sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A loira do Tchan

De presente de aniversário ganhei uma entrevista. Na verdade eu faria a entrevista. A entrevistada: Carla Perez. Plagiando a frase dita ontem pelo jurista Edvaldo Brito, agora candidato à prefeitura de Salvador, não sei se para minha sorte, ou minha desgraça.

Antes da chegada da artista de mais de duas capas da Playboy, sendo que a última delas (aquela do Papai Noel, lembra?! Ah eu também!) encontra-se nesse momento na prateleira das revistas, no meu quarto, com um autógrafo da mesma na foto da página central, conversei com o seu assessor de imprensa, usando mais uma vez o professor Brito, não sei se pra minha sorte ou azar, meu vizinho.

Cerca de duas horas depois, Carla e sua Blazer preta desembarcaram na emissora. Em pouco tempo lá estava o repórter autor, com câmera e gravador em mãos, seguindo ela e o assessor até o camarim. O “vizinho” pediu-me alguns minutos para que ele se trocasse e etc e tal, minutos que viraram uma eternidade.

Enquanto eu revia as perguntas pela 478ª vez, os dançarinos da cantora (?!) e apresentadora – assim fui informado na pauta (além de atriz! Mas isso eu que descobri!) – chegavam ao camarim, alguns vestidos de tartaruga, dentro daquelas roupas enormes que faz qualquer um morrer de calor só por olhar.

Uma eternidade depois, fui convidado pela querida maquiadora – e uma das pessoas mais divertidas dali – a entrar no camarim, Carla pediu alguns “minutinhos” e já trajada de paquita, - ou seria da própria Xuxa?! – enfim me recebeu, vale informar a censura feita pelo “vizinho” antes de irmos aos finalmentes (“isso não pode! Isso também não!” - O que é que pode meu filho?!)

A figura foi uma simpatia que só, respondeu a todas as perguntas – vale lembrar que apesar da primeira pergunta já ter sido feita diretamente para Carla, o “vizinho” é que tratou de responder. Mas ai a gente conta até dez, faz cara de maníaco psicopata e toca o barco.

Por fim, algumas fotos e ela bastante atenciosa se despede, correndo para se posicionar atrás do palco, onde encontra o amigo e apresentador daquela casa, recém contratado. Ambos participam juntos da gravação do programa. Mais uma foto com os dois juntos nos bastidores, e o nome da loira é anunciado. Ela é arrancada das mãos do comunicador por um produtor, e entra no palco.

A criançada vai ao delírio, canta e pula o tempo inteiro. E o repórter aniversariante até se pergunta, não é que ela leva jeito?!

Confira a entrevista em primeira mão:

*O Algodão Doce se tornou ao longo dos anos um dos principais blocos infantis do Carnaval. E em 2008, o que você promete trazer de novidade para o bloco?

-Esse ano teremos alguns convidados especiais. Tem a Kelly Key que vem fazer uma dobradinha com a gente. Tem Toni Garrido, Pitoco, Xandy que é o padrinho do bloco. Tem a Thaeme Mariôto, do Ídolos. E esse ano tem uma novidade para as crianças. Quando elas forem pegar a mochilinha, com o abadá, com a mamãe sacode, com o suquinho, o biscoitinho, tudo isso que a gente manda, ela vai ter direito também a tirar uma foto com o nosso fotógrafo no estúdio e ai vai ser feita uma montagem, juntando a foto deles com a minha foto. E ai a criança vai ter uma lembrança do Algodão Doce.


*Ainda sobre o carnaval, existe alguma coisa preparada para o Passeio Público?

-Ah tem sim. Eu estarei sendo homenageada no Passeio Público esse ano. A gente vai fazer um show especial pra eles, levando os convidados do bloco pra lá também., pra continuar a festa lá. Eu diria que o bloco se estende ao Passeio Público. Porque a galerinha toda continua lá com a gente. E ai eu vou me apresentar lá


*Como é que funciona a escolha do repertório para o carnaval?

-Assim eu tenho três cds infantis, e ai a gente faz uma seleção do que vai tocar dentro da Avenida. E fora eu vou sentindo o público e as coisas vão acontecendo.


*Como é que foi o 2007 de Carla Perez?

-Pra mim foi um ano em que eu estudei muito, então eu estava pirando. Olha que as vezes eu não estava agüentando mais. Eu falei gente. Por que você estudar...Eu estou fazendo curso de teatro. Estou pra acabar. Filhos, marido, trabalho, casa pra cuidar, tudo, ai deixa a gente doido, pira mesmo. E esse ano teve apresentação tanto no final do segundo termo, quanto no final do terceiro. Agora depois de carnaval eu vou começar o quarto.


*No final do ano passado você liderou a campanha Mercado Infantil Solidário, que arrecadou roupas para crianças de instituições hospitalares. Como é que surgiu a idéia e como é que foi o resultado?

-Eu fiz a um tempo atrás, foi uma das primeiras vezes que fiz algo para as crianças, isso tem uns seis, cinco anos no máximo, que eu fiz a campanha. E no fim do ano passado eu reencontrei a dona, e ela pediu que eu participasse da campanha que nesse ano ajudaria o hospital de Irmã Dulce e o NACCI. E do NACCI eu sou filha, sou mãe, sou tudo. E na mesma hora, quando ela falou que ajudaria o NACCI eu não pensei duas vezes, e ainda convidei o Xandy para fazer junto comigo. Por eles queriam um padrinho e um madrinha. E ai tivemos a maior arrecadação que a gente teve. E fizemos a entrega já agora em 2008.


*E os projetos para o decorrer de 2008?

-Olha, pós carnaval eu vou estar com um piloto pra ser apresentado através da Cinema Music, pra ver se a gente faz um trabalho bacana para as crianças na televisão. Ai se rolar benção pura, se não paciência.

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