domingo, 26 de abril de 2009

Ramon Menezes, um erro e o Tri encaminhado

O primeiro BaVi decisivo do Baianão 2009 foi como todo grande clássico e com aquele roteiro bem conhecido, vence quem errar menos. Pituaçu esteve lindo para uma grande festa. Apesar do anúncio de que todos os ingressos foram vendidos, o estádio que tem capacidade para 32.400 espectadores, recebeu nesta tarde, 30.015 torcedores.

A festa nas arquibancadas, como sempre, foi perfeita. O estádio é lindo, e colorido de branco, azul, vermelho e preto ainda mais. Quando a bola rolou, o Vitória de Carpegiani foi quem deu as caras. O começo de jogo foi todo rubro negro. Neto Baiano em uma chance clara fez o goleiro tricolor Fernando fazer uma grande defesa.

Mas, não demorou muito e o esforço rubro negro foi recompensado. Carlos Alberto lançou Apodi que cruzou na cabeça de Ramon. O Reizinho do Barradão já não tem o mesmo pique de antigamente, mas tem a estrela de um grande ídolo e sabe ser decisivo, principalmente em Bavis. Vitória 1 a 0. A torcida vermelha e preta mesmo em menor número fez a festa. E que festa.

O gol do Vitória terminou acordando o Bahia que foi pra cima, apoiado pela torcida, que no velho estilo argentino ou dos ‘loucos’ corinthianos de torcer, incentivou ainda mais o time depois do gol do rival. E aos 18 minutos, Patrício achou Rubens Cardoso livre de marcação dentro da área, o lateral bateu forte e Viáfara espalmou, no rebote Reinaldo Alagoano colocou para dentro. 1 a 1. A festa mudou de lado e foi tão bonita quanto a primeira.

A partir de então o jogo ficou ainda mais com cara de BaVi, tenso, nervoso, truncado e equilibrado. O time do Bahia mostrava em certos momentos um descontrole emocional difícil de entender. Veio o segundo tempo e os times mantiveram as posturas da primeira etapa, porém o Vitória mostrava uma ligeira superioridade e o Bahia que hoje sentiu falta de Léo Medeiros, tinha um grande problema, o time de Gallo não chutava em gol.

E após um escanteio para o Bahia, logo aos sete minutos do segundo tempo, a bola sobrou para o meia tricolor Ananias, que tinha todas as condições de recolocar a bola em jogo de volta no ataque ou até mesmo arriscar no gol, porém com um toque displicente na bola, Ananias errou. E como diz o velho roteiro, em clássico não se erra. O Vitória ficou com a bola e saiu em contra ataque. A bola caiu nos pés de Ramon Menezes. O mesmo Ramón que saiu do Vitória no final da temporada passada, brigado com o então treinador Vagner Mancini e chegou e negociar sua ida para Bahia e quando as coisas pareciam acertadas, uma voz de prepotência vinda do Fazendão declarou que Ramon era velho demais para o Bahia. O mesmo Ramon lançou Apodi, o lateral com sua característica velocidade entrou na área tricolor e foi derrubado por Rubens Cardoso. Pênalti. E foi Ramon, o camisa 10 e capitão rubro-negro quem com categoria fez Vitória 2 a 1.

Pituaçu voltou a ser vermelho e preto. O Bahia sentiu o gol e Gallo mudou, porém de forma equivocada. O treinador tirou o atacante Reinaldo Alagoano e colocou em campo o lateral esquerdo Avine. Ao fim do jogo o treinador disse que a intenção era dar mais movimentação ao time. Mas não foi isso que se viu em campo. O Bahia perdeu o meio campo e o ataque era pífio. Outras duas substituições foram feitas e nenhuma fez efeito. O time de Carpegiani até lembrava aquela bela retranca paraguaia montada pelo próprio na Copa do Mundo da França em 98, e segura tudo.

Com o passar do tempo, o Bahia entrou em desespero, mas era o Vitória quem levava mais perigo ao gol adversário, com contra golpes rápidos puxados por Ramon, Apodi e companhia. Patrício ainda foi expulso por agredir Neto Baiano aos 40, antes Alex Maranhão, quase empatou ao cobrar uma falta que explodiu na trave. Aos 49 minutos, Sálvio Spínola terminou o primeiro BaVi decisivo e a torcida do Vitória vibrou com o grande resultado.

O time de Carpegiani quebrou a invencibilidade do Bahia, que ainda não havia perdido no novo estádio de Pituaçu e de quebra viu aumentar consideravelmente a vantagem que tinha. O Bahia terá que vencer o jogo do Barradão por dois de diferença.

O Baianão ainda está aberto, afinal nos últimos anos a casa rubro negra foi palco de grandes triunfos tricolores, mas que o Vitória que deu um enorme passo para o tri-campeonato, isso é inegável. Que venha o próximo domingo, com o grito de campeão e mais festas e paz nas arquibancas.

domingo, 19 de abril de 2009

Como já era de esperar...

O Bahia foi até Feira de Santana e como já tinha havia feito na fase de classificação, venceu o Fluminense, jogando no Jóia da Princesa. O tricolor dominou a partida desde o começo e abriu o placar com Reinaldo Alagoano, aos 29 do primeiro tempo. O segundo gol tricolo foi marcado depois de uma saída errada da zaga feirense. O capitão Tácio falhou e Beto chutou de fora da área fazendo o segundo tricolor.

O time de Gallo se manteve superior e quase ampliou na bola na trave de Ananias que havia entrado no lugar do machucado Rogério. No segundo tempo o Bahia continuou melhor, porém aos 16, Brazão diminuiu e colocou o Flu de volta no jogo.O Touro do Sertão cresceu na partida e por pouco não conseguiu o empate em uma bola na trave do artilheiro Brazão.

O Bahia ainda teve chances de ampliar o marcador porém manteve o resultado e agora pode até perder por um gol de diferença na partida de volta que estará classificado para a final, ao Flu, para conquistar a vaga, resta vencer em Pituaçu, onde o Bahia está invicto, por dois gols de diferença. Na próxima quarta-feira (22/04) será a vez do Bahia receber o Fluminense. A partida começa às 21h no estádio de Pituaçu.

No outro duelo...
O Vitória começou bem a penúltima etapa rumo ao título de Campeão Baiano 2009. O Rubro-Negro de Salvador venceu o Atlético de Alagoinhas, em Alagoinhas, por 2 a 1. O Atlético não resistiu à pressão do Vitória e caiu em casa.Os três gols do jogo foram feitos ainda no 1º tempo, em um intervalo de 11 minutos. Ramom marcou o primeiro do Vitória aos 16 minutos, após uma cobrança de falta e um frango do goleiro do carcará. Jackson marcou o segundo do Leão, aos 19 minutos, e Roberto marcou o único do Atlético, aos 25 minutos.

O 2º tempo da partida foi equilibrado, mas o Atlético não conseguiu arrancar um empate, muito menos ameaçar o domínio Rubro-Negro no jogo. Agora, Vitória e Atlético se enfrentam no Estádio Manoel Barradas, o Barradão, às 20h10, na próxima quarta-feira (22/04).O Leão vai tentar manter o bom resultado na partida para chegar à final. Ao Atlético, resta ir para Salvador e tentar reverter a situação, vencendo o Vitória por dois gols de diferença. O problema agora será vencer o Leão na sua toca.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um campeão inocente


Nunca fui muito fã de Fórmula Indy, tenho problemas com os circuitos ovais, mas sempre que posso vejo as corridas. Tanto pra ouvir Do Valle ou Téo José narrando, quanto pra ver a bela Danica Patrick ou o baiano e conterterrâneo Kanaan. Porém foi com Hélio Castroneves que passei a olhar com mais carinho a categoria. A cada vitória aquela escalada fantástica nos alambrados, era o Homem Aranha, que sempre me lembrava Senna e a sua última vitória em Interlagos, comemorada no meio do povo. O processo contra Castroneves trouxe tanto tristeza quanto decepção. E numa sexta-feira em que a Justiça brasileira deu mais um grande passo para que não se acredite nela, vide a decisão sobre o Maranhão, a dos EUA mostra que o homem e ídolo era inocente. Decisão que lá no fundo devolveu o orgulho e a satisfação a cada brasileiro, de ter no Spider Man um heroi, um ídolo e também um exemplo de homem honesto.

Da série: Eu tenho mais o que fazer....

Continuo me recuperando da cirurgia, por isso apenas reproduzirei aqui uma notícia do excelente Portal Futebol Baiano, publicada nesta sexta-feira. Meu comentário principal vai no título. O pior é que sei de outro embate lamentável entre as duas diretorias. Cenas para os próximos capítulos, coisa que ainda não posso revelar para que cabeças não rolem. E disso a diretoria do Vitória entende, mas esperem e comprovem. Por hora o texto do PFB, assinado pelo repórter Elton Serra:

"A briga nos bastidores do futebol da Bahia continua tomando proporções gigantescas. Após ser acusado pelo presidente do Vitória, Alexi Portela Filho, de ser o principal responsável pela dívida de mais de R$ 2 milhões e a consequente penhora do valor relativo ao 'Clube dos 13' , o atual gestor de futebol do Bahia, Paulo Carneiro, rebateu as declarações do dirigente Rubro-negro.

Em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, Carneiro não poupou críticas à Alexi Portela. "Quase quatro anos que eu saí do Vitória e ele [Alexi] joga sobre mim sua irresponsabilidade e sua incompetência", disparou o 'cartola' Tricolor. "Deixei quase R$ 15 milhões de crédito, com venda de jogadores e da sede, mas ele tem dificuldade em reconhecer meus méritos", completou.

Paulo Carneiro também justificou a transação envolvendo o jogador Maurício, pivô da ação impetrada contra o Vitória em 2004 através de seu representante, Fábio Mardui Neto. "Compramos 50% do passe de Maurício na mão dos empresários André Cury [irmão de Fábio Mardui] e Juliano Bertolluci, e demos uma promissória de R$ 600 mil. O Vitória deve ao banco, mas a dívida com o jogador já foi saldada", rebateu o dirigente à Rádio Sociedade da Bahia."

André Cury esteve no Bahia há cerca de um mês cobrando uma dívida de R$ 1 milhão. Mas na verdade faltava pouco menos de R$ 200 mil para ser pago. É caso de polícia", finalizou Paulo Carneiro, dando o Tricolor como exemplo de um possível ato de má fé do empresário.

Argumentos Rubro-negros - Na mesma rádio, o presidente do Vitória, Alexi Portela, havia acusado Paulo Carneiro de ter acumulado dívidas trabalhistas durante os anos, quando o atual gestor de futebol do Bahia era presidente do Rubro-negro. "Quando chegamos ao clube encontramos o descaso e agora as dívidas do clube estão aparecendo. Não se pode fazer as coisas sem ter dinheiro, mas isso aconteceu e está estourando agora. São problemas da gestão anterior", disparou.

De acordo com Portela, o vice-presidente executivo de futebol do Vitória, Jorge Sampaio, está tentando resolver o 'caso Maurício' com o procurador do jogador. O valor total da dívida é de R$ 1.553.898,13."

Considerações tardias e outras que podem salvar

O Zé do Blog do Bahia na Globo.com comentou o seguinte sobre a partida Bahia 0x0 Coritiba da última quarta-feira que culminou com a eliminação do tricolor:

"Muita gente gostou do time, muita gente gostou da postura dos jogadores, muita gente comemorou as duas bolas na trave, muita gente ficou conformada com a eliminação precoce na Copa do Brasil. Eu não. Acho bizarro um time que quer ser grande de verdade, que quer reconquistar o respeito que tinha, se picar logo na segunda fase de um torneio nacional. Também, com uma zaga que não sabe marcar, um meio que não sabe criar e um ataque que não sabe fazer gol, que porra eu queria? Sendo um pouco mais bonzinho com o Bahia e sendo metafórico feito o presidente do nosso Brasil varonil, saímos da Copa, mas acho que a casa já tem uma base pronta para a disputa da Série B. Só falta o acabamento e uma decoração digna da Casa Cor."

Concordo em número e grau com o Zé, não escrevi sobre o jogo devido a problemas de saúde que tive na noite de quarta, mas o amigo João Eça, o Balão escreveu em tom de revolta, o seguinte sobre a partida: "Cheguei a uma conclusão! A torcida é o câncer do Bahia! um time medíocre que nao consegue ganhar do ridículo Coritiba. E o torcedor ainda vai pro rádio dizer que o time foi heroico. Pelo amor de deus....essa história se repete todo ano."

Também concordo, mas só em parte com o que diz Balão. Não creio que a torcida seja o cancêr do Bahia, o cancêr de verdade está lá dentro e sinceramente creio que só sairá quando quiser, ou quando medidas mais drásticas forem tomadas. Eu bobo que sou, cheguei a acreditar que sairiam antes de começar essa nova gestão, mas não, ai estão, mudaram algumas peças, mas a essência permanece. Quem acompanhou no noticiário o que falou sobre gestão o ex-craque Leonardo - vide comentários de Lédio Carmona, Décio Lopes e Emerson Gonçalves - deve ter ficado com água na boca, se foi torcedor do Bahia então...

É preciso mudar a forma de pensar, algumas coisas mudaram para melhor sim, mas ainda há muito a ser feito, o problema está em muito do que dizem Lédio e Décio, é preciso mudar, inovar, profissionalizar e isso é possível. Mas por aqui muitos caminho devem ser trilhados. Se a situação do glorioso Flamengo gera tanta preocupação, imaginem ao Bahia, clube de glórias que "eles" apequenaram. O assunto é delicado, gera reflexão, o atual panorama é triste e me faz ter dores, o que não é bom no procedimento pós operatório, é melhor dormir.


PS: Faltou dizer, que também não foi mil maravilhas, mas diferente do tricolor, o Vitória avançou na Copa do Brasil e agora espera o Guaratinguetá ou o Galo Mineiro nas oitavas.

domingo, 12 de abril de 2009

Com emoção ou sem emoção?

Se emoção era o que se esperava da última rodada do Baianão, esqueça. Ela não apareceu. Isso porque o Atlético tratou de mostrar que não perderia a vaga logo nos primeiros minutos do jogo contra o Vitória e foi para o intervalo com 2 a 0 no placar. Além do mais, o Conquista sequer vencia seu jogo diante do misto do Fluminense. Na parte de baixo da tabala, o Feirense tratou de abrir o placar contra o Madre de Deus, rebaixando o Poções, que não fez a miníma força para permancer na elite do Baiano e conseguiu perder em casa para o Camaçari por 1 a 0. Ah, o Madre de Deus até empatou, mas sem danos maiores, já que a raposa do oeste tratou de implorar pelo rebaixamento. Não fará falta alguma. E que seus dirigentes aprendem o significado da palavra planejamento.

Voltando a parte de cima, o Atlético mostrou que não é isso tudo e conseguiu levar dois gols do misto do Vitória, que só serviu para que Carpegiani que acompanhou o jogo das tribunas tirasse conclusões sobre atletas que sequer deveriam ter sido contratados. Porém, quando a emoção começava a chegar, uma vez que o Conquista abriu o placar diante do Flu, o Atlético marcou o terceiro e graças a incompetência dos reservas do Vitória - que perderam gol inacreditáveis - segurou o placar e vai pegar o próprio Vitória nas semifinais. Jogando com força máxima, o Vitória é mais do que favorito. Somente uma tragédia impede o time de Carpegiani de decidir o campeonato no dia 03 de maio no Barradão.

Em Pituaçu, que recebeu um público pífio, de pouco de mais de 2mil espectadores assistiram ao Bahia "principal" entrar em campo e não convencer diante do Itabuna. O torcedor além de sair de orelha em pé com o time de Gallo, percebeu que Pituaçu é também um estádio de verão, na chuva vai ser difícil encontrar um ponto no estádio que não receba água dos céus. O time venceu por 4 a 2, mas apresentou falhas que contra adversários de maior qualidade podem custar caro. A se destacar, as falhas do zagueiro Evaldo, que assustaram e irritaram, e o bom desempenho de Paulo Roberto, que já mostra futebol suficiente para permancer ao menos entre os 18 relacionados. O tricolor enfrenta nas semifinais, o Flu de Feira. O confronto promete mais equilíbrio do que Vitória e Atlético, porém decidindo a vaga em casa e com a vantagem de dois resultados iguais, o Bahia é o favorito.

Com isso, caso os times do interior não aprontem boas surpresas, Vitória e Bahia devem decidir (mais um vez!) o Campeonato Baiano. Antes das semifinais no próximo domingo, a dupla BaVi tem compromisso pela Copa do Brasil nesta quarta-feira.

sábado, 11 de abril de 2009

Um raio x da 1ª fase do Baianão - Esperando o Round Final

Até aqui a bola rolou em 21 rodadas para 126 jogos. A rede balançou 355 vezes, a média de gols é de 2,8 por jogo. Foram 65 vitórias dos mandantes, 38 dos visitantes e 23 empates. Doze times entraram na disputa pelas quatro vagas nas fase seguinte, três chegam na última rodada garantidos, outros dois disputam a última vaga. Outros três clubes lutam para não cair.

O Vitória chega na última rodada como líder do campeonato com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado. O time rubro negro teve durante a competição três treinadores, Vágner Mancini, Mauro Fernandes e Ricardo Silva, e na fase final terá um quarto comandante, Paulo Cesar Carpegiani. O time da Toca do Leão tem o ataque mais positivo do Campeonato com 54 gols marcados, uma média de 2,57 gols por jogo. Também é do Vitória, o artilheiro da competição, Neto Baiano, com 14 gols.

Com a primeira colocação garantida, o Vitória tem a vantagem de decidir a vaga na final contra o quarto colocado jogando por dois resultados iguais e com a segunda partida sendo realizada no Barradão, vantagem que o time também leva para a final, caso se classifique. O Leão tem ainda a zaga menos vazada, tendo sofrido apenas 11 gols, o que dá ao time de Ricardo Silva a impressionante marca de 43 gols de saldo.
O Bahia é o time de segunda melhor campanha, tendo marcado 41 e sofrido 18 gols, porém o time tricolor ainda não tem o segundo lugar garantido, uma vez que o Flu de Feira, dono de uma brilhante campanha nesse Baianão, ainda pode ultrapassar o tricolor. Para isso, basta que o Flu vença o seu jogo e o Bahia não vença o seu.
Porém, dependendo das suas próprias forças, jogando com o time titular e no estádio de Pituaçu onde ainda não perdeu, o Bahia que enfrenta o Itabuna, que não tem mais aspirações na competição, deve se garantir na segunda posição. Bahia e Fluminense é o primeiro confronto já definido para as semifinais do estadual. Caso seja mesmo o Bahia o time de melhor colocação, o tricolor joga contra o Touro por dois resultados iguais, sendo a primeira no Jóia, e a decisão da vaga em Pituaçu.

Abriga pela última vaga envolve Atlético de Alagoinhas e Vitória da Conquista. O Carcará que se manteve invicto da 7ª até a 19ª rodada tinha a vaga praticamente assegurada, porém perdeu as duas últimas partidas e viu o Bode de Conquista encostar na tabela.

A missão do time de Alagoinhas não é das mais fáceis, apesar de depender das próprias forças, o time terá que vencer o líder Vitória, que jogará com um time misto. O Atlético, que joga em casa, ainda terá a estreia do técnico Ferreira, depois da equívocada demissão de Moisés Alves, responsável direto pela subida de produção do time de Alagoinhas.

Já o Conquista, de quem muito se esperava depois do Baianão do ano passado, não fez um bom começo de campeonato e terminou vacilando em momentos cruciais, porém com os tropeços do Atlético nas últimas rodadas, voltou a ter chances de classificação. Para isto o Bode jogará tudo contra o já classificado Fluminense e ficará na torcida por um tropeço do Atlético diante do Vitória. O dono da quarta vaga será também o adversário do time do Barradão nas semifinais.

Itabuna, Ipitanga, Madre de Deus e Colo Colo apenas cumprem tabela nesta última rodada. Já os outros três times vão entrar em campo com a faca entre os dentes, jogando tudo para continuar na elite do Baianão em 2010.

A missão mais complicada é a do Feirense, que apesar de jogar em casa, vai a campo carregando o peso da lanterna e tendo a obrigação de vencer o Madre de Deus para escapar da Segundona. Já o caçula do Baianão que vem de uma heroica vitória sobre o Bahia, não corre mais risco de cair, já que mesmo que perca seu jogo, não poderá ser alcançado por todos os adversários da parte de baixo da tabela.

Também correm risco, Poções e Camaçari que se enfrentam no Waldomiro Borges, em Jequié. Em caso de vitória do Feirense no Jóia, o rebaixado sairá desta partida, já que Poções e Camaçari são respectivamente, penultimo e antepenultimo colocados.

O Colo Colo apesar da pífia pontução não tem mais chances de rebaixamento pelo mesmo motivo que o Madre de Deus, ainda que perca seu jogo só poderá ser alcançado por dois dos três adversários que lutam para não cair.
Com isso a última rodada será daquelas cheia de emoçãos. Decisão de posições, briga pela última vaga no G4 e luta pelo rebaixamento. Após o apito final, quatro torcidas estarão de olho nas semifinais, uma frustrada com a não classificação. Duas aliviadas e uma outra chorando o rebaixamento. Que venham as cenas do derradeiro capítulo da primeira fase do Baianão 2009.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Sexta-feira Santa do Madre de Deus ou a Via Crucis Tricolor

Maria não teve nada a ver com a história, mas sabe como é, o jogo foi tão ruim que só deve ter servido mesmo para que Gallo observa-se quais os "craques" que vão deixar o Fazendão na lista de dispensa. Foi literalmente, e com todo respeito, uma via crucis. Enfim, na sexta da paixão, quem brilhou foi a mãe do crucificado, afinal é ela a homenageado no time azul e amarelo. O Madre de Deus. O Bahia vencia por 2 a 0, gols de Paulo Roberto, mas o Madre, com um a menos, empatou e virou a partida. 3 a 2.

Prefiro não comentar sobre o jogo, a não ser que se os titulares do Bahia já não são lá isso tudo, imaginem os reservas, e o pior, os reservas dos reservas. Quem é Cadu? Thiago Carpini? Juninho?. Vale lembrar também que o único titular em campo, o goleiro Marcelo, falhou duas vezes. Além de Gallo que teima em inventar nas suas substituições. Será que o Bahia não tem um zagueiro reserva? Gallo preferiu tirar um e colocar um volnate, recuando outro volante para a zaga. Mas vou parar por aqui, por que quem melhor definiu o time tricolor foi o narrado Expedito Magrini, do jeito que só ele sabe dizer: HORROROSO!

A se parabenizar a luta do time de Madre de Deus, que fez a partida da sua vida, já que luta pelo rebaixamento. A situação do time melhorou, mas ainda é complicada para a última rodada neste final de semana.

Algo a se lamentar foi a confusão no final do jogo, onde a Polícia Militar de Madre de Deus, mais uma vez neste campeonato - vide a imagem abaixo mostrando a confusão no jogo Madre de Deus x Fluminense - mostrou todo o despreparo do planeta ao agredir do gandula aos jogadores do Madre de Deus, sem necessidade alguma. Pior foi ouvir do comandante do policiamento que a violência (o uso de cacetetes e spray de pimenta) é um recurso necessário naquele momento.

Foto do torcedor: Fernando Vivas

Pense em um absurdo, na Bahia tem procedência

A famosa frase do ex-governador da Bahia, Octávio Mangabeira que dá título a este post, se refere a algo que de certa forma, é uma tendência do mundo do futebol. Após duas derrotas consecutivas, Moisés Alves foi demitido do comando técnico do Atlético de Alagoinhas, 4º colocado no Campeonato Baiano.

O absurdo em questão é o fato de ter sido justamente sobre o comando de Moisés que o Atlético chegou ao recorde de invencibilidade deste estadual. Foram 13 jogos consecutivos sem conhecer derrota. E o treinador do Carcará não vivia só de números, dentro de campo o time se mostrava aguerrido e com um belo padrão de jogo. Além disso, ele foi demitido na 21ª rodada, restando apenas uma para o fim da 1ª fase.

O péssimo começo de campeonato impediu que com a série invicta o time estivesse próximo de Bahia, Vitória e do terceiro colocado Fluminense. Bem verdade que as duas derrotas colocaram em risco a classificação que já parecia conquistada, porém demitir o treinador restando uma partida para o fim da primeira fase, é no mínimo muito amadorismo por parte da direção atléticana, que pro sinal vinha se mostrando um diretoria das mais profissionais. Apresentou um planejamento, buscou parcerias, e mesmo com o péssimo começo de campeonato, viu os investimentos darem certo e o time entrar no linha. Porém o vacilo nas últimas rodadas mais a equívocada demissão do treinador podem custar caro ao Carcará. Moisés Alves disputou 19 partidas, vencendo 10, empatando 5 e perdendo outras 4. Permaneceu 13 partidas invicto, entre a 7ª e a 19ª rodada. Agora, Moisés assume o cargo de coordenador técnico.

Quem já assumiu o time foi Ferreira, velho conhecido do futebol baiano, campeão em 2006 pelo Colo Colo e que em seguida chegou a treinar o Vitória. A missão do Atlético é vencer o Vitória, que vai a campo cheio de reservas, jogando em Alagoinhas, diante de sua apaixonada torcida, para garantir a vaga na próxima fase. Caso empate ou perca a partida, terá que torcer por um empate ou derrota do Vitória da Conquista contra o Fluminense, no Estádio Lomanto Junior.

Vale lembrar também, que o Atlético só poderá no máximo se manter quarta colocação, logo seu próximo adversário será mais uma vez o Vitória, desta feita valendo vaga na grande final.

Na falta de confiança, restam os votos de sucesso

Na última quarta-feira, o Vitória teve o seu teste de fogo em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi, onde não vencia há 15 anos, desde a vitória sobre o Inter e que valeu a conquista de nada menos do que a Copa da Uva.

Não vi o jogo, uma vez que estava em Pituaçu, porém todos os rubro negros que acompanharam a partida me passaram a impressão de que o time de Ricardo Silva fez uma grande partida. Mesmo com o gol dado de presente pelo goleiro Gatti, o time do Barradão mereceu o resultado. Tive a sorte de chegar em casa restando poucos minutos para o fim da partida. Exatamente nove. E três minutos depois, aos 39, vi Bida marcar um belo gol, dando números finais ao jogo.

O jogo foi um grande teste para Ricardo Silva, que mostrou potencial para seguir a frente do comando técnico do Leão. Vale lembrar que Ricardo já havia comandado o time em seis jogos pelo Baiano e ainda não sabe o que é perder. Ricardo que era auxiliar técnico tem um estilo que me agrada. É daqueles que fica na beira do campo, reclama, dá instrução aos jogadores, e o melhor de tudo isso, tem conhecimento sobre futebol. Quando jogador atuou ao lado de grandes ídolos do futebol baiano, entre eles Beijoca, com que disputou posição e fez dupla de ataque no Bahia.

Creio que faltou um pouco de confiança e amadurecimento para a diretoria rubro negra, que preferiu trazer Carpegiani, ídolo do futebol nacional, nome de peso, mas que não terá nas mãos, jogadores do mesmo naipe dos grandes atletas que comandou ao levantar títulos.

Particularmente, gosto do Carpegiani, foi craque com a bola nos pés. Como treinador foi campeão da Libertadores em 81 pelo Flamengo, depois disso o fato mais marcante da sua carreira como treinador me parece ter sido a Copa de 98, quando montou o excelente time do Paraguai, que parou nas oitavas de final diante da França.
Depois disso, ele passou pelo São Paulo, cuja passagem, acabou marcada por ele ter afastado o goleiro reserva Roger, por ter posado nu para uma revista. E após 6 anos cuidando do seu próprio clube, o RS Futebol CLube, entre 2001 e 2007, assumiu o Corinthians substituindo Emerson Leão e após vinte e quatro jogos no comando do clube paulista, dos quais obteve apenas seis vitórias, Carpeggiani foi demitido, deixando o Corinthians em 13º no Brasileiro, que culminaria com o rebaixamento do time do Parque São Jorge.
O treinador chega no Barradão na próxima segunda e comanda o time rubro negro pela primeiva vez diante do Juventude, no jogo de volta, no Barradão. Quem chega ao lado do treinador é seu filho, que será um espécie de auxiliar na área de tecnologia e Júlio Camargo que deixa o time juvenil do Grêmio para ser auxiliar de Carpegiani. Que o talento, garra e elegânica que o professor exibia em campo sejam marca do time rubro negro nesta temporada.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

É tudo o que temos a oferecer?

A partida desta quarta-feira diante do Coritiba, era de importância ímpar para o torcedor do Bahia. Obviamente que também para o time, mas para o tricolor das arquibancadas, este seria o teste de fogo para um elenco que começou muito bem o campeonato Baiano, mas não segurou o ritmo, sofrendo agora de "escassez futebolística".

O público presente, confesso que me surpreendeu. Não que eu não conheça a força da torcida tricolor, porém colocar 21 mil torcedores em Pituaçu depois de um vergonhoso 4 a 0 para um dos últimos colocados do estadual foi algo que me deixou felizmente surpreendido.

Dentro de campo, o time de Alexandre Gallo até começou jogando bem. Tinha mais domínio de bola, porém não conseguia traduzir isto em jogadas perigosas. Léo Medeiros retornando ao time, chamou pra si a responsabilidade, porém visivelmente sem ritmo de jogo (também me pareceu acima do peso, mas isso eu acho que é desde que chegou.). Mesmo mandando no jogo, o primeiro chute, só veio aos 19, com Beto jogando por cima do gol de Vanderlei.


Aos 27, erro na saída de bola entre Ananias (péssima partida!) e Léo Medeiros, os volantes mal posicionados, deixam Marcelinho Paraíba solto na entrada da área. Ele acerta um lindo chute no gol de Marcelo, colocando o Coxa em vantagem. A pequena torcida coxa-branca vibrou em Pituaçu. Falando em torcida, uma fato a se destacar foi a recepção dada à torcida paranaense pela torcida do Bahia, com direito a troca de cordialidades, com uma bandeira verde e branca na torcida do Bahia, e uma vermelha, azul e branca no do Coxa. Que seja sempre assim, com paz.

Voltando ao jogo, enfim o Bahia que jogava como um time capenga, apenas pelo lado esquerdo com Rubens Cardoso, enquanto Patrício se desesperava pedidindo bola do outro, entrou na partida. E justamente com Patrício, que apesar de não ter feito nenhuma partida excepcional foi responsável direto pelos tentos tricolores, o Bahia chegou com perigo ao gol do Coritiba. Aos 35, o lateral em cobrança de escanteio, jogou na área e Evaldo, de meia bicicleta, fez o primeiro do tricolor, deixando tudo igual. A torcida ainda cantava o tradicional "uh pula aê, deixa o caldeirão ferver", quando de novo Patrício, cruzou e Leandro, de cabeça, desempatou o jogo. Vibração nas arquibancadas do Monumental do Parque. O time se empolgou com o coro das mais de 20mil vozes e foi pra cima do Coxa. Em um jogada de ataque, Beto limpou bem dentro da área e bateu, Vanderlei fez um grande defesa com os pés. A blitz do tricolor deixou empolgou os torcedores do Bahia que aplaudiram o time no fim do primeiro tempo.

Já começou?Já foi gol?

Essa foi a sensação minha e de muitos ao meu redor. Após encontrar amigos em outra parte do estádio, eu retornava para minha cadeira de origem, quando a bola voltou a rolar para o segundo tempo, entre uma olhada para o campo e outra pra onde eu pisava, vi Marcelo fazer uma bela defesa, num chute de Marcelinho Paraíba, rebatendo para dentro da área, Rubens Cardoso não chegou na cobertura e Márcio Gabriel deixou tudo igual. Eram apenas 28 segundos da etapa final.

Depois disso, o jogo ficou ensebado, Gallo mudou mal, sacando Léo Medeiros - substituido de forma acertada, Patrício e Elton, para as entradas de Helton Luiz, Rogério e Paulo Roberto. O erro, em minha opinião foi o fato de tirar do jogo Patrício, que apesar de qualquer coisa é infinitamente superior a todas as outras tentativas frustadas do treinador na posição. Vide Ananias e o jogo de hoje, simplesmente horroso! Mas ai quem resolveu aparecer foi o arbitro Paulo Jorge Figueira, do Rio Grande do Norte. Arbitragem sofrível, lances cabais não marcados. Duas penalidades para o Bahia, no segundo, Paulo Roberto praticamente levou um ipon do adversário, assim como o atacante Ariel, que sofreu uma das faltas mais claras da minha vida e não marcada pela arbitragem, aliás duas, sendo que a primeira foi dentro da área. Penalidade clara, desta vez para o Coritiba. E que o senhor Paulo Jorge Figueira de péssimo domínio do apito, não marcou.

O Bahia não conseguiu se encontrar na etapa final e o Coxa levou perigos em alguns contra golpes. Por fim, vaias mais uma vez em Pituaçu e a sensação de que o time poderia ter saido do caldeirão com um melhor resultado. Além de um pergunta recheada de preocupação: "É tudo o que temos a oferecer?" Se a respota for sim, eu temo deste já pela Série B.

Com o resultado, o Coritiba se classifica para próxima fase da competição com um empate sem gols, com o placar de 1 a 1 e com uma vitória. O placar se repetindo no segundo jogo leva a decisão para os pênaltis. A partir daí, qualquer igualdade favorece o Tricolor, que também avança com um triunfo. O próximo jogo entre os dois times será na próxima quarta-feira, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

domingo, 5 de abril de 2009

Os reservas que assustam...

O sono não permitiu que eu estivesse na frente da tv para acompanhar Ipitanga e Bahia, por isso não vou comentar a partida, apenas demonstrar meu espanto com a incapacidade dos reservas do Bahia, que não conseguiram superar o frágil Ipitanga. O time nômade do Baianão, que em 2009 joga em Senhor do Bonfim, goleou os reservas tricolores por 4 a 0. O tricolor com isso mantém a fama de freguês do time laranja. Fica também a pergunta, esses reservas tem mesmo capacidade de vestir a camisa do Bahia? Pelos resultados, eu temo que não.

Eu também dormia enquanto o Vitória vencia o Vitória da Conquista no Barradão por 1 a 0. Gol do volante Carlos Alberto. O Leão abriu 7 pontos do Bahia, segundo colocado e restando seis em disputa assegurou a liderança e consequentemente as vantagens para a fase seguinte.

O destaque da rodada, além do Ipitanga, obviamente, vai para o Flu de Feira que venceu o Camaçari no estádio que leva o nome do saudoso cronista Armando Oliveira, por 1 a 0 e também se garantiu nas semifinais e de quebra na série D do Campeonato Brasileiro. Quem também merece os parabéns da rodada é o Itabuna que sem pretensão alguma no campeonato, goleou o Atlético de Alagoinhas por 4 a 1 no estádio Antônio Carneiro em Alagoinhas. O Carcará não perdia a 13 jogos e deixou escapar a chance de se garantir já nesta rodada na fase seguinte do estadual. Porém o Carcará deve mesmo ficar com a vaga, já que restando apenas seis pontos em disputa, o time tem cinco pontos de vantagem para o quinto colocado, Vitória da Conquista.

Bahia e Vitória voltam a campo nesta semana, porém pela Copa do Brasil. O rubro negro pega o Juventude em Caxias, na quarta-feira, enquanto o 'time principal" do tricolor pega o Coritiba em Pituaçu. Emoções a vista!

Em tempo: O atacante Joãozinho, ex Cruzeiro, Ipatinga, Vitória e Atlético-PR foi anunciado hoje como novo reforço tricolor. O jogador chega esta semana em Salvador. Se chegar para jogar tudo o que sabe, ótimo, vem somar e com certeza para ser titular. Pode formar com Beto ou Alex Terra (desde que esse mostre pra que veio) uma boa dupla de ataque, rápida e eficiente. E volto a dizer se for o Joãozinho que ajudou o Vitória na campanha do retorno à série A em 2007, o Bahia acaba de fazer uma das melhores aquisições do ano.

Entrou água....mas deu Brawn

Pra quem acabara de chegar de uma boa noitada soteropolitana às 4h da manhã, está de pé às 6h não era problema algum, logo assim estava eu, pronto para a largada do GP da Malásia. Luzes verdes acesas e a corrida começa.

Até então, com pista seca, mas com o circuito rodeado de nuvens dignas de causar inveja aos soteropolitanos que esperam desesperadamente por umas gotas de chuva. Já na saída, Nico Rosberg surpreendeu e pulou de quarto para primeiro enquanto Jenson Button, Jarno Trulli e Fernando Alonso brigavam pela segunda posição. Ainda na primeira volta, Button repassou Alonso rapidamente. Rubens Barrichello pulou para quinto na largada, e ficou preso atrás do espanhol bicampeão, que tinha um carro bastante pesado com o tanque cheio de combustível. Após a primeira rodada de pit stops, a dupla da Brawn colocou as asas de fora, o inglês assumiu a liderança e o brasileiro colou no italiano Jarno Trulli da Toyota.

Na volta 18, a Ferrari trocou prematuramente os pneus de Raikkonen, prejudicando o finlandês. Porém algumas voltou depois a chuva caiu com muita força e todos os pilotos tiveram de entrar nos boxes. Apenas Glock optou pelos pneus intermediários, e se deu bem, chegando a assumir a liderança quando Button parou para colocar os intermediários. O vencedor da primeira corrida parou e voltou na frente do alemão no retorno dos boxes.

Após os pilotos voltarem para os boxes com a intenção de voltarem com os pneus normais, a tempestade caiu de vez em Sepang. E assim, apesar do pouco tempo de corrida, tivemos novos pit stops, com todos os pilotos voltando para os pneus de chuva forte. Porém a chuva era tão forte que tornou a pista impraticável em Sepang. O safety car entrou na 31ª volta e a direção de prova interrompeu a corrida com a bandeira vermelha. Todos os carros ficaram parados na reta dos boxes, enquanto aguardavam uma decisão da direção. Após quase uma hora de paralisação, a corrida foi encerrada pelos comissários, principalmente pela falta de luz natural, porque a chuva já tinha diminuído sua intensidade.

Com a decisão o inglês da Brawn GP, Jason Button, assegurou a segunda vitória consecutiva na temporada, mas só levou cinco pontos, uma vez que o final da prova foi decretado antes de completar 75% do total de quilometragem, após 31 de 56 voltas. Nick Heidfeld, da BMW Sauber, terminou em segundo e Timo Glock, da Toyota, em terceiro. Trulli, também da Toyota, ganhou a quarta posição na última troca de pneus e superou o brasileiro Rubens Barrichello, da Brawn GP. Mark Webber, da RBR, terminou na sexta posição em Sepang. Lewis Hamilton, da McLaren, Nico Rosberg, da Williams, ficou em oitavo marcando apenas meio ponto. Felipe Massa, da Ferrari e Nelsinho Piquet, da Renault, ficaram fora da zona de pontuação.

sábado, 4 de abril de 2009

Glória do Desporto Nacional: Inter 100 anos

Na minha vida futebolística, semeada durante os anos 90, sempre tive uma admiração ímpar pelo futebol gaúcho. Sempre vi ali algo que mistura o raça uruguaia, a paixão argentina e o talento brasileiro, por isso sempre vi no futebol do Rio Grande, um futebol a se espelhar. Nesse período o time do sul que me encantava era um tricolor, o Grêmio. Time de Scolari, Dinho, Adilson, Paulo Nunes, Arilson, Jardel e tantos outros.

Porém o time de camisas vermelhas sempre me deixou com uma pulga atrás da orelha, não sabia ao certo o porque, já que não havia visto este ser campeão muitas vezes. A maior ligação devia ser mesmo o fato de ter sido o Internacional, o adversário do Bahia na final do Campeonato Brasileiro de 88. A final mais distante de todos os Brasileiros. Um time do sul e um do nordeste, separados por mais de 3 mil quilômetros, mas unidos pela paixão pela bola.

Mas o tempo passou, e assim me tornei muito mais um torcedor do futebol do que um time em si. As histórias dos clubes me encantavam, independente do fato de serem rivais ou não. E as poucos fui conhecendo a história do Sport Club Internacional. O Inter de Porto Alegre.

Como já disse neste blog anteriormente, me encantei pela história do clube que tem como um dos grandes ídolos um tal de Valdomiro, que sabia marcar gols como ninguém. Ainda Figueroa e Falcão. E o melhor, uma torcida que se orgulha de ser a do “Planeta dos Macacos”, a do time do povo e um mascote que é a cara do Brasil. E foi este time que aprendi a admirar. E na metade da primeira década do século, o Colorado passou a ser verdadeiramente Internacional.

Em 2006 o time de Fernandão e Abel Braga, conquistou a América e nos pés de Gabiru tingiu o mundo de vermelho diante do imponente Barcelona. Daí em diante, eles não se cansaram, se tornaram campeões de tudo(!) e conquistaram ainda mais admiração pelo Brasil e pelo mundo. O Inter deixava de ser uma paixão de metade do Rio Grande do Sul para ser um patrimônio e orgulho do Brasil.

É preciso ser grande para receber no centenário homenagens tão belas vindas de todo o país, inclusive do maior rival. A festa do Inter tornou-se a festa do Brasil e de todos os brasileiros, que tem nas veias a marca colorada.
O centenário do Inter comemorado de forma tão linda e justa para a grandeza do clube, me deixou com uma sensação de alegria pelo sucesso de uma grande clube. Um clube que apostou no profissionalismo e traçou metas. Um clube que mostrou ser possível fazer a paixão maior do brasileiro com planejamento.

A festa deste sábado com a presença de muitos dos grandes heróis do clube foi uma mostra da paixão e do profissionalismo. Foi emocionante ver Falcão, Figueroa, Valdomiro, Claudiomiro e quem diria, alguém não muito querido até um certo jogo em dezembro de 2006, Adriano Gabiru, serem ovacionados pela torcida colorada em um momento único.

O Inter merece todos os parabéns do mundo pela grandeza, pela força, pelos títulos, pela torcida apaixonada (e educada como poucas!), pelo profissionalismo e acima de tudo por ser uma realidade e um exemplo a se seguir. "Vamu vamu Inter!"

A fórmula do sucesso:
Nesta semana de comemorações coloradas, conversei por telefone com o vice presidente de Marketing do clube gaúcho, Jorge André Avancini. O dirigente falou sobre a expectativa para as comemorações, o que mudou para que o clube se transforma-se numa máquina de conquistar títulos, além da possibilidade de ver Bahia e Vitória com o mesmo grau de profissionalismo. Confira o bate papo e saiba os segredos de um clube trilegal que se tornou um dos maiores do mundo.

ELC- Como é que está a expectativa para a festa do centenário?
Jorge André Avancini - A expectativa é grande e a melhor possível. São cem anos de um clube vitorioso, campeão de tudo. E pra nós é uma honra, porque poucas instituições conseguem chegar aos cem anos da forma que nós chegamos.

ELC- O Inter de hoje, campeão de tudo, deixou de ser um clube grande do Brasil para se tornar uma força mundial. A partir de que momento começou essa mudança?
Jorge André Avancini - Olha, como em muitas mudanças, a nossa começou em um momento de crise. Em 2002, o Inter quase foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Então, o nosso presidente Fernando Carvalho disse que não queria mais aquilo pro Internacional, era algo que não cabia a um clube como o Inter. Então foi feita uma profissionalização, com a inserção de conceitos modernos de administração. E que passou a dar resultados. Tinhamos no planejamento a meta de em 2009 conquistarmos um título internacional e este veio três anos antes, em 2006. Isso a partir de um planejamento como é feito em qualquer empresa.

ELC- Qual foi a principal mudança dentro da estrutura do clube, a partir desse momento da profissionalização?
Jorge André Avancini -Mudou o conceito. A forma do clube passar a ser visto de um clube sem planejamento para um clube que se planeja. Um clube com torcedores sócios e com colaboradores que possuem experiência no que fazer. Todos os diretores do Inter hoje são pessoas do ramo, então tudo isso mudou. Temos um quadro de funcionários que é muito forte.

ELC- E o projeto de 100mil sócios, qual a importância dele no clube?
Jorge André Avancini - A importância é o fortalecimento do quadro social do clube. Um quadro social forte, competente. São 80 mil sócios. Temos o segundo maior número de sócios na América Latina e o sétimo do mundo. Para se ter da importância desse quadro social, na última eleição em dezembro de 2008, tinhamos 25mil sócios aptos a votar, então o projeto fortalece o quadro social, ajuda a democracia dentro do clube.

ELC- Em relação ao tratamento dado aos ex-jogadores do clube, os ídolos como é o tratamento dado a eles?
Jorge André Avancini - O Inter sabe tratar seus ídolos com a atenção que merecem, até porque eles são parte desta história. E muitos deles estarão presentes na festa do dia 04 de abril. Fizemos questão de convidar esses ex-jogadores, e aqueles que tem disponibilidade estarão conosco na festa. Figueroa, Falcão, Carpegiani, Dadá, Valdomiro, Claudiomiro e tantos outros, que fazem parte da história do Internacional estarão conosco.

ELC- Ao mesmo tempo em que o Inter cresce nas conquistas, cresce também a torcida. Como vocês pretendem assimilar o crescimento da torcida colorada no Brasil?
Jorge André Avancini - Essa é justamente a nossa intenção, de fazer do Inter o segundo clube no coração do brasileiro. Hoje temos sócios não só por todo o Brasil, mas na California, na Nova Zelândia, no Chile. E tudo isso é um função de um trabalho democrático. O Inter é um cluber inovador. Foi o primeiro clube no Brasil há instituir eleição para presidente e quadro social,isso há quatro gestões. Hoje temos 25 mil sócios aptos para votar. O verdadeiro dono do clube é o sócio, nós somos instrumentos desse torcedor. Tudo isso é feito para o sócio, para o torcedor colorado.

ELC - O marketing do clube lançou no ano passado um boneco do jogador Guinazu, que teve uma grande identificação com a torcida, como é que foi a aceitação do torcedor?
Jorge André Avancini - O Guinazu é um atleta que tem uma grande identificação com o clube, e apostamos no projeto, que foi muito bem recebido pelo torcedor. Já estamos trabalhando com as marcas do D'alessandro e do Nilmar. Pra que se faça um boneco daquele, somente o processo de modelagem, de deixar ele pronto dura de quatro a seis meses, mas é um projeto muito bem recebido e que continuaremos.

ELC- Agora trazendo esse crescimento da instituição Internacional para as realidades dos clubes baianos, a partir desta profissionalização que ocorreu no Inter, você acredita ser possível trazer esta realidade para clubes como Bahia e Vitória? Qual seria a dica?
Jorge André Avancini - Com certeza é possível. A Bahia assim como aqui no Rio Grande, tem uma rivalidade fantástica. A questão é o profissionalismo, é planejamento, e também aceditar no torcedor. Futebol é feito de paixão, não é um produto que quando você não quer mais, você descarta. Você não deixa de ser Bahia ou de ser Vitória, então é preciso despertar essa paixão. Dirigentes de Bahia e Vitória já estiveram aqui conosco, nos visitando para conhecer o modelo de profissionalismo do Inter, e pra que a gente passasse um pouco da experiência que foi profissionalizar o Inter. Então é possível sim.

ELC- E os demais planos para o centenário em 2009?
Jorge André Avancini - O plano é a consolidação da posição do Colorado no cenário nacional, estamos fazendo um trabalho de exposição da imagem do clube no exterior. Temos a intenção de vencer os seis campeonatos que estaremos disputando neste ano. Já somos campeões do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, e fazer deste ano um grande ano para o Internacional.

A entrevista foi publicada originalmente no Portal Itapoan Online.

Em tempo: O Internacional confirmou nesta sexta (03/04) que a cantora baiana Ivete Sangalo fará parte da comemoração do centenário do clube. A baiana fará um show no dia 17 de dezembro no Beira Rio, ao lado de Zeca Pagodinho e Martinho da Vila.

"A estrutura do Vitória me surpreendeu (...) por isso nós não podemos errar"

Nesta semana entrevistei Raimundo Queiroz, novo homem forte do futebol do Vitória. Queiroz, ex-presidente do Góias, assumiu no mês passado a função de Diretor de Futebol do time da Toca do Leão. Em um conversa descontraída em mais uma noite de calor em Salvador, o diretor rubro negro falou sobre as primeiras impressões e o cuidado com as futuras escolhas. A entrevista foi publica no Portal Itapoan Online.

Raimundo Queiroz assumiu nos últimos dias, o cargo de diretor de futebol do Vitória. Toda a carreira de Queiroz no futebol foi construída no Goiás, onde começou em 1982, ocupando o cargo de vice-diretor do departamento amador. Ficou no cargo até 1992. Passou a exercer a função de assessor do departamento de futebol e esportes olímpicos. Em 1994, virou diretor do departamento de futebol do Goiás, até 2002. Atingiu o posto máximo do clube goiano em 2003, ocupando a presidência até 2006. No Vitória, Queiroz ocupará o papel de homem forte do futebol do clube. O dirigente rubro negro encontrou entre uma ligação e outra, um espaço para atender a equipe do Itapoan Online.

Eric Luis Carvalho - Ao chegar no Vitória qual a sua primeira impressão?
Raimundo Queiroz - Foi uma impressão muito boa. De um clube bem estruturado. Organizado, com um diretoria coe sa. Essa organização me deixou muito impressionado.

ELC - Você já chegou em um momento conturbado que foi o período da saída do Mauro. Declarou que pretende contar com um treinador “vencedor”. Mas como fica a situação do Ricardo Silva e do possível novo treinador?

Raimundo Queiroz - Estamos trabalhando, analisando as necessidades, podemos até demorar para anunciarmos o nome do novo treinador, mas não podemos errar. Temos que ter cuidado e muito critério para trazer alguém que fique até 31 de dezembro sem precisar trocar. Porque em caso de erros, teremos que fazer trocas e estas são sempre prejudiciais.

ELC - Após sua chegada se falou em uma espécie de auditoria no departamento de futebol, como está sendo feita?
Raimundo Queiroz - Não existe auditoria, o que esta sendo feito é um trabalho de analises de detalhes, de observação de como funcionam as coisas dentro do clube.

ELC - Pela sua experiência no Goiás, o que foi que você viu aqui no Vitória que seria fundamental para ser mudado?
Raimundo Queiroz - Olha, o Vitória é um clube muito bem organizado, tanto em termos de estrutura quanto em termos organizacionais. Por sinal, os dois clubes se equivalem, o Vitória e o Goiás, assim como a outros grandes clubes do país. Por isso pretendemos mudar o mínimo necessário.

ELC - O Vitória tem uma política de contratações ligada a grupo de empresários, você é a favor desta forma de contratação?
Raimundo Queiroz - Não é questão de ser contra ou a favor, é uma questão de necessidade. Você pode contratar um jogador de diversas formas, se você pode negociar diretamente com o clube que é dono do passe, ou com o atleta você negocia, mas se é um empresário ou um grupo de empresários, você também pode negociar. O que conta é a necessidade.

ELC - Quando o clube pretende apresentar novos reforços para esta temporada?
Raimundo Queiroz - Estamos buscando. A intenção é agradar ao torcedor, porque tudo que é feito é para agradar ao torcedor, agora temos que analisar. É a mesma situação do treinador, podemos até demorar, mas não podemos errar, por isso é preciso muita análise.

ELC - A chegada de reforços resultaria numa lista de dispensa entre os atletas do atual elenco?
Raimundo Queiroz - Primeiro temos que acertar com um treinador e só depois de uma avaliação profunda poderemos ver a melhor forma possível de fazer isso. Temos que ter paciência, independente de ser uma contratação famosa ou não, ela tem que ser acertada, por isso temos que esperar a chegada do treinador.

ELC - Você tem m grande reconhecimento diante de grandes dirigentes do futebol nacional como Juveval Juvêncio, Fernando Carvalho, entre outros, como é essa relação?
Raimundo Queiroz - Eu não sei se mereço tanto. Juvenal, Perrela, Fernando, são todos dirigentes com grandes trabalhos nos seus clubes. Eu fico feliz por ser elogiado no meio destas figuras, agora isso não será muita coisa se eu não chegar aqui e não ajudar o Vitória a conquistar objetivos não é?

ELC - E quando for a hora de enfrentar o time do coração, o Goiás, você já pensou na possibilidade?
Raimundo Queiroz - Já pensei sim. Estive longe do futebol por dois anos, decidindo se voltava ou não e agora estou voltando. Não conhecia outro clube que não o Goiás, mas a reação eu não sei, só mesmo vivendo. Mas tenho que ser profissional. Vou ter a partir de agora, dois times do coração, o Goiás e o Vitória, por sinal já sou quase um rubro-negro de verdade. Sou quase baiano, nasci na divisa entre Goiás e a Bahia, meus avôs e meus pais são baianos.

Vale lembrar que Queiroz é acusado pela atual diretoria do Góias de improbidade administrativa, com inclusive desvios de recursos. O caso ainda não foi julgado.

Falando em entrevista, na noite de ontem (03/04) conversei com José André Avanci, vice-presidente de Marketing do Internacional de Porto Alegre, o bate papo está publicado no Itapoan Online.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Acabou-se o encanto?

Menos de 48h depois de ter vencido o Madre de Deus na última terça-feira, por 1 a 0, a equipe do Bahia, já classificada para a próxima fase, entrou em campo na noite desta quinta-feira (02/04) para enfrentar o Camaçari. Atuando com um time misto, com a intenção de poupar alguns jogadores, o Bahia fez mais uma fraca atuação, frustando a pequena torcida que compareceu ao Estádio de Pituaçu. O detalhe é que apenas 3.864 torcedores pagaram ingresso. Seria economia para as partidas mais importantes, falta de paciência para um jogo a cada dois dias, ou descontentamento com a equipe? Creio que um pouco de tudo isso.

O Bahia de ontem não lembrou em nada o time valente e brigador do BaVi com um a menos, ou a equipe que massacrou adversáros no primeiro turno do campeonato jogando no caldeirão do Pituaço. Algo mudou no Fazendão. Será que o encanto se quebrou?

Gallo disse que o baixo rendimento é fruto da sequência de jogos e que assim que os jogadores entrarem em seus níveis técnicos ideais, o tricolor voltará a jogar um futebol que agrade o seu torcedor. Torcedor este que mais uma vez vaiou o time ao final da partida. O time que se acostumou a só deixar o campo após cumprimentar a torcida, sob aplausos ao final de cada jogo, agora desce rapidinho para os vestiários. Com as partidas decisivas se aproximando, tudo o que o torcedor espera é que o time reencontre logo, o bom futebol. Quanto a partida de ontem, o Bahia encontrou muitas dificuldades, diante de um frágil, porém valente Camaçari. O tricolor balançou a rede pela primeira vez aos 27 minutos, com um belo gol marcado por Marcone.

Nos últimos minutos do primeiro tempo, o Camaçari cresceu no jogo e empatou com um gol de Sylvestre, pegando um rebote após bela defesa de Marcelo. O Bahia voltou apático para o segundo tempo e o Camaçari perdeu chances absurdas de gols, levando ao desespero o técnico Sapatão, antigo ídolo tricolor. Aos 37 minutos, Richelly tabelou pela direita e recebeu uma falta infantil dentro da área, pênalti, que Léo Medeiros, voltando ao time, bateu com categoria para decretar a Vitória tricolor.

O Bahia volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Ipitanga no Estádio Pedro Amorim a partir das 16h. Já o Camaçari recebe o Fluminense no Esttádio Armando Oliveira no mesmo horário pela 20ª rodada.

Em Jequié, o líder Vitória segue a rotina e goleia mais um:
Jogo agitado na noite desta quinta-feira (02/04) no Estádio Waldormiro Borges, em Jequié. O Vitória, que jogou pela terceira vez em apenas cinco dias, enfrentou o Poções, em penúltimo lugar na tabela. Com apenas cinco minutos de jogo, uma confusão no gramado, o meio de campo Tupãzinho foi expulso após agredir Jackson - sendo que ele havia acabado de receber amarelo por um desentendimento com Apodi. Quatro minutos depois da expulsão, Apodi abriu o placar para o Vitória.

Em seguida, André Luiz aumentou a diferença e Neto Baiano, de pênalti, mostrou ainda no primeiro tempo o motivo pro Vitória liderar o campeonato. O Leão adminstrou a partida sem sustos e no final do segundo tempo, Washington fez mais um gol e confirmou a goleada rubro-negra. E aos poucos Ricardo Silva vai se mantendo e dando ao time um bom padrão de jogo. Espero que a diretoria perceba cada vez mais que o problema do time é muito mais a falta de opções qualificadas dentro de campo do que fora dele. Para a série A, o time precisará de reforços, mas Ricardo Silva seria uma grande e boa aposta, ainda assim a diretoria segue em busca do nome do novo comandante.

Na domingo (05/04), o time rubro-negro enfrenta o Vitória da Conquista no Estádio Manoel Barradas a partir das 20:30. Já o Poções enfrentará o Feirense pela 20ª rodada do Campeonato Baiano 2009.

Com informações de Vivianne Ramos, do Itapoan Online.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Melhorou no placar, mas não no futebol

Depois da atuação de domingo e de conhecer a escalação para o jogo diante do Peru, me desanimei em assistir Brasil e Peru. Não sei se era mesmo desanimo ou boicote, o certo é que pouco antes da seleção entrar em campo começou no Teatro Castro Alves, maior e mais importante de Salvador, a premiação do Troféu Dodô e Osmar, entregue aos melhores do carnaval 2009 na Bahia.

Por sinal o prêmio deve ter algo relacionado com a quaresma, porque eu já nem lembrava mais do carnval, mas enfim. Não assisti ao primeiro tempo da partida de Porto Alegre. Nem um lance sequer. E quando a bola ia rolar para o segundo tempo, Gilberto Gil emendou 'Touche pas à mon pote', mas ai pra sorte do time de Dunga, deu tempo suficiente de ouvir a peróla de Gil em parceria com Ivete Sangalo e voltar pro jogo antes de começar o segundo tempo.

Pelo que diziam os comentaristas das partidas na TV, o primeiro tempo havia sido bom. Bom no caso quer dizer: Bem melhor do que diante do Equador. O placar já era de 2 a 0. Um gol de pênalti e outro ilegal, ambos de Luis Fabiano. Veio o segundo tempo e o time de Dunga não convenceu, talvez com freio de mão puxado em virtude do placar já favorável. Porém a torcida gaúcha cobrava, queria mais. Merecia mais. E o Brasil infinitamente superior que o Peru tinha obrigação de oferecer mais. No entanto muito pouco foi oferecido, pouco futebol e um gol de Felipe Melo em uma boa e atrapalhada arrancada, concluída com categoria. A seleção venceu, goleou e todo mundo ficou aparentemente feliz. Mas eu tirei outras conclusões do momento:

Temos um goleiro em excelente fase, apesar de passar 88 minutos do jogo só assistindo, quando requisitado ele esteve lá. Apesar de adiantado, fez um defesa excepcional no único lance de perigo da seleção peruana.

Diferente do jogo de domingo, Daniel Alves (lembrando que eu só vi o segundo tempo) fez uma grande partida. Lançou Kaká quando este sofreu a penalidade, e lançou Luis Fabiano duas vezes para este marcar dois gols, sendo que um deles foi anulado (apesar de que os dois foram irregulares).

Lúcio é um grande zagueiro, uma figura e tanta, até pedalar ele pedalou, mas vale lembrar que contra o Peru também, até eu me "arriscaria". Gostei de ver Miranda em campo, apesar de nervoso em alguns lances, algo me diz que ele tem um grande futuro com a amarelinha.

Kléber é uma insistência chata de Dunga. Um erro tão grande quanto foi por anos Gilberto. Temos problemas naquela lateral. Até Roberto Carlos sabe disso e vive dizendo que pensa em voltar. Obrigado Roberto, mas a gente se vira.

Quando Felipe Melo arrancou no lance do gol, ele dividiu uma bola com um jogadore peruano e Kaká. No momento eu temi que pela forma que o ex-flamenguista foi na bola, achando que ele poderia machucar Kaká. Ainda bem que isso não ocorreu e pra melhorar, na sequência do lance, ele marcou com categoria um belo gol. Eu até gostei da entrevista dele ao final do jogo, falando sobre a necessidade de absorver as críticas construtivas e a emoção de marcar pela seleção com a presença da família. Me pareceu ser um menino que hoje tem a cabeça no lugar, religioso e grato. O abraço afetivo dado no auxiliar Jorginho depois do gol, foi bem legal de se ver, mas....eu nem vou dizer que Felipe e seu companheiro de marcação Gilberto Silva, não conseguem acertar um passe de dois metros. Só vou dizer que ver os dois em campo sabendo que Anderson, Lucas, Ramires e Hernanes (!!) estão de fora assistindo é dose. Sinceramente na minha opinião, Felipe Melo é mais uma invenção de Dunga, como foi Afonso Alves. É quase um Leomar da era Leão. Gilberto Silva é outro. Não dá mais.

Elano voltou a ser o bom jogador que talvez seja o que melhor represente a era Dunga. Numa prova (ou seria um voto de confiança de minha parte) de que nem tudo está perdido. Gosto do futebol de Elano. Ontem ele não fez nada de excepcional, mas ao menos no grupo de Dunga ele tem lugar por merecimento.

Kaká dispensa comentários. É um líder nato, conhece futebol, sabe das coisas. Gosta de se cuidar, não exibe barriguinha sexy (?!). É tudo que Dunga e qualquer time ou seleção do mundo precisa. Com ele vamos mais longe a qualquer lugar.

Luis Fabiano pode não ser um Careca, Romário ou Ronaldo, nossos últimos grandes matadores da seleção, mas é goleador. Conhece o caminho. Hoje com a cabeça de gente grande dá provas que pode sim ter a confiança do povo brasileiro. Gosto do nosso atual camisa 9. Ele é a prova de que não é necessário inventar, basta usar o que se tem de melhor. E esquecer Afonso Alves. Já Robinho é um caso a parte. É craque e sabe disso, talvez este seja o grande problema. Robinho hoje, ou ao menos o de ontem contra o Peru, era muito mais um Robinho "a estrela" do que um Robinho "o craque". Saber jogar ele sabe e demais, é só querer.

Não gostei de Dunga ter dado uma de populista e ter colocado o Pato em campo, não sei se era jogo pra ele. Eu teria posto Júlio Baptista mais uma vez. Gosto do Júlio e também do Pato. Mas fiocu algo que "para alegrar o torcedor". Se é pra ser assim tomara que para o jogo de Recife contra o Paraguai no dia 9 de junho Dunga leve o garoto Ciro e faça a alegria do povo pernanbucano.

Meu medo é quando chegar a vez de Salvador em outubro, diante da Venezuela e ele inventar de fazer uma gracinha para os times da capital. Ainda bem que por aqui Felipe Melo, Kléber e Gilberto seriam craques, logo nenhum dos medianos atletas que atuam no calor soteropolitano correm o risco de vestir o manto amarelo ( ou será que correm?!). Mas eu vou pedir o Daniel Alves em campo! Eu e toda a torcida tricolor que deve lotar Pituaçu, caso a CBF confime a partida do dia 14 de outubro no estádio. Assistindo ao garoto jogar, dá um saudade dos tempos de Fonte Nova, onde "o tal do Daniel" já era visto como uma grande promessa.

Meu medo quanto ao Brasil em Pituaçu é a exigência do torcedor baiano, que sabe vaiar mesmo. Afinal Dunga e Jorginho devem se lembrar muito bem da Copa América de 89, quando jogando na Fonte Nova a seleção de Lazzaroni foi vaiada e o motivo: a não convocação do atacante Charles, artilheiro do Brasileiro daquele ano e grande destaque tricolor.

Por fim, Ronaldinho Gaúcho. Toda vez que ligo a Play Station pra jogar Liga dos Campeões e vibro com cada peripercia do Gaúcho sob meu comando fico deprimido ao cair na real e perceber que hoje ele não faz mais nada daquilo. Hoje ele é um jogador comum com uma barriguinha a mostra. Uma pena. Triste. E podia ser neste 1º de abril uma grande mentira. Mas é a pura verdade.