terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E foi-se a aposta...


Durou pouco a aposta feita pela diretoria do Bahia para comandar o clube na temporada 2011. Anunciado no dia 7 de dezembro de 2010, Rogério deixa o cargo, exatamente dois meses depois. Depois comandar a pré-temporada, o treinador esteve a frente do tricolor nos cinco jogos disputados até o momento pelo Campeonato Baiano, e venceu apenas uma partida. O pífio começo de temporada, justamente no ano em que o Bahia volta a figurar entre os grandes no cenário nacional, rendeu a demissão do treinador.

Rogério comandou o Bahia no dia 16 de janeiro, na estreia do campeonato contra o Serrano e perdeu por 2 a 1. Na sequência, no dia 23, em Pituaçu, venceu o Feirense por 2 a 0. Três dias depois empatou com o Ipitanga em 3 a 3. No último dia 30 perdeu em casa para o Fluminense de Feira de Santana por 2 a 1, e neste domingo (6), voltou a ser derrotado, desta vez para o maior rival, Vitória no primeiro BaVi do ano.

Em nota, o treinador agradeceu ao clube: "Agradeço a toda diretoria do Bahia, ao Presidente Marcelo Guimarães Filho, ao Professor Paulo Angioni e aos funcionários do clube, que confiaram em mim e apoiraram nosso trabalho. Agradeço também aos profissionais de imprensa que cobriam o dia a dia dos treinamentos no Fazendão e puderam perceber que nosso trabalho sempre foi feito com empenho, dedicação e profissionalismo. Infelizmente, os resultados não vieram e todo torcedor do Bahia, que sempre me passava incentivo nas ruas, pode ter certeza que estarei torcendo pelo sucesso deste clube e também deste grupo de atletas que está se formando".


Brigas e grupo rachado

Sem a base de 2010 e com inúmeras contratações, Rogério Lourenço teve que lida com brigas e confusões. No dia 22 de janeiro, durante um treinamento, o atacante Bruno Paulo e o zagueiro Luisão se desentenderam. O atacante Souza entrou na confusão em defesa do colega de ataque e o treino terminou em confusão com os três jogadores sendo expulsos da atividade pelo treinador. Seis dias depois, o clima voltou a esquentar no Fazendão. O atacante Jael agrediu um diretor do clube e terminou dispensado. Além disso, de acordo com profissionais que cobrem o dia-a-dia do clube, era nítido o racha no grupo. As panelinhas são perceptíveis, diferente do grupo unido que levou o clube de volta à Série A em 2010.

A faca de dois gumes

Contratado sem a aprovação da torcida, Rogério Lourenço teve participação direta na contratação da maioria dos reforços tricolores para a temporada. Jogadores jovens, considerados revelações que não deram certo em seus clubes de origem, mas que passaram pelas mãos de Lourenço nas seleções de base do Brasil chegaram com a confiança do treinador. A saída de Lourenço representa também a queda de um planejamento feito a partir da sua chegada. O exemplo de 2009, quando Galo deixou o comando do clube depois de trazer um grande número de jogadores de sua confiança, fazendo com que o clube penasse na Série, não deve ser esquecido. No entanto, é bom lembrar que o responsável pelo sucesso tricolor em 2010, Márcio Araújo também chegou no meio do caminho.

Três nomes ganham força para assumir o tricolor

Com a queda de Rogério Lourenço, o auxiliar técnico Chiquinho de Assis assume provisoriamente o comando da equipe. Para substituir Lourenço três nomes ganharam força no Fazanedão. O mais forte deles parece ser o de PC Gusmão, demitido recentemente do Vasco e com um bom trabalho feito à frente do Ceará, quando conseguiu o acesso à Série A em 2009 e fez um excelente começo de Campeonato Brasileiro em 2010, figurando com o clube cearense nas primeiras colocações. Outro nome é o de Oswaldo Alvarez, o Vadão, que inclusive tem o aval da torcida. Vadão comandou o Bahia na temporada 2004 e deixou escapar o acesso à Série A, na última rodada do quadrangular final. E o terceiro nome é o de Geninho, demitido neste domingo, do Sport Recife. Os três são considerados treinadores com experiência, diferente de Lourenço. No entanto, não seria mais novidade, o anúncio de algum treinador-experiência, por parte de Paulo Angioni e Marcelo Guimarães Filho.

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