segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

BAVi - O 1º do ano: Dois tempos, duas torcidas, e um vencedor

Bavi é sempre assim. Casa cheia, emoção, coração que bate mais forte. E em um domingo de sol forte que começou chuvoso em Salvador, mais uma vez o clássico fez história. Foi um jogo equilibrado. Cada time mandou em um tempo e aquele que soube aproveitar as oportunidades, saiu de campo vitorioso. Os 35 mil ingressos foram vendidos e o público total foi de 36.798 espectadores. No começo, algumas confusões, trânsito lento na chegada e rivalidade a flor da pele nas proximidades do estádio. Aos mais exaltados a polícia tratou de conter os ânimos e então vamos ao jogo. O Barradão esteve lindo. Uma festa incrível, indescritível. Quem esteve lá com certeza sentiu-se arrepiado com as torcidas cantando, vibrando e empurrando cada uma a seu time. Um espetáculo grandioso, que serviu apenas para provar que um Bavi se faz assim, com as duas torcidas convivendo, cantando, provocando e respondendo, mas sempre com paz. Rivais somenta nas arquibancadas. Quando a bola rolou o jogo começou equilibrado, logo aos dois minutos Vanderson entra duro em Ananias, os dois se estranham e dão ínicio à uma confusão. O juiz pune os dois com o cartão amarelo e o jogo seguiu.

As coisas ficaram equilibradas até metade da etapa inicial, porém daí em diante só deu Vitória. Nadson na cara de Fernando perdeu um gol feito, depois disso Jackson se tornou o nome do jogo e em três chances levou perigo ao gol tricolor. Enquanto isso na arquibancada, uma confusão na parte de cima entre torcedores do Vitória, terminou com a intervenção da polícia, o que originou um empurra empurra que causou uma avalanche de torcedores. 32 torcedores receberam atendimento médico, mas nenhum deles com gravidade.

O primeiro tempo chegou ao final, bastante truncado, mas com o Vitória superior. Porém, o time de Mancini não conseguiu marcar. Veio a etapa final e Gallo sacou do time o meia Helton Luiz e colocou Léo Medeiros, mudando a cara do Bahia. O tricolor cresceu na partida e passou a dominar o meio campo. Mas o Vitória seguia forte, as duas torcidas percebendo o bom momento dos times trataram de fazer o espetáculo. Mais de 35 mil pessoas cantando, pulando e fazendo do Barradão um verdadeiro salão de festas. Gallo mudou mais uma vez o Bahia, colocando em campo Patrício na latera direita, tirando do time, Marcone, que apesar de importante na cotenção, decepcionou os tricolores no apoio.

E Patrício sequer precisou de muito tempo em campo para ajudar o Bahia a decidir a partida ao lado de Léo Medeiros. Aos 15, em um cobrança de falta ensaiada, Patrício lança Beto, o atacante bate cruzado e Thiago Gomes contra, coloca para dentro das redes rubro negras. Explosão tricolor nas arquibancadas do Barradão. O Bahia aproveitou o momento e foi pra cima, porém o Vitória tentou reagir rapidamente, o jogo prometia pegar fogo. A torcida tricolor ainda comemorava, aos 19, qaundo Patrício lançou mais uma, a bola parecia fácil para o goleiro Viáfara, porém o arqueiro rubro negro não fez a defesa deixando a bola passar entre seus braços e por baixo das pernas. Elton que não tinha nada a ver com a história, jogou no fundo. Bahia 2 x 0. O tricolor cadenciou o jogo, a torcida gritou "olé" e Rubens Cardoso ainda teve duas chances. Uma delas mandou na trave.
E assim fica mantido o tabu de três anos e sete derrotas sem derrota tricolor no Barradão, disputando o Bavi. No fim o Barradão continuou em festa, porém somente de um lado. Os jogadores do tricolor foram saudar a torcida que ainda cantou por muito tempo depois do final do jogo, até que a polícia liberasse a saída dos tricolores do estádio, após esvaziar o Barradão de rubro negros. Do lado de fora, a convivência sem maiores transtornos. Mas para os anais da história, a imagem de um inconsolável Viáfara, com os tricolores ao fundo será a eternizada. Assim é um clássico, assim é um Bavi. Emoção, tensão, explosão, alegria e festa. Parabéns torcida baiana. O maior vencedor sem dúvida neste domingo, foi o futebol.

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