domingo, 24 de fevereiro de 2008

Clássicos e tabus

O Bahia venceu o segundo BaVi do ano, desta vez no estádio Alberto Oliveira, o Jóia da Princesa, em Feira de Santana, por 1 a 0. O gol foi marcado pelo polivalente Rogério aos 38 minutos do primeiro tempo.

Com o resultado o Bahia quebra de uma só vez dois tabus, um de oito anos, já que desde o ano 2000 o Bahia não vencia dois Bavis consecutivos e outro mais recente, desde de 2004 o Vitória não perdia como visitante. O público no Jóia da Princesa foi de 11.684 pessoas.


Com a vitória o tricolor chega aos 30 pontos e segue isolado na liderança do campeonato. Enquanto o Vitória permanece com 22 pontos, mas com a vitória do Atlético de Alagoinhas, cai para a quarta posição. O presidente do Vitória, Jorge Sampaio, falou ao final do jogo que Vadão segue no comando do time.

O Bahia folga pelo Baianão na próxima rodada, já que nesta quarta-feira(27/02) vai até o interior do Ceará, enfrentar o ICASA, campeão do turno do Campeonato Cearense. O jogo será realizado às 21h45. Já ao Vitória restará tentar a reabilitação contra o Colo-Colo, às 20h30, desta quarta, no Barradão.

Já no Rio, não teve jeito, deu Flamengo de novo. Desta vez prefiro não comentar. Mas é bom dar um olhada no blog do Lédio, sobre o que ele achou do jogo.


A menina e o pedinte

Numa dessas noites entre amigos, bebidas e bar, uma fato me chamou atenção. Um fato raro, curioso, engraçado, reflexivo.

A menina burguesa, cercada por todos os lados por uma semelhante burguesia sentiu dó de um homem. Um pedinte. Barba por fazer e palavras que lhe faltavam. Não as tinha. Era mudo.


A burguesia sentiu pena da sua insignificância . "Ninguém fala com ele". Derramou lágrimas por ele. Talvez, as mais verdadeiras já vistas por esse pessimista autor.


O choro burguês não era só de pena. Passsava a impressão de vergonha. Uma vergonha que era de todos. Vergonha por omissão. Por falta de palavras. Por vergonha.


Horas depois lá estava o homem. Com alguns trocados no bolso a espera de um ônibus que o levaria provavelmente para casa, naquele começo de madrugada. O choro não mudou sua vida. Talvez um pouco das nossas. O choro não trouxe a eles as palavras. Mas talvez nos faça encontrar as corretas.


E ele se vai rumo ao desconhecido. A menina já recuperada do momento, talvez ainda pense nele. Talvez ainda lembre por alguns dias. Por algum tempo. Por hora, ela pede mais uma cerveja.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Champions League - A volta da emoção!

Começou hoje a disputa das oitavas de final de Liga dos Campeões da Europa.

Na Alemanha na Arena AudSchalke, Kevin Kurany fez logo no começo do jogo o gol da vitória do Schalke04 sobre o Porto. Na volta o time português precisa vencer por dois gols de diferença. 1 a o leva o jogo para os penaltis. Qualquer outra vitória por diferença de um gol, classifica o time alemão.


Em Liverpool, no Anfield. O jogo parecia que se encaminharia pra um 0 a 0, mas eis que faltando cinco minutos para o fim do jogo, os Reds conseguem dois gols. O holandês Kuyt marca ao 40 e o craque inglês Gerrard marca aos 45. Um resultado até certo ponto surpreendente. Será que o melhor time da Itália fica nas oitavas? No jogo de volta no Giuseppe Meazza a Inter terá que vencer por três gols de diferença, ou por 2 a 0 para levar o jogo para os pênaltis.


Na Itália, a Roma venceu o Real Madrid, de virada por 2 a 1. Pizarro e Mancini marcaram para a Roma e Raúl marcou para os merengues. Na volta o Real se classifica com um simples 1 a 0 no Santiago Bernabéu.



Na Grécia, Olympicos e Chelsea ficaram no 0 a 0. Bom para o time inglês que agora joga em casa, no Stamford Bridge. Um novo 0 a 0 leva o jogo para o pênaltis, empate com gols classifica o time grego.


Amanhã mais quatro grandes jogos. Celtic X Barcelona, Manchester United X Lyon, Fenerbahçe X Sevilla e Arsenal X Milan - com transmissão, ao vivo pela Record 16h45.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O Maracanã em dia de festa e milhões

Alan Kardec, uma dupla de zagueiros, duas torcidas, Edmundo e a importância de ter ídolos.

O subtítulo desta pseudo-crônica ao citar apenas nomes de jogadores do Vasco já denuncia que é uma espécie de choro de perdedor, mas prometo que o mais isento choro de derrotado que poderia existir.

O campeonato carioca pode não ser o que reúne os melhores times ou jogadores do país, pode não ser o mais justo em termos de fórmula (essa vergonhosa no tratamento com os times pequenos), mas não se pode negar o charme e a emoção de um fim de semana de Maracanã lotado. Um espetáculo belíssimo foi proporcionado pelas torcidas de Botafogo e Fluminense no sábado. No final deu Fogão e o Fluminense do trio ternura, parou em um Botafogo muito bem armado e na arrogância de seu próprio treinador. Renato Gaúcho declarou há uma semana ao vencer o Fla-Flu amistoso da última rodada que faltavam menos de vinte dias para dar a volta olímpica. Renato aprendeu a ser treinador, fantástico, é um ídolo e continuará a ser no banco, mas, não perde a mania de soltar suas pérolas.
Vai assistir a final da Guanabara de casa ou no máximo da arquibancada.

Mas chegamos ao domingo. O Maracanã mais uma vez maravilhoso, estupendo. Quem cresceu aprendendo a cantar as músicas de incentivo ao time e pular dentro de um estádio, sente arrepio de ver a cena. Não importa qual o time, a divisão ou se ele nem tem mais estádio. O Flamengo entra em campo e é emocionante ouvir "Tu és time de tradição, raça força e paixão! Oh meu mengo!". Mas não demora da nação vascaína cantar em homenagem a um eterno ídolo, a um filho que a casa torna. O torcedor rival conhece bem o calibre do Animal e os milhares de cruzmaltinos cantam em uma só voz "Ah é Edmundo!". Impossível não cantar junto.



Mas vamos ao jogo. Não me recordo de em 2008 ter assistido sequer a um jogo durante 90 minutos. Sabe como é, o ano só começa mesmo depois do carnaval. Mas poucas vezes assisti a um jogo de um dos meus times do coração, com uma grande impressão de que a derrota era inadiável. As escalações mostram um Flamengo superior. Isso já era evidente, mas as mudanças feitas por Alfredo Sampaio parecem fazer do frágil Vasco ainda mais frágil. Ele saca Luisão da zaga e começa com Vilson, na minha opinião seu primeiro erro. Do meio campo pra frente, com as pessoas que tinha a disposição era quase impossível errar, mas Alfredo assim o fez. Escalou o sofrível Jonilson e o medíocre Amaral. Deixou Andrade e Xavier no banco. Deu até saudade do treinador Romário, que obviamente entende muito mais de futebol do que o atual técnico vascaíno. Ver em campo Edmundo, Morais, Alex Teixeira e Alan Kardec, poderia até empolgar, mas com a bola rolando algo parecia errado. Morais ficava muito atrás. Nunca dava pra saber se o companheiro de Alan Kardec (muito isolado) era Edmundo ou Alex Teixeira – na prática Edmundo, mas esse povoava muito mais o meio campo.


Pelo Flamengo, Joel não inventou, foi o Joel de sempre. Montou seu time pra vencer. Juan e Léo Moura não iam tão bem como costumam. O meio campo com Jônatas, Kleberson e Ibson, equilibravam muito bem as coisas.

As torcidas seguiam em um espetáculo brilhante, emocionante, os cantos, as provocações, a alegria da geral com vascaínos e flamenguistas juntos era contagiante. No campo Edmundo rouba uma bola, abre em Amaral que lança Alan Kardec. Era coincidência demais, era como se ídolos vascaínos tivessem baixado no gramado. O passe de Amaral era qualquer coisa de Ipojucan ou Juninho Pernambucano (sinto muito pela comparação, mas sabe como é torcedor…). Alan Kardec corre, corta o zagueiro com a frieza de craques como Romário ou Dinamite e chuta com a categoria de Bebeto ou Ademir de Menezes. Vasco 1 a 0. Vibração no Maraca, na comemoração Alan recebe um outro espírito, um de funkeiro e a nação vascaína dança o "créu"





O Vasco cresce no jogo, mas não marca. E clássico é sempre clássico. Um clássico dos milhões então…Falta para o Flamengo, bola na área e o zagueiro flamenguista Fábio Luciano, sobe sozinho e mostra que no lado rubro-negro ídolos é o que não faltam. 1 a 1. Sua comemoração vibrante faz um torcedor rival sentir saudades de um velho rubro-negro. Rondinelli, o deus da raça se materializa no capitão rubro-negro.


Joel percebe o momento bom. O Vasco sente, O Fla pressiona, mas pra sorte vascaína, o primeiro tempo termina. Ai é hora do lado jornalista parar tudo e aplaudir a transmissão global.

As torcidas já davam seu show, mas o especial "melhores momentos das torcidas" no show do intervalo dá um brilho ainda maior ao espetáculo.

O segundo tempo recomeça e logo no início, Juan derruba Morais. A lógica diz que ele, cobrador oficial do time deve bater. Um vascaíno doido pra eternizar o momento pediria o goleiro Thiago, mas qualquer em sã consciência faria como a multidão na arquibancada, pra bater "Ah é Edmundo!". No mesmo gol onde há oito anos atrás ele perdeu o pênalti que deu ao Corinthians o Mundial de Clubes, no mesmo gol onde em 97 contra o mesmo Flamengo ele foi brilhante e fez três na antológica goleada de 4 a 1. Edmundo telegrafou, bateu mal, recuou a bola e Bruno catou. Agora quem gritava "Ah é Edmundo" era a nação flamenguista em êxtase.




O Vasco sentiu o golpe, o time, a torcida, Alfredo Sampaio. O Flamengo cresceu como se tivesse feito um gol. A torcida passou a empurrar o time, Juan se soltou pela esquerda. O Vasco só assistia. O gol flamenguista era questão de tempo. Apesar de difícil de acreditar, Leandro Bonfim fazia falta. Alfredo põe Andrade, mas logo depois tira Alex Teixeira e coloca Xavier, a intenção segundo ele liberar Morais, pra mim, fechar o time numa retranca estilo Ancelotti (novamente com o perdão da comparação). O treinador vascaíno poderia aprender muito com Joel Santana, que como disse na última semana o jornalista Eric Faria, não é nem pretende ser o melhor técnico do Brasil, é apenas o Joel de sempre.


E Alfredo quis inventar, resultado, bola na área vascaína e Ronaldo Angelin, mostra que o nordestino acima de tudo um forte, ele que havia tomado o corte seco de Alan Kardec no gol vascaíno, ele que deixou o Fortaleza pra jogar no time de maior torcida do país, pede passagem para entrar na galeria de ídolos rubro-negros.


A cabeçada não foi precisa como as de Nunes ou Titã, mas contou com a mesma sorte desses grandes. Tocou na trave esquerda, passou por Thiago assustado e morreu no lado direito do gol vascaíno. Virada, festa, alegria no Maracanã. E o grito que se ouvia era de uma só nação apaixonada: "eu sempre te amarei, onde estiver estarei, oh meu Mengo!".

E ai já não havia mais tempo para reagir. O Flamengo ainda perdeu uma ou duas chances em contra-ataques rápidos, depois foi só prender a bola e esperar o apito final.



Para os vascaíno ficou a sensação de que não foi um domingo todo perdido. Foi bom voltar a gritar "Ah é Edmundo", ainda que lamentar logo em seguida o seu erro. Mas foi um domingo onde acordamos emocionados com a excelente matéria do Esporte Espetacular sobre um velho ídolo, Geovanne. Um craque vascaíno que enfrentou uma grave doença e agora luta para recuperar os movimentos. A força de vontade do ex-jogador de passes precisos e que comandou a geração do tetra na Olimpíada de Seul, é algo que serve de exemplo. As palavras de força ditas por Romário e Edmundo e a visita surpresa do maior de todos os vascaínos, Roberto Dinamite feita ao vivo para Geovanne, emocionou e fez relembrar o quanto é bom ter ídolos. Parabéns a eles, sejam vascaínos ou flamenguistas. E que no próximo domingo o Maracanã mais uma vez esteja lotado e que as torcidas novamente brilhem, e que no final a festa seja tão bonita como a feita pela torcida rubro-negra ontem, com muita paz e muito "creu".


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ronaldo - Homem, ídolo, iluminado

Durante a Copa de 94, me lembro de perder horas com revistas sobre futebol aprendendo sobre os grandes nomes das Copas passadas. Kemps, Puskas, Cruyff, Paulo Rossi, Pelé, Garrincha, Gordon Banks, Leônidas, os irmãos Charlton, Maradona e tantos outros. Só não imaginava que entre os reservas da seleção, estaria um mais um desses grandes nomes.

O menino de apenas 17 anos se tornaria em pouco tempo em um gigante, um ídolo, um fenômeno. Um torcedor do Bahia apaixonado, não esquece as glórias e muito menos as tragédias, e foi justamente contra o Bahia que vi pela primeira vez aquele menino brilhar. Jogando pelo Cruzeiro, Ronaldo fez cinco gols em uma partida no Mineirão com direito a um vacilo histórico do experiente goleiro Rodolpho Rodriguez em um dos gols. Ao ser entrevistado no fim do jogo, o franzino garoto perguntava “vocês viram aquilo lá? Tava filmando?”.

Ronaldo começa seu vôo. PSV, Barcelona e pronto, o fenômeno era uma realidade. Suas jogadas encantavam, faziam com que os meninos de terceira e quarta série ficassem fora da sala tentando imita-lo ou narrar seus gols. O menino de São Cristóvão aprendeu a ser ídolo, conquistou tudo que poderia ser conquistado, sentiu o peso da responsabilidade na final da Copa de 98.

Depois disso veio a primeira grande queda. O joelho direito não resistiu, foi incapaz de fazer tudo que o cérebro genial pedia. O mundo chorou com Ronaldo.
Como muitos achei que fosse o fim.



Lembro da sua volta contra a seleção da Iugoslávia, em um amistoso preparatório para a Copa de 2002. Visivelmente acima do peso, duvidei que aquele pudesse voltar a ser o Ronaldo Fenômeno. Diferentes desses muitos que duvidaram, Felipão confiou e assim ganhou a Copa.

Aquele gol de empate feito quase ao 40 do segundo tempo contra a Turquia, era o primeiro sinal de que o Fenômeno estava de volta. E assim ele foi durante toda a Copa, o Ronaldo que aprendemos a gostar, a gritar “ah moleque!”, a abrir os braços e comemorar no estilo aviãozinho, a acompanhar Galvão empolgar-se com o “Rrrrrrrrrrronaldinho!”.

Ele voltou, como que das cinzas ressurgiu. Foi brilhante, foi o Cascão da garotada, foi Ronaldo a la Romário pra nós levar a final da Copa. E lá derrubou o muro de Berlim. Oliver Kahn provou do veneno do fenômeno. E todo um país voltou a se render a um homem. E não havia no mundo alguém que melhor representasse o bordão “eu sou brasileiro e não desisto nunca”.

O tempo passou, Ronaldo voltou a ganhar peso, teve que lidar com novas, ainda que mais simples, contusões, porém ele chegou em 2006 pronto pra fazer história em mais uma Copa. Paramos no talento de Zinedine Zidade, mas Ronaldo não deixou de fazer a sua história. Chegou aos 15 gols em Copas. Ninguém balançou a rede tantas vezes quanto ele em mundiais.

Daí em diante as coisas não foram tão boas, Ronaldo voltou a Milão, dessa vez para defender o Milan. No começo deste ano quase veio ao Flamengo. Confesso que não me sentiria tão feliz em vê-lo jogar pelas cores do rival, mas Ronaldo, flamenguista declarado, sempre foi tão brilhante, que seu sucesso onde quer que fosse faria um vascaíno feliz.

Mas quis o destino que Ronaldo sofresse mais uma vez. Nessa semana meio sem graça, ele voltou a cair. Nova ruptura, desta vez no joelho esquerdo. Segundo especialistas menos 50 casos de ruptura dos tendões dos dois joelhos foram registrados no mundo, uma prova de que Ronaldo não é um ser comum, realmente é um diferenciado.


Em meio a tanta perplexidade e tristeza, noticias de que Ronaldo poderia desistir do futebol começam a encher o noticiário. Sinceramente, torço para que isso não aconteça. Ronaldo já provou uma vez que é capaz. Os céticos de ontem, hoje confiam, torcem – alguns celebram sua dor, esquecendo de quanto foram felizes graças a ele.

Ronaldo é um vitorioso, um guerreiro, um fênix, um vencedor. Já ganhou tudo na vida, mas merece continuar a fazer o que mais gosta. Dentro das quatro linhas e com uma bola nos pés, ele será sempre o bom e velho fenômeno.

Que 2009 não tarde a chegar e que em um ano e meio, dois anos voltemos a ver a milagre do fênix, mais uma vez estrelado por Ronaldo Luiz Nazário de Lima.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O CFC também escancara (lá ele!)

Depois de mais de 250 horas de festa, impossível não ter conspirações a se fazer. Algumas chamaram mais que a atenção.

Por exemplo, nada contra os foliões do bloco Crocodilo, que tinha em média quatro mil integrantes, sendo que pouco mais de 98% eram gays ou lésbicas – para faconianos de sexto semestre eram normais "as cenas", engraçado era ver a reação da maioria das pessoas – logo o CFC propõe que ano que vem, se faça apenas uma mudança, em vez de "Crocodilo" o bloco poderia se chamar "As lagartixas". Conspirando sempre! Mas parabéns aos integrantes do bloco, o CFC é macho, mas também inteligente a ponto de reconhecer e respeitar, mas, sem deixar de conspirar!

"ACM Neto, independente de política, eu te amo!"
Quem ouviu isso pelo menos uma vez nos três dias de avenida, no mínimo se perguntou que diabos de relação têm Márcio Vítor do Psirico e Grampinho Neto. Tudo bem que Grampinho é um dos donos da empresa que administra ou administrou o Psirico, mas as declarações soavam tão "Crocodilo" que ou o rapaz do Toda Boa queria que vossa excelência interferisse no resultado das premiações carnavalescas da família Grampo ou ano que vem eles saem juntos de Lagartixas.

"Bôra Baêa minha porra!"
Conspirador não esquece o futebol, muito menos no carnaval e entre uma paletada e outra, quando um dos membros do CFC passava por dentro do bloco Balada - o preferido do Conspiração, afinal, onde tem Balada? Tem a mulhegada! – o cantor do Jammil, Tuca Fernandes puxou o coro: Baêêêêa! Baêêêêa minha vida! Baêêêêa meu orgulho! Baêêêêa meu amoôôôôr. A partir daquele momento o Jammil foi perdoado por ter criado o "sou praieiro, sou guerreiro".
O vento que balança, balança o MAMOEIRO (?!)
O CFC sempre quis saber por que diabos, o vento que balança, balança logo o mamoeiro? Tanta coisa pra ele balançar! Mas ai veio o carnaval e descobriu-se que não é só a turma do Parangolé que tem explicações a dar. Vejamos, a música carro-chefe do Cheiro de Amor diz: "Porque a lua é de São Jorge e toda praia que eu vou tem mar, todo castelo tem seu rei, porque você não vem me amar?". Pára! Pára tudo! O que é que tem haver? A lua ser de São Jorge? Toda praia que ela vai ter mar!(PQP! Toda praia que eu vou tem mar, dói!), todo castelo tem seu rei (ok, legal!), e porque você não vem me amar! Toda poética era pra perguntar isso?! Tenha dó! E o CFC que achava que "suba aqui na minha moto, aqui não tem terremoto" era o fundo do poço!

Pra fechar ou desescancarar, aqui vão as congratulações do CFC ao departamento de marketing das Óticas Diniz, colocar uma LINDA mulher, PELADONA em cima de um trio elétrico, apenas com os seios pintados com o que seria um óculos, foi uma sacada genial! Foi sem dúvida o ponto alto do carnaval. Não teve quem não parasse para ver a moça, ou melhor, a propaganda. Essa sim toda boa! A moça!

CFC ano 3, ainda mais conspiradores.

Se 2007 foi um saco, 2008 vai ser escroto!

CFC, poluindo a atmosfera, destruindo a camada de ozônio e contribuindo para o aquecimento global!

Conspiração Futebol Clube produzindo momentos conspiradoramente inesquecíveis em sua vida!

Eu gosto é do povo!

Em seis dias de carnaval, o melhor de tudo foi o povo. E o contato direto com essa gente festeira, que vive reclamando da vida, mas que não dispensa o carnaval foi sem dúvida, o melhor de tudo.

Caso fosse obrigado a escolher apenas um entre os tantos momentos desse carnaval sem dúvida, escolheria a passagem da Mudança do Garcia. Um bloco do povo, sem cordas, cheio de irreverência e crítico. Confira as fotos no Bombando.

Foi na Mudança, o primeiro reconhecimento popular. Um dos integrantes dos Dominados, ia também na Mudança, ainda vestido de político, tinha a mostra, o outro lado da placa com que desfilou na sexta-feira exibindo Renan Calheiros, depois de mais uma foto, o reconhecimento "você que pôs os Dominados lá no site não foi?". E em pouco tempo se percebe o tanto quanto é divertida essa brincadeira.

Na terça do EVA, as belas moças fotografadas antes no ensaio do Harmonia também relembram e em pleno carnaval somos como amigos de infância.

Foi o povo quem elegeu "toda boa" música do carnaval, povo que cantou junto com a toda boa, Ivete Sangalo, rezou com Cláudia Leitte e chorou com Saulo Fernandes, foi do povo o grande show do carnaval.

Atrás da próxima latinha a cair no chão ou puxando com força a interminável corda dos blocos, ou vendendo seja lá o que for, para ganhar o pão de pão de cada dia, o povo foi brilhante. Dava pra se divertir atrás do artista preferido, com cuidado e de olhos abertos para os malhados e para a polícia, dava pra sorrir sem pensar no amanhã, mas também sem esquecê-lo.

Em cada saudação ao artista, em cada foto, em cada canção, em cada momento, se via nos olhos dos verdadeiros protagonistas a esperança. Por isso é que eu gosto é do povo!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Escancara!

Tá dominado! Tá tudo dominado!


Eles chegaram de mansinho e conquistaram o público presente na passarela do Campo Grande.

O bloco Os Dominados deu um show de irreverência na Avenida, trazendo várias mensagens em cartazes, os rapazes trouxerem alegria e descontração ao circuito Osmar.

Puxados por uma animada charanga, eles fizeram graça, e aproveitaram pra alfinetar. Sobrou até pro Renan!

É o carnaval de Salvador, vale tudo! É o carnaval do Escancara!


Matéria publicada originalmente no Itapoan Online: http://www.itapoanonline.com/main/carnaval/materia.aspx?nid=11923



Me deixa a vontade!

O bloco Me Deixa a Vontade, composto por muitos deficientes físicos, deu um show a parte na passarela do Campo Grande nesta sexta-feira (01/02).


Sob o comando de Edu Casanova, o bloco trouxe muita alegria para a avenida, e mais uma vez provou que o preconceito não tem espaço no carnaval.


De cadeira de rodas ou de muletas, o importante é a diversão. E isso não faltou ao bloco.


Os foliões cantaram e dançaram o tempo inteiro e estivem em sincronia total com o cantor Edu Casanova.


É o Me Deixa a Vontade provando que a alegria supera qualquer desafio e brilhando no Carnaval do Escancara!



Matéria publicada originalmente no Itapoan Online: http://www.itapoanonline.com/main/carnaval/materia.aspx?nid=11959




Veja outras matérias e a cobertura completa sobre o carnaval 2008, no especial Escancara do Itapoan Online: http://www.itapoanonline.com/main/carnaval

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Abre Alas - ou a boa vida de jornalista

A quarta-feira pré carnaval é também conhecida como a "abre alas", onde vários artistas já começam a fazer seu carnaval. E em um dos principais restaurantes da cidade, Cláudia Leitte fazia sua última coletiva como Babado Novo, ou seria a sua primeira como Cláudia Leitte? Enfim, o certo é que a equipe do Itapoan Online foi escalada para cobrir o evento, caberia a Maria Paula Almada e a este repórter-autor-faminto trazer noticias e imagens direto do Boi Preto.

Na chegada, a simpática funcionária nos recebe, abrindo a grande porta de madeira "estilo aquelas de O Aprendiz" e nos encaminha ao salão de eventos. Lá a nata jornalística e fofoqueira da Bahia já se fazia presente. Antes de nos acomodarmos, vale lembrar que a equipe do IO foi recebida pela assessoria da cantora, que nos forneceu um kit com informações sobre CL, entre agenda, bloco de notas, caneta e cocada baiana com BABADO NOVO grafado na caixa, um pen drive de 1gb(!!) – vale lembrar também que no caso do pen drive, era oferecido um por equipe e quem mandou eu ser o fotógrafo?!


Antes de uma da tarde, a produção fez questão de informar ao corpo jornalístico presente, que o buffet era aberto e que nos servíssemos. Como se precisasse lembrar. Os milhões de tipos de queijos e camarões, disso, daquilo e daquilo outro, foram experimentados. Lógico que em pequenas porções, nada que lembrasse a montanha gastronômica do colega repórter sentado bem a nossa frente. O prato do "tio" chamou mais atenção do que a própria CL, mas enfim, vamos aos finalmentes.


A entrevista serviu para CL esclarecer dúvidas sobre a sua saída da banda Babado Novo para se dedicar à carreira solo e ainda sobre a troca de blocos para o ano que vem – ela deixa o Papa (bloco do qual é sócia) para puxar o Inter (primeiro da fila no Campo Grande). Confira a matéria na íntegra aqui.


Depois de encerrada a coletiva, CL se dirigiu a uma sala exclusiva onde gravou com as equipes de TV, enquanto isso o rodízio começava para os jornalistas remanescentes. E ai nem dava pra parar a boca. Filé disso, carne disso, coração daquilo, a barriga avisa que já é hora de parar e pra fechar as sobremesas que contribuíram para que não se tivesse a menor saudade da fartura do feijão de Dadá. Aliás, que feijão o que? Eu gosto é de Leitte!