Román Riquelme - O dono da América veste azul e amarelo

Deu Boca, era o mais previsível dos resultados, o titulo, não a vitória no Olímpico, para um Grêmio que entrar em campo movido por um torcida apaixonada, brilhante, porém além do Boca, grande adversário, o Grêmio tinha de vencer também o tempo. E a cada minuto que passava mais o time gaúcho se mostrava apreensivo, tenso e perdia-se em campo. Tuta parecia se esconder em campo, Tcheco não era o mesmo do jogo contra o Santos. Lucas não era o guerreiro da seleção sub-20. Lúcio não era mais o lateral surpreendente que foi durante toda competição. Patricio voltara a ser o que sempre foi, medíocre.

Mas o Grêmio lutava, demonstrava brio, coragem, a torcida emocionava. Veio o segundo tempo, com Amoroso em lugar de Tcheco, o que não mudou muito, Amoroso em nada lembra o artilheiro de outros tempos no São Paulo. Tuta também saiu, vaiado por uns, aplaudido por outros. Não era pra ser dessa vez. Algo me fazia acreditar. Mas ai entrou em cena novamente Juan Román Riquelme, que com um chute que pegou de surpresa até o mais atento dos narradores, fez 1 a 0. A partir daí foi desespero, o Grêmio se jogou ao ataque e o segundo do Boca não demorou a acontecer. Poderia ter saído o terceiro, mas mesmo depois de ter perdido 3 em uma só partida, Palermo continua sem saber bater penaltis, hilário ver o jeito que o bom ataque argentino, mas sem aptidão para penalidades, bateu na bola, e o trajeto feito por esta.


Mas ao fim a torcida gremista continuou a cantar seu amor pelo Grêmio, "campeão ou não o amor é eterno" cantavam os quase 50 mil, algo inesquecível, ressaltado inclusive por Palermo ao fim do jogo. A prova de amor da torcida tricolor foi uma evidência de que o imortal não morre no final.


Sucesso ao tricolor gaúcho. E foi um prazer acompanhar essa Libertadores. A América do Sul, parte bem representada para o Mundial no fim do ano,mesmo sem Riquelme pode dar trabalho; o Milan que se cuide.