domingo, 28 de junho de 2009

Da série: É sempre bom ganhar


Não comentei nada da Copa das Confederações aqui, mas não poderia deixar de terminada a competição parabenizar ao time de Dunga, que pode não ter feito uma competição perfeita e até mostrou graves problemas que ainda precisam ser corrigidos até a Copa, mas hoje depois de um segundo tempo apático, voltou com "sangue no olho" para o segundo tempo e fez a tarde de milhões de brasileiros mais divertida. Eu vibrei! Parabéns Brasil! Agora é quebrar o tabu e faturar também o Mundial no ano que vem.

Os EUA também merecem todas as honras, continuo achando um futebol sofrível, mas que dá resultados e hoje quase deu de novo. Aplausos também a Espanha que segue sendo ao lado do Brasil, pra mim, a melhor seleção do mundo no momento e espero que sigam assim até a Copa no ano que vem. Quem não pode ficar de fora dos eleogios é o querido Joel Santana, de inglês constrangedor mas esforçado, como é do jeito do "Seu Natalino", figuraça que conseguiu fazer da fraca seleção africana no mínimo um time pelo qual passamos a ter simpatia, Por fim, apesar dos estádio vazios no começo, a Copa das Confederações coube nas medidas. Parabéns ao povo africano e para 2010, vuvuzelas neles Brasil!

Os meninos de Canabrava e um Leão de primeira

O Vitória goleou o Santo André por 4 a 1 neste domingo no Barradão, que recebeu pouco mais de 10mil torcedores para empurrar o time, público bom, porém abaixo da expectativa se levarmos em conta que o time é o terceiro colocado no Brasileirão e faz brilhante campanha.

Com todo respeito ao Santo André que faz um regular campanha, para o Vitória este era o jogo para se somar mais três pontos. Carpegiani escalou Viáfara, Wallace, Victor Ramos e Anderson Martins; Apodi, Uelliton (Carlos Alberto), Vanderson (Magal), Leandro Domingues e Leandro; Elkeson (Robson) e Roger, ou seja, utilizou o que tinha de melhor e o Vitória foi superior ao time paulista na maior parte do jogo, apesar do placar não representar a dificuldade que foi a partida.

O Vitória só abriu o placar no segundo tempo, logo aos 4 minutos com o garoto Elkeson, tratado coma uma pérola do Barradão. Viáfara cobrou uma falta do campo de defesa, o garoto dominou na grande área, driblou seu marcador e tocou com categoria na saída do goleiro Neneca. A partida ficou dura com poucas chances para os dois lados, mas com o Vitória sendo um pouco superior, até que o volante Magal cometeu pênalti no meia Rodrigo Fabri. Marcelinho Carioca bateu e a bola tocou trave para vibração da nação vermelha e preta.

No lance seguinte, aos 34 minutos, Leandro Domingues cobrou falta na cabeça do volante Uelliton, que com estilo mandou no canto direito de Neneca. Vitória 2 a 0. Aos 39, o lateral-esquerdo Leandro ganhou do marcador e deu um passe na medida para o atacante Roger entrar livre na área e tocar na saída do goleiro do time paulista. O Santo André diminuiu aos 44 com o atacante Moraes, após cruzamento de Rodrigo Fabri.

Já nos acréscimos, o goleiro Neneca tentou sair jogando e fez uma lambança, Roger roubou a bola e sofreu pênalti do arqueiro. O próprio Roger cobrou no canto direito para decretar a goleada do rubro-negro que continua 100% jogando no Barradão, que por hora parece ter voltado a ser o caldeirão onde os adversários temiam enfrentar o Vitória.

A se destacar a confiança de Carpegiani com a base do Vitória, dos 11 em campo sete eram crias da base rubro negra, ou seja, os meninos de Canabrava seguem dando conta do recado e o treinador chamado de "professor Pardal" por boa parte da imprensa baiana segue mostrando resultado. O Vitória é terceiro com 16 pontos, apenas um a menos que os líderes Atlético Mineiro e Internacional. Contra números não há argumentos, PCC e Dunga que o digam.


sábado, 27 de junho de 2009

Mudando a cara!

O Bahia prepara um grande evento para o lançamento nesta terça-feira dos novos projetos do marketing do clube. Apesar da lentidão, enfim o marketing tricolor trabalhou. O novo portal já está no ar. O que mais chamou a atenção foi a mudança no escudo do time que deixa de ter uma bandeira dentro da outra para ter apenas uma bandeira - a da Bahia - tremulando no interior do escudo, que também ganhou duas estrelas no seu interior, no lugar dos antigos pontos. A mudança parece não ter agradado boa parte da torcida na maior comunidade do clube no orkut. Sempre disposto ao papel de advogado do diabo, digo que a mudança é bem vinda e por mim foi aprovada. A bandeira dentro da bandeira tem uma certa representatividade mas que me parece inferior a da bandeira do estado que o time representa e que leva no nome. As duas estrelas dentro me incomodam mas não saberia dizer em que. É algo do tipo, como se não fossem aparecer outras conquistas. Bobagem, mas que me incomodou muito mais do que a mudança da bandeira.

O lançamento das 'novidades' será em uma sala de cinema no maior shopping de Salvador e tem segredos guardados a sete chaves. Informações extra oficiais, algumas já confirmadas pelo presidente Marcelo Guimarães Filho, dão conta de que além dos novos padrões oficiais para esta temporada serão lançadas a TV Bahêa e a loja física do Bahia em parceria com a Roxos e Doentes. Também será anunciada a parceria com a Ingresso Fácil em detrimento da Outplan para confecção dos ingressos de Pituaçu - espera-se que a mudança dê resultado. A Outplan foi reprovada no teste do torcedor.
O certo é que com escudo novo, site e parcerias novas o Bahia tenha também uma cara nova. A cara de um grande time, cara esta que a torcida deve voltar a se acostumar! O Gigante ainda esta adormecido, mas junta os cacos pra despertar. Já é mais do que a hora.

O 0 a 0 da inocência

Não dá inocência de um time cheio de jogadores rodados e experientes, mas da inocência do treinador Alexandre Gallo em relação ao mau rendimento da equipe. Gallo que colocou em campo o time que o torcedor queria ver, dentro das possibilidades de hoje, já que Elton e Roberto não tinham condições de jogo, escalou Fernando, Marcos, Nem, Evaldo, Rubens Cardoso. Leandro, Rogério, Helton Luiz e Ananias. Reinaldo Alagoano e Joãozinho, porém o time não rendeu o suficiente diante do Duque de Caxias no estádio Estádio Giuliti Coutinho, na cidade de Mesquita, no Rio de Janeiro. O time não fez uma das suas piores apresentações e até esteve perto do gol em várias situações, chegando a colocar duas bolas na trave, uma com Ananias no primeiro tempo e outra com Beto, que na frente do gol, perdeu a mais clara oportunidade do truncado jogo. O gramado em péssimas condições e o deserto na arquibancadas, pouco mais de 600 torcedores (pelo menos 300 do Bahia) não contribuiram para o espetáculo, o que parece ter refletido em campo, já que nenhum dos dois times mostrou muito pontencial para aspirantes a uma das vagas na Série A de 2010.

Eu que sigo aqui defendendo a permanência de Alexandre Gallo, vi em campo hoje um ponto em que discordo do treinador. Em muitos momentos o meio campo necessitava de um jogador de passe mais qualificado e mesmo não sendo o craque que parecia ser, Léo Medeiros era o nome que o time necessitava. Gallo disse ao atleta que não pretende contar com ele, já o presidente Marcelo Guimarães Filho disse que o atleta é de sua confiança e fica. "Vai que chega outro treinador e ele volta ao time" disse Marcelinho, deixando coisas soltas no ar. Sigo acreditando que o melhor para o Bahia é a permanência de Gallo e a contratação de reforços urgentemente, mas nesse ponto discordo do treinador. Léo Medeiros, que não é nenhum craque, muito menos a solução, não pode ficar de fora ao menos do grupo e pode ser uma opção muito mais qualificada do que Ananias e Alex Maranhão, dupla de maranhenses, esse último por sinal que certamente tem algum tipo de parantesco com o senhor José Sarney, única coisa que explica a sua contratação pelo time tricolor. Com o resultado o Bahia ficou em 9º com 12 pontos, dois atrás do 4º colocado, Portuguesa e seis a frente do ABC, 17º. O time volta a campo no próximo sábado para pegar o Figueirense em Pituaçu.

domingo, 21 de junho de 2009

O cliente nem sempre tem razão

Antes de qualquer palavra sobre o jogo é preciso um puxão de orelha no torcedor do Bahia. Não pelo pífio público de pouco mais de 8mil pagantes, uma vez que a diretoria parece não fazer questão da presença dele lá e maltratada o torcedor, como fez mais uma vez hoje, ao reservar guichês exclusivos para meia entrada, fazendo a fila dar voltas, enquanto outros guichês vazios só vendiam inteira.

Parêntese importante, desde que passei a acompanhar mais de perto futebol, essa é a primeira (ou umas das únicas) vez que jogando num mesmo dia ou fim de semana em Salvador, um jogo do Vitória tem um público superior a um do Bahia. No Barradão, pouco mais de dez mil viram o Leão vencer o Botafogo pela tarde.

Mas a bronca vem pela reação da torcida no final do jogo, gritando "Adeus Gallo". Os maus exemplos estão todos os dias em evidência, o maior deles ainda é notícia fresca, a saída de Muricy do São Paulo. Justamente o treinador que mostrou ao Braisl que para um bom trabalho é preciso planejamento e um bom projeto. Então, pedimos a cabeça de Gallo, jogamos embora junto com ele o planejamento de toda uma temporada e trazemos pra seu lugar um tapa buraco qualquer. É sonhar com Muricy e acordar com Arturzinho. Paciência torcedor e sem ignorância. Pedir a cabeça do treinador é se igualar ao grau de mediocridade de Joelson e companhia limitada no elenco tricolor, ou seja, desta vez, o cliente não tem razão. Vamos ao jogo.

Gallo escalou o time mal, ao meu ponto de vista. Sem Hernani machucado ele colocou Joelson, e esse mostrou que não pode ser titular deste time. Primeiro tempo horroroso e levando em conta que ninguém no meio campo foi bem hoje, dançou conforme a música. Elton e Leandro não acertavam um passe sequer e Roberto não foi o mesmo dos 4 a 0 diante do ABC, e apesar de ter um lugar no time, não é no meio e sim na lateral esquerda, no lugar de Rubens Cardoso, que já não aguenta a missão apoiar e marcar. Outro destaque negativo foi Marcos, que hoje não conseguiu repetir as mesmas boas atuações que vinha fazendo. O goleiro Fernando não comprometeu, pelo contrário, salvou o Bahia em uma bela defesa, no lance mais claro de gol da etapa inicial, quando um jogador do Ipatinga frente a frente com o gol.

O primeiro tempo foi um jogo chato, conservador e pragmático, mas no segundo com as entradas de Helton Luiz e Reinaldo Alagoano, no lugar de Joelson e Alex Terra, que não comprometeu, mas que em minha opinião não pode jogar ao lado de Joãozinho no ataque, uma vez que ambos são jogadores de movimentação. Com Alagoano, que não fez uma boa apresentação o time ganha um referencial na área. Por sinal gostei de Joãozinho atuando como quarto homem de meio campo nos minutos finais, em uma formação que me agrada e pode ser utilizada em outros momentos, com Beto e Reinaldo na frente.

Outras coisa que ficou evidente é que Helton Luiz não pode ser reserva no time tricolor. Ele me parece ser neste grupo, o jogador que mais se aproxima do sonhado meia de criação. O que não dá é pra ficar entregando a camisa de titular a qualquer coisa que desembarca no aeroporto com ar de salvador da pátria, o exemplo mais claro esteve em campo hoje e atende pelo nome de Joelson. Gallo às vezes parece se confundir com tanta gente no elenco. Existem jogadores ai que precisam de um pouco mais de confiança do treinador, Helton Luiz, principalmente.

O tricolor chegou ao gol logo aos seis minutos do segundo tempo, com Joãozinho, após bate rebate na área. Primeiro gol dele pelo Bahia e na comemoração (umas das mais bonitas e significativas) a velha (e justa) homenagem aos Panteras Negras, com um dos punhos elevados. Que seja o primeiro de muitos, João! A vantagem, no entanto, durou apenas sete minutos. Amilton aproveitou cruzamento de Cláudio, após furada de Marcelo Ramos, e igualou o placar. Daí em diante o Ipatinga recuou e passou segurar o jogo. A iniciativa deu resultados e o péssimo árbitro alagoano Flávio Feijó de Omena encerrou o jogo aos 49 do segundo tempo com 1 a 1 no placar.

O tricolor, assim como o time mineiro, deixou escapar a chance de terminar a rodada no G4, mais precisamente na terceira posição. Com a rodada finalizada, o Tricolor caiu para a nona posição, o Ipatinga é oitavo. Os mineiros voltam a entrar em campo na terça-feira, às 21h, para enfrentar o Fortaleza, em Minas Gerais. O Bahia joga às 16h10m de sábado contra o Duque de Caxias, fora de casa.

Mais três pontos e mais G4

O rubro-negro baiano passou um sufoco na tarde deste sábado no estádio Manoel Barradas, no Barradão. Liderando a partida na maior parte do tempo, vencia o Botafogo por 3a1, quando deslizes da defesa permitiram facilmente o empate.

O Vitória vencia com diferença de dois gols marcados por Roger aos 12 e 22 minutos, quando Juninho diminuiu a diferença aos 29 minutos. Adriano abriu vantagem logo em seguida, aos 33 minutos do primeiro tempo para o Vitória, mas Batista marcou novamente para o time carioca, que também levou vantagem quando Victor Simões deixou tudo igual aos 27 minutos do segundo tempo, mas Apodi marcou aos 44 minutos, para o alívio dos torcedores que compareceram ao estádio, cerca de 10 mil - número considerado bom já que muitas pessoas viajaram em razão das festas juninas.

O sufoco foi desnecessário, porém o time parou para assistir o Botafogo, resultado, sofreu os gols que permitiram o avanço rubro negro. Mas a tarde do goleiro Renan não era das melhores, deu no que deu.

Com este resultado, o Leão assume a terceira posição com 13 pontos na tabela. Na próxima rodada, no dia 28 de junho, o rival do Vitória será o Santo André, também no Barradão.

domingo, 14 de junho de 2009

Deu pro gasto!




Vitória segura o líder e volta de Porto Alegre com um ponto

O Vitória foi ao Beira-Rio e encarou de igual pra igual os reservas do Internacional de Porto Alegre.O time de Carpegiani conquistou um importante ponto e se manteve no G4, caindo uma posição, terminando a rodada em qaurto. O jogo foi aberto, com boas chences criadas para os dois lados. Os goleiros Viafara e Michel Teles foram duas peças muito importantes, se destacando com excelentes defesas que garantiram o 0 a 0. O Leão agor atem duas partidas seguidas dentro de casa, no santuário do Manuel Barradas,contra Botafogo e Barueri. A primeira delas no próximo sábado (20/06) contra o time carioca às 16h10. O Inter caiu para a segunda posição, o novo líder é o Atlético Mineiro.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Uma derrota pra se comemorar

Tudo bem, pode até não existir a tal derrota pra se comemorar, ou no caso de existir não seria nem um pouco parecida com a sofrida pelo Bahia ontem. O time jogou um futebol pífio, sofrível e digno de deixar o torcedor com várias pulgas atrás da orelha, afinal qual é o Bahia que vai jogar a Série B, o que massacrou sem piedade o medíocre ABC ou o que assistiu ao menos medíocre Brasiliense jogar?

A partida foi tão ruim para o Bahia que a partir dos 30 minutos finais passei a procurar o lado bom dessa tragédia e por mais difícil que possa parecer, achei. Vamos aos fatos.

Gallo errou e errou feio na escalação. Com a indisposição do atacante Alex Terra, ele deveria ter entrado com outro atacante e não mais um volante. Percebendo o erro, ele corrigiu ainda no primeiro tempo. Obviamente que o erro não foi bom, mas ele gerou situações que podem ser fundamentais no futuro tricolor:

Marcos: Mais uma vez mostrou que é um talento e até que ele me prove o contrário continuarei a dizer que é um dos melhores jogadores deste time e com um grande futuro. Mostrou personalidade, pediu a bola, procurou jogo, mostrou que tem potencial pra se manter como titular desse time.

Evaldo: O drible que o experiente Fábio Júnior dá no zagueiro tricolor Evado, no primeiro gol candango foi qualquer coisa de muito fácil. A partida bizonha que vinha sendo feita pelo zagueiro - que todo mundo menos Gallo sabe que é o horroroso - era tão ruim, mas tão ruim que Gallo o tirou do time ainda no primeiro tempo. Sabe quando o treinador se irrita a tal ponto que você percebe na cara dele que o jogador tão cedo terá outra chance no time? Pois foi exatamente esta a cara de Alexandre Gallo. Alison só retorna em agosto ou setembro, até lá Menezes ou mesmo o improvisado Rogério podem dar conta do recado. Já Evaldo, por mim iria na primeira leva da barca.

Roberto: Pelo destaque dado ao garoto no jogo anterior é necessário que se fale sobre sua apresentação. Apesar de tentar em várias ocasiões, a falta de inspiração do time contribuiu para que o garoto não fizesse uma grande partida. No mais é preciso ter paciência. Eu disse no post sobre o jogo diante do ABC que não dá pra se empolgar. Talento ele tem, mas ainda tem muito a crescer.

Lima: Um erro. Quem contratou Lima para o Bahia sem dúvida não assistiu a um jogo completo em que ele esteve em campo. Mais uma vez perdeu chances claras e mostrou que não tem potencial para vestir a camisa tricolor. Seja lá o que tenha acontecido entre Gallo e Reinaldo Alagoano, não é o time nem o torcedor que deve ser punido. Gallo tem obrigação de comunicar o porque de barrar um dos artiheiros do time na temporada em detrimento de um atleta de nível técnico infinitamente inferior. Durante o segundo tempo, o treinador se mostrou tão irritado quanto ficou com Evaldo. Se assim com o zagueiro, o poste fantasiado de atacante ficar longe do time titular, o Bahia ganha muito.

Por fim, diante de tudo isso, dá pra dizer que a partida do Braziliense é sim, uma derrota a se comemorar. O placar poderia ter sido pior, mas as constatações foram as melhores possíveis.

domingo, 7 de junho de 2009

O futebol é (in)justo contra a falta de competência

O torcedor rubronegro com certeza não vai engolir tão cedo a derrota do Vitória neste domingo. O time do Barradão sofreu uma virada no final da partida, depois de perder inúmeras chances de ampliar o placar e matar a partida.

O Palmeiras que não vencia desde o dia 9 de maio, quando bateu o Coritiba pelo mesmo placar, derrotou o Vitória por 2 a 1, de virada, em um frio domingo paulista, no Palestra Itália, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.Com o resultado, o time paulista sobe para a sexta colocação, com oito pontos. Já o Vitória, que teve um gol legal não marcado pelo árbitro Heber Roberto Lopes, caiu para terceiro, com nove, perdendo a vice-liderança.


O Vitória foi superior na maior parte do jogo, dominando um Palmeiras pouco criativo e sem postura tática. O grande e polêmico lance do primeiro tempo aconteceu aos 40 minutos. Apodi fez o levantamento da direita, Roger subiu sem marcação e cabeceou para o chão. Marcos voou para o canto direito, fez linda defesa, mas a bola já havia ultrapassado a linha. Porém, o árbitro Heber Roberto Lopes e a assistente Márcia Bezerra Lopes Caetano, não deram o gol.

Logo na abertura do segundo tempo, em um contra-ataque rápido, Leandro Domingues recebeu em velocidade e chutou rasteiro, Marcos defendeu, mas a bola sobrou para Apodi, de pé esquerdo, empurrar para o gol vazio.O Palmeiras chegou ao empate, aos 20 minutos. Cleiton Xavier tocou a bola no meio da área, a defesa rubronegra parou pedindo impedimento e Ortgoza apareceu de frente para Viafara, tocando no canto direito e igualando o placar.

O Vitória se manteve perigoso nos contra-ataques e abusou de perder gols com Roger e Apodi. Leandro Domingues acertou o travessão de Marcos em um lindo chute de longe. Nos últimos minutos, o Palmeiras foi pra cima e mesmo desorganizado, foi em busca da vitória. Aos 46 minutos, veio o castigo para a incompetência, após cobrança de escanteio, Maurício Ramos cabeceou forte, no canto esquerdo de Viafara decretando a segunda derrota do Leão no Brasileirão.

PS: A postura do Vitória foi excelente, mas não dá pra perder tantos gols como os de hoje, principalmente contra times de tradição como é o caso do Palmeiras. Domingo, mesmo com os colorados reservas, a pedreira tende a ser grande no Beira-Rio, mas desde que jogando como hoje e sem perder as chances deste tarde o time pode sair de Porto Alegre com um bom resultado.

PS: O time do Palmeiras é muito, mas muito ruim. Nesse meio verde, Obina é craque. Que fase. Te cuida Luxemburgo!

"Meu tricolor voltou"

Quem lê o título deste post, cantado pela torcida em Pituaçu no jogo deste sábado com certeza verá um exagero. Mas diante da semana perfeita que teve o tricolor, ao menos até a próxima terça, quando o time volta a campo contra o Brasiliense, o exagero é permitido. A semana do anúncio da democracia tricolor foi coroada com uma goleada perfeita sob o ABC. Vamos ao jogo.

Depois de conferir a seleção brasileira passear sobre o Uruguai e jogar conversa fora, todos os caminhos levavam à Pituaçu. Só pra variar, cheguei com a bola já rolando e pra variar ainda mais, perdi o primeiro gol da partida. Esse foi o quarto em 3 partidas que eu fiz a proeza perder, mas desta vez nem fez falta, o Bahia tratou de tirar o atraso e fez mais 3, um chocolate.

A postura do time em campo me agradou bastante, mas uma coisa deve ser levada em conta, o ABC é horroroso e em dias em que nada dá certo então...Um bate papo de torcedores nas arquibancadas de Pituaçu reflete bem a partida Abcedista. "Quem jogou pior hoje, o Uruguai ou o ABC?". A resposta foi: Sem dúvida o ABC, além do mais, o Uruguai não tem Arturzinho no banco!

Pobre Artur, figura que tem com o Bahia uma relação estranha de importância na recente história tricolor. Quem viveu a série C de 2007, tão viva nos corações tricolores não ousou vaiar Arturzinho, mas se surpreendeu ao vê-lo treinando um time pior do que os Bahias do passado recente. Gallo mostrou que tinha razão com os treinos secretos e resolveu dar uma de Carpegianni, inventando o jovem lateral Roberto no meio campo e o garoto foi o nome do jogo.

O Bahia foi superior em todo o jogo e analisando individualmente cada peça em campo se perceber que o torcedor tem muito a comemorar.

Marcelo: Seguro e sempre que preciso eficiente. Vibra e faz a torcida vibrar a cada defesa. O coração do torcedor tricolor está com a vaga para ídolo em aberto e o último grande foi justamente um outro goleiro, Emerson. Neste elenco, Marcelo sai na frente como candidato a ídolo. Ele parece fazer bem ao Bahia e o Bahia faz muito bem a ele.

Marcos: Volto a afirmar que é o melhor lateral direito que vestiu a 2 do Bahia desde Daniel Alves, que brilhou neste sábado em Montividéu contra o Uruguail, fazendo os bares soteropolitanos gritarem "Bora Baea" a cada jogada do menino de Juazeiro. Marcos tem personalidade, conduz bem a bola e cruza com perfeição. É jovem e consegue fazer o velho "volta marcando" que Patrício já não conseguia.
Menezes: Foi uma grata surpresa, é muito mais técnico do que Evaldo e passa muito mais confiança. As falhas de posicionamento se devem à falta de entrosamento, mas no conjunto o novato foi muito bem, por mim continuaria no time.

Rogério: Não comprometeu, é o polivalente de sempre, pronto a ajudar. Daqueles que tanto nos irritam é o que tem mais créditos.

Rubens Cardoso: Parece que a braçadeira de capitão deixou Rubens mais eufórico, correu boa parte do jogo, marcou e avanço bem. Se jogar sempre assim ajuda bastante.

Leandro: Perfeito. Marcou muito bem e apesar do baixo nível técnico abecdista foi fundamental nos desarmes. Excelente partida.

Hernani: Fez uma boa partida taticamente, aparece pouco para o torcedor, mas parece ter se encaixado no esquema de Gallo. Cruzou bem a bola para o gol de Lima. Eu teimaria em Leo Medeiros, jogando como homem de marcação devido a seu passe mais qualificado, Hernani vai se mantendo bem.

Elton: É o jogador que mais representa a "Era Gallo". Essêncial para o time tricolor, marcou um dos gols e jogou muito.

Roberto: Foi a grande surpresa no time escondida a sete chaves por Gallo durante a semana. Entrou e mostrou que pode ser o procurado camisa 10. Ainda não dá pra se empolgar, mas o garoto tem personalidade e marcou dois logo na estreia mostrando que assim como o tricolor, tem estrela. Olho nele!
Lima: Fez um gol mas não convence ninguém. Perdeu chances claras de gol que em jogos mais complicados podem fazer muita falta. É infinitamente inferior a Reinaldo Alagoano. É a atual teimosia de Gallo, passo.

Alex Terra: Não fez uma grande apresentação individual, mas foi preciso taticamente, ajudou muito. No meu ataque jogariam Reinaldo e Joãozinho, mas Alex é uma opção sempre válida.

Helton Luiz: Entrou e foi muito bem, se não for titular, ao menos deve obrigatoriamente ficar no banco. É infinitamente superior a Ananias. Viu Gallo?

Joelson: Não fez muito no pouco tempo que esteve em campo, mas parece ter um bom toque de bola. Em uma competição longa como a série B deve ser necessário.

Joãozinho: Enfim estreiou, não fez muito, mas pelo pouco já deixou a certeza de que tem lugar nesse time. Na única chance real que teve, por pouco não marcou.

PS: Gostei muito da união do time, que a cada gol e defesa de Marcelo se abraçava e vibrava como deve ser. O grupo mereceu os aplausos e gritos de incentivo por parte da torcida que pela PRIMEIRA vez nesse campeonato cantou "volta Esquadrão pra primeira divisão". O mais emocionante de se ouvir em Pituaçu com quase 15 mil pagantes foi o "meu Tricolor voltou". Pode ainda não ter voltado aquele Bahia que dava medo nos adversários, mas ao menos uma coisa não se pode negar que está de volta, a confiança. Que nessa semana histórica para o tricolor, o resultado tenha sido apenas mais um degrau para a grande volta. Vai pra cima deles Esquadrão!

E pra não dizer que não falei das flores, reproduzo aqui na íntegra o texto do Blog Baêa Minha Porra sobre o "Dia Histórico" para o torcedor tricolor:

Um dia histórico

Por Nestor Mendes Jr.

Presidente do Bahia apresenta Estatuto com eleição direta e cria Conselho Consultivo com personalidades e nomes da oposição

O presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, anunciou ontem a criação do Conselho Consultivo do Esporte Clube Bahia e o envio do novo estatuto do clube, com a cláusula de eleição direta, para o Conselho Deliberativo, em reunião marcada para a próxima segunda-feira, dia 8 de junho. De acordo com o presidente, a mudança no Bahia é imperiosa e não tem volta.

O Conselho Consultivo do Esporte Clube Bahia, que será um órgão auxiliar da gestão da Presidência, formado por pessoas convidadas exclusivamente pelo presidente Marcelo Guimarães Filho, é composto de personalidades da vida baiana, como os músicos Carlinhos Brown e Ricardo Chaves, a primeira dama da Bahia, Fátima Mendonça, os secretários estaduais Carlos Martins e Fernando Schmidt, o ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Dultra Cintra, os deputados Lídice da Mata e Nelson Pelegrino, os senadores César Borges e ACM Jr., o presidente da Ebal, Reub Celestino, o jornalista Samuel Celestino, o radialista Mário Kértesz, o diretor da CBF, Virgílio Elísio da Costa Neto, além de nomes que faziam parte da oposição no ECB, como Fernando Jorge Carneiro, Fernando Passos, Nestor Mendes Jr. e Ivan Carvalho, entre outros.

Fernando Jorge Carneiro, falando em nome do ex-bloco oposicionista, disse que o objetivo de toda uma história de luta estava sendo alcançado naquele momento, simbolizado no apoio à gestão de Marcelo Guimarães Filho e somente uma contrapartida exigida: a modernização dos estatutos do clube, com a inclusão da cláusula que garante eleições diretas para a presidência.
Abaixo, a íntegra do discurso de Fernando Jorge Carneiro, falando em nome do ex-grupo oposicionista.

Meus amigos e amigas tricolores,

Falo aqui em nome dos nossos companheiros de luta e de milhares de torcedores que não só protestaram ou criticaram, mas protestando e criticando, muito fizeram, nos últimos anos, pela reconstrução do Esporte Clube Bahia.

Nunca almejamos o poder pelo poder. Só queremos que o Bahia volte a ser grande, gigante, do tamanho dessa sua imensa e apaixonada torcida.

O nosso propósito, sempre, mesmo nos momentos mais renhidos dessa nossa luta, onde as palavras às vezes machucam e ferem, foi o de acender luzes na escuridão.

Portanto, estamos hoje aqui, de pé, de cabeça erguida, entrando pela porta da frente, para, simbolicamente, neste 4 de junho, assinar um pacto com a gestão do presidente Marcelo Guimarães Filho.

As nossas exigências? Apenas duas: a modernização do Estatuto do Esporte Clube Bahia, com a disposição de eleições diretas para presidente do clube; e a abertura ampla, geral e irrestrita para que a nossa torcida possa se associar a esse projeto de reconstrução.

Somente com a torcida do Bahia, meu caro presidente, meus amigos tricolores, emergiremos da crise, fazendo retornar a nossa grande paixão ao seu caminho de glórias.

O presidente Marcelo Guimarães Filho foi mais além: estendeu a sua mão e disse que gostaria que participássemos, assim como grandes personalidades dessa nossa Bahia, da gestão direta do clube, com a implantação do Conselho Consultivo da Presidência do Esporte Clube Bahia.

E aqui estamos, senhor presidente, atendendo ao seu convite. Não para lamentar nem para olhar o passado: estamos aqui reunidos - pessoas de partidos diferentes, credos diversos, idéias não necessariamente iguais - para construir, para criar, para, humildemente, contribuir para a grandeza do nosso Esporte Clube Bahia.

Para nós, o Bahia é assunto de primeira ordem e não de interesses menores ou mesquinhos. O nosso compromisso é com o porvir, porque o Bahia, com certeza, é o amor que vai nos acompanhar até o último dia de nossas vidas.

A terceira maior capital do país, um dos maiores estados brasieliros, com um dos maiores clubes do Brasil, não pode ter o Esporte Clube Bahia apequenado pela mesmice, pela mediocridade.
É o próprio simbolismo deste ato que mostra que a nova gestão do Esporte Clube Bahia está deixando de lado querelas pessoais, interesses próprios, fogueiras de vaidades, para exprimir, num gesto magnânimo de união, um novo momento da nossa saga vitoriosa, iniciada em 1931.

Caro presidente Marcelo Guimarães Filho: estamos aqui, sobretudo, para ouvir. E também, sem reservas ou sem peias, falar, discutir, participar, apresentar soluções e novas idéias. Estamos prontos a lhe ajudar, de forma intensa, a reconstruir o Bahia que nasceu para vencer.

Por fim, gostaria de dedicar este instante à memória de Luiz Osório Vilas Boas e seu imenso coração generoso, companheiro de primeira hora na luta pela reconstrução do Bahia, mas que sempre defendeu o caminho do entendimento e da conciliação. Acho, Luiz, que você celebra, aí do céu, este momento.

Vamos, avante, Esquadrão! Com todos, juntos, serás, de novo, um vencedor!
Muito obrigado.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Uma punição por boas maneiras

No jogo de volta pelas quartas de finais da Copa do Brasil, há 15 dias, no Barradão. Ramon, lateral-esquerdo do Vasco, recebeu uma cusparada de Neto Baiano, atacante do Vitória, flagrada pelo auxiliar, que relatou ao árbitro, que corretamente expulsou de campo o atacante artilheiro do Baianão. Neto foi julgado nesta terça-feira e suspenso por oito jogos. Punição bastante justa.

Vale lembrar que a decisão é passível de efeito suspensivo, porém bem disse Lédio Carmona: "É o mínimo. Que ele aprenda com o castigo e não repita ato tão infame". Não sou fã do futebol de Neto, que a mim não precisa mostrar nada, mas vem mostrando ao país que gols, sabe fazer, porém o seu evidente descontrole naquela partida, ao peitar o árbrito, chutar equipamentos de imprensa e tentar agredir funcionários do anti dopping, mostrou que talvez não esteja preparado para certas situações.

Se ele realmente cuspiu, já que alega que não fez, só a vítima, Ramon e o bandeira podem confirmar, e foi o que fizeram, por isso acho extremamente justa a punição. O STJD erra e não é e hoje, ao tratar as coisas com dois pesos e duas medidas, sim, isto é fato, afinal Ronaldo, Fred, Diego Souza e afins mereciam punições mais justas nos julgamentos mais recentes após práticas anti desportivas em campo.

Porém, isso não quer dizer que a agressão de gente mal educada como a feita por Neto merecesse uma dessas penas brandas pra boi dormir. Acertou o STJD e que Neto pense duas vezes antes de trazer hábitos imundos para o gramado.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Com a proteção dos Tribunais de Conta, que venha 2014

Após a confirmação das 12 cidades sede, o presidente da CFB, Ricardo Teixeira declarou: "Acabamos de passar no vestibular, temos quatro anos para recebermos o diploma". Não sou fã do senhor Ricardo Teixeira, mas creio que desta vez ele tem razão. Serão anos difíceis, onde estarão a prova a competência, honestidade, dedicação e muito algo mais de todos os envolvidos.

Em relação às cidades escolhidas, a minha única surpresa ficou por conta de Floripa não ser uma das escolhidas, a cidade até onde eu sei é um dos grandes expoentes do país no quesito turismo, com um forte rede hoteleira.

Em minha opinião, Natal foi a grande surpresa (que já nem foi tão surpresa assim). A bonita cidade nordestina venceu justamente Floripa, conta-se que o lobby político foi grande. O apaixonado povo de lá sem dúvida merece a Copa, mas a cidade deverá provar o porque da escolha. O projeto é audacioso. É esperar pra ver.

Li muita coisa sobre as escolhas da Fifa em relação às cidades. Algumas tão boas que acho necessárias serem reproduzidas aqui. Com os devidos comentários deste blogueiro.

Carlos Cereto: Não sou daqueles que acham que em um país onde há gente que ainda morre de fome e que ainda há os que não sabem ler nem escrever, não deveria haver uma Copa do Mundo, Olimpíada, ou grandes eventos esportivos, tendo em vista que há outras prioridades na área social. Respeito muito os que pensam o contrário e nem acho que estejam errados, mas entendo que uma coisa não exclui a outra. É perfeitamente possível, ou pelo menos deveria ser, realizar em nosso país uma Copa do Mundo sem deixar de lado os problemas mais latentes da nação.

A Copa 2014 deve ser o instrumento para o avanço do Brasil, e não do progresso de apenas alguns em detrimento do país. É claro que em um país onde a corrupção é cotidiana e já não gera mais indignação posto que virou “carne de vaca” é natural desconfiar-se de como o dinheiro público será administrado, tendo em vista que o governo arcará com a infra-estrutura. Cabem aos homens de bem e a
quem de direito fiscalizar e assim deve ser sempre. É a grande chance de o país provar que uma Copa do Mundo, ao contrário do que foi o Pan, pode deixar um legado esportivo, estrutural e econômico nas doze cidades escolhidas para a Copa.

Há muito que se fazer em termos de estádios, arenas, hospedagem, hotelaria, transporte, energia, etc. Tudo pode ser melhorado e a realização da Copa no Brasil deve incentivar para que isso aconteça inclusive gerando empregos temporários, imediatos e efetivos. Não vivemos em um país dos sonhos, mas podemos sonha
r e lutar sempre por um Brasil melhor para nossos filhos e netos.

Como Jornalista esportivo, adoro o fato da Copa de 2014 ser no Brasil. Será ótimo para minha atividade. Sobretudo, será ótimo para quem gosta de futebol, e excelente para o país se souber aproveitar a oportunidade de crescer com
o potência futebolística e como Nação. [Concordo exatamente com o que disse o Cereto, todos sabemos das dificuldades do nosso país, da miséria, da corrupção, mas nada disso pode impedir-nos de avançar. Se for mesmo um mal, como pensam muitos, é um mal necessário. Que venha 2014. Estaremos de olho.]

Lédio Carmona: Agora, é viabilizar o projeto do Mundial. Criar estádios, com responsabilidade fiscal e social, para abrigar a maior competição de futebol do mundo, melhorar o sistema de transportes, criar áreas de estacionamento, avançar o setor hoteleiro e remediar a violência nas ruas. Há tempo para isso. Mãos à obra. [Dom Carmona, como sempre claro e objetivo disse o que é preciso ser feito e sinceramente creio que deixadas de lado picuinhas político eleitoreiras somos sim capazes. Mãs à obra!]

Juca Kfouri : O PRESIDENTE da CBF acredita que vive num país de néscios, razão pela qual passou meses repetindo que a Fifa é quem escolhe as cidades-sede da Copa do Mundo. Verdade que há ex-jornalista em atividade que repete a falácia na TV, apesar de saber que o formal não existe no futebol, só existe o informal e a politicagem.

Mas vale saudar a escolha de quatro cidades do Nordeste, região que mais tem a ganhar com a Copa. E lamentar a escolha de Cuiabá, no Mato Grosso do governador "motosserra de ouro", título dado a Blairo Maggi pelo Greenpeace, em homenagem ao maior produtor de soja do mundo e um dos maiores desmatadores do país. Para uma Copa que se pretende ecológica, nada menos apropriado, embora Maggi tenha bem mais de um milhão de razões para influenciar decisões no mundo do futebol.

Tão natural como a escolha de Manaus para representar a espoliada Amazônia, apesar de Belém ter mais tradição futebolística, teria sido a de Campo Grande para mostrar as belezas do Pantanal. Mas, de tudo, o que mais salta aos olhos é a indefinição sobre quem fará a abertura da Copa.

Claro está que Ricardo Teixeira esperará quanto tempo puder para se definir entre São Paulo e Minas Gerais, ou melhor, entre José Serra e Aécio Neves, além de guardar Brasília como uma terceira hipótese, mais para constar e disfarçar o que está, de fato, em jogo.

Não fosse a dúvida sobre qual dos dois será o candidato tucano à sucessão de Lula e o cartola já teria se resolvido pelo ungido, embora seu coração penda claramente para Neves, seu amigo e mais parecido com o yuppie Fernando Collor -até pelo silêncio que impõe à imprensa mineira, como se fosse a alagoana-, a quem o ex-genro de João Havelange chamava de "meu presidente". [Juca é do tipo de opinião sempre necessária de ouvir. É crítico e cético em relação a Ricardo Teixeira, como a grande maioria de jornalistas sérios deste país, a diferença é que tem a liberdade de por o dedo na ferida sem que o incomodem. Traz a cada dia revelações sobre os bastidores da Copa e se surpreende com a escolha de Cuiabá em vez de Campo Grande. Nas palavras de Juca fica claro que lobby político foi decisivo na escolha das cidades. A romaria até a CBF foi das maiores nos últimos meses.

Décio Lopes: Por ora, com aqueles videozinhos, aquelas animações gráficas dos escritórios de arquitetura, é tudo lindo, maravilhoso e facílimo. Basta um clique e pronto… As estruturas se erguem, os entornos se embelezam, o mundo fica perfeito e acabado. Ilusão. A realidade é muito mais complicada - e cara - do que clicar uma animaçãozinha de Mac.

Vai ser barra pesada! Vai dar trabalho à bessa! Vai levar dinheiro pra caramba - e esperamos que este seja muito bem gasto. Vamos precisar em todas as áreas de gente qualificada, séria, competente, HONESTA e profissional. Não me venham, por favor, com políticos, amigos de políticos, amigo do amigo, indicados, curiosos, etc… De boa vontade o inferno está cheio! De má intenção então…Waaal! [O post do Décio é um dignos daqueles "onde é que eu assino?" Vale a pena ser lido integralmente.]

PVC: A escolha teve critério técnico, evidente. Não é certo dizer que a Copa deveria acontecer apenas nas cidades que têm clubes de Série A ou representatividade no futebol. É importante levar o Mundial a cidades turísticas, ao Pantanal, à Amazônia, e tentar recuperar o futebol bem jogado nessas regiões.
Não é no que a CBF pensa, fundamentalmente.
A Copa precisa ser um meio, não o fim, para que o futebol brasileiro possa ser jogado em todas as regiões do país. Para que o Brasil seja de fato o país do futebol, coisa que hoje não é.
Não é no que a CBF pensa, fundamentalmente.
Quando se dizia neste blog que Cuiabá levava vantagem, sempre se deixou claro que a questão política tinha peso decisivo. Que o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, não havia entrado na conversa para perder. Era informação.
Curitiba esteve perto de ficar fora do Mundial, por desavenças políticas entre o governador Roberto Requião e a CBF. Quando as arestas foram aparadas, este blog também informou.
As 12 sedes são exatamente como a ESPN Brasil noticiou nos últimos meses.
Não é hora de festejá-las, como muita gente por aí está fazendo.
Assim como se acertou aqui a maior parte das informações sobre as 12 sedes, o compromisso é seguir atento às informações que tenham a ver com a construção das arenas, com o legado que possivelmente não virá, e com atenção redobrada com qualquer perspectiva de corrupção. É informação. As que diziam respeito à escolha foram praticamente todas acertadas. As que dizem respeito à sequência da Copa, a atenção aqui não faltará. [Paulo Vinicius Coelho dá uma aula do que é jornalismo. É informação, sempre coerente e imparcial e deixando o recado, estamos de olho.]

Meu grande temor é em relação aos elefantes brancos, estádios que irão nascer de milhões provenientes de recursos públicos (e claro também privado!). Estes devem ter algum uso depois da Copa e ai cabe às cidades sem maiores tradição no futebol a façanha. Que o legado traga crescimento e menos desigualdade a este país.

Nas imagens, a festa feita emSalvador após o anúncio das cidades sede. O governador Wagner e o ministro Geddel, pais da criança soteropolitana, acompanharam o anúncio juntos no Pelourinho, mas podem não estar em 2014. No Barradão, Ivete Sangalo comandou a festa. Por fim, uma projeção da nova Fonte Nova, templo maior do futebol baiano que será reformado para a Copa - com direito a bandeiras tricolores numa futura Fonte lotada!