domingo, 31 de maio de 2009

O prêmio pela disposição

Por Raimundo Gomes Júnior

Um domingo de festa no Barradão. Além da confirmação de que a capital baiana vai receber jogos da Copa de 2014, Leandro Domingues fez um gol tão bonito que merece ser o da rodada. Mas voltando à festa que abriu os trabalhos na tarde história do futebol, mais uma vez Ivete Sangalo, uma estrela diferenciada na história do clube, fez sua parte e agitou a galera rubronegra ao lado de Tatau. Exibindo a barriga, Ivete mostrou que mesmo grávida continua com o sex appeal capaz de deixar qualquer marmanjo (tricolor ou rubronegro) de queixo caído.

Mas falando do jogo, cujo pontapé inicial foi dado pela musa rubro-negra, terminou sendo muito bem jogado pelas duas equipes, mas com o Vitória claramente procurando mais o gol adversário, isso desde o começo da partida, com um Grêmio táticamente bem posicionado e explorando os contra-ataques. Porém, sem muitas emoções o 1° tempo ficou mesmo no 0x0.

Assim como na etapa inicial, o 2° tempo começou com o Vitoria procurando o gol e o Grêmio oferecendo perigos em contra-ataques perigosos, mas sempre anulados quando chegavam frente ao Paredão do Leão, o goleiro Viafra - que vive uma excelente fase. O lateral Apodi expulsou mais um jogador e desse jeito vai contar aos netos que quando era jogador umas das principais funções no time era expulsar os rivais.


O Vitória com uma equipe aguerrida em momento algum desistiu e foi recompensado já nos acréscimo. Leandro Domingues acertou uma pintura, que lembrou o gol de Iniesta do Barcelona contra o Chelsea nas semifinais da Liga dos Campeões deste ano. Um gol feito nos acréscimos que não só pela beleza, mas principalmente pela demostraçao de entrega do time, mostrando disposição até o momento do apito final. Ao fim os atletas do Grêmio elogiaram o time rubronegro, que poderia ter vencido até por um maior placar se não fosse o excelente goleiro Vítor. O público total foi de 14.526 torcedores e o Vitória dorme na segunda posição da tabela - atrás apenas do 100% Internacional.


Raimundo Gomes Júnior é estudante de publicidade e rubronegro por hereditariedade. Faz sua estreia no Receptaculo e deve voltar outras vezes. É amigo irmão deste blogueiro há 21 anos, que é igual ao seu tempo de vida.

Aplausos esperançosos

No final de 2008, com o fim do mandato do presidente Petrônio Barradas criou-se a expectativa de que enfim o Bahia estaria livre do grupo que por anos comandou e arruinou um dos mais respeitados e queridos clubes deste país.

A eleição para presidente do Bahia passou a ser encarada como algo de grande importância para o estado, com o envolvimento inclusive do governador da Bahia, Jaques Wagner, tricolor declarado. O governo abriria mão de um dos seus principais nomes, o economista Reub Celestino, em pró da reestruturação do Bahia. O nome de Reub ganhou força para presidir o primeiro campeão nacional e os atuais mandatários com a imagem arranhada ao longo dos anos, pareciam que enfim deixariam o clube, mas veio a cartada final. Colocaram em jogo o nome do jovem deputado federal Marcelo Guimarães Filho, filho do ex-presidente do clube Marcelo Guimarães, preso em novembro de 2008, sob a acusação de fraudes em licitações públicas.

O deputado, que também é ligado ao ex e eterno presidente Paulo Maracajá, não contou com a aprovação da grande maioria dos torcedores. No dia 29 de novembro do ano passado, milhares de tricolores foram às ruas em uma das mais bonitas e pacificas demonstrações de amor a um clube de futebol, era a passeata contra o continuísmo, e o continuísmo atendia pelo nome de Marcelo Guimarães Filho.

A opinião da massa tricolor não foi o bastante para convencer os corações dos eternos dirigentes e no fatídico 11 de dezembro de 2008, Marcelo Guimarães Filho foi eleito com 193 votos, enquanto o candidato de oposição Fernando Jorge, recebeu sete.O presidente chegou ao poder anunciando que não representava o continuísmo e sim o “novo”, uma vez que não pensava da mesma forma que os antigos dirigentes, que praticamente o criaram dentro do Bahia.

Marcelo fez promessas, entre elas a sonhada reforma do estatuto, com a instituição de eleições diretas a partir do próximo pleito para presidente, em 2011. Surpreendeu ao anunciar a nova diretoria, colocando para gerir o futebol do clube o ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro - um dos maiores responsáveis pela atual estruturação do Vitória. E foi Carneiro quem trouxe ao Fazendão, Alexandre Gallo, treinador jovem e de potencial.

Ao longo dos seis primeiros meses de mandato, Marcelo deu mostras de boas intenções. Convocou grupos da oposição para sentar à mesa e recebeu propostas, começou uma reestruturação física com o intuito de modernizar o Fazendão e apresentou um plano de marketing – algo esquecido pelas gestões anteriores.

Porém, não só de flores foi construído o caminho. O clube lançou duas campanhas de vendas de pacote de ingressos, o Bôra Baêa e o Bahia Vip, porém nenhum dos dois dá direito ao torcedor de se tornar sócio – como ocorre, por exemplo, no programa “O Vasco é meu”. Pelo planejamento apresentado no plano de marketing, o novo portal, a loja física e a tv já deveriam estar funcionando, mas até agora nada.

Dentro de campo, o time que começou o ano muito bem, começa a afastar o torcedor. Se na largada do campeonato baiano, o estádio de Pituaçu chegou a comportar 20 mil tricolores por jogo, na série B, em duas partidas o time ainda não levou sequer 15mil, ainda que se leve em contas as fortes chuvas que caem em Salvador.


Os jogadores de “nome”, apostas da diretoria parecem jogar mais com os “nomes” do que com as pernas, que já não respondem tão bem. Caso de Rubens Cardoso e Patrício, que inclusive já deixou o time. Quem chegou com o status de ser o maestro do time, Leo Medeiros, hoje é contestado pela lentidão e falta de criatividade. Quem chega como solução, o boliviano Jhasmani, só poderá atuar em agosto.

O time que joga em apenas um tempo, dá mostrar de ser muito mal preparado fisicamente e não passa ao torcedor a mínima confiança de que estará em 2010 na série A. Torcedor que mesmo nos momentos adversos não abandonou o time. Quando o diretor de futebol, Paulo Carneiro anunciou que Pituaçu lotado pagaria a folha dos jogadores, a torcida prontamente fez seu papel e entregou por mais de uma vez ao Bahia em 2009, rendas próximas de R$ 1 milhão.

O mesmo torcedor que apesar de maltratado pela diretoria, que o obriga a pagar R$ 30 (!!) reais para assistir a um jogo de Campeonato Baiano (!!), lota o estádio e canta antes, durante e depois – sem falar na absurda cobrança dos mesmos R$ 30 para crianças durante o estadual. O mesmo torcedor que aplaude um time de futebol medíocre que acabara de vencer por 1 a 0, o Ceará jogando dentro de casa e levando pressão desde os minutos iniciais. Torcedor é mesmo passional, o do Bahia então.

Jogadores com o zagueiro Nem, os volantes Elton e Leandro e o goleiro Marcelo compõem a pequena lista dos acertos dentro de campo deste novo Bahia. O torcedor continua desconfiado. Mas nesta semana de clima confuso na Bahia, com sol e chuva se revezando, o torcedor recebeu uma boa nova. O presidente tricolor convocou os conselheiros e convidados – infelizmente não os sócios – para apresentar “novidades institucionais”, entre elas a criação do Conselho Consultivo e o esperado balanço do início da gestão da atual diretoria, balanço este que foi uma das bandeiras propostas por Marcelo Filho antes de assumir a presidência.

Ainda há muito a ser mudado, porém não se pode cobrar em seis meses a completa reestruturação de algo destruído ao longo de anos. Sem hipocrisia, com uma justa desconfiança e de olhos bem abertos, o sensato torcedor tricolor nesse momento deve aplaudir a iniciativa do presidente e não vê-la com um favor ou enganação.

Sim, é uma obrigação, mas ao mesmo tempo, o presidente cumpre a sua palavra, que pode não ser o marco de uma nova era, mas ao menos é o de um momento novo, que dá ao torcedor a boa expectativa de que uma ampla reforma no estatuto vem por ai. O coração tricolor, ao menos nestes dias, baterá mais esperançoso.

sábado, 30 de maio de 2009

Um futebol que cabe em 140 caracteres

O futebol mostrado pelo Bahia foi tão pequeno que facilmente caberia em 140 caracteres. O time baiano não jogou uma partida das mais horrososas do ano, a prova é que não perdeu, mas também não dá pra dizer que foi uma boa apresentação. O time foi enfrentar uma adversário direto na luta pelo acesso, a Lusa e que em minha opinião venceria o jogo, até com certa facilidade. Porém foi o Bahia quem dominou a partida. Mas diantes das circunstâncias - desde os 25 do 1ºtempo atuando com um jogador a mais - para o tricolor, foram muito mais dois pontos perdidos do que um ganho.

Ao fim Gallo falou em falta de capacidade. Concordo, falta muita capacidade a este time, aliás capacidade, jogadores, talento, criatividade...falta muita coisa. Usei o twitter durante todo o jogo, quase concorrendo com o Minuto Minuto do Itapoan Online, muito bem feito nesta tarde pela querida jornalista tricolor, Arysa Souza, por isso, reproduzirei aqui as twittadas durante o jogo, que explicam muito bem a partida. Destaques (negativos) para as atuações sofríveis de Avine e Rubens Cardoso, de bom a atuação do lateral Marcos, que me arrisco a dizer, é o melhor que já passou pelo Fazendão desde Daniel Alves.


O jogo via twitter:
E o tricolor entra em campo. Hj é um daqueles jogos complicados, mas lá vamos nós. Lusa e Bahia, fui pra tv, a bola vai rolar...

Eu tenho medo das mudanças de Gallo...muito medo....


O que é Avine com a camisa 11 do Baêa. Deprimente. Mas a presença da torcida tricolor em massa no Canindé, só confirma, que torcida é essa!?

Pra um time que adora tomar gol de Birigudi e afins, ver Piraju no ataque da Lusa me preocupa...

Jesusmariajosé! O que é o ataque do Bahia com Avine, Lima e Alex Terra! Vá matar o diabo viu Gallo!

Que zagueiro ruinzinho esse da Lusa, acaba de tomar cartao e faz uma falta dessa. Agora com um a mais é bom que Gallo solte o time!BBMP!


No dia que Avine acertar dois cruzamentos seguidos, eu mando rezar 2 missas na igreja do Bonfim. Juro.

Rubens Cardoso é uma piada. O Bahia pode ate ganhar, mas joga com 4bombas. Contudo, o lateral direito Marcos é o melhor desde Daniel Alves

Avine é um erro e Alex Terra como homem de ligação é uma prova que a diretoria do Bahia contratou bem viu, me deixe!

Paulo Roberto em campo e Avine vai terminar esse jogo é? Jesusmariajosé...que Baêa ruim viu...

Quem disse a Avine que ele era jogador de futebol meudeus?

Obrigado Gallo! Avine, meu filho veja do banco como deve proceder um lateral Roberto mostre a Avine que com 17 anos vc é 10mil vezes melhor!

Eu ainda tenho q ir sabado q vem 9 da noite ver Bahia e ABC, sábado que vem...desse jeito, acho q n vou mesmo...

Na única hora q Lima faz uma coisa q presta, o goleiro da Lusa faz uma defesa dessas! Ps:O que fazia Roberto no banco?! Avine, aprenda viu..

Pronto Bahia, ta ai o que vc queria. Evaldo expulso. Agora reze pra segurar o 0a0. E Rubens Cardoso hein...que piada...ridiculo

Promessa do ano: Nunca mais reclamo de Gallo. Pode trazer Felipão Guss Hidink Luxemburgo quem for, mas com esse time, a serie A é sonho


Acabou o sofrimento,quase que ainda deu Lusa. "Faltou capacidade" disse Galo e q ainda disse q Rubens Cardoso jogou bem.Menos Gallo, menos..

Prometi q n ia reclamar de Gallo, mas falar bem do presidente Tirulipa Junior já é demais né Gallo? Agradeça por esses otimos reforços!

Foi assim, se faltou algo, a culpa não foi dos 140 caracteres do twitter e sim do time do Bahia. Faltou acima de tudo, futebol.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os nocautes de Taison e um Maraca arrepiante





Reis da bola

O cenário não poderia ser melhor, Roma. O mundo parou pra ver um grande jogo entre os dois maiores monstros do futebol atual. O papa tudo inglês contra o papa tudo espanhol e de quebra os dois melhores jogadores do mundo. Quem assistiu viu a história do futebol sendo escrita.

Em campo apesar de um começo melhor do time inglês, o Barça de Xavi, Iniesta, Eto'o e Messi foram superiores. 2 a 0 e Barça campeão. Um dia história para o futebol que poderia premiar qualquer um dos dois grandes times com o lindo troféu de Rei da Europa, mas falamos de futebol, todos podem merecer, mas no fim das contas, apenas um solta o grito de campeão. Pode parecer injusto, mas de uma coisa tenho certeza, é muito, mais muito apaixonante. Como mendingo do bom futebol, só tenho a dizer: obrigado Manchester, obrigado e parabéns Barça.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As possibilidades de felicidade, são egoístas...

Assim como eu, diversos rubronegros pensam como o título deste post em relação ao seu time na Série A do Brasileirão. As duas primeiras rodadas trouxeram excelentes resultados , mas não enganaram ninguém. Caso o Vitória tenha algum anseio neste campeonato, que não seja cair para a Série B, é preciso muito mais. O time tem um treinador de ponta, porém que não parece acostumado a dirigir equipes onde o "baixo nível técnico fica evidente" - palavras do próprio em relação ao grupo.

Gosto de Carpegiani e acredito que não é necessário que ele prove nada a ninguém como treinador, porém seus metódos de invenção/escalação são no minímo questionavéis. Ninguém em sã consciência escala um jogador como titular em um jogo de tamanha importância como o da última quarta-feira, diante do Vasco e o dispensa dois dias depois. Não se discute aqui a dispensa de André Luiz, jogador sem a miníma qualidade de vestir a camisa rubronegra, mas sim a sua equivocada escalação diante do Vasco na partida de despedida do Vitória da Copa do Brasil. Obviamente que a crítica a Carpegiani não se resume a isso, mas a escalação de um jogador esquecido no elenco e prestes a ser dispensado, de certa forma representa bem as invenções que vem sendo feitas pelo professor Carpegiani.

Vale lembrar que o treinador já escalou o lateral Apodi de meia armador, o volante Bida e o dispensado atacante André Luiz, na lateral esquerda, além da invenção do último sábado diante do Cruzeiro, na derrota por 2 a 0 no Mineirão, quando Vanderson atuou com "liberdade para criar" ou seja, de meia armador.





O grupo do Vitória, precisa de reforços, depende demais de Ramon, que já não aguenta jogar 90 minutos, Leandro Domingues pode ser uma solução. A chegada do lateral Leandrinho também deve impedir que Carpegiani invente por aquele lado, dando mais confiança e criatividade ao time.

Outra coisa que deve mudar no Barradão é a postura. É preciso que os jogadores encarem os adversários a altura e entendam que representam um grande time do futebol brasileiro. Se a intenção é perder sempre dos grandes com o excessivo respeito mostrado diante do Cruzeiro tudo bem. Caso contrário é preciso força de vontade, desejo de vencer. O grupo do Vitória tricampeão baiano conta com boas peças que se bem escaladas podem render, porém é preciso "o querer ganhar" e reforçar é claro, caso contrário, a Série B é logo ali. Do jeito que está, as possibilidades de felicidade, são egoístas meu amor.

sábado, 23 de maio de 2009

Torcida de 1ª, time de 2ª e diretoria e organização de 3ª

A torcida como sempre fez sua parte e foi em grande número a Pituaçu, mesmo debaixo do dilúvio que caia em Salvador. A diretoria do Bahia e a empresa Outplan, contratada pela Sudesb para confeccionar os ingresso não confiaram no torcedor e poucos ingressos foram impressos, resultado, muita confusão nas bilheterias.

Faltando pouco mais de 10 minutos para o começo do jogo, várias pessoas - inclusive eu - se aglomeravam nas bilheterias tentando comprar ingressos. A venda foi suspensa temporariamente para que novos ingressos fossem impressos, uma vez que a primeira leva havia terminado. Muita demora e reclamação, a bola rolou a nada do problema ser resolvido, até que o Bahia abriu o placar com Evaldo. A chuva havia dado uma trégua e o atabalhoado zagueiro subiu mais alto que a defesa do Ceará e abriu o placar em cobrança de escanteio de Leo Medeiros. O gol trouxe alegria, mas também revolta ao grande número de torcedores que perderam o grande momento do jogo. Só a caráter de informação, no meu caso, nos dois últimosjogos no estádio, perdi os três gols. Os dois de quarta entre Vitória e Vasco e o deste sábado. Que fase.

Passavas dos 15 minutos, quando chegaram os ingressos, que pela demora, devem ter sido impressos no Fazendão, sede do Bahia, na Federação Baiana ou na Sudesb. As três entidades (ir)responsáveis pelo acontecimento de hoje. Pouco tempo depois da retomada das vendas, os ingressos voltaram a acabar e para piorar a impressora da Outplan quebrou, resultando em mais confusão. A Federação Baiana ordenou a abertura dos portões e quem ainda estava sem ingresso adentrou ao estádio. Eram 40 minutos do primeiro tempo. Um verdadeiro absurdo. O senhor Marcelo Guimarães Filho anunciou que a culpa era da Outplan e que o clube cobrará o ressarcimento do dinheiro perdido com a não venda de ingressos à empresa.
 
Deixando a falta de organização de lado e indo pro jogo, o fato é que os quase 2 mil tricolores que perderam boa parte do primeiro tempo não perderam muita gol - além do principal, o gol. O Bahia voltou a mostrar um futebol de segunda divisão, no caso de segunda sem intenção alguma de chegar à primeira. O time criou pouco e levou sustos desnecessários do fraco Ceará. No segundo tempo a coisa piorou (como sempre!). São Pedro desandou a mandar chuva e o Bahia mais uma vez mostrou-se um time de um tempo só. Fez uma apresentação lamentável e contou com a sorte e com o goleiro Marcelo, salvando sempre que preciso. 

O time segue mostrando um despreparo físico que assusta. Gallo precisa intervir o mais rápido possível. Por sinal, as substituições do treinador são outros fatores a se questionar. Avine entra em todas as partidas substituindo Rubens Cardoso, que não resiste jogar dois tempos. Levando em conta que nenhum dos dois rende muita coisa é preferível entrar em campo com Avine, ao menos o time ganha uma substituição. Outro reserva-titular de Gallo é Alex Maranhão que a cada partida faz questão de mostrar que não é jogador para um time da grandeza do Bahia

Em relação aos titulares, os destaques negativos ficaram com Leo Medeiros, que apesar de ter feito bons passes, segue lento no meio campo e não fornece ao ataque como deveria. Quem também não faz sua sua função é Ananias, que insiste em jogar no lixo as inúmeras chances dadas por Alexandre Gallo. O jogador teve uma péssima atuação e seria substituido debaixo de vaias, porém Leo Medeiros pediu para ser ele o substituido, as vaias apesar de em menor intensidade, continuaram. 


No fim o time comemorou muito os três pontos. Nada mais justo, afinal em um campeonato de pontos corridos cada partida é uma final, porém diante do futebol apresentado a situação parece ser muito mais preocupante. O time não consegue passar ao torcedor a confiança de que é um dos candidatos (e favoritos!) a uma das quatro vagas para subir de divisão. A se destacar, a boa atuação do garoto Marcos na lateral direita, o jogador mostrou personalidade e deu a imprenssão de que sempre que for preciso, Dedé terá um substituto a altura. 

Na próxima rodada, no sábado 30 de maio, o tricolor pega a Portuguesa no Canindé. A Lusa, que hoje venceu o Figueirense em Floripa, é uma das candidatas ao acesso e será um adversário de peso, ideal para que o Bahia comece a mostrar para que veio nesta Série B. Voltando ao torcedor que deu um verdadeiro show mesmo debaixo de chuva, o público pagante foi superior a 8 mil pessoas, contando os cerca de 2 mil que entraram sem pagar (o número exato de não pagantes não foi divulgado), pouco mais de 10 mil torcedores estiveram em Pituaçu. A lamentar, a falta de educação e do que fazer de integrantes da principal torcida organizada do Bahia, que receberam os integrantes da organizada do Ceará com bombas caseiras. Atitude imbecil e que merece ser punida pela polícia e pela Justiça.


domingo, 17 de maio de 2009

100% Vitória

Após a segunda rodada, apenas dois time seguem com 100% de aproveitamento no Brasileirão, o líder Internacional e o segundo colocado Vitória. O triunfo rubronegro de hoje no Barradão foi suado, conseguido ainda no primeiro tempo, graças a um gol de Neto Baiano, diante do Sport que fez um primeiro tempo apático e um segundo tempo "melhorzinho". Bom para o Leão do Barra, que somou mais três pontos e agora é vice-líder.

O Vitória dominou todo o primeiro tempo. O tricampeão baiano abriu o placar aos 34 minutos, após Ramon servir Bosco, que cruzou na segunda trave. Neto Baiano aproveitou e de carrinho desviou para o gol. A bola entrou entre as pernas de Magrão. Vitória 1 a 0. Foi o 21º gol do atacante nesta temporada. Neto Baiano empatou com Diego Tardelli, do Atlético-MG, na liderança do Prêmio Friedenreich. No segundo tempo o time de Nelsinho veio modificado e quase empatou o jogo. No final o Vitória ainda teve o volante Magal, que fez seu jogo de estreia, expulso, mas conseguiu segurar a vantagem.E para que se registre, Carpegiani decidiu não inventar no jogo de hoje e todo mundo fez seu papel normal, resultado Vitória vencedor. O torcedor rubronegro agradece.

Na próxima rodada, o Vitória encara o Cruzeiro, no sábado, às 18h30m, no Mineirão. Mas antes disso, o time entra em campo na quarta-feira para enfrentar o Vasco, pela Copa do Brasil, com a missão dificílima de vencer por 5 gols de diferença para avançar às semifinais da Copa do Brasil.

A primeira queda

Do apito inicial até aos 10 minutos do primeiro tempo o Bahia foi um time, neste sábado, diante do São Caetano no Anacleto Campanella, depois disso, foi outro e bem abaixo do que se espera de um time que pretende voltar à série A. O jogo começou com o tricolor pressionando e o lateral Dedé fazendo uma boa partida, demonstrando personalidade, porém o jogador recebeu uma violenta entrada de um defensor do Azulão e foi obrigado a deixar o gramado. A falta por sinal, gerou o gol tricolor aos 8 minutos, na cobrança de Alex Maranhão. A partir de então o Bahia recuou, passando a utilizar apenas os contra ataques.

Com uma apagada partida de Rubens Cardoso, Dedé passou a fazer falta já que Marcone quando subiu não acertava um cruzamento ou jogada de perigo, enquanto isso, Marcelo fazia milagres e segurava o São Caetano que foi para o intervalo já merecendo o empate. Veio o segundo tempo e antes dos dois minutos, Leandro tentou cortar um escanteio e terminou jogando pra dentro do próprio gol, empatando a partida. A virada veio logo depois com Ademir Sopa livre, aproveitando um erro de passe e uma falha na marcação. São Caetano 2 a 1.

O Bahia mesmo com as modificaçõe feitas por Gallo não esboçou nenhuma reação e parece mesmo fadado ao estigma de time de um tempo só. O despreparo físico do tricolor no segundo tempo dos últimos jogos se mostra evidente. Próximo sábado, o time de Gallo recebe o Ceará em Pituaçu, jogo importante para somar pontos na corrida pelo acesso que pelo que se pode ver em São Caetano será das mais sofridas.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chocolate e Bacalhau: Um presente de português

Era uma dia de festa para o torcedor rubronegro. Aniversário de 110 anos, anúncio de parceira com o governo do estado que representará grandes melhorias estruturais para o clube e sua torcida, novo patrocinador, camisa comemorativa, mas ai veio o jogo. Nem o mais otimista vascaíno e muito menos o mais pessimista torcedor do Vitória imaginavam um placar tão deletado. Entre um conceito e outro na aula de jornalismo móvel, eu me teletransportava para o caldeirão de São Januário via rádio.

O time do Vasco não é nada medíocre como fez questão de dizer a maior parte da imprensa baiana, antes e até depois do jogo. O time não é imbatível e com exceção de Carlos Alberto e Léo Lima é composto por caras pouco conhecidas, porém que já demonstram desde o ínicio do ano o seu devido valor. O mais importante trunfo vascaíno está no banco de reservas. Sereno, competente, crítico e decisivo. Este é Dorival Júnior. Mas vamos ao jogo.

O Vitória entrou em campo cheio de invenções de Carpegiani, que colocou o lateral velocista Apodi de meia de ligação, promovendo Bida a lateral. O time pouco criou, apesar de manter a partida equilibrada por boa parte do jogo. O Vasco também não fazia nenhum grande jogo e mostrava em certos momentos um nervosismo desnecessário, errando passes bobos.

Até que aos 27 minutos do 1º tempo, após uma falta cobrada por Nilton, a bola sobra para o zagueiro/lateral Luciano Almeida, que dá uma pixotada. A tentativa de chute ou passe dado por Luciano Almeida cai nos pés de Carlos Alberto que carrega e marca. Vasco 1 a 0. O Leão aniversariante da noite, sentiu o gol e o Vasco percebendo o bom momento foi pra cima. Aos 44 Elton aproveitando uma confusão na área empurrou pro fundo após passe de Léo Lima. Vasco 2 a 0. O som vindo das arquibancadas de São Januário arrepiava e as palavras dos atletas do Vitória após o fim do primeiro tempo preocupavam. "Se não correr, se não der o algo mais vai levar mais gol. Assim não dá" setenciou o zagueiro Wallace, melhor jogador do Vitória em campo.

Veio o segundo tempo, Carpegiani mudou mas sem resultados. Um gol era fundamental para as pretenções rubronegras, mas o time do Barradão foi quem levou mais dois. Duas faltas, uma de Paulo Sérgio e outra uma bomba de Nilson em cima de Viáfara que montou mal a barreira. Vasco 4 a 0 e uma vantagem enorme para a decisão em Salvador.

Sinceramente acho muito complicado que o Vitória consiga reverter, mas futebol é feito da impoderabilidade, da falta de lógica. O time de Dorival Júnior não vem ao Barradão apenas se defender e um gol vascaíno pode decidir a parada - o Vitória precisaria fazer 6 - por isso, considero que o Vasco tem a faca o queijo e dois pés nas semifinais. Os rubronegros mais confiantes relembram que ano passado o time aplicou 5 a 0 no Vasco no mesmo Barradão. Confiança sempre é bem vinda, mas não podemos deixar de lembrar que aquele Vasco rídiculo já não existe e para piorar o time do Vitória deste ano é infinitamente inferior ao bem montado time de Mancini com Marcelo Cordeiro, Renam, Marquinhos, William e companhia.

É esperar pra ver. Estarei no Barradão assisintindo seja a confirmação ou a surpreendente redenção. O Vitória pega o Sport no domingo no Barradão, pela Série A, já o Vasco pega o Ceará no Castelão pela B, ambos os jogos pela segunda rodada das respectivas divisões. Bons aperitivos para o round final de quarta-feira.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

110 anos: "Vitória, tu tens grande história"

Desde de pequenos aprendemos que o 13 de maio representa o dia em que a Princesa Isabel assinou em 1888 a Lei Aúrea, terminando (oficialmente) com a escravidão no país. Mas na Bahia, também ainda bem pequenos aprendemos que o 13 de maio é uma data especial para uma grande instituição e que ao longo dos anos tornou-se um dos grandes clubes do futebol brasileiro. O Esporte Clube Vitória. Há exatos 110 anos, era fundado por iniciativa dos irmãos Artur e Artêmio Valente, o Club de Cricket Victória. A principio o cricket era o único esporte praticado, mas já nos anos seguintes o clube foi abrindo espaço para os demais esportes praticados pelo mundo. Remo (1902), futebol (1903), atletismo (1905), tênis (1906) e tiro esportivo (1908). Mais tarde, em 1920, a natação, o pólo aquático, o basquete, o vôlei e o tênis de mesa.

"O teu pavilhão tem feitos de glória"
O clube que nasceu alvi-negro, mudou de cor apenas em outubro de 1901, quando por sugestão de César Godinho Espínola, ex-remador do Flamengo, adotou o rubro negro em seus uniformes. Nessa mesma época, passou a se chamar Sport Club Victoria, já que o cricket não era mais sua única atividade. Em 1905, com a compra de uma sede na Barra, que o Vitória passou a ser chamado de "Leão da Barra". O Leão foi em homenagem aos leões que ainda hoje podem ser vistos na entrada da mansão dos Valente, no Corredor da Vitória, onde o time foi fundado.

Em 13 de setembro de 1903, o rubronegro fez sua estreia no futebol, derrotando o São Paulo-Bahia, time formado por integrantes da Colônia Paulista, por 2-0. De lá pra cá muita coisa mudou e muitas outras histórias passaram a fazer parte da bela tragetória do Leão. Muitos foram os rivais Galícia, Ypiranga e o principal deles, o Bahia, nascido em 1931. Até o começo dos anos 70 eram apenas 8 títulos estaduais (mais 10 torneios Ínicio e mais 2 Taças Brasil Nordeste), uma torcida fiel que dividia espaço com a do Bahia, à época já em maior número e dos outros rivais, que até aquele momento tinham torcidas consideravéis. Mas nem por isso as conquistas daquela época podem ou devem ser menosprezadas. Pergunte a qualquer rubronegro com pouco mais de 40 anos sobre o Baiano de 72. Você verá brilho nos olhos e a certeza de que é impossível esquecer a gloriosa conquista de Osni, Mário Sérgio e André Catimba, três dos maiores ídolos da história do Leão.

Veio a década de 80, momento de começar a construir um novo Vitória. Em 9 de novembro de 1986, é inaugurado o estádio que muda a história do futebol baiano, o Manoel Barradas, a partida é Vitória 1 a 1 Santos, o estádio é reinaugurado em 25 de agosto de 1991, com o jogo Vitória 1 a 1 Olímpia do Paraguai. Motivo de orgulho da nação rubronegra, o imponente santuário do Barradão passa a representar a força do novo Vitória que toma pela primeira vez na sua história, a hegemonia estadual. Desde a reinuaguração em 91, o Vitória ganhou 13* estaduais, contra 6* do Bahia e 1 do Colo-Colo.

Um querido rival
A década de 90 foi decisiva para que o Vitória entrasse para o hall dos grandes do país do país. O ponta pé inicial foi dado em 92 com o vice campeonato brasileiro da Série B. No ano seguinte o grande salto. Quem esteve na saudosa Fonte Nova na tarde daquele 12 de dezembro de 93, jamais esqueceu. O rubronegro baiano estava na sua primeira final de campeonato brasileiro, e quis o destino que contra a máquina do Palmeiras de Edilson, Edmundo, Evair, Luxembrugo e comapanhia. Apesar da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, nunca esqueci daquela festa, passei a ver o time que via como "o grande rival" com outros olhos.

A música que tomou Salvador naquele período jamais saiu de minha cabeça: " A festa já começa na ladeira, o corre-corre, corre-corre sem parar, a torcida rubronegra está chegando, Vitória! Vitória! Faz mai um gol pra me alegrar". E assim o time apelidade de "Brinquedo Assassino" mostrou ao mundo um dos principais trabalhos de divisão de base deste país. O time dos meninos da Toca, tinha Dida, Rodrigo, Vampeta, Paulo Isidoro, Alex Alves e tantos outros garotos que tiveram a responsabilidade de mostrar a nova cara do Leão ao mundo.

Nos anos seguintes vieram mais resultados significativos, o 3º lugar no Brasileirão de 99 eliminando o Vasco nos playoffs e eliminação nas semifinais da Copa do Brasil de 2004 deixavam claro, o Vitória já era sim, um dos grandes do futebol nacional. Os grandes tropeços também vieram e no mesmo 2004, após o "quase" na Copa do Brasil e do tricampeonato baiano, o time que chegou a liderar o Brasileiro daquela temporada, foi rebaixado para Série B e no ano seguinte para a C.

A reconstrução começou e dois após o fundo do poço, o Leão já estava de volta a elite do futebol nacional. O Vitória de tantas histórias tem neste 13 de maio muito o que comemorar e os admiradores deste grande clube, muito o que aplaudir.

domingo, 10 de maio de 2009

Começamos bem!

Chovia muito em Salvador neste sábado (09/05), mas no caminho para Pituaçu já era possível perceber que o time não estaria sozinho. Ônibus lotado, a chuva dá uma parada até às 15h30, daí em diante o que se viu foi um dilúvio em Pituaçu e que dilúvio. Devidamente protegidos com suas capas, mais de 6 mil tricolores não paravam de se manifestar nas arquibancadas. Era dia da arrancada.

Quando a bola rolou o Bahia atendeu aos pedidos de "vai pra cima deles Esquadrão" e foi pra cima do Paraná. Paulo Roberto endiabrado fez boa jogada e tocou em Reinaldo Alagoano, a bola terminou sobrando para o próprio Paulo e o menino da Ribeira jogou no fundo. Bahia 1 a 0. Paulinho seguiu comendo a bola e fez a jogada para o segundo, o camisa 9 tricolor provou que a fase é boa e marcou o seu terceiro gol nas últimas três partidas. Bahia 2 a 0.

O Bahia teve chances de aumentar ainda no primeiro tempo, principalmente depois que o Paraná perdeu zagueiro expulso após entrada violenta em Paulo Roberto. O jovem atacante tricolor ainda seria responsável pela expulsão de mais um atleta do Paraná, ainda assim o tricolor não soube converter em gols a superioridade númerica. O tricolor abusou de perder gols, entre eles um incrivelmente perdido pelo estreiante Lima, que matou no peito e dentro da pequena área conseguiu isolar a bola. Inacreditável. Por fim a chuva permanceu, só dando uma trégua nos últimos minutos. Para uma estreia foi uma boa, pelas condições o torcedor merecia mais, enfim, valeram os três pontos. E que venha o São Caetano!

Já na Arena da Baixada, em um jogo muito equilibrado envolvendo os campeões estaduais da Bahia e do Paraná, apareceram boas chances para os dois lados, mas foi o tricampeão baiano quem soube aproveitar as chances e saiu de campo com os três pontos. O primeiro do Leão foi marcado por Wallace. O zagueirão
aproveitou um cruzamento batido por Jackson e jogou no fundo as redes de Gallato aos 15minutos do primeiro tempo. O jogo continuou equilibrado e sem maiores chances para os dois lados. Já no segundo tempo o jogo ficou mais aberto com o Atlético saindo pro jogo em busca do empate. Viafara fez boas defesas no duelo particular com o atacante Rafael Moura.

Carpegiani mudou o time que era muito pressionado e colocou Adriano e Leandro Domingues em campo, e foram justamente eles quem construíram a jogada que matou o jogo. Leandro abriu para Adriano que puxou o contra golpe e serviu o próprio Leandro que escolheu o canto e jogou no fundo das redes de Gallato. Vitória 2 a 0.

O rubro negro dorme nesta primeira rodada ao lado do Cruzeiro na liderança da série A. Apesar do excelente começo de Brasileirão, o Vitória vai deixar a competição de lado nos próximos dias, já que na quarta-feira (13/05) o time entra em campo para pegar o Vasco pela Copa do Brasil. O jogo será às 19h30 em São Januário. No mesmo dia, o Leão completa 110 anos de fundação.

sábado, 9 de maio de 2009

Vai começar! De A a D!

No sofrimento, mas e daí?

O Vitória passou pelo Galo, depois de perder por 3 a 0 no tempo normal e vencer nos pênaltis por 5 a 4. O leão agora pega o Vasco.  A primeira partida será em São Januário nesta quarta, 13 de maio, data do aniversário de 110 anos do time baiano. A volta no Barradão no dia 20. Confira uma análise tardia do jogo de quarta. 


"Mesmo com a vantagem de poder perder por até dois gols de diferença, o Vitória passou sufoco no tempo regulamentar e precisou das cobranças de pênaltis para eliminar o Atlético-MG nesta quarta-feira (06/05), no Mineirão. No tempo normal, o Galo venceu o Leão por 3 a 0.
Os gols da partida foram marcados por Renan, aos 26 min do 1º tempo; Welton Felipe, aos 18 e Alessandro aos 40 da etapa complementar. Na disputa dos pênaltis, o Rubro-Negro converteu todas as cobranças com Neto Baiano, Bida, Carlos Alberto, Luciano Almeida e Washington. Já o clube mineiro marcou com Diego Tardelli, Alessandro, Élder Granja e Tchô. O zagueiro Leandro Almeida desperdiçou a última cobrança, defendida pelo goleiro Viáfara.

Com a vitória, o rubro-negro avança para as quartas-de-final e enfrenta o Clube de Regatas Vasco da Gama, que eliminou o Icasa/CE por 4x1, em Juazeiro do Norte/CE, nos próximos dias 13 e 20. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sorteará amanha (8) quem jogará a primeira partida em casa. Se for no Barradão, o Leão poderá fazer uma bonito espetáculo e festejar junto à sua torcida seus 110 anos de existência, comemorado em 13 de maio." Do Itapoan Online.com

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rei da Bahia



Pela disposição com que Bahia e Vitória entraram em campo, o Ba-Vi deste domingo, sem dúvida, entrou para o livro dos clássicos inesquecíveis – até o apito final. Depois disso, virou por alguns minutos algo para jamais ser lembrado.

A chuva que caiu durante todo o dia em Salvador impediu que o público
comparecesse em massa ao Barradão. Porém, mais de 26 mil apaixonados estiveram presentes. A torcida do Vitória ocupou mais de 80% do estádio, mas diante das adversidades, incluindo a vantagem do Vitória, a torcida tricolor marcou presença em grande número.

Gallo resolveu apostar e mudou o time. Colocou o xodó da torcida, Beto, no banco e começou com Paulo Roberto no ataque. Quando a bola rolou, o jogo se mostrou equilibrado. O Bahia, com um meio campo mais reforçado em relação ao jogo anterior, marcava bem, e Léo Medeiros e Elton distribuíam bem as bolas para o ataque.

Mas foi o Vitória quem teve uma grande chance. Apodi venceu Avine na corrida, passou pelo desesperado goleiro Marcelo e tocou pro gol. A bola bateu caprichosamente na trave. A jogada incendiou o Barradão. Porém, foi o Bahia quem abriu o placar após uma excelente jogada de Paulo Roberto, que lançou Reinaldo Alagoano. O camisa 9 tricolor saiu na cara de Viafara e soltou a bomba. Bahia 1 a 0. A pequena, mas barulhenta torcida tricolor foi a loucura.

O Bahia cresceu no jogo, mas o Vitória era valente e a partida ficou ainda mais aberta, com chances para os dois lados. Bida batendo de longe quase empatou o placar, mas foi novamente o Bahia quem marcou. Desta vez, aos 45 do primeiro tempo. Paulo Roberto começou mais uma boa jogada e serviu Reinaldo Alagoano, que fez um bonito corta luz deixando para Rogério, que cruzou nos pés de Avine. Bahia 2 a 0 e explosão da massa tricolor no Barradão. O Bahia foi para os vestiários como campeão baiano de 2009.



Na segunda etapa, os times voltaram com as mesmas formações. O cenário não mudou. A chuva não deu trégua, porém o que mudou foi a situação em campo. O Bahia com o resultado nas mãos recuou, e o Vitória era empurrado pelo torcida rubronegra, que mesmo com o placar adverso gritava uma a uma as letras do clube - “V-I-T-Ó-R-I-A” -, fazendo um espetáculo arrepiante nas arquibancadas do Barradão. A torcida do Bahia também fazia a sua parte e continuava cantando o “eu acredito”, trilha tricolor durante toda a semana.

A primeira grande chance da etapa final foi de Reinaldo Alagoano. O artilheiro tricolor entrou na área e deixou Carlos Alberto no chão antes de bater pro gol. Viáfara fez uma defesa sensacional. A vibração do goleiro rubronegro após a defesa representava bem o momento. O Leão estava vivo no jogo. E não demorou muito para voltar a colocar a mão na taça. Aos 19, Apodi cruzou, Evaldo não alcançou e Neto Baiano, artilheiro do Brasil, dominou e bateu forte, fazendo o primeiro do Vitória, e alegrando a massa rubronegra.

No minuto seguinte, Gallo tirou de campo Reinaldo Alagoano, que sentia dores, e colou Cadu. O atacante sequer tocou na bola. No seu primeiro lance deu um pontapé no meio-de-campo Wellington e foi expulso, jogando por água abaixo qualquer chance de reação do Bahia, que naquele momento era acuado em campo pelo rival. Gallo, ao fim do jogo, justificou a jogada do atacante como “excesso de adrenalina”. Eu chamaria de “falta de responsabilidade”. O Bahia sentiu a expulsão e o Vitória foi pra cima.

Jackson e Ramón criavam boas jogadas e levavam perigo ao gol de Marcelo. O jogo parecia que terminaria com mais uma vitória tricolor no Barradão, ainda que dando o título ao rival. Porém, aos 44, Neto Baiano recebeu em posição discutível e foi derrubado por Marcelo na área. Pênalti cobrado com categoria por Ramon Menezes. Vitória 2 x 2 Bahia. A torcida rubro negra que já comemorava o tri foi a loucura.

Vitória tricampeão baiano de forma justa. O time, que ao longo da competição foi comandado por Vagner Mancini, Mauro Fernandes, e pelo fundamental Ricardo Silva, que entregou o comando a Carpegiani na fase final, foi o de melhor campanha e mais equilibrado durante toda a competição. Crescendo ainda mais na reta final. O Vitória teve o ataque mais positivo, a melhor defesa e o artilheiro da competição: Neto Baiano, com 21 gols. Nas finais o time foi superior em três dos quatro tempos disputados e fez a merecida festa dentro do seu estádio.

O fato negativo ficou por parte de uma violenta briga entre jogadores no final da partida (foto). Atletas de Bahia e Vitória trocaram socos e pontapés dando um péssimo exemplo ao torcedor, que na grande maioria se comportou de forma digna nas arquibancadas. A briga só terminou após ação da polícia que jogou gás de pimenta no gramado, atingindo atletas e membros da imprensa. No lamentável saldo, o maqueiro do Vitória deixou o gramado sangrando. Um triste episódio em uma disputa que era até então grandiosa. Após a confusão, os atletas do Vitória puderam ainda que debaixo de muita chuva comemorar com a torcida que permaneceu no Barradão fazendo a festa.

Vitória: Viafara; Apodi, Wallace, Victor Ramos e Luciano Almeida (Adriano); Vanderson, Carlos Alberto (Uelliton), Bida, Jackson (Marco Aurélio) e Ramon; Neto Baiano. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Bahia: Marcelo; Marcone (Beto), Evaldo, Nen e Ávine; Rogério, Leandro, Élton (Ananias) e Léo Medeiros; Paulo Roberto e Reinaldo Alagoano (Cadu). Técnico: Alexandre Gallo.

Também no Blog do Lédio na Globo.com: http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/2009/05/04/rei-da-bahia/

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Só saudade


O Dia 1º de maio é para todo brasileiro um dia de saudades. Para mim maiores ainda. Não que me considere o maior fã de Senna, mas o 1º de maio sempre foi pra mim um dia de festas. Era dia do aniversário do homem que foi meu maior ídolo, meu avô. E quis o destino que fosse justamente em um dia de festa, no dia da festa do homem que me ensinou a gostar do esporte em que os pilotos arriscam a vida a mais de 200km por hora, que o grande herói do país se fosse. Senna se foi, fazem 15 anos, meu vô também, fazem 5. O dia 1º deixou de ser um dia festa, virou um dia de saudade e só. Saudade de gente que me fez feliz. De gente que acordou nas manhãs de domingo pra ver gente levando a bandeira do Brasil ao alto do pódio. Era mesmo engraçada essa relação dos homens do 1º de maio na minha vida. Meu grande ídolo e meu grande incentivador a gostar deste esporte. Em certo GP da Aústria, já no século 21, um piloto brasileiro venceria pilotando uma Ferrari, mas a equipe mandou que ele tirasse o pé e abrisse para a ultrapassagem do alemão companheiro de equipe. Neste dia meu avô se levantou e disse "nunca mais assisto a uma corrida. Nunca mais vejo Fórmula 1". Ele se foi três anos depois, com a promessa cumprida. Nunca mais assistiu a uma corrida. A F1 não era a mesma, talvez nunca mais tenha sido depois daquele 1º de maio de 15 anos atrás. Mas a paixão prossegue, pelos que se foram e pelas corridas nas manhãs de domingo. Afinal as coisas mudam, mas o amor permanece.

Vamos ser TRI Negô

O porque de acreditar que o campeão baiano de 2009 será o Vitória - Por Jader Marcel

A nação RUBRO-NEGRA vem ampliando intensamente a confiança no time, Paulo Cesar Carpegiani deu um padrão de jogo, uma cara ao elenco, temos a melhor defesa, ataque, campanha, O MAIOR ARTILHEIRO DO BRASIL, enfim, o melhor time do baiano.

A hegemonia do nosso LEÃO na Bahia no século XXI também nos da estima suficiente para confiar no nosso clube que certamente sairá vitorioso do santuário sagrado. Na primeira partida conta o Galo, pelas oitavas da Copa do Brasil, o time mostrou-se superior durante os 90 min e mais uma vez comprovou que estamos mais do que credenciados a levantar a taça neste domingo.

Por isso nação rubro-negra vamos descer em massa neste domingo colorindo Salvador de vermelho e preto, contagiando toda a cidade, fazendo uma festa linda dentro de campo e nas arquibancadas, rumo á conquista do TRICAMPEONATO rubro-negro, Pegaaaaaaaaaa Leão.

Jader Marcel tem 21 anos, é estudante de administração, Vitória de carteirinha e fã do Reizinho do Barradão. Há mais de dez anos é um dos amigos rubro negros mais queridos deste blogueiro.

Fé no Tricolor

O porque de acreditar que o campeão baiano de 2009 será o Bahia - Por Fernanda Varela

Nós, torcedores do Bahia, acreditamos na conquista do título domingo, não apenas pelo retrospecto dos últimos BaxVis no Barradão ou por ser um resultado perfeitamente alcançável, mas por uma "força" que cada tricolor carrega na alma.

É difícil explicar; alguns chamam essa "força" de paixão, outros de fanatismo, mas a verdade é que a maioria de nós não consegue definí-la com palavras.

Temos garra, fé, coragem e o principal: temos AMOR, levamos nosso time no peito, as cores vermelho, azul e branco correm nas nossas veias.

Não vamos abandonar nosso time em hipótese alguma, a torcida está ao lado do Bahia pra, no apito final, soltar esse grito de campeão preso na garganta. "Vai pra cima deles esquadrão!", a nação apóia, torce e acredita em você.

Fernanda Varela tem 20 anos, é estudante de publicidade e torcedora do Bahia desde que veio ao mundo. Apaixonada pelo tricolor é uma amada amiga e confidente deste blogueiro.