sábado, 23 de agosto de 2008

Agora sim! Amarelo só no uniforme e na medalha

Quando as meninas do volei feminino entraram em quadra para decidir a final olímpica contra os EUA, não consegui torcer como faria para qualquer outro esporte com brasileiros atuando. Não até Sheila soltar o braço como quem diz "mudamos!". A derrota de quatro anos atrás em Atenas, quando venciamos a Rússia nas semifinais por 24 a 19, com 2 sets a 1, e terminos com um derrota por 3 sets a 2, ainda fazia efeito sobre mim. Mas ao final veio a vitória, 3 sets a 1(25/15, 18/25, 25/13 e 25/21).

O volei sempre foi um paixão, assim como o futebol e a Fórmula 1, as decisões do campeonato brasileiro feminino de volei sempre estiveram em evidência no Receptáculo (Uma ode à mulher Brasileira), por isso não me senti atingido quando Mari e Fabi pediram silêncio diantes das câmeras. Nunca levei cartazes para quadra com a inscrição "24 x 19" como contou José Roberto Guimarães, sobre os fantasmas de Atenas que o perseguiram durantes quatro anos. Mas deixe de confiar como antes, isso sim.

Zé por sinal é um brilhante vencedor. O primeiro a se tornar campeão olímpico comandando um time masculino e agora um feminino de volei. O time que entrou em quadra hoje até então sem perder um set, estava disposto a fechar de vez a velha ferida aberta. Exorcizarmos o fantasma, unir-mos novamente o país, fazer com que voltassemos a confiar que além de Grand Prix e mundiais, também eram merecedoras de um ouro olímpico. E conseguiram.

Parabéns. Foi gostoso ver a minha desconfiança e ceticismo desmoronar a cada bola cravada de Sheila, a cada ataque de Valeska, a cada bloqueio de Fabiana, a cada defesa de Fabi, a cada levantamento de Fofão e ataques de Paula Pequeno e Mari.

Mari, que ao final disparou contra os críticos (e contra os céticos - como eu). A aniversariante que carregou no peito a medalha que demorou quatro anos para chegar até ela e muita mais tempo a todas aquelas outras gerações, mas que também são merecedoras deste ouro. Leila, Virna, Ana Moser, Fernanda Venturini, Jaquelini, Isabel, de dona Aida mãe de Waleskinha, ouro no dia de hoje.

Antes tinhamos com elas dois bronzes que nos orgulhavam e agora o ouro, mais que merecido para o volei feminino do Brasil. Isso não foi um pedido de perdão, apenas uma correção de que são elas sim as melhores e não é de hoje. Agora meu coração bate feliz e o bom é que eu sei o porque.

3 comentários:

Anônimo disse...

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