segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rei da Bahia



Pela disposição com que Bahia e Vitória entraram em campo, o Ba-Vi deste domingo, sem dúvida, entrou para o livro dos clássicos inesquecíveis – até o apito final. Depois disso, virou por alguns minutos algo para jamais ser lembrado.

A chuva que caiu durante todo o dia em Salvador impediu que o público
comparecesse em massa ao Barradão. Porém, mais de 26 mil apaixonados estiveram presentes. A torcida do Vitória ocupou mais de 80% do estádio, mas diante das adversidades, incluindo a vantagem do Vitória, a torcida tricolor marcou presença em grande número.

Gallo resolveu apostar e mudou o time. Colocou o xodó da torcida, Beto, no banco e começou com Paulo Roberto no ataque. Quando a bola rolou, o jogo se mostrou equilibrado. O Bahia, com um meio campo mais reforçado em relação ao jogo anterior, marcava bem, e Léo Medeiros e Elton distribuíam bem as bolas para o ataque.

Mas foi o Vitória quem teve uma grande chance. Apodi venceu Avine na corrida, passou pelo desesperado goleiro Marcelo e tocou pro gol. A bola bateu caprichosamente na trave. A jogada incendiou o Barradão. Porém, foi o Bahia quem abriu o placar após uma excelente jogada de Paulo Roberto, que lançou Reinaldo Alagoano. O camisa 9 tricolor saiu na cara de Viafara e soltou a bomba. Bahia 1 a 0. A pequena, mas barulhenta torcida tricolor foi a loucura.

O Bahia cresceu no jogo, mas o Vitória era valente e a partida ficou ainda mais aberta, com chances para os dois lados. Bida batendo de longe quase empatou o placar, mas foi novamente o Bahia quem marcou. Desta vez, aos 45 do primeiro tempo. Paulo Roberto começou mais uma boa jogada e serviu Reinaldo Alagoano, que fez um bonito corta luz deixando para Rogério, que cruzou nos pés de Avine. Bahia 2 a 0 e explosão da massa tricolor no Barradão. O Bahia foi para os vestiários como campeão baiano de 2009.



Na segunda etapa, os times voltaram com as mesmas formações. O cenário não mudou. A chuva não deu trégua, porém o que mudou foi a situação em campo. O Bahia com o resultado nas mãos recuou, e o Vitória era empurrado pelo torcida rubronegra, que mesmo com o placar adverso gritava uma a uma as letras do clube - “V-I-T-Ó-R-I-A” -, fazendo um espetáculo arrepiante nas arquibancadas do Barradão. A torcida do Bahia também fazia a sua parte e continuava cantando o “eu acredito”, trilha tricolor durante toda a semana.

A primeira grande chance da etapa final foi de Reinaldo Alagoano. O artilheiro tricolor entrou na área e deixou Carlos Alberto no chão antes de bater pro gol. Viáfara fez uma defesa sensacional. A vibração do goleiro rubronegro após a defesa representava bem o momento. O Leão estava vivo no jogo. E não demorou muito para voltar a colocar a mão na taça. Aos 19, Apodi cruzou, Evaldo não alcançou e Neto Baiano, artilheiro do Brasil, dominou e bateu forte, fazendo o primeiro do Vitória, e alegrando a massa rubronegra.

No minuto seguinte, Gallo tirou de campo Reinaldo Alagoano, que sentia dores, e colou Cadu. O atacante sequer tocou na bola. No seu primeiro lance deu um pontapé no meio-de-campo Wellington e foi expulso, jogando por água abaixo qualquer chance de reação do Bahia, que naquele momento era acuado em campo pelo rival. Gallo, ao fim do jogo, justificou a jogada do atacante como “excesso de adrenalina”. Eu chamaria de “falta de responsabilidade”. O Bahia sentiu a expulsão e o Vitória foi pra cima.

Jackson e Ramón criavam boas jogadas e levavam perigo ao gol de Marcelo. O jogo parecia que terminaria com mais uma vitória tricolor no Barradão, ainda que dando o título ao rival. Porém, aos 44, Neto Baiano recebeu em posição discutível e foi derrubado por Marcelo na área. Pênalti cobrado com categoria por Ramon Menezes. Vitória 2 x 2 Bahia. A torcida rubro negra que já comemorava o tri foi a loucura.

Vitória tricampeão baiano de forma justa. O time, que ao longo da competição foi comandado por Vagner Mancini, Mauro Fernandes, e pelo fundamental Ricardo Silva, que entregou o comando a Carpegiani na fase final, foi o de melhor campanha e mais equilibrado durante toda a competição. Crescendo ainda mais na reta final. O Vitória teve o ataque mais positivo, a melhor defesa e o artilheiro da competição: Neto Baiano, com 21 gols. Nas finais o time foi superior em três dos quatro tempos disputados e fez a merecida festa dentro do seu estádio.

O fato negativo ficou por parte de uma violenta briga entre jogadores no final da partida (foto). Atletas de Bahia e Vitória trocaram socos e pontapés dando um péssimo exemplo ao torcedor, que na grande maioria se comportou de forma digna nas arquibancadas. A briga só terminou após ação da polícia que jogou gás de pimenta no gramado, atingindo atletas e membros da imprensa. No lamentável saldo, o maqueiro do Vitória deixou o gramado sangrando. Um triste episódio em uma disputa que era até então grandiosa. Após a confusão, os atletas do Vitória puderam ainda que debaixo de muita chuva comemorar com a torcida que permaneceu no Barradão fazendo a festa.

Vitória: Viafara; Apodi, Wallace, Victor Ramos e Luciano Almeida (Adriano); Vanderson, Carlos Alberto (Uelliton), Bida, Jackson (Marco Aurélio) e Ramon; Neto Baiano. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Bahia: Marcelo; Marcone (Beto), Evaldo, Nen e Ávine; Rogério, Leandro, Élton (Ananias) e Léo Medeiros; Paulo Roberto e Reinaldo Alagoano (Cadu). Técnico: Alexandre Gallo.

Também no Blog do Lédio na Globo.com: http://colunas.sportv.globo.com/lediocarmona/2009/05/04/rei-da-bahia/

Um comentário:

juninhuplay disse...

oh seu sacana quem devia fazer o texto desse post devia ser eu mas vou deixar pra la pois vc fez como um profissional q vc é meu parceirmao mas é issu ae "EU JÁ SABIA" PEGA LEÃO, ESTRAÇALHA LEÃO ESSES TRICOLORES DE PLASTICO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ESSE TIME DO JAHIA OU CAHIA OU BAHIA É BRINCADEIRA DE NENEM