quinta-feira, 26 de abril de 2007

Enquanto isso na Liga das Estrelas...


Manchester e Chelsea na frente.



Por Uefa.com (versão português de Portugal)

Em Manchester City:
O Manchester United FC parte em vantagem para a segunda mão das meias-finais da UEFA Champions League, depois de ter batido em Old Trafford o AC Milan, por 3-2.

Emoção e talento
Numa partida empolgante e onde a incerteza no resultado foi uma constante, coube ao extremo português Cristiano Ronaldo abrir as hostilidades aos cinco minutos, antes de Kaká bisar no espaço de 15 minutos e levar os italianos em vantagem para o intervalo. Wayne Rooney voltou a empatar aos 59 minutos, antes de dar o triunfo à sua equipa já em tempo de compensação.


Defesa de recurso
Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United, viu-se obrigado a apresentar uma defesa de recurso, face à crise de lesões que tem afectado o seu sector mais recuado. John O'Shea e Patrice Evra ocuparam as faixas laterais, enquanto Gabriel Heinze foi desviado para o centro, onde formou dupla com Wes Brown. Apesar disso, os "red devils" entraram em campo confiantes num bom resultado, apoiados no talento de jogadores como Cristiano Ronaldo, Ryan Giggs e Wayne Rooney. Do lado do Milan, Carlo Ancelotti apresentou o "onze" esperado, com Kaká no apoio ao único avançado da equipa, Alberto Gilardino.

Cristiano Ronaldo marca
O Manchester United entrou de rompante na partida e criou o primeiro lance de perigo logo ao minuto cinco, quando Rooney surgiu em excelente posição para facturar, mas o seu remate foi desviado para canto após uma intervenção providencial de Alessandro Nesta. No entanto, o lance deu mesmo origem ao golo dos anfitriões, com Giggs a cruzar para o cabeceamento de Cristiano Ronaldo. Dida ainda conseguiu oferecer o corpo à bola, mas a mesma acabou por ressaltar para dentro da baliza. O golo não fez abrandar o ritmo do United, que partiu em busca do 2-0.



Kaká empata
Ronaldo cabeceou à figura de Dida aos 11 minutos, três antes de Michael Carrick obrigar o guardião do Milan a uma defesa apertada, na sequência de mais um cruzamento de Giggs. No entanto, esse lance como que assinalou o fim da supremacia inglesa, já que os visitantes começaram a ganhar a batalha do meio-campo, muito por culpa do suor de Gattuso e Pirlo e do talento de Seedorf e Kaká. E seriam mesmo estes dois últimos jogadores a combinarem na perfeição para o golo do empate, estavam decorridos 22 minutos. Seedorf serviu o internacional brasileiro e este penetrou na grande área contrária em velocidade, antes de aplicar um letal remate rasteiro e cruzado, que deixou Edwin van der Sar pregado ao relvado.

Magia brasileira
O golo italiano apanhou de surpresa o Manchester United e a verdade é que o líder da Premiership não mais se voltou a encontrar até ao intervalo, perante um adversário cada vez mais acutilante. Giggs ainda contrariou esse cenário com um remate de cabeça que saiu a poucos centímetros da barra, enquanto Ronaldo enviou um autêntico míssil de pé esquerdo que Dida teve muitas dificuldades para parar. A fragilidade defensiva do United deitou, contudo, tudo a perder aos 37 minutos, quando Kaká conseguiu levar a melhor sobre Heinze e Evra, desviando a bola do caminho dos dois defesas do United, antes de se isolar perante van der Sar e bater o guarda-redes holandês.

Milan perde duo
O Milan regressou dos balneários com uma inesperada alteração, com Paolo Maldini a ceder o seu lugar a Bonera, sendo que a ausência da voz de comando do capitão milanês fez-se sentir três minutos após o reatamento. Giggs chamou a si a marcação de mais um pontapé de canto no lado direito e cruzou na perfeição ao segundo poste, onde apareceu Carrick totalmente desmarcado. Com tudo para restabelecer a igualdade, o médio inglês rematou ao lado. O Milan quase não teve tempo para respirar de alívio, já que sofreu uma enorme contrariedade aos 53 minutos, altura em que Gattuso teve de ser substituído, devido a lesão.



Rooney aparece
Indiferente a tudo continuava o brilhante Kaká, que quase voltou a marcar aos 56 minutos, quando rematou ligeiramente ao lado após uma vistosa combinação com Seedorf. O Manchester United parecia descrente, mas foi socorrido pelo talento de Paul Scholes, até aí muito discreto. O médio inglês assinou uma esplendorosa assistência para Rooney aos 59 minutos, com o jovem avançado a receber a bola de peito, antes de rematar de pé direito para o fundo da baliza, de nada valendo o facto de Dida ainda ter conseguido tocar no esférico. O golo empolgou os "red devils", que quase operavam a reviravolta no marcador cinco minutos volvidos, valendo ao Milan o facto de Dida ter feito uma fantástica defesa a remate de Darren Fletcher.

Descontos fatais
Sentindo o perigo, o Milan optou por recuar no terreno e defender o resultado, o que proporcionou um derradeiro assalto por parte do United. Ryan Giggs teve no pé esquerdo uma dupla oportunidade para alvejar a baliza italiana, mas os dois livres directos que apontou em posição privilegiada (aos 71 e 74 minutos) saíram para fora e para as mãos de Dida. Cristiano Ronaldo deu a sensação de golo aos 83 minutos, quando rematou às malhas laterais após um excelente lance individual. O Milan parecia que ia aguentar o empate a duas bolas, mas Rooney tinha outras ideias e fez o 3-2 final já em tempo de compensação, disparando forte de pé direito depois de uma assistência de Giggs. Ao Milan resta a consolação de saber que uma vitória por 1-0 em San Siro, no dia 2 de Maio, é suficiente para carimbar o passaporte para a final de Atenas.



E em Londres: O Chelsea FC conseguiu uma importante vantagem de 1-0 sobre o Liverpool FC, em Stamford Bridge, em jogo das meias-finais da UEFA Champions League. A equipa de José Mourinho, com Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira a titulares, foi tacticamente mais forte e usufruiu das melhores ocasiões, tendo conseguido marcar através de Joe Cole.

Contra-ataque
Perante as ausências de Michael Essien, castigado, e Michael Ballack, lesionado, os campeões ingleses apostaram numa estratégia de contra-ataque, dando a iniciativa aos visitantes, para aproveitar os espaços na retaguarda dos "reds". Algo que funcionou bem, tendo valido um triunfo que poderia ter chegado a outros números, não fossem algumas intervenções de qualidade de Jose Manuel Reina.


Oportunidades bem cedo
Logo aos oito minutos, Didier Drogba amorteceu um centro da esquerda para Andriy Shevchenko, o ucraniano deixou a bola fugir para Frank Lampard que, no coração da grande área, rematou com potência para uma defesa extraordinária de Jose Manuel Reina, naquela que foi a primeira grande oportunidade do jogo. Aos 18 foi a vez de Sheva fugir pela esquerda, na grande área, e rematar cruzado, mas ao lado da baliza.

Golo de Cole
Aos 21, Drogba fugiu ao fora-de-jogo, após centro da direita, mas não conseguiu desviar de cabeça, quando se encontrava sozinho perante Reina. Logo a seguir, Lampard, de livre directo, rematou forte, com a bola a passar a centímetros do poste direito dos "reds". Até que aos 29 surgiu o tento do Chelsea. Mais uma vez em contra-golpe, Drogba recebeu de Ricardo Carvalho, levou a melhor sobre um defesa do Liverpool na direita, ganhou espaço e serviu Joe Cole no meio. Este, com um toque subtil, fez o 1-0.

Estratégia inteligente
O Liverpool tentou reagir ao tento sofrido, mas teve pela frente uma equipa preparada para lidar com a situação de vantagem no marcador. O Chelsea foi sempre uma equipa anti-erro, nunca arriscando, nem mesmo nos passes curtos. Continuou sim a explorar o facto de os "reds" não se darem bem em ataque continuado, apostando no contra-ataque para tentar aproveitar o adiantamento da defensiva de Merseyside. Uma estratégia que resultou em pleno na primeira parte.


Liverpool reage bem
A formação de Rafael Benítez entrou de forma bem mais agressiva na segunda parte, e logo aos 53 minutos, Steven Gerrard obrigou Petr Cech a uma grande defesa. A superioridade visitante foi quase uma constante durante a etapa complementar, concretamente através de um domínio do miolo, onde os homens de José Mourinho sentiram algumas dificuldades para se imporem. No entanto, os de Londres sempre deram mostras de terem o jogo sob controlo e nunca deixaram de atacar, com Shevchenko e Drogba a combinar muito melhor nesta fase.

Chelsea controla
Após a saída do ucraniano, para a entrada de Salomon Kalou, os "blues" acercaram-se com mais perigo da baliza de Reina e Lampard obrigou o guardião espanhol a uma grande intervenção, aos 80 minutos, após grande assistência de Drogba. O jogo caminhou para o fim com algum equilíbrio e com o Chelsea a mostrar estar no controlo da situação, defendendo com sucesso um resultado que pode ser importante para a segunda mão, em Anfield.

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