quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Na noite do adeus, mais três pontos



No jogo que marcou a despedida de Renato Gaúcho do Bahia, o tricolor baiano não teve vida fácil diante do Paraná, em Pituaçu, mas na hora certa soube impor seu ritmo, aproveitou as oportunidades e se virou como deu no momento em que foi pressionado, vencendo o jogo por 2 a 1. O Bahia desta noite foi bem a cara de Renato, time que em muitas vezes demonstra uma inconstância e queda de rendimento surpreendente, mas que quando encaixa bem, cria boas jogadas e deixa os torcedores empolgados.

Na partida desta terça, o Bahia começou melhor, no entanto parecia ansioso demais nos momentos de definição. Mas não demorou muito e o time chegou ao gol. Após uma bela jogada envolvendo Ávine, Jael, Rodrigo Gral e Morais, este último acertou um bonito voleio marcando o primeiro gol do jogo. O meia revelado pelo Vasco fez na despedida do amigo e comandante, uma das suas melhores partidas desde que chegou na Bahia.

No segundo tempo, o Bahia criou boas chances nos minutos iniciais, reclamou de um pênalti não marcado em Fábio Bahia, mas conseguiu outro logo em seguida, sofrido por Jael. O atacante que jogou pela primeira vez como titular nesta Série B, pediu para bater. Rodrigo Gral, cobrador oficial, aceitou o pedido e Jael marcou o segundo do Bahia. Após ampliar o placar, o Bahia acabou relaxando e em um lance de desatenção, Alessandro Lopes diminuiu para os paranaenses. No final, o Paraná chegou a sufocar o Bahia, deixando apreensivos os 11.596 torcedores que compareceram ao estádio de Pituaçu, mas o tricolor baiano manteve o resultado e chegou aos 23 pontos na tabela, ocupando a 6ª posição.


Ao fim, muito sereno, Renato Gaúcho agradeceu a oportunidade de treinar o Bahia, destacando o carinho da torcida, que no primeiro momento se mostrou desconfiada, mas que depois apoiou intensamente. Nos 40 jogos em que comandou o Bahia, Renato obteve 24 vitórias, oito empates e oito derrotas, resultando em um aproveitamento que chega perto dos 70%.

Após oito meses de trabalho, Renato deixa o Bahia, sem mágoas, sem feridas, mas com certeza mais experiente. A caminhada foi dura, foi questionado e chegou a ver o cargo ameaçado. Não deixou de lado velhas manias, como as críticas à arbitragem. Ainda na disputada do Baianão, pagou do próprio bolso contas de um clube que insiste em desperdiçar a grandeza que tem. Acreditou em velhas promessas, como Ávine, Marcone e Ananias, que sob o seu comando voltaram a ter atuações convincentes. Apostou em Morais, mas não desprezou o talento do garoto Vander, jóia mais valiosa revelada pela base tricolor em 2010. Por esses e outros motivos, a passagem de Renato pelo Bahia pode ter feito tão bem a ele quanto ao clube que precisa retomar o caminho das vitórias. Que Renato tenha sucesso no Grêmio e que o novo treinador do Bahia, saiba aproveitar a casa bem arrumada, corrija os erros e mantenha o tricolor baiano no rumo que neste momento aparenta ser o mais certo.

Um comentário:

Anônimo disse...
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