wagner no fim do primeiro tempo. O jogo continuava duro, mas o São Paulo parecia superior no toque de bola e nas chegadas a gol. Até que aos 30 do segundo tempo, Dagoberto fez uma linda jogada e marcou um belo gol para delírio do grande número de sãopaulinos que foram ao Barradão.

E assim se foi a invencibilidade. Uma pena. O Vitória é 7º e pega o perigoso Barueri na próxima quinta-feira, na Arena do time paulista. Depois de duas derrotas é hora de acordar. Pontos fora de casa serão fundamentais na caminhada, por isso segue a máxima da tricolor Maria Bethânia, "reconhece a queda e não desanima, levanta sacode a poeira e dá a volta por cima!"

Mais do mesmo


Fortaleza 3x2 Bahia. O time do Bahia não jogou nada de novo! Mereceu perder para um adversário extremamente fraco. Todo mundo falhou - até Marcelo, o que sempre se salva. O resto é bater na mesma tecla. O time de investimento alto não rende e a série A fica cada vez mais longe. Duvido muito que caia, mas também duvido muito mais que suba.