quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O que eu sei....



Cá estava eu decidido a escrever uma crônica em vez de ficção. Se bem que a última não foi das melhores.....e quase me levou a morte....foi uma inesquecivel crônica renal.

Mas assistia passivo ou impassível a um filme que se dizia futuristamas que tinha dragões. Quando vc pega o bonde andando sempre termina em confusão. E confesso que quando cheguei com o filme já pela metade e vi dragoes e helicopteros dividindo o ceú estranhei. E ainda tinha de aguentar Cristhian Bale,como herói, daqueles bem mal cuidados, estilo Rodrigo Amarante.

Mas eis que sugi uma ligação, pela hora e proposta com que foi feita só me restava voltar a ficção. Aliás a vida é uma grande ficção. Então vamos a ela.

A proposta convidava-me para algo do tipo "ordem e orgia na super-bacanal" como diz a Calcanhoto na música que implora para que comemos Caetano, se bem que eu nao participaria dessa...homens não fazem parte do meu cardápio, nem mesmo semi deuses com Caê.

O que sei é que 2 horas depois da ligação tinha ao meu redor o maior numero de tchecas de toda a minha vida. Era uma pensão de frente para o mar de Ondina. Mas quem ligava para o mar.

6 Tchecas nascidas na capital Praga (quem me dera Pragas desse tipo) revezavam-se entre os meus braços e de mais dois amigos. Santos amigos. Santas tchecas. que na verdade eram 12, se levarmos em consideração as outras seis, que abrilhantavam ainda mais a festa tupiniquim.

O intrigante era ouvi-las emitindo sons em tcheco...e td que esse pobre autor personagem sabia dizer na lingua estranha dizia...repetindo no ouvido de cada uma..."Pavel Nedved, Jankulovski, Milan Baros, Peter Chec, Jan koller, Tomas Rosicky, Mark Plasil", esse por sinal não havia como não lembrar...de nome sugestivo.

E eu me perguntava o que seria do homem sem a tv a cabo e seus compeonatos europeus e do futebol sem sua globalização. Até porque se esses nao jogassem fora da Republica Tcheca dificilmente os conheceria, ja que dificilmente me daria ao luxo de assistir o campeonato tcheco. A não ser pelas tchecas.

Mas o que sei é que a cada nome elas gritavam como se fosse um gol. E gol tcheco, em tcheco.E a partida não parecia ter fim, era como pelada. Se bem que eram mesmo tods peladas. Lindas peladas tchecas.

Outra coisa que sei é que quando as 8 da manhã do dia seguinte as tchecas agora só 6, me acordaram descobri qe falavam português :
-Vamos a praia?
Não! Talvez praia fosse a última coisa de que eu precisasse, mas o certo é que fui, na volta repetimos a festa da noite anterior e por volta de 6 da tarde bati em retirada irritado. Será que elas só pensam nisso? Na Tcheca ninguem conversa? Ninguem come?...comida...Só fazem isso?

Fui pra casa, tinha fome. Comi 2 vezes a feijoada preparada horas antes do telefonema do noite do dia anterior. Agora 23:49, me debruço na varanda de casa, observo a marola que bate nas pedras a cada 6 segundos, relembro um pouco a noite anterior e penso no futuro.

- República Tcheca...quanto deve custar uma passagem pra lá....

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