sábado, 29 de maio de 2010

Uma justa liderança

O Bahia confirmou a boa fase e venceu o Sport neste sábado no estádio de Pituaçu, reassumindo a lidera da série B. O time de Renato que começou o campeonato sob olhares desconfiados da torcida mostrou neste sábado que 2010 pode ser enfim, o ano da redenção tricolor. Os 32.157 torcedores fizeram sua parte e com uma linda festa nas arquibancadas empurraram o invicto tricolor para a sua quarta vitória em cinco jogos.

Renato Gaúcho escalou o mesmo time que goleou o Vila Nova, por 4 a 0 no meio de semana e o 4-5-1 se mostrou mais uma vez eficiente. Com um meio campo rápido com Ananias, Rogerinho e jovem Vander, o Bahia começou o jogo pressionando, mas sem conseguir levar muito perigo ao gol de Magrão. Aos nove minutos, Ananias atingido por uma cotovelada deixou o campo para dar lugar a Abedi. O time perdeu em qualidade e velocidade e o Sport aos poucos conseguiu equilibrar a partida, chegando a criar boas oportunidades. Aos 31 minutos, o Bahia chegou forte pelo lado direito e após cruzamento de Apodi e uma confusão na área, Rogerinho chutou duas vezes para abrir o placar. No final do primeiro tempo, Rodrigo Grahl quase ampliou fazendo um gol olímpico. A bola bateu na trave.

Na segunda etapa, o Bahia voltou melhor e não demorou para marcar o segundo. Logo aos seis minutos, em um contra-ataque rápido, Ávine e Rogerinho tabelaram e o lateral saiu na cara do gol para marcar o segundo do Bahia. Nas arquibancadas de Pituaçu, uma festa linda da torcida. O Sport não restou alternativa além de atacar. O time até criou boas oportunidades, mas pecou nas finalizações e quando foi preciso, o goleiro Omar mostrou que o torcedor pode confiar no seu jovem camisa 1. E assim, do goleiro ao centroavante, o Bahia vai se acertando. Já o rubronegro pernambucano mostrou que será preciso correr atrás do prejuízo. Das cabines de Pituaçu, Toninho Cerezo observava os problemas que terá que consertar. Com o Sport mais ofensivo, o Bahia apenas administrava o resultado, mas ainda teve tempo da revelação Vander assustar o goleiro Marcão. Quando Djalma Beltrami apontou o centro do campo, torcida e jogadores festejaram o importante resultado, diante de um adversário que apesar do mau momento, tem tudo para se recuperar e brigar pelo acesso.

No entanto, não há muito tempo para curtir a liderança, terça-feira o Bahia já volta a campo, contra o Icasa no Ceará. Precavido, Renato Gaúcho mais uma vez pediu “pés no chão.” Ainda é cedo, mas não se pode negar que a confiança e o bom futebol parecem estar de volta ao Fazendão, por isso, é preciso aproveitar a fase para que num futuro próximo a apaixonada torcida baiana tenha o que comemorar. O momento é este, afinal já passou da hora de um dos grandes do nosso futebol despertar.


Somando pontos

Nada vi de Avaí e Vitória na Ressacada, por isso, reproduzo aqui as palavras de Lédio Carmona sobre o jogo. Porém, pelo simples placar diria que foi sim, um bom resultado para o Vitória. É sempre complicado vencer o bom time do Avaí em seu estádio, por isso, o empate deve ser encarado como um importante ponto conquistado.


No intervalo de Avaí x Vitória, na Ressacada, o próprio Péricles Chamusca chamava atenção para os erros de passe e ansiedade do time catarinense, o que atrapalhavam a conclusão. Enquanto isso, o time baiano não
avai_vitoria_site.jpg230 Sochegava a criar boas oportunidades. De nada adiantou a palestra no intervalo. Se no primeiro tempo a ansiedade chamou a atenção, no segundo os passes errados aumentavam o sono de quem assistia ao duelo. Resultado: mais um 0 a 0. De bom, apenas a marca de 25 jogos de invencibilidade do Avaí em seu belo estádio.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A noite de Schwenck

Apesar de apenas quatro rodadas disputadas, já havia um sinal de alerta no Barradão sobre a necessidade da primeira vitória no Brasileirão e nada melhor do que diante de um adversário qualificado com o Atlético Mineiro. Pois bem, ela veio, no sufoco, após um jogo muito disputado, o que pode ser comprovado pelo placar de 4 a 3.

O jogo começou equilibrado e os ataques mostravam pouca eficiência. Mas, aos 13 minutos, Schwenck fez o primeiro aproveitando assistência de Nino Paraíba. O Galo sentiu o gol e o time de Ricardo Silva foi pra cima, mas aos 35 em um contra-ataque rápido, Ricardinho deu um belo passe para Muriqui que encobriu o goleiro Vinicius, empatando o jogo. Pouco tempo depois, o Vitória voltou a ficar na frente do placar. Egídio cruzou na área e Schwenck fez o segundo.

Para o segundo tempo, Luxemburgo mudou o time e tirou Coelho e Fabiano para a entrada dos jovens Diego Macedo e Ricardo Bueno. Mas foi o Vitória que começou melhor, só que aos 9 minutos, Nino Paraíba recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Ricardo Silva tirou o garoto Elkeson e reforçou a marcação com Rafael Granja. Com um homem a mais, o Galo voltou ao jogo e aos 22, Ricardo, de falta, empatou a partida. O Vitória não se entregou e aos 29, o goleiro Marcelo falhou feio e facilitou as coisas, Schwenck aproveitou e fez o terceiro do Leão. Só que o Galo empatou novamente, desta vez com Diego Tardelli, de cabeça, após mais uma assistência de Ricardinho. O jogo ficou aberto nos minutos finais, e o estreando Evandro, que chegou ao Barradão está semana, vindo do próprio Atlético Mineiro, entrou em campo substituindo Lenílson e decidiu a parada marcando o gol da vitória.

Após quatro jogos no Brasileirão, o Vitória enfim vence e mostra que como já era de se esperar, o Barradão será fundamental na caminhada. O Galo que em dois jogos fora de casa já levou 8 gols dá sinais de que se a intenção é brigar no topo da tabela é preciso arrumar as coisas lá atrás. Os baianos voltam a campo no sábado, quando enfrentam o Avaí, na Ressacada e o Atlético no domingo, quando recebe o Fluminense, no Mineirão.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Será que agora vai?

Desconfiança, pé atrás e dúvida eram as palavras que rondavam a cabeça do torcedor do Bahia antes do pontapé inicial da série B. No entanto, passadas quatro rodadas, o time de Renato Gaúcho é o novo líder do campeonato com 10 pontos e 83,3% de aproveitamento, campanha idêntica a do Náutico, mas o time pernambucano perde no saldo de gols. A goleada desta terça diante do Vila por 4 a 0, Ananias, Vander e dois de Rodrigo Gral mostrou um Bahia forte e que pode sim almejar algo mais no campeonato.

Ainda é muito cedo para qualquer tipo de previsão, mas o invicto Bahia que começou mostrando um futebol fraco diante do América de Natal na estreia, quando venceu por 1 a 0, foi buscar uma virada nos acréscimos diante do Ipatinga, jogando em Minas, e empatou com a Ponte Preta em Salvador, jogou diante de um desorganizado Vila Nova uma de suas melhores partidas na temporada, utilizando bem o contra-ataque e a qualidade de seus homens de meio. O jovem garoto Vander, promessa da base, ganhou a 10 do machucado Morais e foi o destaque do jogo, deixando Renato Gaúcho confiante de que começa a ter um grupo forte.

Se o Bahia que enfrentou o Vila for o Bahia do restante do campeonato, o tricolor que começou a competição desacreditado entra no grupo dos “candidatos” ao Olimpo da série A. Os reforços seguem chegando. O treinador deu o recado e cobrou pés no chão. O apaixonado torcedor do Bahia sabe que ainda é cedo, mas já comemora a boa fase e como de praxe promete lotar Pituaçu no próximo sábado, diante de um Sport em crise. O clássico nordestino será uma boa oportunidade para o time tricolor provar suas reais intenções na série B, afinal já é mais que hora do gigante despertar.

domingo, 23 de maio de 2010

Queda no Castelão

Hoje foi dia de clássico nordestino na Série A, Ceará e Vitória se enfrentaram no Castelão e deu Vozão, um a zero, gol marcado por Washington aos 47 do segundo tempo. O time cearense foi superior na posse de bola, e o Vitoria pareceu assustado ou sem muita disposição, enfim, o certo é que o time de Ricardo Silva praticamente não atacou. E assim, no final da partida, o Ceará foi premiado com um o gol que o coloca em uma, para muitos, surpreendente terceira colocação. Já o Vitória vive situação oposta, o time que é finalista da Copa do Brasil, somou apenas um ponto, e ocupa a 16ª colocação. Na próxima rodada, o Vitória pega o Atlético Mineiro no Barradão.

A Europa é nerazzurri


A Inter de Mourinho e do aplicado Bayern de Van Gaal fizeram uma grande partida neste sábado pela final da Liga dos Campeões 2010, no Santiago Bernabéu, em Madrid. Histórica como deve ser uma final de UCL. E como um grande evento do futebol, teve um grande heroi, Diego Milito, argentino que decidiu tudo para a Inter em 2010. Título merecido. Após 45 anos, a Europa volta a ser nerazzurri.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os donos da noite

Bahia e Ponte Preta fizeram um bom jogo nesta sexta-feira em Pituaçu, onde empataram em 1 a 1. Apoiado por um excelente público, 27.328 torcedores, o Bahia de Renato Gaúcho contava a estreia do seu novo camisa 10, Morais. Antes do jogo, festa para a reapresentação do atacante Jael, que depois de uma boa série B em 2009, está de volta a Salvador. Com a bola rolando, o time tricolor começou bem a partida, mas tinha do outro lado, um adversário respeitável. A Ponte Preta de Jorginho se portou muito bem em campo aproveitando os conta-ataques e sempre levando muito perigo ao gol do Bahia.

O Bahia criou boas chances, mas todas pararam no bom goleiro Eduardo Martini. Em pelo menos duas boas cabeçadas, de Ananias e depois de Alysson, o goleiro campineiro mostrou serviço. Mas quando a Ponte criou seus principais lances, o jovem goleiro Omar, substituindo o titular Fernando, também demonstrou segurança e conquistou a torcida. Em um ataque rápido pela direita, Marcelinho apareceu sozinho dentro da área, tentou o chute e Omar fez uma excelente defesa, na sequência voltou a salvar o Bahia, após bela cobrança de falta de Junai. Apesar da maior posse de bola por parte do Bahia, a Ponte continuava criando as chances mais perigosas e no último lance do primeiro tempo, Reis perdeu uma grande oportunidade. O atacante foi lançado livre e tentou encobrir Omar, que com um ótimo reflexo voltou a salvar o time baiano.

No segundo tempo, o Bahia voltou apertando, mas foi a Ponte quem saiu na frente. Aos nove minutos, após cobrança de escanteio, o zagueiro Diego subiu livre para marcar. O Bahia sentiu o gol e a Macaca aproveitou o momento para se aventurar no ataque, mas sempre parando nas boas defesas do goleiro Omar. Empurrado pela torcida, o Bahia voltou ao jogo e após bom cruzamento de Apodi, Itacaré, que havia acabado de entrar, deixou tudo igual em Pituaçu.

Os minutos seguintes foram de um verdadeiro show, mas nas arquibancadas, a sempre apaixonada torcida do Bahia tentou fazer a diferença e embalados pelo ritmo de Pituaçu, os comandados de Renato Gaúcho quase conseguiram a virada, com Ananias em uma boa jogada individual que parou no goleiro Eduardo Martini. Apesar da pressão tricolor, a Ponte Preta continuou bem posicionada em campo e sempre levando perigo ao gol do inspirado Omar. No final, apesar das boas chances criadas, o resultado terminou demonstrando o equilíbrio entre as duas equipes e evidenciado a ótima noite dos goleiros. O Bahia e Ponte voltam a campo já na terça-feira diante do Vila Nova no Serra Dourada e Guaratinguetá, no Moisés Lucarelli, respectivamente.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Uma torcida que joga e que sonha....

O resultado do jogo de ida no Serra Dourado deixou o torcedor baiano com um sorriso no rosto. Ele mais do ninguém sabe do poder que tem o seu santuário. E poder da toca do leão mais uma vez foi fundamental. Quando os times entraram em campo, a torcida baiana deu um show promovendo o inferno vermelho e a cortina branca. De fato e de direito, tínhamos um caldeirão pronto para engolir o Dragão. O que se viu foi um Barradão belíssimo, lotado como deve ser a casa de um time grande e que sonha alto, sem medo de ser feliz. E nesse ritmo, o Vitória começou indo pra cima do Atlético que acuado tentava escapar nos contra-ataques.

O tempo passava e os gritos de "vamos ganhar nego" empurravam o time de Ricardo Silva que chegou ao gol aos 29 do primeiro tempo, com Uellinton de cabeça. Cinco minutos depois, Júnior, o artilheiro do time, mas que não marcava há 6 jogos. O Barradão fervia e o Atlético não conseguia reagir. O Vitória foi para o intervalo com a vaga e o sonho nas mãos.

Na volta para o segundo tempo, o Vitória voltou ainda pressionando em busca do terceiro gol. No entanto, o time de Geninho precisando do resultado acordou e as chances até apareceram. Foram pelo menos duas oportunidades claras de gol para o time de Góias.

O jogo ficou aberto e os goleiros Márcio e Viáfara começaram a aparecer bem. Mas 44, Marcão sozinho na pequena área perdeu uma grande chance de marcar o gol da classificação goiana, na sequência do lance, o Vitória emplacou um contra-ataque e Neto Berola driblou o goleiro fora da área e cruzou para Júnior com o gol aberto matar o jogo. E para coroar a festa, Viáfara cobrou o pênalti sofrido por Júnior e marcou o quarto. No entanto, foram preciso duas cobranças, já que na primeira cobrança com paradinha, o árbitro Heber Roberto Lopes equivocadamente mandou que o goleiro repetisse - ainda puniu o jogador com cartão amarelo, deixando o camisa 1 fora do primeiro jogo da final.

O fato é que 17 anos depois, o Vitória está de volta a uma decisão de campeonato nacional. É tempo de preparação, de acreditar que é possível. A parada para a Copa de certo modo quebra o clima do momento, mas se traz algum prejuízo, traz para os dois finalistas. Será preciso muita atenção, determinação e é claro futebol. O Vitória terá que mostrar que sabe jogar e de preferência anular o perigoso time travesso de Dorival Júnior. É fato que o time do Santos, que joga o melhor futebol do país na atualidade é na teoria superior ao Vitória, mas quando a bola rolar, velhos clichês futebolísticos estarão em campo, e sim, serão onze contra onze e nada mais. Os meninos da Vila tem talento de sobra, o Vitória tem um time guerreiro e que parece determinado, além de uma massa apaixonada que, acreditem, joga. A massa rubronegra muitas vezes criticada pela ausência parece que aprendeu a sua função, agora ela joga e sonha alto.

O Barradão será sem dúvida fundamental na busca do sonho do primeiro título nacional do rubronegro. É possível. Há 50 anos atrás, um feito parecido foi conquistado por um time baiano em circunstâncias parecidas. O Santos que encantava o país, foi parado pela "zebra" Bahia. É um outro momento, uma outra era, mas não há problema em lembrar o passado, em ser zebra. O futebol permite que a surpresa seja bem-vinda, por isso é bom acreditar e porque não pedir: 59 again!

sábado, 8 de maio de 2010

Largada em Sampa com a cabeça em Goiania

O Vitória largou neste sábado para mais um Brasileirão e o resultado não foi dos melhores. O time perdeu por 1 a 0 para o Palmeiras. Viáfara até pegou pênalti, mas com um homem a menos em campo, o time de Ricardo Silva não foi páreo para o pressionado Palmeiras. Bem verdade, que o pensamento rubronegro esteve longe do Palestra. Nesta quarta o time entra em campo pela Copa do Brasil para enfrentar o Atlético-GO que também jogou hoje e ficou no 0 a 0 contra o Grêmio. Os reservas do Vitória jogam amanhã, o jogo das faixas contra o PSV da Holanda no Barradão, o elenco principal permanece em São Paulo treinando e depois segue para Goiania. A derrota de hoje é daquelas que estão nos planos. Mas é bom não se enganar, o Brasileirão já começou, então mãos à obra.

Três pontos e uma caricatura de time

Foi dada a largada da Série B, o sonho de retornar à Série A está de volta. A Série 2010 não tem nenhuma menina dos olhos, mas três campeões nacionais da década de 80, Coritiba, Sport e Bahia. Se os dois primeiros, campeões estaduais, parecem chegar forte para a disputa da Segundona o mesmo não se pode dizer do tricolor baiano que estreou nesta sexta na competição. Com um futebol fraco e desorganizado o Bahia teve muitas dificuldades para vencer o América de Natal, que levou perigo em diversas oportunidades ao gol tricolor.

Os pouco mais de 7mil pagantes, o que reflete bem a situação do clube vaiaram a atuação medíocre do time de Renato Gaúcho desde o primeiro tempo. Um penalti sofrido e convertido por Rodrigo Gral salvou o Bahia de um tropeço já na abertura do campeonato. No fim, mesmo com os três pontos o sentimento é de que a jornada será longa e nada tranquila.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A hora de estrela

Foi no sacrifício, no sufoco, mas deu Vitória. O time de Ricardo Silva sofreu diante do Vasco, quando perdeu por 3 a 1, mas o importante foi o passo dado. O tetracampeonato e agora a vaga na semifinal da Copa do Brasil mostram que o Vitória 2010, copeiro e cheio de vontade está disposto a fazer história. A chance é esta. O time tem pelo frente o Atlético de Góias, campeão goiano e que deve fazer com o time rubronegro um confronto equilibrado. Mas na cotação do futebol brasileiro, o Vitória tem mais valor e apesar do bom momento do Dragão, é pra mim, o favorito para chegar à final. O fator Barradão, onde será decidida a vaga, será fundamental. A situação do Vitória que deixou pra trás Góias e Vasco me faz lembrar a do Senegal na Copa de 2002, calma, sem comparações com a bola rolando, apenas pelo fato de que o Senegal foi muito bem sempre que jogou sem o favoritismo, no entanto quando enfrentou a Turquia com o status de favorito sucumbiu. No entanto o time da toca do Leão pode fazer diferente e algo me diz que o Barradão deve ser palco da festa derradeira da Copa do Brasil 2010. Bem verdade que Grêmio ou Santos chegarão a final credenciados como favoritos, assim como foi o Corinthians em 2008. E que assim como naquele ano, a festa seja rubronegra e nordestina, mas desta vez bem baiana.

domingo, 2 de maio de 2010

Hegemonia rubronegra

O Vitória entrou em campo com uma enorme vantagem conquistada no primeiro BaVi. Ao Bahia, que não perdia no Barradão desde 2006, restava vencer por dois gols de diferença. Em jogo, para o Vitória não apenas mais um estadual, mas o segundo tetracampeonato da sua história e mais, a hegemonia em território baiano. Em caso de título, o rubronegro chegaria a seu oitavo em dez anos. O Vitória de Ricardo Silva entrou como favorito e diante de um valente Bahia, a escrita não se quebrou. Após os 90 minutos, a hegemonia se manteve, o Bahia saiu do Barradão mais uma vez sem perder e o Vitória novamente como campeão baiano, conquistando o seu segundo tetra estadual.

Mas, se o triunfo rubronegro no primeiro BaVi deu ao Vitória o favoritismo para a grande final, o que se viu foi uma Bahia determinado a quebrar a escrita e sem se entregar. O jogo foi equilibrado e superior tecnicamente ao BaVi de Pituaçu. A primeira chance foi do Vitória com Uellinton batendo falta e obrigando Fernando a fazer uma bela defesa. O Vitória continuou no comando do jogo nos minutos iniciais com boas jogadas de Ramon, o Bahia só começou a chegar com perigo nos ataques de Ávine pela lateral esquerda. No entanto, aos 20 minutos, quando o Bahia já tinha equilibrado a partida, o Vitória abriu o placar com Elkeson, que após cobrança de escanteio de Ramon, aproveitou o rebote e encheu o pé para aumentar ainda mais a vantagem rubronegra. Precisando do placar, o Bahia foi pra cima e o Vitória se defendia muito bem. Apesar do resultado favorável, alguns jogadores do Vitória demonstravam um desnecessário nervosismo. A chuva apertou castigando os 27.582 presentes, e assim os times foram para o intervalo, com o placar em vantagem para o rubronegro.

Na etapa final, Renato Gaúcho colocou o Bahia todo no ataque. O tricolor terminou a partida com quatro atacantes em campo. Mas já no primeiro minuto, Rodrigo Gral empatou o jogo e encheu de esperança os corações tricolores e o Bahia foi pra cima. O Vitória atacava apenas em contragolpes rápidos ou na bola parada. E após cobrança de falta, Uelliton quase coloca o Vitória novamente na frente. Aos 27 do segundo tempo, Vanderson foi expulso e deixou com o Vitória com 10 homens. Renato Gaúcho colocou o Bahia ainda mais avançado, mas somente aos 45, o tricolor chegou aos segundo gol, com Lima, após rebote de Viáfara. O placar manteve a escrita de triunfos do Bahia no Barradão, porém não foi suficiente para quebrar outra escrita, a do jejum tricolor que desde 2001 não conquista o estadual. Após o apito final de Heber Roberto Lopes, o torcedor do Vitória pode comemorar o seu 25º estadual acompanhado de uma hegemonia de causar inveja. O Brasil tem um campeão da década e ele é baiano, mais precisamente rubronegro.