quinta-feira, 9 de abril de 2009

É tudo o que temos a oferecer?

A partida desta quarta-feira diante do Coritiba, era de importância ímpar para o torcedor do Bahia. Obviamente que também para o time, mas para o tricolor das arquibancadas, este seria o teste de fogo para um elenco que começou muito bem o campeonato Baiano, mas não segurou o ritmo, sofrendo agora de "escassez futebolística".

O público presente, confesso que me surpreendeu. Não que eu não conheça a força da torcida tricolor, porém colocar 21 mil torcedores em Pituaçu depois de um vergonhoso 4 a 0 para um dos últimos colocados do estadual foi algo que me deixou felizmente surpreendido.

Dentro de campo, o time de Alexandre Gallo até começou jogando bem. Tinha mais domínio de bola, porém não conseguia traduzir isto em jogadas perigosas. Léo Medeiros retornando ao time, chamou pra si a responsabilidade, porém visivelmente sem ritmo de jogo (também me pareceu acima do peso, mas isso eu acho que é desde que chegou.). Mesmo mandando no jogo, o primeiro chute, só veio aos 19, com Beto jogando por cima do gol de Vanderlei.


Aos 27, erro na saída de bola entre Ananias (péssima partida!) e Léo Medeiros, os volantes mal posicionados, deixam Marcelinho Paraíba solto na entrada da área. Ele acerta um lindo chute no gol de Marcelo, colocando o Coxa em vantagem. A pequena torcida coxa-branca vibrou em Pituaçu. Falando em torcida, uma fato a se destacar foi a recepção dada à torcida paranaense pela torcida do Bahia, com direito a troca de cordialidades, com uma bandeira verde e branca na torcida do Bahia, e uma vermelha, azul e branca no do Coxa. Que seja sempre assim, com paz.

Voltando ao jogo, enfim o Bahia que jogava como um time capenga, apenas pelo lado esquerdo com Rubens Cardoso, enquanto Patrício se desesperava pedidindo bola do outro, entrou na partida. E justamente com Patrício, que apesar de não ter feito nenhuma partida excepcional foi responsável direto pelos tentos tricolores, o Bahia chegou com perigo ao gol do Coritiba. Aos 35, o lateral em cobrança de escanteio, jogou na área e Evaldo, de meia bicicleta, fez o primeiro do tricolor, deixando tudo igual. A torcida ainda cantava o tradicional "uh pula aê, deixa o caldeirão ferver", quando de novo Patrício, cruzou e Leandro, de cabeça, desempatou o jogo. Vibração nas arquibancadas do Monumental do Parque. O time se empolgou com o coro das mais de 20mil vozes e foi pra cima do Coxa. Em um jogada de ataque, Beto limpou bem dentro da área e bateu, Vanderlei fez um grande defesa com os pés. A blitz do tricolor deixou empolgou os torcedores do Bahia que aplaudiram o time no fim do primeiro tempo.

Já começou?Já foi gol?

Essa foi a sensação minha e de muitos ao meu redor. Após encontrar amigos em outra parte do estádio, eu retornava para minha cadeira de origem, quando a bola voltou a rolar para o segundo tempo, entre uma olhada para o campo e outra pra onde eu pisava, vi Marcelo fazer uma bela defesa, num chute de Marcelinho Paraíba, rebatendo para dentro da área, Rubens Cardoso não chegou na cobertura e Márcio Gabriel deixou tudo igual. Eram apenas 28 segundos da etapa final.

Depois disso, o jogo ficou ensebado, Gallo mudou mal, sacando Léo Medeiros - substituido de forma acertada, Patrício e Elton, para as entradas de Helton Luiz, Rogério e Paulo Roberto. O erro, em minha opinião foi o fato de tirar do jogo Patrício, que apesar de qualquer coisa é infinitamente superior a todas as outras tentativas frustadas do treinador na posição. Vide Ananias e o jogo de hoje, simplesmente horroso! Mas ai quem resolveu aparecer foi o arbitro Paulo Jorge Figueira, do Rio Grande do Norte. Arbitragem sofrível, lances cabais não marcados. Duas penalidades para o Bahia, no segundo, Paulo Roberto praticamente levou um ipon do adversário, assim como o atacante Ariel, que sofreu uma das faltas mais claras da minha vida e não marcada pela arbitragem, aliás duas, sendo que a primeira foi dentro da área. Penalidade clara, desta vez para o Coritiba. E que o senhor Paulo Jorge Figueira de péssimo domínio do apito, não marcou.

O Bahia não conseguiu se encontrar na etapa final e o Coxa levou perigos em alguns contra golpes. Por fim, vaias mais uma vez em Pituaçu e a sensação de que o time poderia ter saido do caldeirão com um melhor resultado. Além de um pergunta recheada de preocupação: "É tudo o que temos a oferecer?" Se a respota for sim, eu temo deste já pela Série B.

Com o resultado, o Coritiba se classifica para próxima fase da competição com um empate sem gols, com o placar de 1 a 1 e com uma vitória. O placar se repetindo no segundo jogo leva a decisão para os pênaltis. A partir daí, qualquer igualdade favorece o Tricolor, que também avança com um triunfo. O próximo jogo entre os dois times será na próxima quarta-feira, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

Um comentário:

Unknown disse...

Ok! Tê te colocando como parceiro aqui!