quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Uma volta sem brilho


A letra de “a volta do boêmio” de Adelino Moreira, imortalizada por Nelson Gonçalves, diz: “ele voltou, o boêmio voltou novamente.” Apesar da ocasião não marcar a volta de um boêmio e sim do trabalhador Ricardo Silva, a expressão que dá a sensação de redundância, cabe exatamente no atual momento do Vitória.

A nova volta de Ricardo Silva termina por linhas tortas a consertar um erro da direção que no futuro pode custar caro. Diferente do boêmio de Adelino, Ricardo não “partiu daqui tão contente”, mas voltou com o apoio do grupo, que fez festa para recebê-lo após a queda de Toninho Cecílio.

No entanto pelo que se viu diante do Ceará, mais do que “voltar outra vez”, Ricardo Silva terá uma difícil missão, recuperar o Vitória forte e vencedor que fez do Barradão seu alçapão no primeiro semestre.

No empate sem brilho algum diante do Ceará, o time não foi nem sombra daquele Vitória que não desistia de lutar até o apito final. Que mesmo com um elenco limitado fez do fator Barradão um diferencial. Hoje o elenco está reforçado.

O grupo atual é mais forte que antigo “time de guerreiros” que chegou à final da Copa do Brasil, ainda assim já se vão sete jogos sem vencer. A zona da degola se aproxima de forma perigosa. As vaias da torcida no final do jogo contra o Vozão devem servir de alerta e não como motivo de revolta, com atitudes inconsequentes como a do bom zagueiro Wallace, que fez gestos obscenos para os torcedores. É preciso acordar e voltar a ser Vitória. Que a volta de Ricardo Silva traga mais uma vez ao Barradão todos os ingredientes da felicidade.

Enquanto o Vozão volta pra casa com um importante ponto na bagagem. Longe de fazer uma boa partida, o time cearense, pouco incomodado pelo rival baiano, foi cauteloso e após 4 pontos nos últimos dois jogos, tem tudo para se reencontrar no campeonato.

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