domingo, 27 de fevereiro de 2011

A motivação Benazzi

Dois dias após ser anunciado como técnico do Bahia, Vágner Benazzi chegou a Salvador e apesar de não conhecer o grupo, decidiu comandar o time no BaVi do banco de reservas. Estava criada a motivação Benazzi. Uma conversa até às 2h com o auxiliar Chiquinho de Assis foi o suficiente para que o treinador promovesse algumas mudanças. E assim, sob a tutela do “Rei do acesso”, viu-se em campo um outro Bahia, mais agressivo, mais perigoso e acima de tudo mais motivado.

Vestindo uma camisa alusiva ao histórico título do estadual de 94, o Bahia se apresentou melhor do que nas últimas ocasiões. O meia Ramon, que fez sua estreia com a camisa tricolor distribuía bem a bola e fazia o tricolor chegar com perigo. Os três volantes tricolores faziam bem a contenção, ainda assim, pelo lado rubronegro, Rildo criou perigosas ações.

Nos minutos finais do primeiro tempo, a BaVi ganhou mais um ingrediente de grande clássico, a polêmica. Elkeson foi derrubado na área por Ramon. O árbitro Jailson Macedo Costa considerou o choque como lance normal. Minutos depois, no último lance de ataque do Bahia no primeiro tempo, o volante Marcone apareceu como homem surpresa em um contra golpe rápido e acertou um belo chute de fora da área para abrir o placar para o tricolor. Na comemoração um abraço e muita vibração com o boleiro Benazzi. Já os rubronegros reclamaram de uma falta na origem da jogada.

O segundo tempo foi joado com os nervos a flor da pele. O time de Antônio Lopes mostrava-se nervoso em campo. Muitas reclamações e discussões com o árbitro. Aos 20, Uelinton acertou uma cabeçada em Rafael Jataí e deixou o Vitória com um homem a menos. O golpe de misericórdia aconteceu três minutos depois. Marcone foi derrubado na área pelo lateral Ernani. Pênalti. Na cobrança Avine bateu com uma cavadinha displicente e Viáfara defendeu, no entanto, o goleiro se adiantou para a defesa. O auxiliar entregou e o árbitro mandou voltar a cobrança para revolta dos rubronegros. Avine bateu no mesmo canto, mas desta vez com seriedade. Bola forte e no alto. Bahia 2 a 0.

O Vitória perdeu a cabeça e a esportiva. Neto Baiano fez falta dura em Avine e foi expulso. Com o placar nas mãos, o Bahia passou a tocar a bola para alegria da maioria dos 14 mil torcedores presentes no estádio. Benazzi ainda terá muito trabalho para frente, a chegada dos colombianos Tressor Moreno e Mosquera devem ajudar. Que o resultado BaVi representante um renascimento para o tricolor. A situação ainda é complicada no estadual, apesar dos três pontos do clássico, o tricolor segue na vice-lanterna do seu grupo.

Pelo lado rubro-negro, Lopes sabe que precisar acertar o time. Praticamente classificado no estadual, o time perdeu a segunda partida consecutiva, uma vez que foi derrotado na última quarta-feira pelo Botafogo-PB pela Copa do Brasil. É momento de corrigir os erros, mas de forma rápida, esta quarta o time joga a primeira decisão do ano, precisando vencer e tirar a diferença de gols contra o time paraibano. É hora de por em prática, o sempre decisivo Fator Barradão.

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