sexta-feira, 1 de maio de 2009

Só saudade


O Dia 1º de maio é para todo brasileiro um dia de saudades. Para mim maiores ainda. Não que me considere o maior fã de Senna, mas o 1º de maio sempre foi pra mim um dia de festas. Era dia do aniversário do homem que foi meu maior ídolo, meu avô. E quis o destino que fosse justamente em um dia de festa, no dia da festa do homem que me ensinou a gostar do esporte em que os pilotos arriscam a vida a mais de 200km por hora, que o grande herói do país se fosse. Senna se foi, fazem 15 anos, meu vô também, fazem 5. O dia 1º deixou de ser um dia festa, virou um dia de saudade e só. Saudade de gente que me fez feliz. De gente que acordou nas manhãs de domingo pra ver gente levando a bandeira do Brasil ao alto do pódio. Era mesmo engraçada essa relação dos homens do 1º de maio na minha vida. Meu grande ídolo e meu grande incentivador a gostar deste esporte. Em certo GP da Aústria, já no século 21, um piloto brasileiro venceria pilotando uma Ferrari, mas a equipe mandou que ele tirasse o pé e abrisse para a ultrapassagem do alemão companheiro de equipe. Neste dia meu avô se levantou e disse "nunca mais assisto a uma corrida. Nunca mais vejo Fórmula 1". Ele se foi três anos depois, com a promessa cumprida. Nunca mais assistiu a uma corrida. A F1 não era a mesma, talvez nunca mais tenha sido depois daquele 1º de maio de 15 anos atrás. Mas a paixão prossegue, pelos que se foram e pelas corridas nas manhãs de domingo. Afinal as coisas mudam, mas o amor permanece.

Nenhum comentário: