quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pois vejo vir vindo no vento cheiro de nova estação


Assunto importante e sempre recorrente no mundo do futebol, a violência nos estádios, ganhou um novo capítulo no futebol brasileiro, mas desta vez, no combate à ela. Semana passada, o presidente Lula sancionou a lei que modifica o estatuto do torcedor. Desde 2006 pesquisei sobre as duas principais torcidas organizadas do futebol da Bahia e vi de perto este mundo paralelo que é a realidade destas torcidas. O produto da minha pesquisa se transformou em "FANATISMO ORGANIZADO", livro reportagem apresentado como trabalho de conclusão do curso de jornalismo, neste mês de julho. As mudanças na lei devem devem contribuir no sentido de trazer melhorias ao esporte, tentando entre outros aspectos, amenizar o grave problema que é a violência no futebol. O competente amigo Gabriel Seixas fez uma boa análise das mudanças no texto "Um ótimo começo", que reproduzo aqui do seu blog "Entre 4 linhas"


Um ótimo começo

As mudanças no Estatuto do Torcedor, sancionadas pelo presidente Lula nesta terça-feira, dão início a que promete ser uma nova era no futebol brasileiro, com o objetivo de resgatar a segurança - e porque não o prazer - do torcedor em comparecer aos estádios. Demorou, mas o governo finalmente tratou este assunto como prioridade e agora dá início a um projeto ousado e convincente que promete combater a violência no meio futebolístico.

A proposta traz aquilo que já se fazia necessário há muito tempo: uma intimidação concreta aos baderneiros. Quem incitar ou provocar a violência dentro dos estádios, ou pelo menos a 5 km deles, podem ser presos por até dois anos e banidos dos palcos de futebol. Nada mais justo: nesses casos, podemos facilmente identificar vários tipos de crimes, como lesão corporal, desacato a autoridade, vandalismo e por aí vai.

Ao que parece, a lei também deve acabar de vez com a tolerância, o que é fundamental. Para facilitar a identificação dos vândalos, a partir de agora será obrigatório o cadastramento daqueles que constituem as torcidas organizadas, com fotos e endereços de todos os membros. Obrigatoriedade também será o monitoramento por imagem nas bilheterias e nas arquibancadas dos estádios, pelo menos para aqueles que comportarem mais de 20 mil pessoas.

Se tudo o que está previsto for executado a partir das punições previstas na lei, os casos de violência nos estádios deverão diminuir consideravelmente. Hoje em dia, é praticamente impossível acompanhar um clássico, por exemplo, sem duelo de facções dentro ou fora das arquibancadas. O que acontece dentro de campo, que é o que move a paixão do torcedor, acaba sendo deixado de lado.

Bom saber que esses casos serão tratados com a devida seriedade a partir de agora, e esperamos que os erros do passado não mais se repitam, como a conversão da pena dos baderneiros em cestas básicas e serviços voluntários, ou a ágil liberação dos mesmos após pagamento de fiança. O estatuto também prevê a punição para cambistas e aqueles envolvidos em manipulação de jogos. Obviamente, também se trata de um grande avanço.

Os principais elementos para o combate a violência, que são o cumprimento das penas e o cadastramento dos “organizados” para facilitar a identificação dos infratores, finalmente estão sendo colocados em prática. O mais curioso – e lamentável – é que um dia após a aprovação destas mudanças, o ônibus do São Paulo tenha sido apedrejado nas intermediações do estádio Beira-Rio, que abrigou o duelo do tricolor contra o Internacional pela Libertadores. Por sorte, não houveram danos.

Resgatar a paz e a tranquilidade nos estádios de futebol é uma missão e tanta. A partir dessas medidas, ela parece ficar um tanto mais simplificada. Entretanto, existe uma outra ainda mais complicada, que é a de colocar essas medidas em prática. Não pode haver a sensação de que tudo já foi feito, mas não há como negar que o primeiro – e grande - passo definitivamente foi dado. Infelizmente, ainda existem pessoas que comparecem aos estádios para fazer de tudo, menos assistir a um jogo de futebol. Parece contraditório. E é.

Ao contrário do que muitos pensam, torcidas organizadas são, sim, capazes de fazer grandes festas. E é justamente disso que as nossas arquibancadas estão precisando: alegria, segurança, tranquilidade. Não só nos estádios, mas em todo lugar deve ser colocada em prática a cultura de paz pela qual imploramos a cada dia. O espetáculo é imensurável, e merece ser respeitado por todos. Violência nos estádios, acima de tudo, é um retrocesso, um problema social de suma importância. Que o futebol nos proporcione apenas momentos de lazer.

Complicou, mas ainda há vida

Após os primeiros 90 minutos da decisão da Copa do Brasil ficaram algumas impressões. Vamos a elas: O Vitória simplesmente não jogou. Assistiu ao Santos jogar e por isso, o placar de 2 a 0 para o time da Vila terminou sendo lucrativo para o time baiano. O Santos criou chances o suficiente para matar a decisão já em São Paulo, não o fez e deve correr riscos no Barradão. O pênalti irresponsavelmente cobrado por Neymar pode fazer falta após os 90 minutos restantes, e se fizer....

Confesso que esperava mais do Vitória. Faltou postura de time grande. O time bem escalado por Ricardo Silva se acovardou, tremeu a Vila e isso pode ser decisivo para a não conquista do título. Na próxima quarta-feira, um Barradão em chamas vai empurrar o time rubronegro. O Vitória jogará a grande chance da vida e não poderá cometer falhas. Falhas como as da defesa na primeiro gol santista, ou erros de passe primários como os cometidos por Egídio na Vila.

O Vitória terá que se impor e pressionar os Meninos da Vila durante 90 minutos. Apesar da irresponsabilidade de Neymar na noite de ontem, os garotos santistas já provaram que sabem e muito, portanto é preciso ter cuidado. Todo cuidado é pouco. É fundamental não levar gols e principalmente não se desesperar. O Vitória precisa fazer o melhor feijão com arroz da sua história. A receita é conhecida, complicada é verdade, mas não impossível. Por isso, concentração e mãos à obra.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A primeira vez de Mano

A 1ª CONVOCAÇÃO DE MANO MENEZES NA SELEÇÃO BRASILEIRA

GOLEIROS
Víctor (Grêmio)
Jefferson (Botafogo)
Renan (Avaí)

LATERAIS
Marcelo (Real Madrid-ESP)
André Santos (Fernerbahce-TUR)
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Rafael (Manchester United-ING)

ZAGUEIROS
David Luiz (Benfica-POR)
Henrique (Racing-ESP)
Rever (Atlético-MG)
Thiago Silva (Milan-ITA)
VOLANTES
Sandro (Internacional)
Hernanes (São Paulo)
Jucilei (Corinthians)
Lucas (Liverpool-ING)
Ramires (Benfica-POR)
MEIAS
Ederson (Lyon)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Carlos Eduardo (Hoffenhein)
ATACANTES
Alexandre Pato (Milan-ITA)
André (Santos)
Tardeli (Atlético-MG)
Robinho (Santos)
Neymar (Santos)

Vermelho de vergonha



Grande Prêmio da Alemanha: Felipe Massa liderava a prova até a 49ª volta, quando pelo rádio, o diretor da Ferrari disse as seguintes palavras para Massa pouco antes da 49ª volta: "Fernando é mais rápido que você, entendeu a mensagem?". Na sequência, o brasileiro acatou a "ordem", permitiu a ultrapassagem de Fernando Alonso e recebeu um pedido de desculpas, também via rádio. E assim, Alonso rumou tranquilamente para vencer e voltar a sonhar com o título do Mundial de 2010. Vergonhoso. Sem mais.

sábado, 24 de julho de 2010

Com a cabeça no litoral


O técnico Ricardo Silva escalou um Vitória cheio de reservas para enfrentar o Grêmio Prudente neste sábado, em Presidente Prudente, contra o Grêmio Barueri e o time conseguiu um importante ponto, ficando no empate de 0 a 0. Desde o retorno do campeonato Brasileiro, o Vitória ainda não perdeu, foram três empates, contra Grêmio, Goiás e Barueri e uma vitória contra o São Paulo.

Com apenas quatro titulares, o time rubronegro teve dificuldades de entrosamento, mas não fez feio e segurou o time paulista. O grande destaque do jogo foi o garoto Lee, que vai substituir Viáfara no primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O jovem goleiro fez verdadeiros milagres, mostrando personalidade e enchendo o torcedor do Vitória de confiança para a grande decisão.

Agora o Vitória concentra todas as suas atenções para o jogo mais importante do ano. Quarta-feira (28), o time rubronegro enfrenta o Santos na Vila Belmiro, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. Os únicos problemas de Ricardo Silva não são novidades. Viáfara, Uellinton e Nino não estarão em campo. O primeiro suspenso e os outros dois por contusão.

Propaganda enganosa


Depois de começar jogando muito bem, o Bahia terminou derrotado na partida diante do líder Náutico, em jogo válido pela série B. O Bahia esteve muito bem nos primeiros minutos de jogo e chegou ao gol aos 17 do primeiro tempo com Vander. O tricolor já havia perdido outras chances com Rodrigo Gral.

No entanto, após abrir o placar, o Bahia recuou e assistiu ao Náutico jogar. O time pernambucano definiu o jogo em 15 minutos. Aos 31, Giovanni empatou e aos 34, Geilson colocou o Náutico na frente, em ambas oportunidades, a zaga tricolor falhou feio.

Antes do término da primeira etapa, Geilson aproveitou outra falha geral da zaga do Bahia e fez o terceiro do Náutico. O Bahia reclamou muito de um pênalti não marcado pela arbitragem. Na volta do intervalo, Renato Gaúcho foi reclamar com a arbitragem e acabou expulso.

O Bahia voltou melhor, mas não conseguiu reverter a superioridade em gols. Na parte final do jogo, com um homem a mais, após a expulsão de Tiaguinho, o Bahia foi todo ao ataque e criou chances mais perigosas, chegando a ter um gol anulado, marcado por Jael. No final, o zagueiro Alison e o goleiro Fernando ainda terminaram expulsos. O Bahia volta a campo no próximo sábado (31) contra o Figueirense, em Pituaçu.

A vez do Mano

"Que deixem Mano trabalhar. Que entendam suas necessidades, pedidos e características. E que Mano tenha o sucesso na missão de recuperar o prazer do torcedor em relação à Seleção. Esse é o seu maior desafio. A maior das missões. Reaproximar o povo da camisa amarela. Mano é capaz. Vai que é sua, cara!" Lédio Carmona

Após a negativa de Muricy Ramalho, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira partiu para o plano B e fez o convite ainda na noite de ontem (23), ao treinador do Corinthians, Mano Menezes. O gaúcho não se importou em ser a segunda opção - ou terceira, já que Felipão tinha a preferência - e disse sim à proposta.

Mano Menezes será o responsável por fazer a reformulação da equipe, que nas duas últimas Copas do Mundo, na Alemanha e na África do Sul, parou nas quartas de final. A apresentação oficial será na segunda-feira (26), às 16h, em um hotel na Zona Sul no Rio de Janeiro. No mesmo dia, Mano anunciará sua primeira convocação, já que o Brasil tem amistoso marcado para o dia 10 de agosto, contra os Estados Unidos, em Nova Jérsei.

O treinador se mostrou muito orgulhoso com a nova empreitada. “Chego para ser técnico da Seleção com muito orgulho. A maioria dos técnicos do Brasil gostaria de estar no meu lugar e isso dá ideia do quão importante é o cargo. Vim escrevendo uma trajetória e pensava em um dia chegar à Seleção Brasileira”, disse Mano.

Antônio Luiz Venker de Menezes tem 48 anos e começou a carreira de treinador em 1986, nas categorias de base do time do Gurani-RS. Depois, treinou a base do Caxias e do Internacional de Porto Alegre. Também fez estágio no Cruzeiro em 1997, com Paulo Autuori. Ganhou destaque em 2004, por sua boa campanha na Copa do Brasil, no comando do 15 de Novembro, chegando à semifinal e obtendo o 3º lugar.

Em 2004 assumiu o Grêmio e foi responsável por trazer o clube gaúcho novamente à Série A do Campeonato Brasileiro. Conquistou o bicampeonato estadual, levou o clube ao terceiro lugar do campeonato brasileiro de 2006 e à final de Libertadores de 2007. No ano seguinte assumiu o Corinthians que havia sido rebaixado para à segunda divisão. Não só ganhou a série B de 2008, como o Campeonato Paulista de forma invicta e a Copa do Brasil em 2009. Em 2010, Mano não conseguiu realizar o sonho corinthiano de conquistar a Libertadores no ano do centenário do clube, mas deixa o time paulista na segunda posição no campeonato brasileiro.

ASSIM SE ESCREVE A HISTÓRIA


Flávio Gomes

SÃO PAULO (pausa para a bola) – Pode ser até que a situação seja revertida, nunca se sabe direito o que acontece atrás das cortinas.

Mas a notícia, neste exato instante, é: Muricy Ramalho foi convidado para ser o técnico da seleção brasileira, disse que tinha de falar com o Fluminense antes, porque tem contrato e precisa dar exemplo para os filhos, e o Fluminense não liberou o treinador.

Cagaram na cabeça da CBF. É um dia histórico para o futebol brasileiro.

Durante a Copa, no meu bloguezinho ludopédico, escrevi que seria quase um sonho se as pessoas de bem do futebol brasileiro dissessem “não” à CBF. E não é que aconteceu?

Muricy, se quisesse, iria. Pediria ao Fluminense para liberá-lo, e o clube faria isso. Ninguém iria crucificá-lo por aceitar um cargo tão importante. Mas em vez de mandar um “não” gigantesco na fuça de Ricardo Teixeira, o técnico deixou a decisão para o clube. O efeito é o mesmo. Se Muricy não pediu ao Flu, é porque não faz questão nenhuma de se associar a essa entidade que vive de negociar contratos de patrocínio e negligencia o esporte pelo qual deveria zelar.

Teixeira, que se considera uma espécie de imperador do Brasil, chamou Muricy para conversar sem avisar o Fluminense. Um desrespeito a um clube filiado. Se tivesse agido com um mínimo de civilidade e educação, entraria em contato com o Flu, deve ter o telefone, e solicitaria a licença para fazer um convite ao seu treinador.

Claro que não fez isso. Ontem à noite, deu um estalo e decidiu que seria ele, Muricy, com quem provavelmente nunca tinha conversado antes, porque é um presidente que não vai a estádios, não vive o dia a dia do futebol que se pratica aqui. Muricy atendeu ao chamado, porque ao contrário do que muita gente pensa, é educado e civilizado. Ouviu o que tinha de ouvir e fez o que tinha de fazer: foi falar com aqueles que pagam seus salários.

Seria muito legal se o próximo da lista fizesse o mesmo. A esta altura, não importa a motivação. Talvez o próximo diga “não” por saber que é uma segunda opção; talvez porque não queira ter sua reputação arranhada por se associar a uma entidade incompetente e autoritária. É claro que uma hora ou outra alguém vai aceitar o cargo, e também não se deve criticar quem o fizer, porque afinal é uma seleção brasileira, tem Copa aqui em 2014, é um posto importante, creio que muitos técnicos sonham com isso, e o sonho é mais do que legítimo.

Não importa. Mesmo se o seguinte da fila aceitar incondicionalmente, o ato memorável de Muricy e do Fluminense já está consolidado e jamais será apagado. O mico que Ricardo Teixeira está pagando neste instante não tem preço.

Podia aproveitar e sair de fininho.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Esse é o espirito

O Vitória embarcou na tarde de hoje para São Paulo, onde enfrenta neste sábado, o Grêmio Prudente, e já permanece para a primeira partida da final da Copa do Brasil, na quarta-feira na Vila Belmiro, contra o Santos.

Mas antes de deixar Salvador, o grupo rubro-negro recebeu uma prova de amor incondicional da sua torcida. Uma carreata acompanhou o ônibus da delegação desde o Barradão até o aeroporto, onde cantaram canções de incentivo aos jogadores. De acordo com os organizadores, cerca de 3.00 torcedores participaram do movimento.


No saguão do aeroporto, os jogadores agradeceram o carinho dos torcedores, tiraram fotos e deram autógrafos, embarcando aos gritos de “time de guerreiros.” O goleiro Viáfara, que não vai jogar amanhã e nem a primeira partida da decisão, acompanhou a delegação e registrou tudo em sua página no twitter. “Hoje senti mais uma vez o quanto eu amo esse clube. Emoção. Os caras que vão neste ônibus são os que vão trazer a Copa (do Brasil)”, disse o goleiro. Festa bonita e inesquecível. Que os "guerreiros" façam em campo tudo isso ter sido por um bom motivo.





Um Leão guerreiro e um tosco Leão

domingo, 11 de julho de 2010

O Futebol venceu: A Espanha e o bem que nos faz!

O futebol nem sempre é justo. Muitas vezes, aquele time que encanta, alegra e nos faz sonhar, sai de campo derrotado. Pouca importa a competição, e isso vale até para Copas do Mundo. Bem verdade que os vencedores, aqueles que ficam nos registros, não têm culpa alguma da tal injustiça. O que faz do futebol, ainda que não justo, algo adorável, apaixonante.

Alguns selecionados podem não ter levantado a taça, mas jamais sairão do imaginário de quem ama o futebol. A Hungria de Puskas, no Mundial de 54, a Holanda de Cruyff, em 74, e o Brasil de Telê em 82, podem não ter ganhado a Copa, mas certamente ganharam o respeito e a admiração da humanidade. Após a derrota para a Itália, na Copa do Mundo da Espanha, em 82, Zico disse que não era apenas o Brasil o único derrotado. “Perdeu o futebol”, disse o Galinho.

Após o apito final da prorrogação entre Espanha e Holanda, que decidiu a Copa do Mundo de 2010, o ídolo Paulo Roberto Falcão, que esteve em campo naquele 5 de julho de 82, hoje na posição de comentarista, lembrou a frase de Zico. Na entonação da voz de Falcão, era possível perceber a alegria de quem contribuiu, na prática, com a beleza do futebol. A magia derrotada em 82 estava de volta, guardadas as devidas proporções – individualmente o selecionado brasileiro é superior, mas o mérito espanhol é justamente o conjunto.
A esperança do futebol arte, da bola bem trabalhada, da espera do momento certo está outra vez na moda. Que bom! A Espanha campeã faz um bem danado a quem gosta do futebol arte, jogado com talento, mostrando aos aderentes do futebol pragmático e de resultados, que é possível, sim, vencer jogando bem. Defender-se é sim (também) uma arte, e a Inter de Milão, campeã de tudo o que disputou nesta temporada, provou isso, diante do encantador Barcelona, nas semifinais da Liga dos Campeões.

Mas, aquela derrota não tirou do Barça o seu brilho. Brilho que voltou a ser de vencedor através da Espanha, que teve entre os seus 11 titulares, 7 atletas do time Catalão. Encanta ver a Espanha jogar. O bem que ela nos faz não tem tamanho, mas ainda pode ser maior. Como disse Tostão, craque dentro e fora de campo, “que o futebol mundial siga o exemplo espanhol. É possível jogar bonito e vencer.”