segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mundial de Clubes tem de ser logo ali! *

Por João Eça (@balaotex)

No início, não gostava muito da música “Vamos Subir, Esquadrão”, por achar importada das torcidas do sul do Brasil, quando temos na Bahia grandes hits de axé e pagode que combinam e muito com as arquibancadas. Mas, me rendi quando vi o grito de guerra ser cantado de forma enlouquecida em bares, ônibus, praias e aeroporto. No refrão “Vamos Subir, Esquadrão”, a fisionomia dos que cantam revela uma suplica desesperada pelo fim de uma era em que a massa tricolor sofreu como jamais tinha ocorrido nos 79 anos de história do Baêa.

Ainda lembro do choro do goleiro William Andem, no primeiro rebaixamento, em 1997. Iniciava-se o tormento. (Na verdade, a crise começou antes, mas foi anestesiada pelo gol de Raudinei, em 94.)

E os fracassos continuaram, tanto na Segundona quanto no Baiano. Tudo bem, tudo bem: o tricolor foi bicampeão do Nordeste. Mas só retornou à Série A pelo caminho vergonhoso da virada de mesa, e logo depois o castigo veio em dobro, no inferno da Terceira Divisão. Sem antes passar pelo purgatório de levar 7 a 0 do Cruzeiro e 6 a 2 do Vitória. Neste Ba-Vi, eu chorei no Barradão pela primeira vez com futebol, pensando que o Bahia fecharia as portas.

A torcida tricolor teve de engolir jejum de títulos no estadual e derrotas para Coruripe, Ananindeua, Ferroviário e outros. Sem falar em carrascos como Pantico, um dos muitos nomes diferentes que atormentaram as zagas tricolores.

Até quando o Baêa conseguiu um dos poucos momentos de glória, no retorno à Série B, o grito ficou entalado, pois a festa foi interrompida pela tragédia da Fonte Nova. E a mãe Fonte é matreira. Ela começará a ser reerguida no mesmo ano em que o filho mais chegado vai retornar ao posto dos melhores do país. Quando ficar pronta, a Nova Fonte vai querer receber no seu gramado aquele velho tricolor campeão dos campeões.

Portanto, vamos comemorar até segunda-feira e depois começar a exigir qual e quando será a próxima conquista. A massa tricolor está igual a um gordo que ficou um dia inteiro sem comer: sedenta e com uma multiplicada fome por títulos e glórias. Vencemos o Inter em 1988. Vinte e dois anos depois, parece que o Bahia parou no tempo, se compararmos com o time gaúcho bicampeão da Libertadores. Não há mais espaço para amadorismo. Com a força de uma nação como a massa tricolor, o Mundial de Clubes tem de ser logo ali. Os tricolores não aceitam menos do que isso. Né não, Marcelinho Guimarães?

* João Eça é jornalista. Este texto foi publicado primeiramente na edição do dia 14/11/2010, do jornal Massa!, do qual João Eça é repórter.

O Gigante voltou!!!!!!!!!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tô voltando





Falta pouco quase nada

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quando o Bahia subir

MARCELO BARRETO

Quando o Coritiba subir, terá sido com raça e competência para não se deixar abalar por um rebaixamento no ano do centenário. Quando o Figueirense subir, ninguém estranhará receber um time bem organizado como ele na Série A. Se o América-MG subir, será a volta de uma camisa tradicional que já conheceu até a segundona do Mineiro. Se o Sport subir, o fará com uma arrancada irresistível, para devolver ao convívio dos maiores quem há pouco venceu a Copa do Brasil e fez belo papel na Libertadores. Se a Portuguesa subir, será com uma reta final daquelas de aposentar os matemáticos. Cada acesso terá sua história, seu mérito, seu valor. Mas hoje – com a permissão dos torcedores de todos os candidatos – eu quero falar do Bahia.

Tenho uma simpatia pelo tricolor da Boa Terra que vem dos tempos de criança. Gostava do uniforme, dos Ba-Vis, do ponta-direita Osni. Nos Gols do Fantástico, as cores das imagens que vinham de Salvador pareciam mais vivas e a rede da Fonte Nova demorava mais tempo a estufar. O Bahia, para mim, sempre foi um grande. E eu o vi mostrar essa grandeza a todo o Brasil em 1988, com a elegância sutil de Bobô que inspirou o verso de Caetano Veloso. (Aliás, esse título tem uma história que merece parênteses. Um conhecido jornalista do Rio de Janeiro, cobrindo a semifinal em Salvador, dizia a todos os motoristas de táxi, imitando a forma local de pronunciar o nome do time: “A imprensa carioca está com o Baêa!” Foi uma estratégia bem-sucedida para atrair a simpatia dos soteropolitanos, até a corrida em que o taxista respondeu: “(Piiii)-se, eu sou Vitória.”)

Então, aproveito para dizer que gostar do “Baêa” não é desmerecer o Vitória. É que o rubro-negro está onde merece, entre os grandes. Enquanto isso, o tricolor sofre o mais longo afastamento da Série A entre os times mais tradicionais do Brasil. Há trajetórias mais dramáticas, como a do Santa Cruz, que despencou para a Série D e de lá não consegue sair. Mas desde 1997 – quando foi rebaixado, menos de uma década depois de ser campeão -, o Bahia passou apenas quatro anos na Série A (à qual voltou via Copa João Havelange) antes de cair de novo e conhecer a Série C.

Nessa acidentada trajetória, o tricolor perdeu jogos, perdeu a Fonte Nova (interditada por causa de um acidente num jogo em que conseguiu o acesso à Série B), perdeu credibilidade, mas não perdeu a torcida. Ao longo de uma década infeliz – em que não conseguiu se impor sequer no âmbito regional, conquistando apenas um Campeonato Baiano -, ficou claro que os torcedores eram seu maior patrimônio. Os gritos de “Baêa!” encheram estádios até na Série C. Uma vez escrevi que tamanho de torcida deveria ser contado no estádio, e por esse critério a do Bahia seria a maior do Brasil. (Era só uma licença poética, mas serviu para que eu fosse espancado em algumas comunidades na internet. Pois agora acrescento outra, mas dou o crédito para sermos linchados juntos: meu amigo Toninho Neves me disse que o Bahia é o time fora do eixo Rio-São Paulo que mais bota torcedores nos jogos fora de casa. Pronto, falei.)

Maior ou menor do que as outras, a torcida do Bahia já deu mostras da festa que fará quando seu time voltar à Série A. A recepção do time no aeroporto, depois da vitória sobre o Paraná, foi uma das imagens mais impressionantes do ano no futebol brasileiro. Não era o jogo da classificação. Era a trigésima segunda de 38 rodadas da Série B. E nem mesmo a liderança tinha sido conquistada. Mas o time chegou a Salvador nos braços do povo. Só faltou um caminhão do corpo de bombeiros – ou, sem medo de estereótipos, um trio elétrico – para o desfile triunfal. Era um anúncio, uma prévia das manifestações que estão por vir.

Porque o Bahia vai subir. A falta de lógica do Campeonato Brasileiro, seja ele de Série A ou B, se esmera em desmentir garantias como essa (até hoje Paulo Cesar Vasconcellos tem de ouvir minhas provocações pela frase que repetia no Troca de Passes em 2007: “O Corinthians não vai cair!”). Mas eu me arrisco. Porque não é só matemática, é a paixão que está traçando o caminho da volta. O Bahia, que já era grande em 1959, quando deixou para trás o Santos de Pelé e conquistou a Taça Brasil (da qual seria ainda vice-campeão em 1961 e 63, perdendo para o mesmo Santos, porque ganhar de novo do time do Pelé era brabo), vai reencontrar seu lugar entre os maiores. Eu adoraria completar: para não mais sair. Mas isso, na situação atual do futebol brasileiro, não é fácil para ninguém.

Por enquanto, só dá para dizer que quando o Bahia subir vai ser lindo.

E segue o drama

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dia de Mito


GloboEsporte.com

O Liverpool conquistou uma vitória heróica em Anfield Road, nesta quinta-feira, pela Liga Europa. Com três gols de Steven Gerrard, que entrou na etapa final, os Reds venceram o Napoli 3 a 1 e se mantiveram na liderança do Grupo K da competição continental, com oito pontos.

Os italianos, que abriram o marcador com o argentino Lavezzi, permaneceram com três caíram para a terceira posição na chave.

Os Reds entraram em campo sem os seus principais jogadores. Enquanto o espanhol Fernando Torres sequer ficou no banco de reservas, Gerrard iniciou o confronto entre os suplentes e só entrou na etapa final para se tornar o principal destaque da partida.

Além dos dois, o brasileiro Lucas, que interessa ao Inter de Milão, também ficou como opção do técnico Roy Hodgson.

Ponto ganho!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dois grandes

coxa


Lédio Carmona

Bahia e Coritiba fizeram um jogo Classe A na Série B. Casa cheia (32 mil torcedores na Arena de Pituaçu), gramado impecável, dois times com camisa e jogando para frente. Não havia retranca, medo, recuo. A estratégia de ambos os lados era para vencer. Como se jogassem mesmo a final da segundona e que, já classificados (essa é a opinião desse blog) agora pretendessem o título (e fazem os dois muito bem). Mais ou menos no clássico da terça só o árbitro: confuso, vendo pênalti ou nada aconteceu, e travando demais a partida. Mas foi mesmo um partidaço.

Jogo bom, e que provou a força do Coritiba. O Coxa foi melhor. Tem um time mais ajeitado, mais entrosado e que não tem medo de jogar fora de casa. Mas ontem perdeu gol demais. E, diante de um Bahia, perigoso, confiante e inspirado, pode ser um pecado. Aos 39min do segundo tempo, já resignado com a fratura de Triguinho e com o provável 0 a 0, a defesa paranaense dormiu no ponto. Toque de cabeça de Rodrigo Gral, projeção de Ewerthon e gol do Bahia.

Acabou? Não. Jogo bom não termina nunca. Só quando não tem mais jeito. Mas Bill, no último minuto, achou o seu jeito: 1 a 1. Placar final para um jogo de gente grande. Para um duelo de campeões. E que, simbolicamente, só confirmou a volta de Coritiba e Bahia ã Série A. Por sinal, junto com o Figueirense. E agora só falta uma vaga: América Mineiro ou Sport. A distância passou a ser de apenas um ponto. Leão ou Coelho? Nesse momento, o rugido do leonino parece mais firme do que a hesitação preocupante do rival.


sábado, 30 de outubro de 2010

Obrigado outubro!

23.10: Pelé 70 anos

28.10: Garrincha 77 anos

30 de outubro: Maradona 50 anos

Barradão 500 - A força do caldeirão

Bastaram 45 minutos para o Vitória construir sua Vitória sobre o Vasco e deixar a zona de rebaixamento. O Leão começou com tudo e apenas na etapa inicial fez 3 a 0. No segundo tempo, o Vasco descontou e fez dois, mas o rubro-negro fez mais um. Adaílton, Elkeson, Neto Coruja e Junior marcaram para o Vitória, enquanto Nunes e Fumagalli descontaram para o Vasco.

Mais de 34 mil rubro-negros apoiaram o time durante todo o jogo no jogo que foi o de número 500 o Barradão. Logo aos 2 minutos, Adailton fez uma arrancada espetacular pelo lado direito, entrou na área e de bico abriu o placar. O gol incendiou o Barradão, enquanto o Vasco sequer tinha de fato, entrado na partida. Depois disso, a equipe carioca começou a se soltar em campo, mas o Vitória manteve as rédeas do jogo e chegou ao seu segundo gol após uma falha do goleiro Fernando Prass. Elkeson chutou de longe o goleiro vascaíno aceitou. E antes que o primeiro tempo terminasse Neto Coruja ainda marcou o terceiro.

No segundo tempo, o Vasco voltou melhor e logo no começo, Nunes que havia acabo de entrar, diminuiu, mas antes que a torcida ficasse apreensiva, Júnior tratou de marcar mais um, bem ao seu estilo. O Vasco ainda diminuiu com Fumagalli cobrando falta, nos acréscimos.

Com o resultado, o Vitória foi a 37 pontos, deixou a zona de rebaixamento e está em 14º. O Vasco segue com 42 pontos, em 12º. O time rubro-negro volta a campo na quarta-feira (3), para encarar o Santos, na Vila Belmiro.


Subindo!



Update: Com a derrota do Coxa neste sábado, o jogo desta terça-feira (2), vale a liderança da Série B. A hora chegou!

domingo, 24 de outubro de 2010

Nas contas do Delegado

Por mais estranho que possa parecer, Lopes disse que ao Vitória resta vencer os jogos em casa, os quatro que restam, e assim, escapar da degola. Por isso, a derrota deste sábado para o Botafogo praticamente estava nos planos (?!). Mas se não deu tempo de comemorar a vitória contra o Prudente, não dá pra chorar a derrota diante do Fogão. Resta ao torcedor rubronegro neste domingo, secar o Galo mineiro que enfrenta e o Cruzeiro, e em caso de triunfo, joga o Vitória na zona de rebaixamento. Depois é pensar no Vasco e a obrigação dos três pontos. O Vitória tinha escolha e preferiu um final com emoção. Nos resta acompanhar.

sábado, 23 de outubro de 2010

Receita caseira


O apagão que afetou o Bahia na última rodada, diante do Figueirense, deixou o torcedor baiano com uma pulga atrás da orelha. A diferença para o 5º colocado caiu e a euforia deu lugar à preocupação, mas nada que uma velha receita não resolvesse. O Bahia precisava voltar a vencer, convencer e passar a seu torcedor novamente tranquilidade. Mas, faltava combinar com o adversário, e o perigoso ASA parecia disposto a estragar a festa neste sábado em Pituaçu. O time alagoano sentia a falta do artilheiro Ciel, ainda assim levava muito perigo ao gol do Bahia. O tricolor tinha maior posse de bola, mas não conseguia converter esta superioridade em gols.

Quando em uma falha, do zagueiro Luisão, o ASA parou nas mãos do inspirado Fernando, a receita caseira tricolor ameaçou desandar, mas aí coube a Ávine, símbolo do renascimento atual do Bahia dentro de campo, fazer uma linda jogada individual e abrir o placar. O gol marcado no final do primeiro tempo foi sentido pelo time alagoano e fez o Bahia se tornar o dono do jogo. Na etapa final, o ASA voltou sem a mesma pegada, e o meio campo Didira já não fazia a mesma apresentação que preocupou tricolores na primeira etapa. E a falta de apetite do ASA era justamente o ingrediente que faltava para o Bahia se consolidar em campo.

E o Bahia ainda contava com um mestre cuca, que costuma brilhar aos sábados em Pituaçu, Adriano Michael Jackson. Como no último sábado, o artilheiro tricolor marcou três vezes. O primeiro escorando cruzamento de Arilton, o segundo após jogada individual com uma linda conclusão encobrindo o goleiro Jorge Miguel, e o terceiro de cabeça após cruzamento da esquerda. O segundo hat-trick em sete dias, fez Adriano incendiar as arquibancadas de Pituaçu. Os mais de 22 mil torcedores ainda comemoraram o quarto gol, quando o ASA diminuiu aproveitando uma bobeira do goleiro tricolor, que distraído ainda festejava. Cheio de créditos na casa, Fernando apesar do vacilo foi aplaudido pela torcida. Com a sua tradicional serenidade Márcio Araújo comemorava o feito tricolor.

Por fim, ainda teve tempo, do ídolo e artilheiro do time Rodrigo Gral cobrar um pênalti e de cavadinha marcar o quinto do Bahia, que com o resultado assumiu a terceira posição, com o mesmo número de pontos que vice-líder Figueirense, e cinco a frente do quinto colocado, Sport. O acesso fica cada vez mais perto, a união e comprometimento do grupo fica evidente a cada vitória. Torcida e time parecem um só, tanto na vibração e vontade em campo, como nos momentos de fé e agradecimento após o jogo. Receita pronta e quase servida. O Bahia tem a faca, o queijo e outros ingredientes em mãos. Desta vez, o tricolor não parece disposto a perder a grande oportunidade, sua apaixonada torcida agradece.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Bahia da coletividade

Eric Luis Carvalho e Jéssica Maciel

A diferença entre Bahia e Náutico esteve a mostras mesmo antes da bola rolar em Pituaçu. Quando entrou em campo carregando uma faixa em homenagem ao volante Bruno Octávio, que machucou o joelho e está fora do campeonato, o time do Bahia demonstrou união. Sentimento que há muito tempo não era visto pelas bandas do tricolor baiano. O Náutico, que até começou a partida jogando bem, foi na maior parte do tempo, um time individualista. Prova disso foi a expulsão de Tinga – terceira dele no campeonato -, antes da metade do primeiro tempo, em uma atitude que prejudicou o time pernambucano, desmanchando o esquema de Roberto Fernandes. E diante de um adversário qualificado, jogando em casa, com mais de 27 mil torcedores em Pituaçu, e lutando pelo acesso, o individualismo custou caro para o Timbu.

Até mesmo quando usou o talento individual, o Bahia soube jogar em equipe. Vivendo um dos melhores da sua carreira, o lateral Ávine mostrou mais uma vez porque é um dos grandes nomes desta Série B. Os três gols do Bahia passaram pelos pés do camisa 6. No primeiro, um lançamento primoroso para Morais, que também vive uma grande fase, o meia cruzou para Adriano “Michael Jackson” escorar e fazer o primeiro gol do jogo. O Náutico tentou reagir de forma imediata, mas parou no goleiro Fernando. E então dos pés de Ávine saiu uma passe para Hélder que cruzou na cabeça de Adriano. Bahia 2 x 0. Sentindo o golpe, o Timbu praticamente se entregou em campo.

Sem Jancarlos, que deixou o campo machucado, Márcio Araújo precisou improvisar na lateral direita, colocando um volante e liberou ainda mais Ávine para avançar. E foi o lateral esquerdo quem deu um belo passe, em profundidade, para mais uma vez, Adriano marcar. Desta vez, o atacante que nas comemorações dança como o rei do pop, foi rei no quesito frieza. Corte no goleiro, gol aberto, golaço. Hat-trick e festa em Pituaçu.

O Náutico que deixou Alexandre Gallo no meio do caminho, agora deixa com Roberto Fernandes a missão de juntar os cacos. Para isso, precisa de uma dosagem de comprometimento - que deve começar na diretoria e se estender até as arquibancadas. Fernandes que deu esperança de recuperação aos alvirrubros, ao vencer o América-MG nos Aflitos, mas não conseguiu engrenar uma sequência de vitórias, tem condições de fazer um trabalho que permita ao Náutico terminar o ano ao menos de forma digna e sem nenhum tipo de susto.

Enquanto do lado do Bahia, o torcedor que por anos reclamou da falta de um elenco qualificado, hoje comemora ter no gol Fernando, enquanto não pode contar com Renê. Comemora a boa fase de Morais, que assumiu a condição de camisa 10, com as sombras do garoto Vander e de Rogerinho. No Bahia que caminha a passos largos para enfim voltar a Série A, a união parece fazer a força deste grupo. A cada gol, festa dos reservas, dos relacionados, da torcida. A serenidade de Márcio Araújo jogou para escanteio a desconfiança que o torcedor nunca escondeu sentir dele. Restando nove jogos, o Bahia abriu seis pontos sobre o 5º colocado e vê o sonho cada vez mais perto. E sem tirar os pés do chão, o coletivo tricolor parte para as últimas paradas. O momento atual dá mostras que o futuro próximo será de muita alegria.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A matemática do acesso

Além da confiança do torcedor e do bom futebol jogado, principalmente longe de Salvador, o Bahia tem mais um fator para manter forte a confiança no acesso para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, a vantagem do 4° colocado (Bahia, 48) para o 5° (Sport, 43) é de cinco pontos. Pode parecer pouco, mas a história da Série B mostra que é muito. Desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, em 2006, esta é a maior distância entre o G4 e a 5ª posição da história da Série B. Nunca uma diferença tão grande foi tirada nessa fase do campeonato. A maior foi conseguida pelo Grêmio Barueri, em 2008, e era de apenas dois pontos.

Naquela ocasião, o hoje Grêmio Prudente, tinha 45 pontos, era 5º, enquanto o Avaí era 4º com 47, no final do Campeonato, o time paulista conseguiu o acesso e o time catarinense permaneceu na Série B. Em 2007, o Vitória também chegou a esta fase da competição fora do G4, porém naquela ocasião, o rubro-negro tinha apenas um ponto a menos que o quarto colocado Criciúma. Por isso, o atual G4, formado por Coritiba, América-MG, Figueirense e Bahia, demonstra neste momento da competição que tem todas as possibilidades de permanecer da mesma forma, até o final do campeonato.

Mas levando em conta, o equilíbrio da atual competição, é importante manter as “barbas de molho”, e os times fora do G4 também buscam nos anos anteriores inspiração para buscar o acesso. Com exceção do ano passado, sempre um clube que não figurava entre os quatro primeiros depois de 27 partidas conseguiu uma das vagas. O problema atual é justamente a grande diferença de pontos. Outro fator que pode beneficiar ainda mais a turma da frente, é que nesta terça-feira (12), o 5º colocado, Sport, enfrenta o 6º, a Ponte Preta, um resultado de empate no jogo de Campinas, combinado a vitórias dos integrantes do G4 pode elevar a vantagem do grupo sobre os principais adversários a uma das vagas para até sete pontos.

A matemática do acesso
Na teoria, o líder Coritiba precisaria de mais quatro vitórias para garantir uma das vagas, enquanto o vice-líder America-MG precisaria de cinco vitórias e um empate, enquanto a Figueirense e Bahia restariam a necessidade de mais cinco triunfos, mas na prática, a depender da pontuação dos adversários, estes números ainda podem mudar.

domingo, 10 de outubro de 2010

A importância do dever de casa

O Bahia venceu o Guarantiguetá, neste sábado (9), em Pituaçu, por 2 a 1 e se manteve firme na luta pelo acesso para a Série A. O Bahia criou boas chances já no começo do jogo, mostrando muita vontade. O veloz ataque tricolor deu trabalho à defesa do time paulista. Everton teve uma grande chance após ser lançado em boas condições por Adriano, mas na hora do chute, a defesa do Guará se recuperou e fez o corte. Na sequência, após grande jogada de Ávine, Adriano ficou na cara do gol e mandou na trave.

Dominando a partida, não demorou muito para o tricolor abrir vantagem. Aos 8 minutos, Marcone começou a jogada e passou para Morais, que achou Adriano entre os zagueiros. Livre de marcação, desta vez o atacante tricolor não desperdiçou e marcou o primeiro do Bahia.

Logo após o gol, o Bahia continuou em cima do Guará, e Jancarlos cobrando falta, quase ampliou. No entanto, quando o time paulista resolveu sair para o jogo, levou perigo ao gol de Fernando, sempre nos contra-ataques. O Bahia voltou a ter chances de ampliar, após jogada de Jancarlos, Adriano perdeu livre, embaixo do gol, uma chances incrível. No final do primeiro tempo, o Bahia voltou a diminuir o ritmo.

Bahia amplia no começo e leva pressão no final

Márcio Araújo voltou do intervalo com o mesmo time e logo no começo da etapa final, o Bahia chegou a seu segundo gol. Aos 3 minutos, Avine foi derrubado na área e juiz marcou pênalti. Morais cobrou com categoria no canto direito, o goleiro Jaílson ainda tocou na bola, mas não conseguiu impedir o gol do tricolor.

Precisando correr atrás do placar, o Guará saiu para o jogo. Em uma das boas oportunidades criadas, Leo Silva fez uma boa jogada e bateu de longe para boa defesa de Fernando. Outra boa oportunidade do time paulista foi com Jonh, que obrigou Fernando a fazer outra grande defesa. Em seguida o Bahia, voltou a tomar as rédeas do jogo e passou a segurar a administrar o resultado.

Mas aos 35, Nem cometeu um pênalti bobo. Guaru cobrou e Fernando fez a defesa, mas no rebote, o mesmo Guaru diminuiu para o Guaratinguetá. No lance, Nem recebeu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o São Caetano, na próxima rodada. Após o gol, o Guará e o Bahia passou a levar sufoco. Para piorar, Morais foi expulso, após se jogar pedindo falta. O final ficou nervoso e o Guará chegou a marcar um gol, mas a arbitragem anulou corretamente marcando impedimento. Apesar do sufoco, o Bahia conseguiu segurar a pressão e conquistou importantes três pontos na luta pelo acesso, para a alegria da torcida tricolor. O Bahia volta a campo na próxima terça-feira (12), contra o São Caetano, às 21h, no estádio Anacleto Campenella, em São Caetano do Sul.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

75 dias

No dia 23 de julho, a torcida do Vitória fez está festa para o embarque dos jogadores para São Paulo, para a disputa da primeira partida da final da Copa do Brasil.



75 dias depois, o time retorna de São Paulo, com a 11ª derrota no Brasileirão na bagagem. O clima é outro, revolta, decepção, perplexidade. É tempo de agir para evitar o mal maior que se aproxima.

Pipoqueiros: Jogadores do Vitória são recebidos sob protesto
TB

O Vitória vive um verdadeiro inferno astral. O time que até pouco tempo disputava a final da Copa do Brasil, com chances reais de disputar a Copa Libertadores da América, atualmente luta para se afastar da zona de rebaixamento do Brasileirão. Na última quarta-feira (06), a equipe baiana sofreu a quarta derrota seguida na competição nacional. Desta vez para o São Paulo, na Arena Barueri, pelo placar de 2 a 0.

Nesta quinta-feira (07), os jogadores do rubro negro baiano foram recebidos com chuva de pipoca no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. O protesto foi acompanhado por cartazes com os dizeres “Time de moleza”.

Esta não foi a primeira manifestação da torcida. Na última terça-feira (05), os muros do estacionamento dos conselheiros do Estádio Manoel Barradas (Barradão) amanheceram pichados. Entre os alvos do protesto estavam os jogadores, acusados de “baladeiros” e a diretoria do clube.

O Vitória é o 14º colocado do Campeonato Brasileiro, mas pode cair duas posições já que o Flamengo (15°) e o Avaí (16º) jogam esta noite e podem ultrapassar o rubro-negro baiano.

O domador agora é o delegado

Segue o flerte

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Fúria Tricolor?



Na tarde desta segunda-feira (4), pela internet, através do twitter, o perfil do programa Torcedor Oficial do Bahia anunciou que a esperada terceira camisa do clube será lançada em breve e fará uma homenagem um tanto quanto inusitada, ao menos para a maioria da torcida.

A informação ainda não foi divulgada de forma oficial pela assessoria de comunicação do clube, mas segundo o programa Torcedor Oficial do Bahia, o uniforme se chamará Fúria Tricolor e vai homenagear a Espanha, seleção campeã do mundo em 2010. O uniforme será todo vermelho com detalhes em amarelo, como a camisa principal da seleção espanhola, e em outra cor ainda não revelada.

O lançamento está previsto para o final deste mês e a venda será, a principio, exclusiva para torcedores cadastrados no programa. Apesar da colônia espanhola na Bahia ser uma das maiores do país, ainda não foi esclarecido quais as reais ligações do clube com a Fúria espanhola, para tal homenagem. O que deve ser feito no momento do lançamento da camisa.

Tricolor já jogou de camisas vermelhas

No ano de 1964 o Bahia participou de um torneiro em Nova Iorque, chamado ISL (International Soccer League), que foi disputado entre 1960 e 1965 e reunia equipes da Ásia, América do Sul, Canadá e México. O formato se assemelhava ao atual Mundial Interclubes. Naquela ocasião, o tricolor vestiu uma camisa toda vermelha, com gola pólo e ribanas das mangas azuis.

Informações e imagens: camisadobahia.blogspot.com

O dia em que o Bahia ganhou sem entrar em campo ou Um golaço nas urnas


Marcelo Guimarães não se reelege Deputado Federal
Tribuna da Bahia

O presidente do Esporte Clube Bahia e deputado federal, Marcelo Guimarães Filho, apesar da boa votação, com mais de 60 mil votos, não conseguiu se reeleger para mais um mandato na Câmara dos Deputados em Brasília.

A derrota nas Eleições de 2010 foi consequência do coeficiente eleitoral, com a baixa votação da coligação PMDB/PTB/PMDB/PSC/PR/PRTB, pela qual ele saiu candidato.

A coligação da legenda de Marcelo Guimarães Filho só obteve oito cadeiras na Câmera Federal, contra 22 da líder, encabeçada pelo PT. O presidente do Bahia foi o 10º colocado e acabou derrotado, mesmo com 61 mil 800 votos, o 40º candidato na relação dos mais votados para as 39 vagas da Bahia em Brasília.

O presidente tricolor teve mais votos que dois candidatos eleitos. No entanto, o resultado nas urnas pode servir como um alerta ao dirigente. Nas últimas eleições, em 2006, Marcelo Guimarães Filho foi eleito com 93.253 votos.

Uma diferença de 31 mil e 493 eleitores. Déficit similar à capacidade do Estádio de Pituaçu, que o dirigente viu lotado por tantas vezes ao longo de seu mandado como presidente do tricolor.

É tempo de amansar um confuso leão

O presidente Alexi Portela Júnior reuniu-se nesta segunda-feira (4), pela manhã, com o técnico Ricardo Silva e o grupo de jogadores, para cobrar mais comprometimento para tirar o clube da incômoda situação em que se encontra.

Em seguida, na sala da presidência, Alexi Portela Júnior reuniu a imprensa e foi firme em seu comunicado: “Ricardo Silva continua sendo o treinador do Vitória” disse para em seguida acrescentar: “Todos nós sabemos que treinador depende de resultados, mas acho que o treinador não tem culpa dos resultados que estão acontecendo. Os culpados somos todos nós, o primeiro é o presidente e depois, o treinador. Todos nós somos responsáveis e temos que reverter esta situação”.

Portela também disse ser parte integrante do atual fracasso vermelho e preto. “Eu sou o presidente e sou o responsável por isso aí”. Para Portela, é o momento do time reagir urgentemente, já que se encontra apenas a cinco pontos da zona do rebaixamento.

“Não posso esconder que a situação é preocupante e precisamos reagir. Temos que fazer a nossa parte vencendo os jogos e não ficar torcendo para que os outros times percam. O jogo (contra o Grêmio) de sábado, para mim, foi uma vergonha. O Vitória quase que não teve oportunidade nenhuma, o Grêmio teve uma bola de Wallace (lance do primeiro gol) que, infelizmente, isso acontece, e não tivemos poder de reação. O time jogou totalmente sem objetividade e a gente tem condições de reverter. Praticamente não entramos em campo”.
Alexi reuniu-se com alguns dos principais jogadores antes do treinamento desta terça-feira, pela manhã – Bida, Wallace, Kleber Pereira, Vanderson e Ramon – e pediu que o time volte a atuar no Barradão como no primeiro semestre e seja mais competitivo fora de casa.

O presidente ainda negou qualquer tipo de atraso no pagamento aos jogadores, o presidente foi taxativo: “É só vocês conversarem com os jogadores. O que a diretoria prometeu, cumpriu. Se estamos atrasados é um, ou dois prêmios”, disse, enfatizando que o salário do mês de setembro, por exemplo, foi pago antecipadamente. Para finalizar, o dirigente disse que o time precisa ter mais motivação nos próximos jogos e cobrou isso aos atletas, que concordaram com ele.

Só. Só. Somente. Só.

O Duque de Caxias jogava com quatro desfalques, mas o Bahia deixou escapar a oportunidade de pela primeira vez vencer o time do Rio de Janeiro. Jogou no estádio de São Januário e só conseguiu um empate sem gols.

Com o resultado, o Bahia fica na quarta posição da Série B, com 45 pontos, a 5 do líder, o Coritiba, e apenas 2 à frente do 5º colocado, o Sport.

Além disso, teve Jael expulso, por reclamação, após o final da partida.

O tricolor baiano começou melhor que o Duque de Caxias, mas em seguida cedeu espaço.

No segundo tempo a partida caiu de qualidade.

O próximo jogo do Bahia é com o Guaratinguetá, em Pituaçu, dia 9, às 16h.

A verdadeira cara do Grêmio

Eric Luis Carvalho/Lédio Carmona

O Grêmio que entrou em campo para enfrentar o Vitória no Barradão, não tinha sete titulares, mas tinha cara de Grêmio, e acima de tudo, tinha o dedo de Renato Gaúcho. O tricolor que chegou a sua quarta vitória seguida longe de casa, aprendeu a jogar fora do Olímpico. Frio e calculista, o time parecia a vontade nos minutos iniciais. Enquanto o Vitória não se encontrava, o tricolor saiu para o jogo, sem medo de ser feliz. Apesar de ter apenas um atacante em campo, o Grêmio foi mais perigoso nos primeiros minutos e coroado antes da metade do primeiro tempo, após um erro na saída de bola do Vitória. Vacilo de Wallace, gol de Maílson.
Em desvantagem e com as reclamações da torcida, o Vitória enfim resolveu jogar. No entanto, fez muito pouco para quem pretendia vencer. Foram apenas duas chances de perigo, com Ramon e o talentoso garoto Henrique. Enquanto isso, o Grêmio fazia o seu papel de visitante indigesto, explorando os erros do adversário, jogando junto com a revolta do torcedor com o time da casa. Ricardo Silva colocou o Vitória todo para frente, mas o gol parecia longe. Em uma das boas chances, com Thiago Humberto, Vítor que havia saído mal, tratou de lembrar a todos os presentes porque é um dos melhores goleiros dos país.
E assim, o Grêmio copeiro que vai subindo na classificação, assistia ao desespero do Vitória, que perdeu a terceira consecutiva e vê mais uma vez o fantasma da zona de rebaixamento se aproximar. Esperando a hora certa de finalizar o inimigo, o tricolor se segurou como pode e nos minutos finais, em dois rápidos contra golpes, deu números finais ao jogo, com Diego e o excelente lateral Gabriel.
Campanha brilhante no returno, visitante indigesto, um novo Grêmio, do jeito que manda a tradição já se faz presente. Se o sonho do G3 é algo complicado de se alcançar, Portaluppi ao menos já devolveu ao Grêmio a essência de ser Grêmio, de ser grande, e desta forma o tricolor dá pinta que vai até o fim, longe de todo e qualquer perigo.
O mesmo não se pode dizer do Vitória. Depois da luz de alerta, Ricardo SIlva disse que agora f,oi a vez da luz vermelha se acender. É preciso somar pontos, principalmente em casa, para um final de campeonato sem sustos. É preciso agir.

aorigemO Grêmio não tem meio-termo. Sua origem é de decisão, de confronto, atitude e imposição. Não existe Grêmio morno e apático. Foi isso que Renato Gaúcho trouxe à superfície após sua volta ao Olímpico. E o time tricolor que entrou em campo para enfrentar o Vitória, no Barradão, não tinha sete titulares, mas trazia cara de Grêmio. E, antes de mais nada, tinha o dedo de Renato Gaúcho. O tricolor que chegou à quarta vitória seguida longe de casa, aprendeu a jogar fora do Olímpico. Frio e calculista, o time parecia a vontade nos minutos iniciais. Enquanto o Vitória não se encontrava, o tricolor saiu para o jogo, sem medo de ser feliz. Apesar de ter apenas um atacante em campo, o Grêmio foi mais perigoso nos primeiros minutos e coroado antes da metade do primeiro tempo, após um erro na saída de bola do Vitória. Vacilo de Wallace, gol de Maílson.

Em desvantagem e com as reclamações da torcida, o Vitória enfim resolveu jogar. No entanto, fez muito pouco para quem pretendia vencer. Foram apenas duas chances de perigo, com Ramon e o talentoso garoto Henrique. Enquanto isso, o Grêmio fazia o seu papel de visitante indigesto, explorando os erros do adversário, jogando junto com a revolta do torcedor com o time da casa. Ricardo Silva colocou o Vitória todo para frente, mas o gol parecia longe. Em uma das boas chances, com Thiago Humberto, Vítor que havia saído mal, tratou de lembrar a todos os presentes porque é um dos melhores goleiros dos país.

E assim, o Grêmio copeiro que vai subindo na classificação e é o melhor time do returno, assistia ao desespero do Vitória, que perdeu a terceira consecutiva e vê mais uma vez o fantasma da zona de rebaixamento se aproximar. Esperando a hora certa de finalizar o inimigo, o tricolor se segurou como pode e nos minutos finais, em dois rápidos contra golpes, deu números finais ao jogo, com Diego e do lateral Edílson.

Campanha brilhante no returno, visitante indigesto, um novo Grêmio, do jeito que manda a tradição já se faz presente. Se o sonho do G3 é algo complicado de se alcançar, Portaluppi ao menos já devolveu ao Grêmio a essência de ser Grêmio, de ser grande, e desta forma o tricolor dá pinta que vai até o fim, longe de todo e qualquer perigo.

O mesmo não se pode dizer do Vitória. Depois da luz de alerta, Ricardo Sillva disse que agora foi a vez de a luz vermelha se acender. É preciso somar pontos, principalmente em casa, para um final de campeonato sem sustos. É preciso agir.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Furacão da eficiência

Desde 14 de julho, quando perdeu para o Cruzeiro, o Atlético Paranaense não conheceu mais nenhuma derrota na Arena da Baixada e, de quebra, buscou pontos fora. O resultado está na classificação atual. Um Furacão eficiente que sem alarde faz campanha brilhante. Contra o Vitória, o time paranaense chegou a seu oitavo triunfo em casa e segue, por que não, sonhando alto.

Para chegar a sua 12ª vitória, o Furacão não teve vida fácil contra o time de Ricardo Silva, que assim como na partida contra o Fluminense, dificultou as coisas. Mas o Furacão soube construir bem a vitória na sua forma de jogar. Branquinho conduzia o time a frente em velocidade e distribuía bem, Guerrón aberto pela direita e o veloz Maikon Leite deixaram a marcação do Vitória perdida, mas apesar o domínio, o time paranaense não conseguia abrir o placar. Então, o ofensivo Furacão de Carpegianni, colocou em prática uma das suas mais fortes jogadas, a bola área e apesar da atenção redobrada pedida por Ricardo Silva, o sistema defensivo do Vitória falhou. Bola de Paulo Baier na cabeça de Rhodolfo, livre de marcação colocar o Furacão em vantagem.


O Atlético poderia ter matado o jogo, mas foi segurando o ímpeto baiano e chegando aos poucos. Calculista, sempre esperando a hora do bote, o Atlético mantinha o jogo sob controle. Assim, Bruno Mineiro apareceu na cara do gol, mas parou em uma milagrosa defesa de Lee. Nos minutos finais, o recuo excessivo do time que mostra toda sua força atacando, terminou deixando o Furacão exposto de forma desnecessária, mas a eficiência paranaense não se repetiu no lado baiano. Nas poucas chances claras criadas, o ataque do Vitória tratou de desperdiçá-las, para desespero do treinador Ricardo Silva. No fim, mais três pontos na conta do Furacão.

A Arena da Baixada segue como um importante reforço na brilhante campanha de recuperação. Carpegianni acertou a mão e na base da eficiência, o Atlético soma pontos e não se enganem, o Furacão chega para incomodar.

Na conta do professor

Em toda jornada há sempre espaço para acidentes de percurso. Nesta terça contra o Icasa, em Pituaçu, o Bahia teve direito ao seu tropeço. Márcio Araújo errou. Escalou mal, mudou de forma equivocada e contribuiu desta forma para o péssimo resultado. Após o jogo, pediu desculpas. Não há tempo para chorar o leite derramado. É preciso juntar os cacos e somar pontos.

No entanto, é preciso reaprender a jogar em casa. Em Pitauçu, os visitantes sempre bem fechados têm explorado bem os contra ataques rápidos. Soma-se a isso, um incrível talento do ataque tricolor em desperdiçar chances de gol, mais a impaciência da torcida e pronto, temos um caldeirão em ebulição, a favor dos adversários. Que no dia 9 contra o perigoso Guaratinguetá, o Bahia tenha aprendido a lição. Antes tem o também perigoso Duque de Caxias, neste sábado no Rio de Janeiro. Após a tempestade, é hora de voltar à bonança.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um tropeço vendido caro

Confiança em três cores



Um horário atípico. Em plena madrugada de domingo, a torcida do Bahia, mais uma vez, lotou o saguão do Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães para prestigiar os jogadores tricolores, após o triunfo sobre o Sport, por 2 a 1, na Ilha do Retiro, que garantiu à vice-liderança da Série B ao time baiano, agora com 44 pontos. Entoando o hit “Vamos subir Esquadrão”, centenas de apaixonados esperavam ansiosos pelo desembarque dos ídolos. Não demorou e o grupo tricolor apareceu no salão de desembarque para delírio da torcida.


O goleiro Fernando foi ovacionado pela galera, que cantava “Uh é paredão, o goleiro do Esquadrão”. O atleta teve dificuldades para driblar a massa tricolor que se amontoava na tentativa de mostrar todo o orgulho pelo atual momento vivido pelo clube.

Quem caiu nas graças do povo foi o garoto Vander. Cercado por pessoas de todas as idades, o meio-campista não escondia o sorriso ao ser abraçado e assediado pelos torcedores. Vander entrou no clima e pulou junto com a torcida, causando euforia na madrugada soteropolitana. A alegria era tamanha, que os jogadores só conseguiram embarcar no ônibus com a ajuda de seguranças.

Mesmo após o embarque no ônibus que levou os atletas rumo ao Fazendão, os torcedores não pararam de cantar o hino do clube e os hits “Vamos subir Esquadrão”, da Torcida Bamor, e “Vamos Tricolor”, do músico Ricardo Chaves. Os jogadores foram aplaudidos pela multidão que seguiu o veículo em carreata, com direito a buzinaço. Como para abençoar o time, no momento em que a delegação deixava a entrada do aeroporto, um tricolor ligou o som do carro e fez tocar o Hino ao Senhor do Bonfim.


Após a festa, a torcida tricolor planejava o próximo encontro com o clube do coração. Será na terça-feira (28), às 19h30, no “PituAço”. O Bahia tem mais um importante compromisso, dessa vez contra o Icasa (CE). O apoio da torcida será fundamental para que a equipe possa dar mais um passo rumo ao acesso à 1ª divisão do futebol nacional. Os ingressos para o confronto já estão à venda na Sede de Praia da Boca do Rio e no Estádio de Pituaçu das 09h às 17h.

domingo, 26 de setembro de 2010

Autoridade tricolor

Não faltaram dificuldades, mas sobrou postura de time grande, e assim o Bahia não tomou conhecimento do Sport e venceu o rubronegro na Ilha do Retiro por 2 a 1, neste sábado. O Sport não perdia há 12 jogos, Geninho não havia perdido nenhuma partida desde que chegou ao time, mas para o tricolor nada disso foi suficiente.

Cheio de desfalques, o Bahia começou com todo gás e logo aos 5 minutos, Mendes deu um passe espetacular para o lateral Diego Correa, que passou pelo goleiro Magrão e colocou o Bahia em vantagem. Com o placar em vantagem, o Bahia continuou bem postado em campo, se defendendo bem e tocando a bola no meio campo. No entanto, o Sport partia para o ataque empurrado pela torcida. Desta forma, no final do primeiro tempo, aos 45 minutos, Daniel Paulista acertou um lindo chute, golaço, empatando tudo na Ilha do Retiro.

No segundo tempo, o Bahia manteve a postura, mas o Sport também levava perigo ao gol de Fernando. Mas, novamente sem chegar diretamente no gol de Fernando. O gol da vitória tricolor saiu aos 23, após uma grande jogada linda de Vander, Morais completou de primeira. Festa da torcida tricolor que foi até a Ilha do Retiro em grande número. Daí em diante, foi só sufoco. pressão do Sport. O tricolor se defendia de todas as formas e ainda perdeu boas oportunidades de matar o jogo nos contra golpes.

No fim, foi só festa, após o apito final, os jogadores comemoram muito o resultado. O Bahia agora já começa a contagem regressiva para o acesso. Faltam 6 vitórias. O coração do torcedor tricolor já bate mais forte, mas é preciso pés no chão. Terça o tricolor já volta a campo e a promessa é de casa cheia em Pituaçu. O Bahia se manteve na segunda posição, já que o líder Coritiba também venceu.

Reencontro em boa hora

Depois da tempestade, com sete rodadas sem vencer, o Vitória reencontrou a fase da bonança e abriu uma boa vantagem sobre os adversários na parte de baixo da classificação. Se a fase não era das melhores, a tabela ajudou e colocou o Leão frente a frente com dois adversários diretos. E aí, o time de Ricardo Silva não decepcionou. Depois de vencer o Galo, foi a vez de vencer o Avaí e abrir oito pontos de vantagem sobre o Atlético-GO, primeiro da zona de rebaixamento.

Contra o Avaí, após mais de 30 dias sem vencer jogando dentro de seus domínios, o Vitória voltou a fazer do Barradão, o seu temido lar, como deve ser. Mostrando desde os primeiros minutos de jogo, quem de fato mandava no pedaço. Júnior, Elkeson e Thiago Humberto foram os autores dos gols na goleada sobre a equipe catarinense. Bem verdade que o Avaí, que chegou à 10ª partida sem vencer, conseguiu desperdiçar chances incríveis, aproveitando o relaxamento baiano. Mas a juventude de Elkson e do excelente Henrique começa a dar liga com a experiência do sempre necessário Ramon Menezes, com eles o Vitória tem tudo para permanecer forte. Na frente, Júnior ainda mantém o faro de artilheiro e diferente de outras ocasiões, Ricardo Silva hoje tem no banco de reservas peças que podem mudar e definir uma partida.

O momento é de encontrar o equilíbrio que faça com que o time repita as últimas boas atuações e some pontos. E assim, o Vitória deve se manter, longe da zona do mal, completando a jornada sem sustos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coxa, Bahia, Ponte, Coelho, Figueira, Sport…


Seguindo o seu roteiro de emoção a cada rodada, a terça de Série B manteve a escrita. Personagem constante na competição, o equilíbrio foi mais uma vez o carro chefe nas dez partidas disputadas ontem. Nas últimas três rodadas, a liderança foi ocupada por três times diferentes. A disputa promete ser ponto a ponto, até o final. O Figueirense que começou a 22ª rodada como líder, termina a 23ª fora do G4, em uma prova de que qualquer vacilo pode custar muito caro.

Contra o Náutico, nos Aflitos, o Figueira chegou a sua terceira derrota consecutiva, enquanto o Náutico, que vinha de três derrotas, voltou a encontrar o caminho das vitórias e a sonhar com o acesso. O Timbu de Alexandre Gallo, que chegou a ocupar a liderança por quatro rodadas está a seis pontos do G4, diante do equilíbrio da competição, nada que não possa ser tirado em algumas rodadas, mas será preciso ser o forte Náutico do começo da competição. O mesmo vale para a Portuguesa, que ontem bateu o Santo André e chegou aos mesmos 34 pontos do time pernambucano.

Mas enquanto isso, o favoritismo para o acesso permanece no pelotão dos seis primeiros. A liderança agora é Coritiba, que na Boca do Jacaré, venceu o Brasiliense. Após uma fase de instabilidade, o Coxa de Ney Franco reencontrou o caminho das vitórias e com o reforço do Couto Pereira nesta reta final, tem tudo para manter-se no G4.

Assim como o Coxa, o Bahia tem se mostrado um visitante indigesto, no entanto é em casa que o tricolor tem se atrapalhado. Já foram 13 pontos perdidos em seus domínios, diante de mais de 31 mil torcedores em Pituaçu, o tricolor só ficou no empate diante do perigoso Vila Nova. O time goiano, que nos últimos 15 pontos disputados ganhou 12, jogou de igual para igual com o então líder e após sair na frente, perdeu inúmeras chances de matar o jogo. O Bahia, que também perdeu chances incríveis, só chegou ao empate, nos minutos finais, empurrado pela torcida. No entanto, os empolgantes últimos minutos do tricolor em Pituaçu foram muito importantes. Os tricolores, que mesmo com o tropeço, deixaram o campo sob aplausos dos torcedores que reconheceram a dedicação e entrega do time, ganharam desta forma, uma moral extra para o grande jogo da próxima rodada contra o Sport na Ilha do Retiro.

As duas maiores forças nordestinas na competição estarão frente a frente em um jogo que vale muito. O Leão de Geninho, que não perde há 12 jogos, deixou escapar a chance de pela primeira vez entrar no G4, mas o resultado de empate contra o Icasa no Romeirão, não deve ser lamentado. O time apresentou algumas falhas que ainda precisam ser corrigidas, mas mostrou também que quando a fase é boa, todo santo ajuda e no caso, o santo tem nome, São Magrão, que com grandes defesas segurou o importante ponto para o rubronegro. No sábado contra o Bahia, adversário direto na briga pelo acesso, o Leão terá o reforço do seu caldeirão, e com a Ilha lotada, tudo pode ficar menos complicado. Uma vitória deixará o Sport a apenas um ponto do tricolor baiano. Já uma derrota e o adversário direto, que já venceu seis partidas longe de Salvador, abrirá sete pontos de vantagem. Promessa de jogão em Recife.

Quem também chegou forte para a festa do equilíbrio foi o América de Minas. Em Sete Lagoas, o Coelho venceu o xará de Natal, ganhou mais uma posição no G4 e no melhor estilo mineiro mostra que o acesso é algo possível. Assim como a Ponte Preta, que se recuperou rápido da derrota em casa, no último sábado e somou mais três pontos, diante do bem arrumado Guaratinguetá, voltando ao G4.

Coritiba, Bahia, América-MG, Ponte, Figueirense e Sport, seis forças do nosso futebol que devem protagonizar momentos de pura emoção até as últimas rodadas da série B. No final, dois ficarão pelo caminho, mas a emocionante Série B 2010, já fez o favor de colocar, todos eles, de volta no panteão da nossa história futebolística.

Publicado no Blog do Lédio: Coxa, Bahia, Ponte, Coelho, Figueira, Sport…

sábado, 18 de setembro de 2010

Líder e sem medo de ser feliz

Em Campinas, Bahia e Ponte fizeram um jogo digno do equilíbrio desta Série B, principalmente quando estão em campo fortes candidatos ao acesso. Mas, o Bahia foi mais time, procurou a vitória o tempo todo e este diferencial tricolor, passa pelas mãos de Márcio Araújo.

Ao final do jogo, Márcio falou sobre a partida de forma muito coerente e foi humilde ao dizer que está “apenas” dando continuidade ao trabalho de Renato de Gaúcho. Justiça seja feita ao trabalho de Renato, o Bahia de Márcio, que chegou sob a desconfiança do torcedor, é outro. O Bahia mudou e pra melhor. O time que venceu a Ponte Preta foi um Bahia que foi a frente, sem medo de ser feliz. Como na partida diante da Lusa no Canindé, o Bahia em momento algum temeu atacar o adversário, jogou como grande que é.

A bem arrumada Ponte Preta de Jorginho talvez tenha se surpreendido com a forma de jogar do tricolor. Depois do gol pontepretano de Reis, logo no começo do primeiro tempo, o Bahia dominou a partida, favorecido com a expulsão de um jogador da Ponte. No intervalo, Márcio colocou Morais no jogo e o domínio tricolor cresceu ainda mais. E aí entrou em cena, o jogador que vive a sua melhor fase no Bahia, Ávine. Muitas vezes contestado, quase sempre criticado, Ávine voltou a ser aquele garoto que ainda na base era apontado como uma das maiores jóias do tricolor. Com um belo chute de fora da área, o lateral deixou tudo igual. E de uma lateral para outra, Jancarlos, que chegou, assumiu a camisa 2 e se tornou um dos destaques do time, cobrando falta, com perfeição virou o jogo para o Bahia. Golaço. Gol da virada e que colocou o Bahia na ponta da tabela da série B.

O momento é excelente, a meta está traçada, e a união do grupo coroada com o apoio do torcida comprova que o tricolor está no caminho certo. A hora é essa, a competição entra na fase de afunilamento. Restam 16 jogos, 48 pontos em disputa. Pelas contas iniciais, restam 22 para o acesso. Se para o objetivo resta menos de 50%, a confiança bate na casa dos 100%. Volta, Bahêa!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma volta sem brilho


A letra de “a volta do boêmio” de Adelino Moreira, imortalizada por Nelson Gonçalves, diz: “ele voltou, o boêmio voltou novamente.” Apesar da ocasião não marcar a volta de um boêmio e sim do trabalhador Ricardo Silva, a expressão que dá a sensação de redundância, cabe exatamente no atual momento do Vitória.

A nova volta de Ricardo Silva termina por linhas tortas a consertar um erro da direção que no futuro pode custar caro. Diferente do boêmio de Adelino, Ricardo não “partiu daqui tão contente”, mas voltou com o apoio do grupo, que fez festa para recebê-lo após a queda de Toninho Cecílio.

No entanto pelo que se viu diante do Ceará, mais do que “voltar outra vez”, Ricardo Silva terá uma difícil missão, recuperar o Vitória forte e vencedor que fez do Barradão seu alçapão no primeiro semestre.

No empate sem brilho algum diante do Ceará, o time não foi nem sombra daquele Vitória que não desistia de lutar até o apito final. Que mesmo com um elenco limitado fez do fator Barradão um diferencial. Hoje o elenco está reforçado.

O grupo atual é mais forte que antigo “time de guerreiros” que chegou à final da Copa do Brasil, ainda assim já se vão sete jogos sem vencer. A zona da degola se aproxima de forma perigosa. As vaias da torcida no final do jogo contra o Vozão devem servir de alerta e não como motivo de revolta, com atitudes inconsequentes como a do bom zagueiro Wallace, que fez gestos obscenos para os torcedores. É preciso acordar e voltar a ser Vitória. Que a volta de Ricardo Silva traga mais uma vez ao Barradão todos os ingredientes da felicidade.

Enquanto o Vozão volta pra casa com um importante ponto na bagagem. Longe de fazer uma boa partida, o time cearense, pouco incomodado pelo rival baiano, foi cauteloso e após 4 pontos nos últimos dois jogos, tem tudo para se reencontrar no campeonato.