Lugar de mulher é no estádio!

- O melhor das meninas do Brasil –

Acordar domingo antes da 9h, e sem ter Fórmula 1, só mesmo por uma causa muito justa. E essa era. Copa do mundo de futebol feminino. Se a intenção é ver Marta e companhia o sacrifício é válido. Brasil e Austrália entrarão em campo pelas quartas de finais da Copa, para saber quem seria o adversário dos EUA, que já haviam vencido no sábado a Inglaterra por 3 a 0. No outro confronto, a atual campeã mundial, a Alemanha que venceu a Coréia do Norte por 3 a 0, enfrenta a Noruega que derrotou as anfitriãs chinesas por 1 a 0.
O confronto entre as seleções de camisas amarelas dói um jogão, daqueles de roer unhas, e de se empolgar gritando gol, acordando a casa inteira. Parecia que seria fácil. Formiga, uma gigante em campo, fez um 1 a 0, logo aos 4 minutos, numa pintura do meio da rua. O jogo esfriou, mas o Brasil mantinha sua superioridade, e foi numa dessas demonstrações que a zagueira Renata entrou na área e foi derrubada. Pênalti. Marta, a melhor mundo, bateu muito bem, e apesar da excelente goleira, Melissa Barbieri, ter ido na bola não teve jeito, Brasil 2 a 0. Eis que no fim do primeiro tempo uma bola mal recuada pela mesma zagueira Renata, que sofrera o pênalti, terminou resultando no primeiro gol australiano.
O time da Oceania cresceu e voltou para segundo tempo mais vibrante, e apos muitas tentativas, merecidamente marcou o gol de empate numa saída errada da goleira brasileira em uma bola levantada na área. O jogo começava a ficar estranho, quando o time do treinador Jorge Marcelo, se lembrou que tinha o talento de Marta, Daniela e Cristiane, que não repetiam as boas atuações, a sua disposição. Daniela passou pra Marta, que tocou com dificuldades para Cristiane, que recebeu de costas pro gol, e de virada bateu com a perna cega, à direita, fazendo um golaço. Brasil 3 a 2.

Agora é Marta contra as discípulas de Mia Hamm

Agora estamos entre as quatro melhores do mundo. O Brasil é a única seleção entre as semifinalistas que nunca ganhou um mundial. Os EUA ganharam em 91 e em 95, sob o comando da Pelé do futebol feminino Mia Hamm, enquanto a Noruega e Alemanha venceram cada uma um mundial. Quinta-feira as 8h45 contra as americanas, que diferente do Pan-americano, agora jogam com o time principal, o Brasil terá uma difícil missão. Mas agora a melhor do mundo joga do nosso lado. Caberá a Marta e companhia limitada superar de uma só vez o estigma imposto pela geração Mia Hamm, da força americana e junto superar a nova estirpe.
Quando a bola rolar, nossas meninas sem apoio algum do país do futebol já serão grandes campeãs. Ainda assim um título não faz mal a ninguém, logo torceremos. Agora para uma coisa essa Copa serviu como comprovação, com o nível técnico visto em campo e com as arquibancadas chinesas lotadas, é obvio que lugar de mulher é no estádio!