terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dois grandes

coxa


Lédio Carmona

Bahia e Coritiba fizeram um jogo Classe A na Série B. Casa cheia (32 mil torcedores na Arena de Pituaçu), gramado impecável, dois times com camisa e jogando para frente. Não havia retranca, medo, recuo. A estratégia de ambos os lados era para vencer. Como se jogassem mesmo a final da segundona e que, já classificados (essa é a opinião desse blog) agora pretendessem o título (e fazem os dois muito bem). Mais ou menos no clássico da terça só o árbitro: confuso, vendo pênalti ou nada aconteceu, e travando demais a partida. Mas foi mesmo um partidaço.

Jogo bom, e que provou a força do Coritiba. O Coxa foi melhor. Tem um time mais ajeitado, mais entrosado e que não tem medo de jogar fora de casa. Mas ontem perdeu gol demais. E, diante de um Bahia, perigoso, confiante e inspirado, pode ser um pecado. Aos 39min do segundo tempo, já resignado com a fratura de Triguinho e com o provável 0 a 0, a defesa paranaense dormiu no ponto. Toque de cabeça de Rodrigo Gral, projeção de Ewerthon e gol do Bahia.

Acabou? Não. Jogo bom não termina nunca. Só quando não tem mais jeito. Mas Bill, no último minuto, achou o seu jeito: 1 a 1. Placar final para um jogo de gente grande. Para um duelo de campeões. E que, simbolicamente, só confirmou a volta de Coritiba e Bahia ã Série A. Por sinal, junto com o Figueirense. E agora só falta uma vaga: América Mineiro ou Sport. A distância passou a ser de apenas um ponto. Leão ou Coelho? Nesse momento, o rugido do leonino parece mais firme do que a hesitação preocupante do rival.


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