segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Poderia ser diferente

Há cinco dias, Ricardo Silva poderia ser o responsável por dar ao Vitória o seu primeiro título nacional, mas fracassou. O título não veio, no entanto o Vitória que deixou o campo após vencer o Santos por 2 a 1 na última quarta-feira, mostrou a força de um gigante que dentro de campo é hoje o principal clube da região nordeste. Ricardo Silva levou o Vitória ao segundo tetracampeonato estadual da sua história e colocou o clube de volta em uma decisão de campeonato nacional, após 17 anos, mas nada disso foi suficiente para se manter no cargo. Menos de uma semana após decidir a Copa do Brasil, a diretoria do Vitória decidiu afastar Ricardo do comando do time e contratar Toninho Cecílio, que deixa o Prudente.

No Campeonato Brasileiro foram três vitórias, cinco empates e cinco derrotas. O fato é que Ricardo, assim como o xará Gomes, que até semana passada dirigiu o São Paulo, nunca foi unanimidade no clube. Em março deste ano, Paulo César Carpegianni, que já havia dirigido o clube no ano passado, chegou a acertar as bases salariais com a diretoria do Vitória, mas acabou desistindo do acerto.

O time que continuará a disputa do Campeonato Brasileiro será muito mais forte do que terminou a Copa do Brasil cheio de desfalques e sem peças de reposição. Bons reforços já chegaram. Depois dos ex-atleticanos Evandro e Renan Oliveira, Thiago Humberto, o lateral Eduardo, o jovem Henrique e o atacante Kleber Pereira também reforçam o grupo.

A diretoria do Vitória tomou uma decisão que neste momento parece equivocada e sem levar em conta o que foi feito por Ricardo na atual temporada. Nada muito incomum no mundo do futebol, mas que diante das circunstâncias se mostra triste. Ricardo tem uma identificação com o futebol baiano, como jogador vestiu a camisa do Bahia, mas foi na Toca do Leão que ganhou a grande chance e não decepcionou. Não conquistou a sonhada primeira estrela, mas ainda assim fez história. A vida segue no Barradão, Toninho Cecílio chega e que tenha sorte, mas é impossível não pensar que com Ricardo tudo poderia ser diferente.

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