sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tsunami na Ressacada

Com o plano de acordar na hora do jogo, dormi e terminei perdendo a hora. Acordei com a ligação do querido amigo Robson Carneiro de diretamente de Rio Preto, em São Paulo, me informava o placar da Ressacada. Quando sintonizei na partida o placar já era 3 a 0. Mas ainda deu tempo de ver Caio fazer um belo gol em uma defesa completamente bombardeada. O Avaí cresceu na competição e com o resultado emplacou a quinta vitória consecutiva. Portando era de se esperar que o jogo não fosse dos mais tranquilos para o Leão, mas 4 a 0 terminou por ser um placar surpreendente. Que a Ressacada não tenha efeitos colaterais e que sem ressaca, o time de Carpegianni entre em campo bem para pegar o São Paulo neste domingo no Barradão. O time rubronegro terminou a rodada na 5º colocação.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Alegria de pobre dura pouco...

No caso do Bahia, durou três dias e um 1º tempo. O time vencia o Juventude ao fim do primeiro tempo por 2 a 0 para delírio dos mais de 13mil pagantes e suscitava um questionamento no apaixonado torcedor. "Meu tricolor voltou?" A resposta veio no segundo tempo, quando o time voltou a ser o time apático e indigno da torcida que tem. Os jogadores sem qualidade voltaram a lembrar a todos que foram contratados graças à complacência da atual diretoria, resultado, 2 a 2. Não dá pra manter as mesmas críticas durante toda a competição, não que o time não mereça, o blogueiro é que não aguenta.

Enquanto isso a direção segue contratando e quando os reforços anunciados realmente chegam em Salvador, já que a nova moda no Bahia é anunciar reforço que não vem, se mostram jogadores de um nível técnico pífio e que sempre chegam recebendo já no aeroporto a camisa de titular. Hoje Joãozinho e Joelson foram dispensados. Adriano Pimenta e Lucas Silva anunciados no pacotão do bonde andando não vem mais. O meia Juliano ex-Náutico e Fluminense e o atacante Jael, que em janeiro foi anunciado mas nem chegou já que preferiu o Cruzeiro, chegaram. Já não tenho esperança, mas o equilíbrio com que a série B vai se desenrolando, não será tanta surpresa se esse time chegar a algum lugar, eu duvido muito, mas é futebol, a velha caixa de surpresas, só espero que não seja para o torcedor tricolor uma verdadeira caixa de Pandora.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vumbora Massa!


Pra quem tantas alegrias deu a este espaço nada mais justo do que sinceros desejos de força e uma boa e rápida recuperação. Estamos juntos. Forza_Felipe!

Arte/homenagem: Mantovani

O Leão também voltou!

Não vi nada e desta vez, sequer ouvi de Vitória e Coritiba, mas apesar do equilibrio da partida, pelo que ouvi/li o resultado terminou sendo justo e Leandro Domingues segue desequilibrando, mostrando que talento tem de sobra. Com o resultado, o Leão ao G4, mais precisamente na 3ª posição, quatro atrás dos líderes, Galo mineiro e Palmeiras.

Aproveito pra reproduzir palavras do grande Lédio Carmona, que escreveu nesta segunda o seguinte sobre o Vitória: "O Vitória ganhou do Coritiba (gol de Leandro Domingues, de novo muito bem) e voltou ao G4. Tomara que se mantenha lá e também brigue pelo título. Adoraria essa novidade. E vou torcer por ela. O time é jovem, talentoso e muito bem arrumado."

Concordo com o Lédio, honestamente não creio que o Leão tem grupo pra se manter, mas como disse neste mesmo post o Dom Carmona, o campeonato está nivelado por baixo. Logo, as surpresas não seriam tão surpresas assim e quem não cansa de jogar de jogar com nome que trate de acordar. Mas, se o "azarão" do ano for mesmo o rubronegro baiano, o futebol baiano é quem mais agradece!

domingo, 26 de julho de 2009

E ainda dizem que torcedor não ganha jogo...


A emocionante tarde de Pituaçu para Bahia e Vasco poderia ser definida assim: A massa tricolor lotou Pituaçu, que inclusive recebeu um bom número de vascaínos. A festa foi linda. Em campo, o Vasco melhor tecnicamente fez valer essa superioridade por boa parte do jogo e foi melhor. Empurrado pela torcida, o Bahia foi só garra, e assim com o coração na ponta da chueteira, venceu o Vasco. Como disse na última quinta-feira, o técnico do Corinthians, Mano Menezes, "futebeol não é justo, futebol é bola na caixinha" e apesar da superioridade, foi o Bahia quem colocou mais vezes a bola na "caixinha". A festa feita pela torcida em Pitauçu do começo ao fim do jogo dava ao torcedor do Bahia a credencial da felicidade. Nesta tarde, ela tinha a obrigação de ser feliz.

Com a bola rolando o Bahia como sempre não jogou necas de catiripapos, mas resolveu o jogo em duas bolas paradas, fazendo o time da Cruz de Malta sofrer da velha máxima do quem não faz toma, já que o Vasco esteve melhor durante boa parte do jogo. O primeiro tempo foi truncado com poucas chances para os dois lados. Pelo Bahia, Reinaldo Alagoano, logo no começo bateu para uma bela defesa do paredão Fernando Prass. Pelo Vasco a melhor chance veio com Elton, que recebe de frente para o gol e chutou no rosto do goleiro Marcelo.

No segundo tempo enfim o jogo tomou cara de clássico de série A, como é. O Vasco abriu o placar nos minutos iniciais da etapa final, com Alex Teixeira e dominou o jogo. O Bahia mostrava as mesmas falhas de sempre, apesar de uma melhora no meio campo com a presença do bom passe de Leo Medeiros, porém Ananias seguia a queimar as chances que lhe são dadas e não produzia nada. Aos 20 minutos, o capitão Nem, empatou após cobrança de escanteio de Leo Medeiros. A comemoração de Nem, mostrava o retrato do jogo, se a técnica vascaina era evidente, a raça e a entrega tricolor deveria fazer a diferença. A torcida merecia. E ela foi responsável por empurrar o time pra cima do Vasco. O time de Comelli cresceu e em um contra golpe rápido, Reinaldo Alagoano chutou e Fernando Prass salvou, no rebote por muito pouco Nadson não empurrou para o fundo das redes, a zaga vascaína salvou na hora h. O Bahia já jogava com um homem a menos, após expulsão de Leandro e o Vasco havia perdido uma chance clara com Adriano que passou pelo goleiro tricolor Marcelo e chutou para Evaldo - ele mesmo! - salvar em cima da linha.

A virada quase veio um pouco antes do que o programado, e com o próprio Nem, que de cabeça fez Prass fazer um novo milagre, mas no lance seguinte, não teve jeito. De novo Nem, Bahia 2 x 1 e explosão nas arquibancadas de Pituaçu. Me arrisco a dizer que desde Bahia e Fast em 2007, o torcedor não vibrava da forma com que vibrou ontem. A festa foi linda, não dá pra achar que o time não tem o que melhorar, mas ontem, exatamente ontem, o torcedor do Bahia mais do que nunca mereceu. Pontos também para a linda nação vascaína que marcou presença em Pituaçu, lotando o espaço reservado a ela. Mais bonito ainda foi ver vascaínos e tricolores convivendo harmoniosamente nos espaços reservados à torcida do Bahia, numa clara mostra de civilidade e respeito.



O Vasco de Dorival Júnior deixou Salvador com a impressão de que com certeza será um dos 4 da série B que em 2010 estarão na elite do futebol nacional, mas é preciso "bola na caixinha." Já o Bahia mostrou que raça e vontade não faltam, porém é preciso mais qualidade técnica. A vitoria deve sim ser comemorada, principalmente porque agora o G4 está a apenas 4 pontos e diante do Juventude o time tem a chance de enfim emplacar três vitórias consecutivas. O jogo será na terça às 21h50, horário ruim pela falta de transporte ao fim do jogo, mas alguém duvida da força desta torcida?


Interessante o comentário do Zé, do Blog do Bahia no GE.com sobre a festa da torcida: "Mas o jogo de ontem mostrou uma coisa ainda mais importante: a torcida do Bahia é foda. Não sabe protestar, não consegue se organizar para fazer valer seus direitos, gosta de ser enganada, mas faz uma festa bonita da zorra." - A mais pura verdade, boa Zé!

Emocionante ouvir o canto de "meu tricolor voltou" ecoar em Pituaçu, assim como ver nas cadeiras do monumental dois grandes ídolos e vascaínos, um da música brasileira, Luiz Melodia e outro do futebol mundial - o maior de todos atletas cruzmaltinos - o presidente Roberto Dinamite que elogiou bastante o lindo e moderno estádio de Pituaçu.

Para alguém de coração dividido o jogo foi tenso, emocionante, inesquecível. Ao longo da semana contarei em dois textos a aventura de ver o clássico pelo lado vascaíno e pelo lado tricolor. Mas terça já tem jogo! A série B, assim como o sentimento, não para!

Fotos: Edição impressa do Correio*

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Fico satisfeito quando perco desta forma (jogando bom futebol)"

Texto: Globo.com

Campeão paulista e da Copa do Brasil no primeiro semestre, o Corinthians caminha forte em busca da Tríplice Coroa. Na noite desta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, a equipe alvinegra venceu por 2 a 1 uma partida complicada contra o Vitória e subiu, pela primeira vez na competição, para o G-4. Dentinho e Jean fizeram os gols dos donos da casa, e Apodi diminuiu para os visitantes.

O triunfo levou a equipe alvinegra a 23 pontos e a colocou na quarta colocação, a cinco pontos do líder Atlético-MG. Antigo quarto colocado, o time baiano trocou de posição com os paulistas e caiu para a sexta posição, com 21, deixando de figurar no grupo daqueles que asseguram vaga na Libertadores. Aliás, se o Nacional terminasse hoje, quem estaria na competição seria o Barueri, quinto. Isso porque o Timão já tem lugar garantido.

Embora tenha aberto uma vantagem de 2 a 0 em 30 minutos, o Corinthians levou um sufoco do Vitória na capital paulista. A equipe de Salvador diminuiu aos 42 da etapa inicial e dominou praticamente todo o tempo complementar. Não fosse uma noite inspirada do goleiro Felipe, que está na mira do português Benfica, e o Timão não teria conseguido segurar o resultado positivo.

Roger perde um gol incrível...


E o Corinthians aproveita as chances...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O pacotão do bonde andando...

O bonde segue andando e quem entende um pouco de futebol que seja percebe que o Bahia precisa contratar. Pode parecer assustador chegar quatro de uma vez, mas só reforça o que todo mundo já sabia. O elenco tricolor é fraco. Uma lista de dispença deve rolar logo logo, nomes como Richelly, Lima e companhia limitada não deve ficar no Fazendão. Não conheço nenhum dos reforços, me lembro vagamente do lateral Heider em algumas partidas pelo Grêmio. A contratação dá pinta de que Rubens Cardoso deve seguir na barca. Boa partida! Quanto aos demais reforços, no youtube são craques, mas craque de youtube eu tenho problemas, não consigo esquecer Alberoni....

Os reforço são o lateral esquerdo Hélder, que estava no Grêmio, dos meias Lucas Silva(ex-Botafogo), Adriano Pimenta(ex-Blooming-Bolívia) e Juninho(ex-Atlético-MG).
Hélder tem 20 anos, foi revelado pelo Londrina-PR, onde chamou a atenção do Grêmio, na Copa São Paulo de 2007. No Tricolor gaúcho, defendeu a equipe júnior e em 2008, foi titular em várias partidas da Série A.

Lucas Silva tem 25 anos, iniciou sua carreira no Olaria-RJ de onde seguiu para o futebol mexicano, defendendo três equipes. Foi eleito o melor meia da segunda divisão do México, antes de se transferir para o Botafogo-RJ.

Juninho tem 26 anos, foi revelado no Atlético Mineiro e conquitou o título mundial pela seleção brasileira sub-20 em 2003, jogando ao lado de Daniel Alves. Defendeu o Fluminense por dois anos, antes de se tranferir para o Nacional da Ilha da Madeira, em Portugal.

Adriano Pimenta tem 26 anos, iniciou a carreira no Guarani-SP e tem passagens pelo futebol suiço, japonês e atualmente defendia o Blooming, da Bolívia.

Diante do líder caiu o 100%


Sinceramente, pra mim foram dois pontos perdidos para o Vitória. O time de Celso Roth é muito bem arrumado taticamente mas tecnicamente pra mim fica devendo e isso será decisivo no final do campeonato, quando creio que o Gallo estará no grupo dos garantidos na Sulamericana mas sem chances de Libertadores. E isso se viu no Barradão.

O Vitória foi superior criou as melhores chances diante de um Atlético que sentia a falta de Tardelli e Júnior. Apodi perdeu um clara oportunidade no primeiro tempo e depois ficaram nos pés de Roger as chances de gol. E o artilheiro do campeonato abusou de perder chances claras de gol. Carpegiani mais uma vez deu uma aula tática e escalou muito bem o time, principalmente o sistema defensivo sem os três zagueiros titulares. Creio que o grupo não seja dos melhores do país e isso deve contar no final, mas é fato que o Vitória estará ao menos entre os 10 ao fim da competição. Sinceramente não acredito na classificação para Libertadores, mas seria uma bem vinda surpresa. Enfim, quarta tem Ronaldo e Mano Menezes pela frente. Vejamos no que vai dar.

sábado, 18 de julho de 2009

Até que enfim ou Quem foi naninha...

O jogo deste sábado pode ser encarado por dois pontos de vista. O do "voltamos a vencer" e o do "vencemos com as calças nas mãos". O time voltou a demonstrar vontade, mas voltou a se mostrar deficiente tecnicamente. A vitória veio em boa hora, foi importante voltar a vencer, por outro lado era inconcebível perder pontos para o fraco Campinense, daí o questionamento sobre a vitória com as calças nas mãos sobre o time que veio passear nesta série B.

A Campinense não tem nada e nada é nada mesmo. Para se ter uma idéia, um dos atacantes da Campinense era Edmundo, que marcou em 1996 um gol pelo Bahia na vitória de 1x0 contra o Flamengo na Gávea e salvou o Bahia do rebaixamento no Brasileirão daquele ano ou seja, 12 anos depois, o jogador que nunca foi nenhum craque artilheiro ou matador segue emprestando seus serviços ao medíocre Campinense. Enfim, o Bahia não fez uma grande partida, mas o importante no momento foram os três pontos. Só não dá pra imaginar que esse time repita o mesmo fraco futebol diante do Vasco no próximo sábado em Pituaçu.

Individualmente o time não teve muitos destaques. Marcelo que vem fazendo, como poucos, bem o seu trabalho, falhou no gol do Campinense, mas esteve bem no restante do jogo e tem créditos na casa. Marcos voltou a jogar bem na lateral direita e foi autor do gol da vitória. Ainda a se destacar o ataque, que se não tem talento e capacidade que acreditamos ser a necessária, ao menos mostram sempre muita disposição e assim foram Beto e Reinaldo Alagoano, autor de um dos gols. Destaque também para o retorno de Leo Medeiros que enfim voltou a campo. Independente do motivo do afastamento - que ainda não foi explicado e só então podemos emitir opinião - creio que o clube não pode ser punido com o afastamento de um jogador que é inifinitamente superior aos demais da mesma posição.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Nos Afitos: Um ganho ou dois perdidos?

É a solução?

Sou contra, qualquer tipo de campanha. Vai quem quer. Não fui para Bahia x Bragantino, mas estarei em Bahia x Vasco. Depois, talvez sim, talvez não. Mas Público Zero? Não sei se é a grande solução.

PS: Se público zero desse resultado, o que tinha de time jogando em desertos travestidos de estádios sendo campeão do mundo...

domingo, 12 de julho de 2009

Um Vitória maiúsculo

O Vitória entrou em campo na histórica noite de 12 julho simplesmente arrasador. Um time que massacrava o adversário que demonstrava fragilidade, um time que aos 27 minutos do primeiro tempo já vencia por 4 a 0.
O primeiro gol saiu após uma trapalhada do goleiro santista Douglas, que errou o chute deixando Roger de frente pro crime. O artilheiro não perdoou. Vitória 1x0. Aos 15, de novo Roger, lançado em profundidade bateu e Douglas salvou no primeiro lance, mas no rebote, o atacante do Leão fez o segundo. O terceiro veio logo depois com William, aos 23, depois de lançamento de Leandro Domingues, o grande maestro da orquestra rubronegra. O gol de número quatro foi marcado pelo bom zagueiro revelado na base do tricampeão baiano, Victor Ramos, após nova assistência de Leandro Domingues.

Enquanto isso Apodi passeava pela avenida que era o lado esquerdo da defesa santista – por sinal com todo respeito à diretoria santista, tirar Fabiano Eller de um grupo que tem Fabão e Domingos é um grande erro. O time de Carpegiani abusava de perder gols e sofreu o primeiro aos 47 com Kléber Pereira cobrando pênalti. A esta altura o Barradão já era uma grande festa, ao som do já tradicional VI-TÓ-RIA! VI-TÓ-RIA!. Por sinal, como é bom ver o torcedor no Barradão, neste domingo foram 18.899 vozes rubronegras empurrando o time.

O que mais me chamou atenção ao final da etapa inicial foi a entrevista de Leandro Domingues, pagando geral pelo gol sofrido. “Ta ganhando e ai todo mundo que fazer gol? Não é assim, tem que ter tranquilidade, pra não acontecer isso ai” disse Leandro mostrando um futebol e uma maturidade que há tempos gostaríamos de ver.

O Santos voltou melhor para o segundo tempo, levando em conta a natural tirada de pé do Vitória. Paulo Henrique diminuiu aos 15 de cabeça. Mas o maestro fez o quinto aos 27 de pênalti e aos 33 o “vovô Jackson”, como é chamado pelo grupo fez o seu, selando a goleada histórica, que pode custar justamente o emprego do responsável pro lançar muitos destes meninos da base rubronegra, Vagner Mancini. Coisas do futebol. O certo é que o Vitória ainda voltou a abusar de perder chances, ou seja, poderia ter deixado o Barradão, com 7 ou 8 sem dificuldades.

A se destacar o conjunto do Vitória, que sob o comando de Carpegiani impõe respeito e não se apequena independente do adversário. Melhor ainda, dentro do santuário do Manoel Barradas, o time segue 100%, conquistando pontos que serão fundamentais lá na frente. Individualmente o zagueiro Victor Ramos, que com personalidade vem se consolidando ao lado de Anderson Martins e Wallace, numa defesa genuinamente feita nas categorias de base do clube. Além do velocista Apodi – ou Usain Bolt da Bahia segundo o narrador Milton Leite – e Leandro Domingues, jogador de talento raro mas que geralmente não consegue dar prosseguimento a uma boa fase, que seja este o momento.

Por fim, Roger que na definição do jornalista Gustavo Poli é “um caneleiro que tem a incrível capacidade de fazer gol quando erra o chute” ou seja, o Vitória não precisa de um craque lá na frente – e Roger não é, assim como Neto Baiano também não era – só precisa de alguém que saiba colocar a bola pra dentro e Roger parece ter encontrado o caminho.

O Leão chama os olhos do Brasil pra si e parece que não vai se acanhar com a responsabilidade. O time hoje é terceiro com 19 pontos. Na próxima rodada pega o penúltimo Náutico, nesta quinta-feira (16/07) às 21h nos Aflitos.


sábado, 11 de julho de 2009

"Longe do meu domínio, cê vai de mal a pior..."

O Bahia tentou entrar em campo diante do América de Natal na estréia do técnico Paulo Comelli, mas só tentou. Em 20 minutos o Mecão de Natal já vencia por 3 a 0. Fábio Neves, Rafael, Edson Rocha e Helinho aos 33 do segundo tempo, fizeram os gols do América. Reinaldo Alagoano fez o de honra do tricolor.


Na etapa inicial como se pode concluir com 3 a 0 antes da metade do primeiro tempo, o Bahia foi um time apático, sem criação e como um bando em campo. O comentarista Ruy Botelho, acertou quando disse "O time do Bahia é um bando. Parece que se conheceram hoje de manhã." Pos era exatamente essa a imprensão que o time passava ao torcedor e a qualquer outro ser deste planeta. Apesar de Paulo Comelli ter mudado o time taticamente não dá pra criticar de forma alguma a postura do treinador que chegou na última quinta-feira. Aliás ficou apenas mais do que provado que o problema do Bahia é dentro das quatro linhas - apesar de que não se pode não culpar quem contratou estes senhores que vestem a camisa tricolor. O time foi pífio com destaque negativo para Evaldo - sempre ele.

Na segunda etapa Comelli tirou Helton Luiz que teima em não aproveitar as chances que tem e Joãozinho e colocou Beto e Ananias que deram uma nova cara ao time. Apesar da melhora sensível o Bahia não foi nada demais. Porém com o entrosamento de Beto e Alagoano, o ataque conseguiu produzir boas chances e Alagoano até diminuiu o placar. O time ainda criou outras boas chances com Marcos e Hernani, que no alto de sua mediocriade, perdeu um gol incrível. Mas nada além disso e de conseguir levar o quarto gol.

Se faltou futebol ao Bahia, a este blogueiro faltam mais palavras para descrever tamanha falta de talento e compromisso de um grupo de atletas com uma torcida apaixonada e com os próprios. Volto a dizer - não sei até quando - com esse elenco podem trazer de Felipão a Mourinho, mas o Bahia permanecerá na Série B e o pior, correrá riscos de voltar ao fundo do poço. Com as peças que entram em campo, fica claro que longe ou perto do seu domínino, o Bahia seguirá de mal a pior. A série C é logo ali. Com o resultado o time manteve os 12 pontos e agora é o 13º, apenas 4 pontos a mais que o 17º Juventude, primeiro da zona de rebaixamento.

PS: O Vasco voltou a vencer após oito partidas e é o 8º com 17 pontos, mas apenas um ponto atrás do 4º e dois atrás do 2º. Ou seja, apesar dos recentes insucessos, o time carioca não ficou para trás, já que sem contar o Guarani, a coisa segue equilibrada na série B.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Bem vindo de volta, professor Comelli

Há exatamente 1 ano e 5 dias, em 3 de junho de 2008, Paulo Comelli era despedido do Bahia. Hoje, 08 de julho de 2009, Comelli está de volta para substituir Alexandre Gallo no comando técnico do tricolor na série B. O treinador chega sabendo que não foi a primeira opção.

Geninho, o preferido, com todo seu cavalherismo disse que não pretendia deixar o Bahia esperando, uma vez que negocia com a Arabia Saúdita. Nelsinho Batista disse que não tem interesse em dirigir um clube na série B. Vadão acertadamente preferiu ficar no seu Guarani, cada dia mais líder da série B. Wagner Benazzi se disse feliz no Vila Nova. Marco Aurélio foi sugerido pelo diretor de futebol e vetado pelo presidente, mas diantes das impossibilades voltou a ser opção. Péricles Chamusca tem algo muito maior que dinheiro o impedindo de voltar do Japão, prestígio.

Restou Paulo Comelli. Profissional sério, mas que com certeza não era o esperado, porém diante de tantas recusas, eu não posso dizer que foi uma má escolha. Porém nunca é demais lembrar que Comelli foi demitido no ano passado assim como Gallo neste. Após perdero Baiano, ser eliminado nas fases iniciais da Copa do Brasil e um mau começo de Série B. Sinceramente creio que vá mudar pouco.

Espero queimar a língua, mas como escrevi anteriormente, caso estes jogadores que estão ai passem a fazer sob o comando do novo treinador um trabalho digno da grandeza do Bahia e o coloquem na primeira divisão, escreverei aqui com prazer que estava errado sobre eles e que Gallo sim não é um profissional de qualidade. Além de escrever sobre o poder milagroso deste novo profissional acompanhado do dossiê "Derrubamos Gallo".

A Comelli os votos de sorte e sucesso, pois com o elenco que ele terá em mãos, vai precisar de bastante.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Com a palavra, Alexandre Gallo:

Gostaria de comunicar que, a partir de hoje, 05 de julho de 2009, não estou mais no comando técnico do E.C.Bahia. Em reunião com a diretoria e a participação do Gestor de Futebol, Paulo Carneiro, fui comunicado da decisão desta e, portanto, meu desligamento do cargo.

Nestes 7 meses de trabalho a frente da comissão técnica do Esquadrão de Aço, aprendi a gostar e admirar a grande torcida e sentir de perto a força de um time de massa que merece um lugar de destaque no futebol brasileiro.

Aprendi também a conhecer um pouco de um povo alegre, receptivo e que sempre me tratou com muito respeito. Além disso, não posso deixar de exaltar a admiração minha e de minha família por esta cidade que realmente nos encantou.

Quero enfatizar que, nestes 7 meses de trabalho, a tentativa foi sempre fazer o melhor.

Mesmo com a montagem de um elenco novo, realizei 39 jogos com 21 vitórias, 10 empates e 08 derrotas, que resulta em um aproveitamento de 62,39% o que entendo, é um ótimo trabalho.

Gostaria também de agradecer os amigos da imprensa e, principalmente, ao presidente Marcelo Guimarães Filho que, com certeza, vai marcar positivamente o futuro do E.C.Bahia. Um agradecimento especial a Paulo Carneiro pelo convite e credibilidade em meu trabalho.

Alexandre Gallo

O profissionalismo, a ética e a boa educação de Gallo foram características marcantes desta sua passagem pelo tricolor. Infelizmente não obteve aqui os esperados resultados, mas que consiga em outro clube, pois sob o meu ponto de vista além de sério e trabalhador é competente. E que o também Bahia siga seu rumo.

Conforme o programado, caiu!


Como já era de se esperar, a diretoria do Bahia confirmou na noite deste domingo, através de uma nota oficial publicada no seu site que Alexandre Gallo não é mais treinador do tricolor. De acordo com a assessoria do clube, Gallo foi comunicado do seu desligamento na noite deste domingo, pelo Gestor de Futebol Paulo Carneiro. Como de praxe a cada nova demissão, a diretoria agradeceu pelo "profissionalismo e dedicação" do técnico durante o período em que esteve a frente do comando técnico tricolor.

A movimentação em busca do novo nome já começou desde ontem e segundo informações não oficiais, Vadão que hoje treina o Guarani já teria recusado uma proposta feita pelo tricolor. Vamos e venhamos fez muito bem o competente Osvaldo Alvarez em permanecer no líder da segundona. Outro que teria recusado treinar o tricolor teria sido Vagner Benazzi que teria dito estar feliz no Vila Nova.

Outros dois nomes cogitados foram o de Antônio Lopes e de Geninho, este que parece ter a preferência da torcida e diretoria. No meu ponto de vista, é Geninho o mais qualificado de todos e deveria, com todo respeito ao demais (até por uma questão ética, uma vez que os outros dois estão empregados - mas se existe falta de ética entre treinadores, não dá pra cobrar dos cartolas), ter sido a primeira opção - se é que os outros contatos realmente aconteceram. Enquanto o novo comandante não chega o time deve ficar sobre o comando do auxiliar Cláudio Grillo.

Meu palpite é que a direção trará um treinador de pouco destaque em nível nacional, o que deixa de fora tanto Geninho - meu preferido, quanto Antônio Lopes - que com todo respeito ao querido delegado, não tem o perfil do Bahia. Não me arrisco com nomes, mas volto a lembrar, que caso medidas drásticas não sejam adotadas em termo de contratações de jogadores de qualidade, qualquer que seja o treinador a situação do time não irá melhorar.

Contudo, caso estes jogadores que estão ai passem a fazer sob o comando do novo treinador um trabalho digno da grandeza do Bahia e o coloquem na primeira divisão, escreverei aqui com prazer que estava errado sobre eles e que Gallo sim não é um profissional de qualidade. Além de escrever sobre o poder milagroso deste novo profissional acompanhado do dossiê "Derrubamos Gallo".

Então, que a diretoria coloque a mão na massa, mas não me apareça nos próximos dias apenas com um treinador meia boca. A força do Bahia exige um treinador competente e um pacote - mínimo que seja- com atletas de qualidade. Favor não esquecer de fazer zarpar do Fazendão, a barca da dispensa, que deve seguir repleta de mediocridade.

PS: Acabo de ler no Atarde Online que o salário de R$250 mil de Geninho deve jogar contra a sua vinda ao tricolor. Também fui informado de algo que não tinha conhecimentou ou não me recordava, Geninho treinou o Bahia no primeiro rebaixamento do clube em 97.

PS: Antônio Lopes com seus R$ 60 mil mensais torna-se um nome forte.

domingo, 5 de julho de 2009

Dentro do script

Vitória foi a campo e perdeu por 2 a 1 no Engenhão para o Flamengo. Só vi do jogo os minutos finais, mas me ouso a dizer que foi uma daquelas derrotas ques fazem parte do scripit para o rubro negro baiano, prova disse é que o time terminou a rodada na mesma posição, em terceiro.

Segue um resumo da ópera feito por meu amigo Alan Botelho para o Itapoan Online:

Um público de 20.177 pagantes viu o Vitória perder para o Flamengo pelo placar de 2 a 1 no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, em jogo iniciado às 18h10 deste sábado (04/07). Esta é a terceira derrota do Leão da Barra em nove partidas pela série A do Campeonato Brasileiro 2009, já que o time já havia sido derrotado por Palmeiras e Cruzeiro, fora de casa nas três ocasiões.

O lateral Juan abriu o placar para o time carioca aos 26 minutos do primeiro tempo, após um passe do volante Kléberson. O empate veio na segunda etapa, graças a um cruzamento de Apodi que terminou em cabeçada de Roger, aos 16 minutos.

A vitória do Flamengo foi definida seis minutos depois. O atacante Émerson recebeu na área e tocou no canto esquerdo para sacramentar o 2 a 1. A vantagem poderia ser maior, pois Ibson ainda cobrou um pênalti nas mãos do goleiro Viáfara. Com o resultado, o Vitória permanece com 16 pontos e na terceira colocação.

sábado, 4 de julho de 2009

Crucifica-o

Gallo errou. O time mais um vez demonstrou não ter qualidade. E no fim o que se ouvi foi um "adeus Gallo". E o treinador balança. Informações não oficiais dão conta de que ele teria sido demitido ainda nos vestiários. A assessoria tricolor nega. Mas vamos ao que aconteceu no sábado.

Pra começar mais fila na venda de ingressos, desta vez fui ainda pela manhã comprar de forma antecipada, obviamente que peguei fila e quando cheguei em casa já era hora de sair de novo, caso contrário perderia o jogo. Não vou reclamar pela milésima vez que atitudes como esta da diretoria apenas fazem com que o torcedor fique cada vez mais longe do time. O público de sábado foi oficialmente de 12 mil pagantes, mas com todo respeito, se tinham APENAS 12 mil em Pituaçu no sábado, NUNCA caberia naquele estádio 32 mil pessoas. Mas vamos ao jogo.


Mais uma vez Gallo escalou o que de melhor(?!) tinha a disposição. Creio que mudando uma ou no máximo duas peças (Leandro e Rubens Cardoso estavam suspensos), era esse o time que torcedor escalaria. Marcelo, Marcos, Evaldo, Nen e Ávine; Marcone, Elton, Hernani e Hélton Luiz; Joãozinho e Reinaldo.

No começo creio que não faltou vontade. A torcida empurrou e o time foi pra cima, porém o meio campo mostrava toda a sua falta de inspiração - não serei hipocrita ao criticar um jogador como Elton, por exemplo, fundamental para esse time, mas que não vive uma boa fase, há quem diga que por conta das mudanças táticas do treinador, o que eu discordo. Mas além da citada inspiração, faltava também qualidade. Hernanes e Marcone não eram tão bem nos desarmes quanto Leandro, que fez falta e ainda por cima saiam tocando a bola bizonhamente, errando passes de dois metros. Na frente Helton Luiz mostrava que apesar do apelo da torcida para a titularidade, não é o homem que vai carregar esse time. Por sinal, seria bom ver o garoto treinando cobranças de escanteio durante a semana, já que não cobrou sequer um que fosse digno de um "parabéns pela tentativa" , incluindo o que gerou o gol do Figueirense após a bizarra furada de Avine.


Mas só vontade não ganha jogo e se a bola não chegava, o ataque não tinha como colocar a bola pra dentro. Avine era o melhor em campo fazendo ao lado de Ananias uma boa opção de ataque pela esquerda. Ananias que entrou ainda no primeiro tempo no lugar do zagueiro Nem, que saiu contundido. Mas jogar mais de 20 minutos bem parece demais para Ananias, logo passado esse curto período de empolgação com as jogadas da dupla da base o time não mostrava opções de como chegar ao gol diante do fraco Figueirense, que jogava desde os 30 minutos do primeiro tempo com um jogador a menos, após expulsão de Luciano Totó - que por sinal achei injusta, foi muito mais bola na mão do que mão na bola. O castigo veio após mais um escanteio mal cobrado por Helton Luiz, no contra golpe, Avine - que não sei porque era o homem da sobra, falhou feio e Rafael Coelho, artilheiro da série B com oito gols, não perdoou. Figueira 1 a 0 pra alegria do técnico Roberto Fernandes e uns 30 catarinenses que foram às arquibancadas de Pituaçu ver o time.

O time foi para o intervalo debaixo de vaias. Na volta, Joãozinho deu lugar para o sofrível Joelson. Cheguei a pensar que Joãozinho e seu físico invejável de bom baladeiro não tivesse resistido ao pique, por isso guardei as críticas a Gallo pela substituição errada, obviamente que não a Joelson - o erro. Esse por sinal é tão ruim que qualquer um que errasse um passe no segundo tempo, ouvia de algum torcedor: "Joelson, seu miserável!". No fim Gallo assimiu o ônus pela mudança alegando que quis dar velocidade ao time. Segundo ele Joelson faz isso muito bem nos treinamentos - pra mim Joelson será sempre um erro. Pesado, perdido e pífio. A situação não era das melhores e o time mostrava despreparo emocional com a pressão que vinha das arquibancadas, já que o Figueirense só se defendia. Avine, o mesmo do erro e melhor do primeiro tempo, mantinha o ritmo e conseguiu um pênalti aos 5 minutos do segundo tempo, porém Reinaldo Alagoano telegrafou nas mãos de Wilson e perdeu o que seria o empate tricolor. O erro só contribuiu para aumentar o desespero do time que sentiu o golpe. O Figueira como deveria ser, acordou e voltou ao jogo, até levando algum perigo ao gol de Marcelo em momentos isolados.

Gallo ainda colocou Paulo Roberto em campo, mas não deu certo. Não era dia do menino das trancinhas e jogadas de poltergeist. O fim do jogo ia se aproximando e a torcida passou a se concentrar atrás do banco de reservas tricolor e o que se ouviu foi um sonoro "Adeus Gallo". O diretor de futebol Paulo Carneiro também foi "homenageado" pela torcida. Vale ressaltar, que o protesto foi pacífico. Quando o juiz apontou o centro do gramado, Gallo tinha a exata convicção de que poderia ter sido aquele seu jogo de despedida. Ainda que bastante hostilizado repetiu o ritual de cidadão bem educado que é e foi cumprimentar o treinador adversário, no caso Roberto Fernandes. Na descida para o vestiário deu declarações que independente do modo irônico ou não, irritaram membros da imprensa, que como de praxe, passaram da forma deles para a torcida, irritando ainda mais a massa tricolor. Não comentarei aqui as declarações que pra mim não foram de falta de respeito ao torcedor do Bahia, mas de quem não leva a sério certos profissionais da imprensa local, assim como eu, discussão grande e complexa demais para ser feita aqui.

Horas depois do fim do jogo, as notícias já davam como certa a queda de Gallo. Continuo com a opinião de que não era dele a culpa, porém depois da partida de ontem, tive a exata certeza de que para o bem tanto do Bahia quanto do treinador, que se mostrou um profissional ético e de muito caráter, o melhor caminho seria mesmo a separação. Não há mais clima, alguns jogadores do elenco se mostram insatisfeitos, o time não rende e jogadores trazidos com a confiança do treinador deveriam ser proibidos de jogar pelada de condomínio para que não maltratem a bola.

Enfim, o melhor para Gallo é seguir seu caminho e para o Bahia, além de contratar um treinador de peso, especialista nesse tipo de competição e com apetidão para millagres, contratar e contratar. Afinal a culpa de dez mil chutes errados e outros dez mil erros de passes não pode ser atribuida a Gallo. Falta qualidade. Qua-li-da-de. O certo é que como queriam muitos, Gallo errou e a voz da massa gritou: Crucifica-o!