quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Furacão da eficiência

Desde 14 de julho, quando perdeu para o Cruzeiro, o Atlético Paranaense não conheceu mais nenhuma derrota na Arena da Baixada e, de quebra, buscou pontos fora. O resultado está na classificação atual. Um Furacão eficiente que sem alarde faz campanha brilhante. Contra o Vitória, o time paranaense chegou a seu oitavo triunfo em casa e segue, por que não, sonhando alto.

Para chegar a sua 12ª vitória, o Furacão não teve vida fácil contra o time de Ricardo Silva, que assim como na partida contra o Fluminense, dificultou as coisas. Mas o Furacão soube construir bem a vitória na sua forma de jogar. Branquinho conduzia o time a frente em velocidade e distribuía bem, Guerrón aberto pela direita e o veloz Maikon Leite deixaram a marcação do Vitória perdida, mas apesar o domínio, o time paranaense não conseguia abrir o placar. Então, o ofensivo Furacão de Carpegianni, colocou em prática uma das suas mais fortes jogadas, a bola área e apesar da atenção redobrada pedida por Ricardo Silva, o sistema defensivo do Vitória falhou. Bola de Paulo Baier na cabeça de Rhodolfo, livre de marcação colocar o Furacão em vantagem.


O Atlético poderia ter matado o jogo, mas foi segurando o ímpeto baiano e chegando aos poucos. Calculista, sempre esperando a hora do bote, o Atlético mantinha o jogo sob controle. Assim, Bruno Mineiro apareceu na cara do gol, mas parou em uma milagrosa defesa de Lee. Nos minutos finais, o recuo excessivo do time que mostra toda sua força atacando, terminou deixando o Furacão exposto de forma desnecessária, mas a eficiência paranaense não se repetiu no lado baiano. Nas poucas chances claras criadas, o ataque do Vitória tratou de desperdiçá-las, para desespero do treinador Ricardo Silva. No fim, mais três pontos na conta do Furacão.

A Arena da Baixada segue como um importante reforço na brilhante campanha de recuperação. Carpegianni acertou a mão e na base da eficiência, o Atlético soma pontos e não se enganem, o Furacão chega para incomodar.

Na conta do professor

Em toda jornada há sempre espaço para acidentes de percurso. Nesta terça contra o Icasa, em Pituaçu, o Bahia teve direito ao seu tropeço. Márcio Araújo errou. Escalou mal, mudou de forma equivocada e contribuiu desta forma para o péssimo resultado. Após o jogo, pediu desculpas. Não há tempo para chorar o leite derramado. É preciso juntar os cacos e somar pontos.

No entanto, é preciso reaprender a jogar em casa. Em Pitauçu, os visitantes sempre bem fechados têm explorado bem os contra ataques rápidos. Soma-se a isso, um incrível talento do ataque tricolor em desperdiçar chances de gol, mais a impaciência da torcida e pronto, temos um caldeirão em ebulição, a favor dos adversários. Que no dia 9 contra o perigoso Guaratinguetá, o Bahia tenha aprendido a lição. Antes tem o também perigoso Duque de Caxias, neste sábado no Rio de Janeiro. Após a tempestade, é hora de voltar à bonança.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um tropeço vendido caro

Confiança em três cores



Um horário atípico. Em plena madrugada de domingo, a torcida do Bahia, mais uma vez, lotou o saguão do Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães para prestigiar os jogadores tricolores, após o triunfo sobre o Sport, por 2 a 1, na Ilha do Retiro, que garantiu à vice-liderança da Série B ao time baiano, agora com 44 pontos. Entoando o hit “Vamos subir Esquadrão”, centenas de apaixonados esperavam ansiosos pelo desembarque dos ídolos. Não demorou e o grupo tricolor apareceu no salão de desembarque para delírio da torcida.


O goleiro Fernando foi ovacionado pela galera, que cantava “Uh é paredão, o goleiro do Esquadrão”. O atleta teve dificuldades para driblar a massa tricolor que se amontoava na tentativa de mostrar todo o orgulho pelo atual momento vivido pelo clube.

Quem caiu nas graças do povo foi o garoto Vander. Cercado por pessoas de todas as idades, o meio-campista não escondia o sorriso ao ser abraçado e assediado pelos torcedores. Vander entrou no clima e pulou junto com a torcida, causando euforia na madrugada soteropolitana. A alegria era tamanha, que os jogadores só conseguiram embarcar no ônibus com a ajuda de seguranças.

Mesmo após o embarque no ônibus que levou os atletas rumo ao Fazendão, os torcedores não pararam de cantar o hino do clube e os hits “Vamos subir Esquadrão”, da Torcida Bamor, e “Vamos Tricolor”, do músico Ricardo Chaves. Os jogadores foram aplaudidos pela multidão que seguiu o veículo em carreata, com direito a buzinaço. Como para abençoar o time, no momento em que a delegação deixava a entrada do aeroporto, um tricolor ligou o som do carro e fez tocar o Hino ao Senhor do Bonfim.


Após a festa, a torcida tricolor planejava o próximo encontro com o clube do coração. Será na terça-feira (28), às 19h30, no “PituAço”. O Bahia tem mais um importante compromisso, dessa vez contra o Icasa (CE). O apoio da torcida será fundamental para que a equipe possa dar mais um passo rumo ao acesso à 1ª divisão do futebol nacional. Os ingressos para o confronto já estão à venda na Sede de Praia da Boca do Rio e no Estádio de Pituaçu das 09h às 17h.

domingo, 26 de setembro de 2010

Autoridade tricolor

Não faltaram dificuldades, mas sobrou postura de time grande, e assim o Bahia não tomou conhecimento do Sport e venceu o rubronegro na Ilha do Retiro por 2 a 1, neste sábado. O Sport não perdia há 12 jogos, Geninho não havia perdido nenhuma partida desde que chegou ao time, mas para o tricolor nada disso foi suficiente.

Cheio de desfalques, o Bahia começou com todo gás e logo aos 5 minutos, Mendes deu um passe espetacular para o lateral Diego Correa, que passou pelo goleiro Magrão e colocou o Bahia em vantagem. Com o placar em vantagem, o Bahia continuou bem postado em campo, se defendendo bem e tocando a bola no meio campo. No entanto, o Sport partia para o ataque empurrado pela torcida. Desta forma, no final do primeiro tempo, aos 45 minutos, Daniel Paulista acertou um lindo chute, golaço, empatando tudo na Ilha do Retiro.

No segundo tempo, o Bahia manteve a postura, mas o Sport também levava perigo ao gol de Fernando. Mas, novamente sem chegar diretamente no gol de Fernando. O gol da vitória tricolor saiu aos 23, após uma grande jogada linda de Vander, Morais completou de primeira. Festa da torcida tricolor que foi até a Ilha do Retiro em grande número. Daí em diante, foi só sufoco. pressão do Sport. O tricolor se defendia de todas as formas e ainda perdeu boas oportunidades de matar o jogo nos contra golpes.

No fim, foi só festa, após o apito final, os jogadores comemoram muito o resultado. O Bahia agora já começa a contagem regressiva para o acesso. Faltam 6 vitórias. O coração do torcedor tricolor já bate mais forte, mas é preciso pés no chão. Terça o tricolor já volta a campo e a promessa é de casa cheia em Pituaçu. O Bahia se manteve na segunda posição, já que o líder Coritiba também venceu.

Reencontro em boa hora

Depois da tempestade, com sete rodadas sem vencer, o Vitória reencontrou a fase da bonança e abriu uma boa vantagem sobre os adversários na parte de baixo da classificação. Se a fase não era das melhores, a tabela ajudou e colocou o Leão frente a frente com dois adversários diretos. E aí, o time de Ricardo Silva não decepcionou. Depois de vencer o Galo, foi a vez de vencer o Avaí e abrir oito pontos de vantagem sobre o Atlético-GO, primeiro da zona de rebaixamento.

Contra o Avaí, após mais de 30 dias sem vencer jogando dentro de seus domínios, o Vitória voltou a fazer do Barradão, o seu temido lar, como deve ser. Mostrando desde os primeiros minutos de jogo, quem de fato mandava no pedaço. Júnior, Elkeson e Thiago Humberto foram os autores dos gols na goleada sobre a equipe catarinense. Bem verdade que o Avaí, que chegou à 10ª partida sem vencer, conseguiu desperdiçar chances incríveis, aproveitando o relaxamento baiano. Mas a juventude de Elkson e do excelente Henrique começa a dar liga com a experiência do sempre necessário Ramon Menezes, com eles o Vitória tem tudo para permanecer forte. Na frente, Júnior ainda mantém o faro de artilheiro e diferente de outras ocasiões, Ricardo Silva hoje tem no banco de reservas peças que podem mudar e definir uma partida.

O momento é de encontrar o equilíbrio que faça com que o time repita as últimas boas atuações e some pontos. E assim, o Vitória deve se manter, longe da zona do mal, completando a jornada sem sustos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coxa, Bahia, Ponte, Coelho, Figueira, Sport…


Seguindo o seu roteiro de emoção a cada rodada, a terça de Série B manteve a escrita. Personagem constante na competição, o equilíbrio foi mais uma vez o carro chefe nas dez partidas disputadas ontem. Nas últimas três rodadas, a liderança foi ocupada por três times diferentes. A disputa promete ser ponto a ponto, até o final. O Figueirense que começou a 22ª rodada como líder, termina a 23ª fora do G4, em uma prova de que qualquer vacilo pode custar muito caro.

Contra o Náutico, nos Aflitos, o Figueira chegou a sua terceira derrota consecutiva, enquanto o Náutico, que vinha de três derrotas, voltou a encontrar o caminho das vitórias e a sonhar com o acesso. O Timbu de Alexandre Gallo, que chegou a ocupar a liderança por quatro rodadas está a seis pontos do G4, diante do equilíbrio da competição, nada que não possa ser tirado em algumas rodadas, mas será preciso ser o forte Náutico do começo da competição. O mesmo vale para a Portuguesa, que ontem bateu o Santo André e chegou aos mesmos 34 pontos do time pernambucano.

Mas enquanto isso, o favoritismo para o acesso permanece no pelotão dos seis primeiros. A liderança agora é Coritiba, que na Boca do Jacaré, venceu o Brasiliense. Após uma fase de instabilidade, o Coxa de Ney Franco reencontrou o caminho das vitórias e com o reforço do Couto Pereira nesta reta final, tem tudo para manter-se no G4.

Assim como o Coxa, o Bahia tem se mostrado um visitante indigesto, no entanto é em casa que o tricolor tem se atrapalhado. Já foram 13 pontos perdidos em seus domínios, diante de mais de 31 mil torcedores em Pituaçu, o tricolor só ficou no empate diante do perigoso Vila Nova. O time goiano, que nos últimos 15 pontos disputados ganhou 12, jogou de igual para igual com o então líder e após sair na frente, perdeu inúmeras chances de matar o jogo. O Bahia, que também perdeu chances incríveis, só chegou ao empate, nos minutos finais, empurrado pela torcida. No entanto, os empolgantes últimos minutos do tricolor em Pituaçu foram muito importantes. Os tricolores, que mesmo com o tropeço, deixaram o campo sob aplausos dos torcedores que reconheceram a dedicação e entrega do time, ganharam desta forma, uma moral extra para o grande jogo da próxima rodada contra o Sport na Ilha do Retiro.

As duas maiores forças nordestinas na competição estarão frente a frente em um jogo que vale muito. O Leão de Geninho, que não perde há 12 jogos, deixou escapar a chance de pela primeira vez entrar no G4, mas o resultado de empate contra o Icasa no Romeirão, não deve ser lamentado. O time apresentou algumas falhas que ainda precisam ser corrigidas, mas mostrou também que quando a fase é boa, todo santo ajuda e no caso, o santo tem nome, São Magrão, que com grandes defesas segurou o importante ponto para o rubronegro. No sábado contra o Bahia, adversário direto na briga pelo acesso, o Leão terá o reforço do seu caldeirão, e com a Ilha lotada, tudo pode ficar menos complicado. Uma vitória deixará o Sport a apenas um ponto do tricolor baiano. Já uma derrota e o adversário direto, que já venceu seis partidas longe de Salvador, abrirá sete pontos de vantagem. Promessa de jogão em Recife.

Quem também chegou forte para a festa do equilíbrio foi o América de Minas. Em Sete Lagoas, o Coelho venceu o xará de Natal, ganhou mais uma posição no G4 e no melhor estilo mineiro mostra que o acesso é algo possível. Assim como a Ponte Preta, que se recuperou rápido da derrota em casa, no último sábado e somou mais três pontos, diante do bem arrumado Guaratinguetá, voltando ao G4.

Coritiba, Bahia, América-MG, Ponte, Figueirense e Sport, seis forças do nosso futebol que devem protagonizar momentos de pura emoção até as últimas rodadas da série B. No final, dois ficarão pelo caminho, mas a emocionante Série B 2010, já fez o favor de colocar, todos eles, de volta no panteão da nossa história futebolística.

Publicado no Blog do Lédio: Coxa, Bahia, Ponte, Coelho, Figueira, Sport…

sábado, 18 de setembro de 2010

Líder e sem medo de ser feliz

Em Campinas, Bahia e Ponte fizeram um jogo digno do equilíbrio desta Série B, principalmente quando estão em campo fortes candidatos ao acesso. Mas, o Bahia foi mais time, procurou a vitória o tempo todo e este diferencial tricolor, passa pelas mãos de Márcio Araújo.

Ao final do jogo, Márcio falou sobre a partida de forma muito coerente e foi humilde ao dizer que está “apenas” dando continuidade ao trabalho de Renato de Gaúcho. Justiça seja feita ao trabalho de Renato, o Bahia de Márcio, que chegou sob a desconfiança do torcedor, é outro. O Bahia mudou e pra melhor. O time que venceu a Ponte Preta foi um Bahia que foi a frente, sem medo de ser feliz. Como na partida diante da Lusa no Canindé, o Bahia em momento algum temeu atacar o adversário, jogou como grande que é.

A bem arrumada Ponte Preta de Jorginho talvez tenha se surpreendido com a forma de jogar do tricolor. Depois do gol pontepretano de Reis, logo no começo do primeiro tempo, o Bahia dominou a partida, favorecido com a expulsão de um jogador da Ponte. No intervalo, Márcio colocou Morais no jogo e o domínio tricolor cresceu ainda mais. E aí entrou em cena, o jogador que vive a sua melhor fase no Bahia, Ávine. Muitas vezes contestado, quase sempre criticado, Ávine voltou a ser aquele garoto que ainda na base era apontado como uma das maiores jóias do tricolor. Com um belo chute de fora da área, o lateral deixou tudo igual. E de uma lateral para outra, Jancarlos, que chegou, assumiu a camisa 2 e se tornou um dos destaques do time, cobrando falta, com perfeição virou o jogo para o Bahia. Golaço. Gol da virada e que colocou o Bahia na ponta da tabela da série B.

O momento é excelente, a meta está traçada, e a união do grupo coroada com o apoio do torcida comprova que o tricolor está no caminho certo. A hora é essa, a competição entra na fase de afunilamento. Restam 16 jogos, 48 pontos em disputa. Pelas contas iniciais, restam 22 para o acesso. Se para o objetivo resta menos de 50%, a confiança bate na casa dos 100%. Volta, Bahêa!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma volta sem brilho


A letra de “a volta do boêmio” de Adelino Moreira, imortalizada por Nelson Gonçalves, diz: “ele voltou, o boêmio voltou novamente.” Apesar da ocasião não marcar a volta de um boêmio e sim do trabalhador Ricardo Silva, a expressão que dá a sensação de redundância, cabe exatamente no atual momento do Vitória.

A nova volta de Ricardo Silva termina por linhas tortas a consertar um erro da direção que no futuro pode custar caro. Diferente do boêmio de Adelino, Ricardo não “partiu daqui tão contente”, mas voltou com o apoio do grupo, que fez festa para recebê-lo após a queda de Toninho Cecílio.

No entanto pelo que se viu diante do Ceará, mais do que “voltar outra vez”, Ricardo Silva terá uma difícil missão, recuperar o Vitória forte e vencedor que fez do Barradão seu alçapão no primeiro semestre.

No empate sem brilho algum diante do Ceará, o time não foi nem sombra daquele Vitória que não desistia de lutar até o apito final. Que mesmo com um elenco limitado fez do fator Barradão um diferencial. Hoje o elenco está reforçado.

O grupo atual é mais forte que antigo “time de guerreiros” que chegou à final da Copa do Brasil, ainda assim já se vão sete jogos sem vencer. A zona da degola se aproxima de forma perigosa. As vaias da torcida no final do jogo contra o Vozão devem servir de alerta e não como motivo de revolta, com atitudes inconsequentes como a do bom zagueiro Wallace, que fez gestos obscenos para os torcedores. É preciso acordar e voltar a ser Vitória. Que a volta de Ricardo Silva traga mais uma vez ao Barradão todos os ingredientes da felicidade.

Enquanto o Vozão volta pra casa com um importante ponto na bagagem. Longe de fazer uma boa partida, o time cearense, pouco incomodado pelo rival baiano, foi cauteloso e após 4 pontos nos últimos dois jogos, tem tudo para se reencontrar no campeonato.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Divisão de emoção

Se você é daqueles que curtem um suspense, uma indefinição a cada novo ato, uma emoção a cada cena, então bem-vindo à série B. A 21ª rodada foi mais uma marcada pelo equilíbrio.
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O líder Figueirense perdeu para a Portuguesa no Canindé. Após um mês sem vitória, a Lusa se reencontrou, voltou a briga pelo acesso e de quebra segurou o líder. Mas se o segundo colocado, Coritiba ficou apenas no empate jogando em Minas Gerais com o também candidato a uma das vagas, América, o Bahia, que começou a rodada na quarta posição, aproveitou a deixa e em um Pituaçu lotado venceu bem o Ipatinga e agora é vice-líder.

Enquanto isso, o Sport de Geninho e Marcelinho Paraíba chegou. Contra o Guaratinguetá, o rubronegro pernambucano chegou a décima partida consecutiva sem perder. Os três pontos conquistados longe da Ilha do Retiro e diante de um adversário direto na briga pelo acesso mostram que o Leão chegou e chegou pra ficar.

E se o equilíbrio é característica principal da série B 2010, a tabela mostra que emoção não vai faltar. Na próxima rodada, os primeiros colocados se enfrentam diretamente. O líder Figueira recebe o América-MG, enquanto o embalado Bahia pega a Ponte em Campinas, os times tem o mesmo número de pontos. Vida fácil também não terá o Coritiba que pega a Portuguesa.

Muitos aspirantes e apenas quatro vagas. No ritmo atual a série B chegará em dezembro fazendo a festa dos amantes do suspense futebolístico. Mais que uma divisão de acesso, em 2010, a Segundona virou a divisão da emoção!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pouco futebol e mais 3 pontos

E que venha a EURO 2012



A Copa acabou, Espanha ganhou e é isso aí. Agora, um novo calendário futebolistico tem inicio e os torneios continentais chegam pra esquentar o mundo da bola. Nesta sexta-feira, tivemos "na vera" o inicio das eliminatórias da EURO 2012, que será sediada em dois países: Polônia e Ucrânia.

O formato da fase eliminatória é bem simples. As 51 seleções do continente (com exceção das anfitriãs) são divididas em 9 grupos, sendo 6 deles com 6 equipes e 3 chaves com 5. Os países jogam dentro de sua própria chave em partidas de ida e volta, classificando-se o 1º colocado de cada grupo. Entre os 2º colocados, aquele de melhor campanha em seu grupo assegura uma vaga diretamente. Dos restantes, será efetuado uma repescagem com chaves de apenas 2 equipes, onde o vencedor estará classificado para o torneio. Esclarecimento: Como existem grupos com mais equipes do que outros, a média das melhores campanhas irá retirar os resultados da respectiva seleção com o 6º colocado do seu grupo.

Regras devidamente explicadas, vamos falar agora do que aconteceu nos grupos A,B e C na primeira rodada das eliminatorias EURO 2012.


Grupo A


Turcos começam com pé direito

Pelo Grupo A, tivemos 2 jogos sem surpresas. Em Astana, a seleção turca venceu sem dificuldades a equipe do Cazaquistão, que desde que entrou na UEFA (antigamente fazia parte da AFC) tem amargado resultados pífios em relação ao seu histórico asiático.

Os comandados de Guus Hiddink abriram o placar aos 24 minutos, quando após uma cobrança de falta e uma cabeçada que acabou na trave, Arda Turan ficou livre para marcar o 1° gol dos turcos. Nem bem comemoraram, e o time Ay Yildiz marcou mais um. Em cobrança de escanteio, Altintop aproveitou-se do rebote e chutou forte de fora da área, marcando um belo gol.

No segundo tempo, os anfitriões até criaram boas oportunidades, mas não conseguiram marcar. Em contrapartida, a Turquia ainda conseguiu mais um aos 31, quando Arda Turan recebeu lançamento na pequena área, dominou e driblando o goleiro Sidelnikov marcou o seu segundo gol na partida. 3 a 0


Na outra partida do grupo, a seleção alemã foi ate Bruxelas e teve dificuldades em vencer a Bélgica. Lês Diables Rouges começaram a partida pressionando no meio-campo, levando perigo ao gol alemão em diversas oportunidades. A forma ofensiva de jogar, mesmo com um atacante na frente, fez com que os dois times se equiparassem por todo o 1º tempo. No inicio da etapa complementar, os alemães começaram a tomar conta de jogo, e aos 8 minutos do 2º tempo, em uma tomada de bola de Schweinsteiger e otimo passe de Muller, Klose sozinho chutou no canto direito do gol belga.


Com o resultado de 1 a 0, os alemães estão em 2º lugar do grupo, perdendo apenas no saldo de gols para a Turquia. Austria e Azerbaijão - que não estrearam ainda - dividem a 3º posição ainda sem pontuar. Belgica e Cazaquistão também não tem pontos, mas diferem no saldo de gols: -1 para os belgas e -3 pros cazaques.


A

Equipes

PG

J

V

E

D

GP

GC

S

Turquia

3

1

1

0

0

3

0

+3


Alemanha

3

1

1

0

0

1

0

+1


Áustria

0

0

0

0

0

0

0

0


Azerbaijão

0

0

0

0

0

0

0

0


Bélgica

0

1

0

0

1

0

1

-1


Cazaquistão

0

1

0

0

1

0

3

-3


Grupo B


Depois foi só bebemorar

No Grupo B, também não tivemos surpresas. Em Yerevan, Irlanda e Armênia fizeram um confronto nervoso, onde apesar dos esforços do time da casa, The Boys in Green conseguiram uma suada vitória por 1 a 0. Aos 31 minutos, Keith Fahey recebeu a bola após boa jogada de Robbie Keane e chutou forte no canto esquerdo armeno. Bom inicio para os irlandeses, apesar de que a equipe comandada por Trapattoni precisa lapidar muito seu futebol para superar um grupo de nível equilibrado.


No outro jogo da rodada, a seleção Russa foi até Andorra, onde sem muito esforço venceu os donos da casa por 2 a 0. Com Arshavin participando da maioria das jogadas da equipe, a Sbornaya chegou ao primeiro gol aos 14 minutos. Depois que o meio-campista efetuou um passe primoroso para Progrebnyak se livrar dos zagueiros e chutar livre pro gol. No segundo tempo, aos 15, o atacante Dzagoev sofreu um penalty infantil provocado pelo goleiro andorrano após outro grande passe de Arshavin. Progrebnyak marcou seu segundo gol no jogo, trazendo mais tranqüilidade da equipe visitante.


Fechando a chave, a Eslováquia não quis ficar atrás dos seus adversários e venceu a Macedônia com gol de Holosko nos acréscimos. A equipe de Vladmir Weiss teve um jogo tumultuado, já que não contava com a presença de atacantes como Sestak e Vittek. Assim, o jogo não foi totalmente um espetáculo, com a equipe da casa sem conseguir chegar efetivamente no ataque e os macedônios reservados apenas em lances de contra-ataque. Quando tudo parecia definido, Holosko aproveitou o cruzamento na área e num lance de puro oportunismo fez o único gol da partida.


Assim, o grupo ficou resumido entre os vencedores e os perdedores. A Rússia consegue uma pequena vantagem graças ao saldo de gols. Irlanda e Eslováquia já demonstram que vão ser adversárias diretas dos russos para a classificação. Lógico que ainda é cedo descartar a Macedônia, que não pode ser desprezada. Armênia promete ser uma figurante “fiel da balança”. Já os Andorranos precisam quebrar a anti-tradição de saco de pancadas para depois pensar em outra coisa.


B

Equipes

PG

J

V

E

D

GP

GC

S


Rússia

3

1

1

0

0

2

0

+2


Irlanda

3

1

1

0

0

1

0

+1


Eslováquia

3

1

1

0

0

1

0

+1


Armênia

0

1

0

0

0

0

0

-1


Macedônia

0

1

0

0

1

0

1

-1


Andorra

0

1

0

0

1

0

3

-2


Grupo C


Um grupo aparentemente fácil, mas que pode surpreender pelo fase de renovação da equipe cabeça-de-chave. Além dos jogos desta sexta-feira, a chave teve inicio no mês de Agosto. Estônia e Ilhas Faroe fizeram a insólita estréia em Tallin, onde o time da casa levou um susto quando aos 28 minutos, Joan Edmundsson se aproveitou da sobra de bola efetuada pelo seu companheiro Fródji Benjaminsen e chutou forte para marcar um gol histórico a seleção Faroense.

Após sucessivas investidas estonianas e uma ótima atuação do goleiro Nielsen evitando o empate, os Sinisargid chegaram ao empate no apagar das luzes, aos 46 do segundo tempo, quando o atacante Saag se aproveitou da falha de marcação para marcar um lindo gol. Antes que os visitantes pudessem se recuperar, a Estônia levou sua torcida ao estase quando aos 48 o capitão Piroja se aproveitou de mais um lance aéreo – e outra falha de marcação – para virar o jogo. 2 a 1.


Após o sufoco da estréia, a Estônia recebeu a tradicional seleção italiana, que tem a meta de apagar a péssima campanha da ultima copa. Porem, os comandados de Cesare Prandelli sofreram muito durante a partida. Logo aos 13 minutos, Sergei Zenjov aproveitou-se do rebote dado pelo goleiro italiano para abrir o marcador em Tallin. A equipe Azzurri não conseguia criar lances ofensivos, mas mesmo assim chegou ao empate, aos 15 do 2º tempo, após excelente cobrança de escanteio de Pirlo na cabeça de Cassano que achou o canto direito do gol adversário. E logo depois, aos 18, em cobrança rasteira do mesmo Pirlo, Bonucci tocou rasteiro para fazer 2 a 1 para a Itália.


Em Tórshavn, as Ilhas Faroe receberam a Sérvia. Enquanto a Landslidid procurava apenas se defender para não tomar gols, a equipe dos Bálcãs voltou a apresentar um futebol aquém das expectativas, mesmo pressionando os faroenses por todo o jogo. Aos 13 minutos, após um bate-rebate na área, Lazovic apareceu sozinho para tocar no fundo do gol. Após quatro minutos, em uma ótima cobrança de falta, Dejan Stankovic ampliou o marcador numa primorosa cobrança de falta. Com a ótima vantagem, o time adversário não conseguiu ao longo da partida apresentar um domínio concreto, ocasionando até a liberdade necessária para que os faroenses esboçassem tímidas jogadas ofensivas. Mesmo assim, aos 46 do segundo tempo, Zigic recebeu ótimo passe do capitão Stankovic e driblando o goleiro Nielsen sepultou a partida em 3 a 0.


Finalizando a chave, Eslovênia foi surpreendida em Maribor ao ser derrotada pela Irlanda do Norte por 1 a 0. O time da casa passou toda a partida desperdiçando ótimas oportunidades de gol, atacando de diversas formas a fraca equipe britânica. Porem, aos 25 minutos do 2º tempo, o Green and White Army quebrou o jejum de 7 jogos sem marcar, quando o jovem Corry Evans – que tinha acabado de entrar na partida – fugiu da marcação eslovena e marcou o único gol da partida. Os donos da casa ainda continuaram atacando, mas não conseguiram concretizar as suas jogadas ofensivas.

Mesmo pela igualdade de pontos, a Sérvia lidera o Grupo C pelo numero de gols marcados, seguido por Itália e Irlanda do Norte. A seleção Estoniana, também com 3 pontos e 1 jogo de vantagem, fica em 4º lugar com saldo nulo. Eslovênia e as Ilhas Faroe ainda não pontuaram, e completam a tabela da chave.

C

Equipes

PG

J

V

E

D

GP

GC

S


Sérvia

3

1

1

0

0

3

0

+3


Itália

3

1

1

0

0

2

1

+1


Irlanda do Norte

3

1

1

0

0

1

0

+1


Estônia

3

2

1

0

1

3

3

0


Eslovênia

0

1

0

0

1

0

1

-1


Ilhas Faroe

0

2

0

0

2

1

5

-4

Fim de Tabu? Mais cerveja, lógico!