domingo, 12 de julho de 2009

Um Vitória maiúsculo

O Vitória entrou em campo na histórica noite de 12 julho simplesmente arrasador. Um time que massacrava o adversário que demonstrava fragilidade, um time que aos 27 minutos do primeiro tempo já vencia por 4 a 0.
O primeiro gol saiu após uma trapalhada do goleiro santista Douglas, que errou o chute deixando Roger de frente pro crime. O artilheiro não perdoou. Vitória 1x0. Aos 15, de novo Roger, lançado em profundidade bateu e Douglas salvou no primeiro lance, mas no rebote, o atacante do Leão fez o segundo. O terceiro veio logo depois com William, aos 23, depois de lançamento de Leandro Domingues, o grande maestro da orquestra rubronegra. O gol de número quatro foi marcado pelo bom zagueiro revelado na base do tricampeão baiano, Victor Ramos, após nova assistência de Leandro Domingues.

Enquanto isso Apodi passeava pela avenida que era o lado esquerdo da defesa santista – por sinal com todo respeito à diretoria santista, tirar Fabiano Eller de um grupo que tem Fabão e Domingos é um grande erro. O time de Carpegiani abusava de perder gols e sofreu o primeiro aos 47 com Kléber Pereira cobrando pênalti. A esta altura o Barradão já era uma grande festa, ao som do já tradicional VI-TÓ-RIA! VI-TÓ-RIA!. Por sinal, como é bom ver o torcedor no Barradão, neste domingo foram 18.899 vozes rubronegras empurrando o time.

O que mais me chamou atenção ao final da etapa inicial foi a entrevista de Leandro Domingues, pagando geral pelo gol sofrido. “Ta ganhando e ai todo mundo que fazer gol? Não é assim, tem que ter tranquilidade, pra não acontecer isso ai” disse Leandro mostrando um futebol e uma maturidade que há tempos gostaríamos de ver.

O Santos voltou melhor para o segundo tempo, levando em conta a natural tirada de pé do Vitória. Paulo Henrique diminuiu aos 15 de cabeça. Mas o maestro fez o quinto aos 27 de pênalti e aos 33 o “vovô Jackson”, como é chamado pelo grupo fez o seu, selando a goleada histórica, que pode custar justamente o emprego do responsável pro lançar muitos destes meninos da base rubronegra, Vagner Mancini. Coisas do futebol. O certo é que o Vitória ainda voltou a abusar de perder chances, ou seja, poderia ter deixado o Barradão, com 7 ou 8 sem dificuldades.

A se destacar o conjunto do Vitória, que sob o comando de Carpegiani impõe respeito e não se apequena independente do adversário. Melhor ainda, dentro do santuário do Manoel Barradas, o time segue 100%, conquistando pontos que serão fundamentais lá na frente. Individualmente o zagueiro Victor Ramos, que com personalidade vem se consolidando ao lado de Anderson Martins e Wallace, numa defesa genuinamente feita nas categorias de base do clube. Além do velocista Apodi – ou Usain Bolt da Bahia segundo o narrador Milton Leite – e Leandro Domingues, jogador de talento raro mas que geralmente não consegue dar prosseguimento a uma boa fase, que seja este o momento.

Por fim, Roger que na definição do jornalista Gustavo Poli é “um caneleiro que tem a incrível capacidade de fazer gol quando erra o chute” ou seja, o Vitória não precisa de um craque lá na frente – e Roger não é, assim como Neto Baiano também não era – só precisa de alguém que saiba colocar a bola pra dentro e Roger parece ter encontrado o caminho.

O Leão chama os olhos do Brasil pra si e parece que não vai se acanhar com a responsabilidade. O time hoje é terceiro com 19 pontos. Na próxima rodada pega o penúltimo Náutico, nesta quinta-feira (16/07) às 21h nos Aflitos.


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