quinta-feira, 3 de maio de 2007

Próxima Parada: Atenas 23/05 - A revanche!

2 jogos históricos! Apenas isso basta. Dignos da grandeza do futebol europeu, num clássico de equilibrio o Liverpool venceu nos penaltis; já o Milan foi sublime e o Manchester não conseguiu desenvolver 1/3 sequer do futebol que encatava o mundo até o último fim de semana.

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Deus Reds sobre os blues!
Liverpool na final

O Liverpool FC venceu o Chelsea FC por 4-1 nos penalties e é a primeira equipa apurada para a final da UEFA Champions League, agendada para 23 de Maio, em Atenas, Grécia. Pepe Reina defendeu dois remates e colocou os "reds" na segunda final da prova em três anos, depois do triunfo em 2005.

Eliminatória empatada
Daniel Agger anulou aos 22 minutos o tento de Joe Cole no primeiro encontro e empatou a eliminatória na segunda mão das meias-finais, disputada em Anfield. Dirk Kuyt atirou à barra no início da segunda parte e viu o guarda-redes adversário, Petr Cech, negar o golo em diversas ocasiões, a última das quais nos momentos finais do encontro, levando o desafio para os penalties.


Alonso no banco
O técnico do Liverpool, Rafael Benítez, surpreendeu ao deixar no banco de suplentes o médio espanhol Xabi Alonso, o jogador mais utilizado na UEFA Champions League, com 13 jogos, contando com os dois da terceira pré-eliminatória. No meio-campo dos "reds", surgiram então Jermaine Pennant e Boudewijn Zenden.

Duelo a meio-campo
Em desvantagem por 1-0 na eliminatória, o Liverpool assumiu o comando do encontro na fase inicial. Apesar de o jogo ter sido muito disputado a meio-campo nos primeiros momentos e depois de apenas um remate inofensivo da autoria do capitão dos "reds", Steven Gerrard, a formação da casa adiantou-se no marcador aos 22 minutos.

Agger marca
Quando toda a gente esperava que Gerrard marcasse o livre do lado esquerdo do ataque para o coração da área, o médio, numa jogada estudada, cruzou rasteiro para a entrada da grande área, onde apareceu o dinamarquês Daniel Agger a rematar colocado com o pé esquerdo, não dando hipóteses a Petr Cech.


Chelsea reage
A equipa de José Mourinho, que não pôde contar nesta partida com os influentes Ricardo Carvalho, Michael Ballack e Andryi Shevchenko, todos lesionados, tomou então as rédeas do desafio e podia ter chegado à igualdade pouco depois da meia-hora. Didier Drogba esgueirou-se pela direita, entrou na área e rematou fortíssimo, mas o guarda-redes Reina opôs-se a preceito e afastou o perigo.

Drogba ameaça
O melhor marcador dos "blues" na prova, com seis golos, voltou a ameaçar a baliza adversária cinco minuto antes do intervalo ao ganhar de cabeça à defensiva do Liverpool, após canto, mas Michael Essien não conseguiu desviar com êxito a bola e esta perdeu-se pela linha de fundo.


Liverpool responde
O começo da etapa complementar foi o espelho do final da primeira parte, maior domínio do Chelsea e o Liverpool a apostar em contra-ataques rápidos. Drogba errou o alvo pouco depois do apito do árbitro, mas em dois lances no espaço de três minutos o conjunto de Benítez podia ter voltado a marcar.


Kuyt à barra
Primeiro, aos 56 minutos, foi Peter Crouch a ganhar nas alturas e a atirar de cabeça para excelente defesa de Cech, e depois Dirk Kuyt atirou, também de cabeça, à barra da baliza do guardião checo. Meia-dúzia de minutos volvidos, Terry falhou a intercepção e permitiu que Pennant surgisse em boa posição para rematar, mas Ashley Cole interceptou o pontapé do extremo inglês na altura exacta.

Cech salvador
Aos 76', Cole fugiu pelo lado esquerdo e, já dentro da área, cruzou rasteiro, mas Jamie Carragher anulou o lance quando o incansável Drogba se preparava para fazer o golo à boca da baliza. Benítez refrescou o meio-campo com a entrada de Alonso por Pennant pouco depois. A três minutos do final, Zenden rematou com o pé direito, Cech defendeu com dificuldade para a frente, mas ninguém do Liverpool conseguiu fazer a emenda e o desafio terminou, obrigando a prolongamento.

Golo anulado
Ainda na primeira parte do tempo extra, Mourinho tirou Joe Cole e fez entrar o extremo holandês Arjen Robben, depois de quase mês e meio ausente devido a lesão. Aos dez minutos, Alonso rematou de longa distância, Cech defendeu e Kuyt fez a recarga com êxito, mas o lance seria anulado pelo árbitro por eventual posição irregular do dianteiro dos "reds" na altura do pontapé do espanhol.

Drogba atrasado
Craig Bellamy entrou para o lugar do gigante Crouch no curto intervalo do prolongamento e Mourinho respondeu ao colocar em campo o veloz Shaun Wright-Phillips, fazendo sair o apagado Salomon Kalou. O extremo inglês criou perigo a quatro minutos do fim quando escapou pela direita e cruzou para a área. No entanto, Drogba chegou ligeiramente atrasado e a bola passou à frente de Pepe Reina.

Cech adia decisão
A pensar nas grandes penalidades, Benítez trocou Robbie Fowler pelo esgotado Javier Mascherano e do outro lado Claude Makelele cedeu o posto a Geremi. Mas seria Cech a negar, mais uma vez, o tento do Liverpool ao defender um remate de Kuyt pouco antes do final dos 120 minutos regulamentares. No desempate através das grandes penalidades, o Liverpool foi mais feliz, tendo Reina travado dois remates, de Robben e Geremi.








Pela honra italiana!A fuerza rossonera!

Milan irresistível

O AC Milan vai medir forças com o Liverpool FC na final da UEFA Champions League, depois de ter eliminado o Manchester United FC nas meias-finais, ao vencer por claros 3-0 o encontro da segunda mão.

Vidić titular
Com o português Cristiano Ronaldo no “onze” titular, a turma de Manchester viu recuperar para este jogo o defesa-central Vidić, ao passo que Rio Ferdinand (ainda não está a cem por cento) se sentou no banco de suplentes. Gary Neville, a recuperar de lesão, ficou de fora. Do lado do conjunto transalpino a grande contrariedade foi a anunciada ausência do capitão Paolo Maldini, devido a um problema no joelho.

Entrada demolidora
Depois de uma primeira mão fantástica, numa partida que rendeu cinco golos (o United venceu por 3-2), coube ao Milan assumir as despesas do encontro em San Siro. Assim, logo no primeiro minuto Kaká criou perigo junto da área forasteira, tendo-se desmarcado pelo lado direito. O brasileiro rematou cruzado, mas a bola não levou a melhor direcção. No minuto seguinte foi a vez de Seedorf criar uma oportunidade soberana, com um remate forte à entrada da área. Valeu ao United o guarda-redes Van der Sar, que se opôs da melhor forma ao remate do compatriota holandês.

Golo de Kaká
Aos seis minutos, Kaká voltou a ficar perto do golo, após cruzamento de Oddo, do lado direito. O virtuoso médio do Milan só pecou na finalização, com o remate a sair fraco, à figura de Van der Sar, numa fase em que os da casa ameaçavam seriamente as redes inglesas. Assim, aos 11 minutos, o astro brasileiro chegou mesmo ao golo (o seu décimo na prova), após assistência de Seedorf, com um desvio providencial de cabeça. Kaká, com um remate colocado de pé esquerdo, colocou a sua equipa na frente da eliminatória.

Resposta tímida
Os “rossoneri” continuaram a dominar e, aos 16 minutos, foi a vez de Pirlo tentar a sua sorte fora da área, com o esférico a sair ligeiramente ao lado. Aos 19 minutos, o United deu o primeiro sinal de resposta, através de um disparo de Giggs. Dida defendeu com segurança. Contudo, os “red devils” revelavam muitas dificuldades para responder, perante um Milan senhor do jogo, a controlar completamente as operações.

A vez de Seedorf
Aos 29 minutos, a turma da casa chegou com naturalidade ao segundo golo, depois de um lance fantástico de Seedorf. O centrocampista holandês, em excelente momento de forma, aproveitou um alívio defeituoso da defensiva inglesa, livrou-se de dois adversários à entrada da área e atirou a contar, para delírio dos adeptos que lotaram o Giuseppe Meazza. Com as contas da eliminatória muito complicadas, o Manchester United não conseguiu ligar o seu jogo e foi dominado por um inspirado Milan no decorrer da primeira parte. No primeiro tempo, os italianos ainda poderiam ter chegado ao terceiro golo, após uma excelente jogada ofensiva, que culminou com um remate de Inzaghi muito perto do alvo.




Manchester pressiona
O United tentou “pegar” mais no jogo na segunda parte, mas o conjunto da Serie A não consentiu veleidades ao seu adversário. Aos 53 minutos, Kaká desperdiçou nova ocasião para ampliar a vantagem da sua equipa, depois de uma arrancada fulgurante. O médio brasileiro tirou Vidić do caminho, mas permitiu a defesa de Van der Sar. A equipa inglesa ia tentando mudar o rumo dos acontecimentos e aos 63 minutos enjeitou uma boa ocasião, após assistência de Rooney. Fletcher, descaído sobre o lado direito, atirou por cima, numa fase de maior assédio dos comandados de Alex Ferguson.

Gilardino faz o terceiro
Louis Saha entrou aos 77 minutos, para o lugar de O'Shea, na tentativa de o Manchester United chegar ao golo, mas dois minutos volvidos o Milan fez o 3-0, na sequência de uma desmarcação do recém-entrado Gilardino. O avançado italiano, perante um desamparado Van der Sar, picou a bola por cima do guardião holandês, sentenciando o jogo e a eliminatória. A final da UEFA Champions League, entre Milan e Liverpool (uma reedição da final de 2005), realiza-se no próximo dia 23 de Maio e terá como palco o Estádio Olímpico de Atenas.

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