domingo, 29 de agosto de 2010
A estrela de Jael
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
O Bahia e seus fantasmas
O time que empatou a partida nos últimos minutos e após uma falha do goleiro Eduardo, foi o retrato de um Bahia dos últimos anos, sem brilho. Assim como em outras ocasiões, não faltou vontade de vencer, mas faltaram peças que levassem à vitória. Apesar da desconfiança e dos já presentes gritos de “burro”, Márcio Araújo, que ainda nem esquentou seu lugar no banco de reservas, pouca (quase nenhuma) culpa tem.
Por outro lado, é preciso urgência nas ações. O time precisa de um padrão de jogo, em muitos momentos parecia um bando em campo. A zaga que outrora sempre passou muita confiança, agora assusta. O camisa 10 com salário de série A pouco faz e o goleador mostra que o faro já não é o mesmo. Os gesto obscenos e irresponsáveis do meia Rogerinho em direção à torcida e o protesto desta contra a atual diretoria, só trouxeram de volta à tona os velhos medos, fantasmas, problemas. A maré de equívocos do Bahia não é nova, e começa bem longe dos gramados, mas é preciso enfrentar a tormenta, afinal não há medo que resista a um bom divã.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
A noite dos meninos do Barradão
Derrota e lembranças
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O escolhido
SULAMERICANA: Uma vitória para voltar a sorrir
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Na noite do adeus, mais três pontos
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Poderia ser diferente
Gol, expulsão, sufoco e derrota rubronegra
Por Lédio Carmona
Tensão em São Januário. Carlos Alberto acabara de ser expulso, bem no fim do primeiro tempo. Torcedores nervosos. No Twitter, sou obrigado a ler um mapa de impropérios, por ter concordado com a decisão do árbitro, alvo de deboche do jogador após levar o primeiro amarelo. O Vasco vencia o Vitória por 1 a 0, primeiro gol de Zé Roberto com a camisa do clube, após a primeira subida de Rafael Carioca, e o primeiro cruzamento do garoto Max entre os marmanjos. Mas a atmosfera era pesada. Até que Paulo Cesar Gusmão volta do vestiário e, ao microfone de Janaína Xavier, do PFC, dá a receita do que o time deveria fazer no segundo tempo. “Nós jogamos no primeiro tempo. Agora teremos que lutar. Teremos perdas técnica, mas é hora da entrega”.
E foi o que aconteceu. O Vitória atacando, mas com o grave erro de ter volume de jogo, ficar dentro do campo vascaíno. A questão era a crise criativa, que praticamente não deixou que esse domínio resultasse em chances claras, quanto mais em gols. E o Vasco se matando, com seus jogadores se defendendo como podiam, apertando a marcação, se jogando na direção da bola e entusiasmando os torcedores, encantados com a bravura de um grupo que, na adversidade, lembrou o Vasco raçudo dos anos 70.
No papel, o Vasco melhorou muito. No primeiro tempo, teve tabalho com o Vitória, mas mostrou boa movimentação no ataque, com Zé Roberto e Carlos Alberto (até a hora da infantilidade), Felipe foi bem até não ter mais fôlego e os laterais, Fagner e Max, jogaram muito bem. O time ainda não brilhou em campo, mas soma pontos e recuperou o apoio da arquibancada. Que deve comemorar, sim, os três pontos. Ganhar do Vitória é difícil à beça, esse clube baiano, vice da Copa do Brasil, ainda crescerá mais e tem tudo para subir na tabela. Mas ontem vacilou e perdeu a chance de voltar para Salvador com pelo menos um pontinho na bagagem.
Mais 3
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Dois gigantes, um campeão
Daqui a alguns anos, o torcedor do Santos olhará para o poster de campeão da Copa do Brasil, em 2010, e recordará a campanha do Peixe. Na finalíssima, derrota para o Vitória por 2 a 1, num emocionante, apaixonante e vibrante caldeirão do Barradão, lotado por quase 40 mil rubro-negros baianos. Um mais apressado dirá:
- Mas foi campeão perdendo! Isso é feio!
Grande bobagem. Até porque seria impossível vencer o Vitória na noite histórica do Barradão. Os baianos jogaram no limite. Com garra, luta, estratégia, técnica e respeito ao torcedor. Como sempre foi muito difícil acreditar, desde o início da Copa do Brasil, que alguém teria força suficiente para desbancar esse enfeitiçado Santos, modelo 2010.
São duas histórias. A primeira, a da campanha. Ninguém foi melhor do que o Santos, nem mesmo o Vitória, que também fez uma trajetória exuberante na competição. A segunda, a da finalíssima. E nessa o clube baiano foi melhor do que o adversário. E o detalhe, aquele detalhe alguns ainda acham irrelevante, fez a diferença. Um gol, o de Edu Dracena, levou a Copa do Brasil pela primeira vez para a Vila Belmiro. Gol fora de casa. Esse é oregulamentoO Santos fez dois em casa e não levou nenhum. O Vitória fez dois em casa, mas tomou um. Aí foi a diferença. A grande diferença. O mais decisivo entre todos os detalhes.Mas como não reverenciar esse Santos, campeão da Copa do Brasil e que, em oito anos, ganhou três títulos nacionais (dois do Brasileiro) e três estaduais. Como não reconhecer o peso de um jogador, Robinho, que, por mais que seja demorado seu amadurecimento, nasceu para jogar na Vila Belmiro? Como não se curvar a um time todo de branco, atrevido, às vezes meio inconsequente, mas que goleou por 10 a 0, por 4 a 0, por 8 a 1 e que, no limite, superou adversidades contra obstinados Atlético Mineiro e Grêmio?
Um Santos que não foi brilhante no Barradão, mas que tinha na bagagem 39 gols em 11 partidas, numa média de 3,5 gols por jogo nessa Copa do Brasil. Um time que não foi tão estupendo como de costume em Salvador, mas que tem o peso de um campeão de verdade. Afinal, tem Arouca (melhor em campo, um monstro!), Wesley, Ganso, André (mais um jogo ruim), Neymar e Robinho, com Marquinhos no banco, sempre tem muita chance e estofo de ser campeão. Fora o comando firme, a cada dia mais de grife e vencedor, de Dorival Junior. Um Santos que ganhou tudo até agora em 2010 e que, apesar de alguns escorregadas, tem a marca do brilhantismo na temporada.
O Santos não foi estupendo no Barradão porque esse adjetivo ontem foi do Vitória. Parabéns aos torcedores, que incentivaram, comandaram os gritos das aqruibancadas e jamais passaram do ponto e do limite da civilidade. Aplausos à diretoria baiana, que organizou o evento e recebeu uma decisão sem nenhum incidente. Méritos para o treinador Ricardo Silva, que atacou no limite, chegou a deixar cinco atacantes em campo, e não deu espaços na defesa. E nosso respeito aos jogadores que, mostraram empenho, força, preparo físico para encarar uma missão que teria de ser Erro Zero, não conseguiram cumpri-la totalmente, mas venceram a partida e saíram de campo reverenciados pelos torcedores.
Uma grande final de Copa do Brasil. Um grande campeão, o Santos. E que, diante da força e do poder de reação do adversário, o Vitória, deve olhar o tal poster, daqui a 20 anos, e recordar o quanto foi difícil ganhar esse título no Caldeirão do Barradão.